João Costa vai ser diretor da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva a partir de janeiro do próximo ano. A informação foi avançada pela organização independente que explica que o ex-ministro da Educação vai substituir o atual diretor, Cor JW Meijer, que está no cargo há 20 anos.

Ao Observador, João Costa explica que foi nomeado depois de se ter candidatado a um concurso a que concorreram cerca de 30 candidatos. O processo de seleção incluiu várias entrevistas, uma dela em Bruxelas, e a candidatura do ex-ministro focou-se sobretudo na área da integração de alunos que não tenham as línguas oficiais do ensino que frequentam como línguas maternas — isto numa altura em que a imigração é tema central na Europa –, tendo em conta a sua ligação também à linguística.

“Nos resultados do PISA sobre a Europa, houve uma queda generalizada devido à heterogeneidade da população escolar”, explica João Costa, que coloca esta área como uma das que “mais” se dedicou enquanto governante e também uma das que coloca mais desafios para ter escolas democráticas”. O ex-ministro explica que a missão da agência passa por “trabalhar com tudo o que sejam focos de exclusão” no ensino.

A sede da agência é em Odensse, na Dinamarca, existindo também escritórios em Bruxelas. João Costa é apresentado pela agência como alguém que tem “uma riqueza de conhecimento e experiência nas áreas de educação inclusiva, política educacional e liderança”, depois de oito anos no Ministério da Educação. Nos primeiros seis anos do Governo de António Costa foi secretário de Estado da Educação, do ministro Tiago Brandão Rodrigues, e foi nomeado ministro depois das legislativas de 2022, tendo permanecido no cargo até ao final desse Govenro, em março deste ano.

Depois de ter saído do Governo, João Costa foi reintegrado no departamento de linguística da Universidade Nova, em Lisboa, onde estava antes do Ministério, e vai continuar até ao final do ano.  O trabalho da Agência Europeia para as Necessidades Especiais e a Educação Inclusiva passa pela “colaboração para os seus 31 países membros, em matéria de necessidades especiais e de educação inclusiva”, de acordo com a apresentação que consta no site oficial, e tem por objetivo “melhorar as políticas e as práticas educacionais dirigidas a alunos com incapacidades e necessidades educativas especiais”.

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