A fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus no passado sábado está a provocar já algumas mudanças no sistema prisional, sendo a primeira a decisão de ter dois guardas prisionais em permanência monitorizar as câmaras de vigilância naquela prisão. Esta sexta-feira decorreu uma reunião entre a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, direção da cadeia e chefias para discutir a questão da segurança e evitar a repetição de falhas que têm anos.

Vale de Judeus. Depois da fuga, sala de vigilância das câmaras passa a ter dois guardas prisionais em permanência

Segundo apurou o Observador, a reunião foi convocada pela direção dos serviços prisionais, que funciona agora com uma diretora interina, Isabel Leitão. Esta terça-feira, Rui Abrunhosa, até então diretor dos serviços prisionais, apresentou a sua demissão, que foi aceite pelo Ministério da Justiça.

Quando os cinco reclusos fugiram, estava apenas um guarda prisional na sala destinada à observação das câmaras. Depois da fuga, as regras começaram a mudar e esta quarta-feira foi determinado pelos serviços prisionais o destacamento de dois guardas em permanência para a visualização das câmaras de segurança.

Também esta sexta-feira, enquanto decorreu a reunião convocada pela direção dos serviços prisionais, a Polícia Judiciária esteve também na cadeia de Vale de Judeus para interrogar o guarda prisional que estava responsável pela monitorização das imagens de videovigilância. Este guarda já foi interrogado a propósito do inquérito interno, pelos Serviços de Auditoria e Inspeção.

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