Depois do descalabro na Taça de Portugal, o FC Porto regressou a Moreira de Cónegos e saiu com a vitória, agora no Campeonato Nacional. É certo que os dragões estiveram longe de dominarem e que o desafio foi equilibrado, mas a formação de Vítor Bruno soube aproveitar as oportunidades que teve e goleou (0-3) um Moreirense que não perdia em casa há oito meses e tinha vencido ali o Sporting e empatado com o Benfica.

Samu não quis ficar de fora e foi o anfitrião do baile de Mora (a crónica do Moreirense-FC Porto)

Este resultado ditou a terceira vitória consecutiva — sem golos sofridos — do FC Porto em todas as competições e permitiu aos portistas terminarem este sábado no primeiro lugar da tabela classificativa, com 37 pontos. Ainda assim, o Sporting, que tem 36, joga este domingo em Barcelos, pelo que os dragões podem cair para segundo e até voltar ao terceiro posto, já que o Benfica (35) recebe na segunda-feira o Estoril.

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Olhando apenas às vitórias do conjunto de Vítor Bruno, este foi o nono resultado positivo consecutivo sem sofrer golos, já que a última vitória do FC Porto com um golo adversário dista do início de outubro (2-1 contra o Sp. Braga), e só Sporting (Supertaça), Farense e Sp. Braga marcaram num triunfo portista. Para além desse dado, há quase dois meses que os dragões não marcavam três golos fora de casa.

No panorama individual, Rodrigo Mora fez história na Primeira Liga ao apontar um golo e uma assistência em Moreira de Cónegos, tornando-se no mais jovem a marcar e a assistir nos últimos 35 anos, desde que o Playmaker tem registos de assistências. Aos 17 anos, o português superou Anderson (2007), James Rodríguez (2011) e Diego (2004), que fizeram o mesmo aos 19 anos, e Óliver Torres (2014), aos 20 anos.

“No geral foi um jogo bem conseguido da equipa. É verdade que com bola faltou encontrar as ligações certas e identificar as vantagens. Elas estavam lá e não estávamos a conseguir alimentar os alvos. A equipa fez o golo e teve mais uma aproximação com perigo. Na segunda parte a equipa continuou à procura do golo. Até ao 0-2 o jogo esteve mais ou menos dividido, mas depois a equipa controlou com bola e mesmo sem bola. Não me recordo de nenhuma ocasião clara do Moreirense. Foi uma vitória dos jogadores, é muito mérito deles e estou muito contente por eles. Pareceu-me que a fome foi muito visível no momento sem bola. A equipa foi super agressiva na frente”, começou por analisar Vítor Bruno na flash-interview da SportTV.

“Liderança? Nesta fase interessa-nos pouco. Não há campeões de ano civil. Não há campeões de inverno. Há campeões no final das épocas. O que nós queremos é levar uma taça, que seja real, no final da época para o museu. É verdade que neste momento estamos na frente, mas faltam os adversários jogar. Já jogámos várias vezes após os nossos rivais, por estarmos na Liga Europa. Se os adversários acusam ou não a pressão, isso a mim não me diz respeito, porque não consigo controlar. Vamos ver como acaba a jornada. Neste momento estamos em primeiro, é verdade, mas vale o que vale, porque o Benfica tem de jogar, o Sporting tem de jogar. Veremos o que acontece”, acrescentou, depois, em conferência de imprensa.