O Banco Santander aumentou em 25% os lucros nos primeiros nove meses do ano, para 778,1 milhões de euros, mantendo a tendência de subida da margem financeira apesar de as taxas de juro já terem descido face aos máximos de 2023. A concessão de crédito a particulares aumentou, sobretudo o crédito ao consumo, que tem vindo a crescer em todo o setor.
Os lucros de 778,1 milhões de euros comparam com 621,7 milhões no final do mesmo período de 2023. A margem financeira – em termos simples, a diferença entre os juros que o banco cobra nos créditos e os juros que paga para se financiar (sobretudo depósitos) – aumentou 20,5% para 1.244,4 milhões de euros.
A margem financeira, no montante de 1.244,4 milhões de euros (+20,5% face ao período homólogo), ainda continua a beneficiar da subida das taxas de juro de referência executada até setembro de 2023, mas a um ritmo progressivamente menor, pois o Banco Central Europeu já tem em curso um ciclo de descida das taxas de referência”, diz o Santander.
Os resultados foram divulgados através de comunicado de imprensa, já que o banco liderado por Pedro Castro e Almeida não marcou conferência de imprensa para apresentar os números dos primeiros três trimestres do ano.
“Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica em Portugal, no início do terceiro trimestre de 2024, sinalizavam a manutenção de uma trajetória de crescimento económico positiva, muito alavancada na maior resiliência do consumo interno“, indica o banco, numa análise do enquadramento macroeconómico do período a que estes resultados dizem respeito.
A estagnação do crescimento económico na zona euro está a penalizar o setor industrial português, nomeadamente ao nível da diminuição das encomendas para o mercado externo, refletindo-se numa diminuição, em termos homólogos, do volume de negócios na indústria em 1,0%, em agosto”, acrescenta o banco.
Ainda assim, “neste período, foi possível manter um crescimento sustentado dos volumes de nova produção de crédito, em especial no segmento de particulares“. A concessão de crédito à habitação aumentou 3,9% e o crédito ao consumo cresceu 7,8%, em relação ao período homólogo.