A aluna de 12 anos que ficou gravemente ferida após ter sido atacada com uma faca por um colega na Escola Básica da Azambuja já teve alta. A informação está a ser avançada pela CNN Portugal, que cita uma fonte hospitalar.
A menor estava internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, desde esta terça-feira depois de ter sido atingida no tórax e na cabeça pelo colega, que também feriu outras cinco crianças.
Segundo Silvino Lúcio, presidente da Câmara Municipal da Azambuja, em declarações à agência Lusa, dois dos seis alunos que foram atacados já regressaram esta quinta-feira às aulas, o que “é de salientar”. As duas menores em questão estiveram internadas no Hospital de Vila Franca de Xira com ferimentos ligeiros.
Na terça-feira à tarde, um aluno de 12 anos atacou com uma faca seis colegas, no corredor de acesso a uma sala de aula. A GNR da Azambuja controlou o agressor e manteve-o sob custódia, visto tratar-se de um menor. Depois, segundo o que fonte policial disse à Lusa, o aluno foi “detido em flagrante delito” e levado para um hospital “para avaliação psicológica”.
Quatro dos colegas que o aluno atacou foram transportados para o Hospital de Vila Franca de Xira com ferimentos ligeiros nos braços, tronco e pernas. Outra menor, a única que apresentava ferimentos graves, foi internada na unidade de Pediatria do Santa Maria.
Menos de 24 horas depois do incidente, a escola reabriu, mas 130 alunos faltaram às aulas, um cenário que já não se verifica esta quinta-feira. “O ambiente está sereno e calmo”, com o número de faltas a baixar para “34 alunos”. “Alguns já faltavam com alguma reincidência”, afirma Silvino Lúcio.
Silvino Lúcio lembra que a autarquia tinha enviado uma mensagem para os encarregados de educação para “inspirar confiança na escola” e considera que é “muito bom” que os pais tenham refletido e decidido deixar “os filhos ir para a escola”.
Por outro lado, em conversa com a agência Lusa, o autarca diz que tentou contactar os encarregados de educação do autor do ataque, mas que “não teve sucesso”. “Vou tentar falar novamente com a mãe, que é o único contacto que tenho, também para lhe dar uma palavra de conforto e de apoio, que também devem precisar, com certeza”, salienta.