O selecionador Jorge Braz sublinhou este domingo que Portugal deve entrar no Mundial de futsal com “confiança, alegria e muita ambição”, alertando para o jogo “muito mais consciente” do Panamá, em relação ao último confronto.
“Eles têm alguns jogadores a que temos de estar atentos, pois vão procurar instabilidade no jogo, mas teremos de ser nós e contrariar isso, sendo mais organizados e pacientes. Não temos de forçar nada, nem procurar marcar logo. Temos de fazer o nosso jogo, de forma paciente. O Campeonato do Mundo começa amanhã [segunda-feira] e só acaba daqui a muito tempo, mas gosto muito de entradas à Portugal, com confiança, alegria e muita ambição”, afirmou, em declarações aos jornalistas, antes do derradeiro treino.
No Mundial2016, na Colômbia, a equipa das ‘quinas’ alcançou frente aos panamenhos a sua maior goleada de sempre em fases finais da competição (9-0), mas, agora, Jorge Braz explicou que, passados oito anos desse único encontro, o adversário está melhor.
“Estão muito mais organizados e com um jogo muito mais consciente. Lembro-me bem desse jogo. Já revi alguns lances e, em alguns momentos, tinham pouca consciência em termos de organização e aproveitámos muito bem. Não me parece que seja igual desta vez, parece-me uma equipa com outra maturidade competitiva”, frisou o selecionador.
Jorge Braz garantiu que, nos momentos que antecederem a estreia, “não será preciso dizer nada” aos jogadores, com o desempenho a partir muito da confiança deles, que considera preparados e “com enorme vontade e ambição” para que a prova se inicie.
“Quando chegámos aqui a Tashkent, no primeiro dia, após o nosso primeiro treino de pavilhão, para além de agradecer a toda a gente, foi sentir que estamos no ponto onde queríamos estar para iniciar a competição. Isso deixa-me extremamente satisfeito, feliz e com enorme vontade de que os jogos se iniciem”, expressou o treinador, de 52 anos.
O universal Fábio Cecílio também realizou a antevisão ao primeiro duelo dos campeões mundiais e bicampeões europeus, apontando o foco para si mesmos e revelando sentir um “nervosismo positivo”, mas comparou o Panamá que encarou em 2016 e o de hoje.
“Vamos encontrar uma equipa muito competitiva e forte fisicamente, que, durante os anos, tem crescido muito no futsal. Acima de tudo, melhoraram os processos técnicos e talvez táticos”, destacou o 127 vezes internacional, que alinha no Sporting de Braga.
A equipa das ‘quinas’ está inserida no Grupo E da competição, tendo como oponentes as congéneres do Panamá, na segunda-feira (13:30 em Lisboa), Tajiquistão, na quinta-feira (16:00), e Marrocos, no próximo domingo (13:30), na Humo Arena, em Tashkent.
Os dois primeiros classificados de cada agrupamento, assim como os quatro melhores terceiros classificados, avançam para a fase a eliminar, a iniciar-se nos oitavos de final.