A recriação histórica “Viagem Medieval”, que este domingo terminou em Santa Maria da Feira, registou cerca de 650.000 visitantes em 12 dias e contabilizou, entre entradas e ‘merchandising’, uma faturação global de 2,2 milhões de euros.

A informação é avançada à agência Lusa pelo presidente da autarquia que, no distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, organiza o evento através da empresa municipal Feira Viva, em colaboração com dezenas de coletividades locais e com recurso a cerca de 1.600 trabalhadores e 400 voluntários por dia.

A afluência global à iniciativa reflete uma média de 50.000 visitantes por dia — entre portadores de bilhete único e utilizadores de pulseiras livre-trânsito — e a receita total representa um ‘superavit’ de 300.000 euros face ao investimento de 1,9 milhões na edição de 2024 — referindo-se apenas a entradas no recinto, merchandising da organização e áreas temáticas de pagamento adicional, sem contabilizar a faturação dos comerciantes privados que exploraram tabernas e bancas de venda mo evento.

“Conseguimos erguer algo que é fantástico, único e singular em Portugal”, declara o presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria. “O balanço desta 27.ª edição é extremamente positivo e as opiniões recolhidas no local e nas redes sociais confirmam a nossa perceção de que o recinto esteve mais arejado, com mais zonas de estar, mais zonas de sombra e perto de 4.500 lugares sentados nas praças e palcos, sendo esses alguns dos fatores que contribuíram para a satisfação dos visitantes”, justifica.

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O autarca social-democrata realça ainda o contributo cultural da iniciativa, com os seus mais de 30 espetáculos inéditos: “Nesta edição estiveram envolvidos perto de 1.200 intervenientes culturais, entre encenadores, coreógrafos, atores amadores e profissionais, figurantes, dançarinos, músicos e técnicos de luz e som. Este número posiciona a Viagem Medieval como um dos maiores eventos culturais do país”.

Das 110 propostas de animação disponíveis diariamente nos 37 hectares do recinto, houve seis que se destacaram pela sua procura: entre as de acesso já incluído no bilhete ou livre-trânsito, os três espetáculos de grande formato junto à Mata das Guimbras, com encenações sobre episódios do reinado de D. Duarte; entre as que implicavam pagamento adicional, o Castelo da Feira, a Liça dos Torneios e a Floresta Mágica.

“Em relação ao Castelo, que este ano regressou em pleno à Viagem Medieval [após obras de requalificação], registou-se um crescimento de 80% face à edição de 2023, ou seja, desta vez recebemos 10.000 visitantes”, realça Amadeu Albergaria.

Os torneios na liça junto à Ecovia do Cáster, por sua vez, registaram “várias sessões esgotadas e foram vistos por cerca de 1.400 pessoas por dia, numa afluência que quase duplicou em relação a 2023”.

Propondo-se investir os 100.000 euros de lucro da edição deste ano na melhoria dos espaços a utilizar no próximo, o presidente da câmara anuncia que a Viagem Medieval de 2025 irá decorrer de 30 de julho a 10 de agosto e promete: “Vai manter os preços que vigoraram em 2024”.