O grupo financeiro espanhol Santander teve lucros de 6.059 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, mais 16% do que no mesmo período de 2023, revelou esta quarta-feira o banco. O resultado dá uma média de cerca de mil milhões de euros por mês em lucro para o grupo que detém o Santander Portugal.

O Santander, um dos maiores bancos do mundo e dono em Portugal do Santander Totta, atribuiu o resultado no primeiro semestre ao crescimento das receitas, à captação de quatro milhões de novos clientes e ao controlo dos custos.

As receitas do grupo Santander subiram 10%, “para um recorde” de 31.050 milhões de euros entre janeiro e junho, destacou o banco, num comunicado.

Quanto aos clientes, aumentaram em especial no Brasil (mais 3,1 milhões) e em Espanha (mais 400 mil).

Os recursos dos clientes (depósitos e fundos de investimento) aumentaram 5% no global na primeira metade do ano, com o Santander a destacar que os depósitos cresceram 2%, em resultado, sobretudo, do “forte crescimento” dos depósitos a prazo (mais 12%).

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Os empréstimos totais concedidos pelo grupo cresceram 2%, para 1,03 biliões de euros.

A margem de juros (a diferença entre créditos concedidos e os juros pagos pelo banco) ascendeu a 17.802 milhões de euros, um aumento de 14,5% desta receita em relação ao primeiro semestre de 2023.

“Estes resultados demonstram que estamos a crescer de forma sustentável e rentável graças à nossa escala, diversificação e à execução da transformação”, disse a presidente do Banco Santander, Ana Botín, citada num comunicado.

A presidente do Santander acrescentou que apesar do “contexto geopolítico volátil”, o Santander espera cumprir todos os objetivos de crescimento deste ano.

O Santander está presente em vários países da Europa e da América e conta com 3,5 milhões de acionistas, 209.500 trabalhadores e 168 milhões de clientes.

No ano passado, teve lucros de 11.076 milhões de euros, um valor recorde e 15% superior ao de 2022.