Não houve uma reação direta, nem por isso deixou de existir uma “farpa”. A entrevista de Frederico Varandas ao programa Trio D’Ataque da RTP3 contou com várias acusações aos principais rivais tendo como contexto os casos de Justiça que ambos passaram ou estão agora a enfrentar e o FC Porto “registou” essas mesmas palavras, aproveitando para fazer uma redefinição do que significa a palavra “portização”.
“Portização não é para todos. É só para quem tem a chama do Dragão”, escreveram os azuis e brancos na sua conta oficial da rede X, acompanhado com a lista de todos os títulos conquistados no futebol: duas Ligas dos Campeões, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais, uma Supertaça Europeia, 30 Campeonatos, 20 Taça das Portugal, 24 Supertaças, uma Taça da Liga e quatro Campeonatos de Portugal.
“Portização, nome feminino. 1. Ato ou efeito de ganhar, ser Porto; 2. Definição de princípios de vitória entre os membros de um grupo ou comunidade. Mística; 3. Desporto: participação em encontros ou competições internacionais enquanto clube mais titulado do futebol português”, acrescentou numa imagem.
Portização não é para todos.
É só para quem tem a chama do Dragão ???????? 2 Ligas dos Campeões
???? 2 Ligas Europa
???? 2 Taças Intercontinentais
???? 1 Supertaça Europeia
???? 30 Campeonatos
???? 20 Taças de Portugal
???? 24 Supertaças
???? 1 Taça da Liga
???? 4 Campeonatos de Portugal… pic.twitter.com/EFs8zbngWq— FC Porto (@FCPorto) October 21, 2024
De recordar que, na supracitada entrevista, Frederico Varandas falou numa “portização do Benfica” feita por Luís Filipe Vieira entre críticas também à liderança de Pinto da Costa, ao mesmo tempo que admitiu sinais de mudança no FC Porto com a liderança de André Villas-Boas desde o final de abril deste ano.
“Para mim é claro: há um período de Apito Dourado em que Pinto da Costa tinha toda a sua teia, toda a sua estrutura montada, e mais tarde aparece um Luís Filipe Vieira. Talvez cansado de investir e não conseguir ganhar faz uma portização do Benfica, onde vai buscar pessoas que toda a gente conhece. Paulo Gonçalves é um denominador comum em todos os processos. Fez parte da sociedade do FC Porto, curiosamente foi para o Boavista, onde o Boavista foi campeão, sai do Boavista quando o Boavista desce de divisão no caso Apito Dourado, e ele passa entre os pingos da chuva. Luís Filipe Vieira vai buscá-lo. Não desresponsabilizo a culpa e a falta de competência do Sporting, que também houve, mas existiu muita viciação do jogo e enquanto presidente do Sporting digo isto não para acicatar guerras mas porque é o meu dever na minha função, proteger o Sporting”, referiu o presidente do Sporting na entrevista ao Trio D’Ataque.
“De experiência pessoal, a mudança na presidência do FC Porto foi muito positiva e também para o futebol português. Tenho também de dizer, e isso está na base do nosso segredo, os valores estão na base de tudo. A dignidade, a integridade e o desportivismo estão acima de qualquer título ou conquista. Também é verdade que na nossa história o Sporting se desviou recentemente desses valores mas também foi o Sporting a resolver esse problema. Não negamos essa fase, independentemente das conquistas e dos feitos dessa fase, não elogiamos publicamente essa liderança. Tem de existir alguma coerência moral. Se preconizo e adoto a ideia de agir com determinados valores e transparência, não faz sentido elogiar publicamente quem é o oposto disso tudo”, destacou Frederico Varandas mais tarde na mesma intervenção.