A Federação Nacional da Educação (FNE) alertou esta quarta-feira para problemas nos concursos de colocação de professores, apresentando casos de professores que não encontraram qualquer vaga apesar de terem concorrido a todo o país.
Na sequência da publicação dos resultados dos concursos para o próximo ano letivo, que começa em setembro, a FNE diz existir “um número significativo de docentes” que concorreram, mas “não obtiveram vaga”, apesar de terem concorrido para todo o país.
Professores dizem que 20 mil vagas são insuficientes para necessidades das escolas
O país está dividido em 63 zonas — Quadros de Zona Pedagógica (QZP) — há professores que, apesar de terem “manifestado preferências pela totalidade dos QZP”, não foram colocados, refere a FNE em comunicado enviado para a Lusa.
Perante estas situações, a FNE diz ter já enviado um ofício à Diretora-Geral da Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE), onde apresenta, a título de exemplo, alguns casos para poderem ser analisados.
Outra situação denunciada pela FNE diz respeito ao concurso externo dos docentes que concorreram ao abrigo da norma travão: estes professores manifestaram preferências pelos 63 QZP, mas não foram colocados por não terem manifestado preferências pela totalidade dos quadro de agrupamento de escolas.
Neste último caso, diz a FNE, estes professores ficaram agora impedidos de concorrer à contratação inicial, reserva de recrutamento e contratação de escola.
“Estes docentes tinham a legítima expectativa de obter uma colocação”, lamenta a federação, lembrando que foram abertas vagas tendo em conta todos os docentes que reuniam as condições para concorrer.
