O líder do CDS, Paulo Portas, informou a comissão política do CDS na segunda-feira à noite que a discussão sobre uma possível coligação entre o PSD e o CDS só será feita depois das eleições na Madeira, marcadas para dia 29 de março. Isto significa que só abril será o momento certo para os dois partidos se sentarem à mesa.

O presidente do partido explicou aos dirigentes do CDS que a prioridade, neste momento, são as eleições regionais da Madeira – onde, aliás, o CDS tem sido o segundo partido mais votado, à frente do PS. E, por isso, pediu a todos os dirigentes que se abstenham de fazer declarações públicas sobre a eventual coligação pré-eleitoral com o PSD para as eleições legislativas que devem ter lugar em outubro.

Na Madeira, o PSD e CDS não concorrem coligados, isso, aliás, nunca aconteceu. José Manuel Rodrigues, o líder do CDS-Madeira, sempre foi um dos opositores do então líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim. Nas próximas eleições, Jardim já não irá a votos, será Miguel Albuquerque mas o CDS continua na oposição.

A comissão política esteve reunida segunda-feira à noite no Largo do Caldas para discutir a situação política atual do país e as perspetivas económicas para este ano.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, no discurso que fez na reunião também apontou as eleições regionais na Madeira como a grande prioridade do partido.

De fora da discussão, parece ter ficado a questão de a eventual coligação pré-eleitoral com o PSD para as legislativas ser votada em congresso extraordinário ou referendo, como defendem as alas críticas de Portas. Este parece ser assunto só para discussão posterior.

 

 

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