Melhor arranque era impossível. À procura de reconquistar o troféu perdido na mítica cidade de San Juan, para a Argentina, em 2022, Portugal estreou-se no Campeonato do Mundo de Novara com um triunfo folgado ante a frágil seleção norte-americana (10-2). Este triunfo garantia desde já a presença nos quartos de final, mas faltava ainda carimbar o primeiro objetivo: vencer o grupo, à frente da campeã do mundo.

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“Acho que fomos muito sérios no jogo. Demorámos um bocadinho a entrar no jogo porque tínhamos de conhecer a equipa adversária. Efetivamente, era um desconhecimento quase total, mas, muitas vezes, mais importante do que estarmos focados naquilo que o adversário faz, temos de estar focados em nós mesmos, no nosso processo e era importante não o abandonarmos. Portanto, a equipa foi muito séria, teve um momento que desligou claramente do jogo, alertei os atletas e voltámos a estar no registo desperto e concentrado para não termos mais surpresas daquelas”, partilhou o selecionador Paulo Freitas no final do encontro inaugural.

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Para esta terça-feira estava reservado o reencontro com Angola, formação que perdeu sempre com Portugal. O último encontro distava de 2019, na Taça das Nações, e terminou com um 4-2. Ainda assim, seleção angolana apresentava algumas diferenças e, no último ano, passou por um processo de reestruturação, mas chegava a Itália como a principal equipa candidata a uma surpresa. Agora treinada pelo português Rui Neto, Angola juntou os “portugueses” Gonçalo Neto, do Sp. Tomar, e Gonçalo Nunes e Rafael Lourenço, do Murches, à experiência de Francisco Veludo, André Centeno (Sp. Tomar), João Pinto e Humberto Mendes.

Perante um adversário mais complicado, Paulo Freitas mudou praticamente o cinco inicial na totalidade, mantendo apenas Ângelo Girão na baliza. Assim, Vieirinha, Hélder Nunes, Gonçalo Pinto e Gonçalo Alves compuseram a equipa. Cumprido o minuto de silêncio em memória das vítimas dos incêndios que estão a fustigar Portugal, a Seleção Nacional entrou melhor na partida e, depois de Hélder Nunes ter conquistado um livre direto, Gonçalo Alves atirou rasteiro para o golo, enganando Veludo (3′). A partir daí, os vice-campeões do mundo assumiram o controlo do jogo, acertaram duas vezes nos ferros e acabaram o primeiro tempo em sobressalto, já que em cima do apito final, João Pinto empatou, mas o golo foi anulado porque a primeira parte já tinha terminado.

Na etapa complementar, a formação lusitana tratou de resolver o encontro rapidamente e, novamente no terceiro minuto, aumentou a vantagem, com Hélder Nunes a combinar com Rafa Costa e João Rodrigues antes de faturar (28′). Os angolanos tentaram reagir ao golo sofrido, mas Portugal respondeu com a eficácia e o oportunismo de João Rodrigues, que conseguiu completar um primeiro remate de Hélder Nunes (33′). A fechar e já depois de Veludo ter parado dois livres diretos portugueses, de Gonçalo (43′) e Hélder (48′), João Rodrigues chegou ao bis (49′). Com esta vitória (0-4), Portugal chegou aos seis pontos e igualou a Argentina no topo do grupo. Na quarta-feira, as duas seleções vão reeditar a última final (17h30) e quem triunfar terminará no primeiro posto.