Nice está cada vez mais próximo. Faltam apenas quatro dias para conhecermos o grande vencedor da 111.ª edição da Volta a França. Depois de uma etapa marcada pela fuga e o triunfo inédito de Richard Carapaz (EF Education-EasyPost), Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) voltou a mostrar que é o mais forte e ganhou (pouco) tempo a Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike). Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) também recuperou tempo face aos dois rivais.

Richard soltou o sorriso, Tadej deu novo murro na mesa: Carapaz venceu pela primeira vez no Tour no dia em que Pogacar voltou a ganhar tempo

“Não olho para a segunda posição, numa etapa como a de hoje sou melhor do que ele [Vingegaard], mas nas etapas de alta montanha que faltam ele é melhor. Estou convencido que terá planos para esses dias. Eu vou tentar reforçar o terceiro lugar. Vi que [Vingegaard] não estava no seu melhor dia, no sopé de Superdévoluy tinha um colega a puxar mas o ritmo não era muito elevado. Desde o carro, disseram-me que o meu companheiro Jan Hirt estava na frente e, por isso, saltei. Consegui uns segundos, mas isso não é o mais importante”, garantiu Evenepoel após a etapa de quarta-feira.

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“Penso que se o Jonas não tivesse colegas na frente, o Remco e eu poderíamos ter colocado ainda mais pressão no Jonas e talvez o desfecho fosse diferente. Remco esteve super bem, fez um excelente ataque no final, mas a Visma fez um trabalho de equipa irrepreensível. Ataque? Estava a gostar da subida e queria testar as minhas sensações, as minhas pernas, para ver se na terceira semana continuam a ser boas. Percebi que podia abrir um espaço”, disse, por sua vez, o líder do Tour.

Para esta 18.ª etapa, de 179,5 quilómetros entre Gap e Barcelonnette, que se estreou a acolher uma chegada do Tour, estavam reservadas cinco contagens de terceira categoria e novo percurso convidativo à vitória da fuga. Confirmando essa tendência, a primeira fase da etapa ficou marcada pela formação de um grupo com quase quatro dezenas de unidades na frente da corrida. Apenas com a Emirates a controlar, a vantagem chegou a estar acima dos 10 minutos.

Na última subida do dia, para a Côte des Demoiselles Coiffées, o grupo da frente desmoronou-se e Michal Kwiatkowski (Ineos Grenadiers) abriu as hostilidades. Victor Campenaerts (Lotto Dstny) e Mattéo Vercher (TotalEnergies) chegaram junto do polaco na descida e os três rolaram juntos até ao fim. O francês lançou o sprint, mas o belga foi mais forte e somou a primeira vitória da sua carreira no Tour. Vercher ficou em segundo e Kwiatkowski em terceiro.

O pelotão chegou a 13.40 minutos, não se registando qualquer diferença entre os homens da geral. Assim, Pogacar chegará às duas etapas montanhosas dos Alpes com 3.11 de vantagem para Vingegaard e 5.09 para Evenepoel. João Almeida (Emirates) continua a 12.57, na quarta posição, e Mikel Landa (Soudal Quick-Step) fecha o top 5 a 13.24. Nelson Oliveira (Movistar) subiu duas posições e é 47.º a 2h27.20, ao passo que Rui Costa (EF Education) está no lugar 51, a 2h37.32