Rosita Missoni, co-fundadora e matriarca da casa de moda italiana Missoni, morreu esta quarta-feira aos 93 anos, avançou a empresa familiar. Para traz deixa um legado na moda marcado pelos padrões distintos e pela utilização vanguardista da cor.
“Rosita morreu pacificamente no dia 1 de janeiro de 2025”, lê-se no comunicado da empresa, que descreve a criadora italiana como “uma figura visionária no mundo da moda italiana e internacional”, cita a Reuters.
Missoni nasceu em 1931 na Lombardia, numa família de artesãos têxteis, e em 1953 fundou junto do marido, Ottavio Missoni, a empresa homónima na região norte de Itália. A marca tornou-se popular pelas malhas coloridas e pelos padrões geométricos e riscas, como o ziguezague, conhecido como fiammato, que lhe valeu reconhecimento e prémios internacionais.
A marca ficou também conhecida por um episódio peculiar, em 1967. Convidada para desfilar no Palácio Pitti, em Florença, a Missoni vestiu as suas modelos com peças que ficariam transparentes sob os holofotes, no entanto, só se aperceberam disso quando, quase a entrarem para a passarrelle, Rosita e Ottavio notaram que os soutiens ficavam visíveis. Não querendo arruinar o efeito de cor e padrão, o casal pediu às modelos para tirarem aquela peça interior, desfilando assim com roupas transparentes.
Em 1997, a direção da Missoni passou para os filhos do casal, com Angela Missoni a ser nomeada diretora artística. Em 2018, a família vendeu 41,28% da marca para o fundo FSI Mid-Market Growth Equity Fund e, atualmente, é Alberto Caliri quem está encarregue da direção criativa da marca.