A Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS) abriu inquéritos a sete mortes nos últimos dias, para investigar alegados atrasos na prestação de socorro, causados por demoras no atendimento através da linha 112, avança a CNN Portugal. Um destes casos, o de uma mulher que morreu no hospital Garcia de Orta, também vai ser investigado pelo Ministério Público, depois de a Procuradoria-Geral da República ter ordenado a abertura de um inquérito esta quinta-feira, avançou a RTP.

A mulher, de 70 anos, estava a prestar declarações no tribunal de Almada, na qualidade de vítima de um caso de violência doméstica, quando se sentiu mal. Foram os serviços do Ministério Público que tentaram ligar para os serviços de emergência, ao longo de uma hora e meia, sem sucesso. Acabou por ser a PSP a levar a idosa ao hospital, onde acabou por morrer no dia seguinte. Em relação a este caso, já foi ordenada a realização de uma autópsia médico legal, relata a CNN.

Esta foi uma de sete mortes registadas durante o período de greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM, todos eles envolvendo relatos de alegados atrasos no atendimento. Duas das mortes, em Bragança e Tondela, registaram-se durante o fim de semana prolongado e o Governo já solicitou ao INEM uma auditoria interna.

As outras cinco mortes foram todas registadas na segunda-feira — neste dia, o INEM atendeu o menor número de chamadas na última década e 44 meios de socorro, por todo o país, estiveram paralisados durante a tarde, devido à greve. Todos os sete casos vão ser alvo de um inquérito por parte do IGAS.

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