O Sporting vai pagar à Doyen, se os tribunais derem razão à empresa, mas continuará com a situação financeira controlada e equilibrada, garantiu nesta terça-feira fonte da direção ‘leonina’. “Se ganharmos — e achamos que temos razão — muito bem, se perdermos, sentir-nos-emos injustiçados, mas pagaremos, é a vida, mas a situação continuará controlada”, disse hoje uma fonte do Sporting, para quem a dívida à Doyen [fundo financeiro que adquiriu os direitos económicos de vários jogadores ‘leoninos], pelas mais-valias da venda de Marcos Rojo ao Manchester United, não é legítima.

O departamento jurídico da administração da SAD entendeu que aquele contrato “enfermava de condições de nulidade”, porque à luz dos regulamentos da FIFA “não é possível haver contratos em que uma entidade externa decida se um jogador pode ou não renovar”. “Se perdermos paciência, mas agimos bem em qualquer caso porque não é legítimo que uma terceira parte queira mandar no clube, interferir na sua gestão, mandar no jogador e decidir o seu futuro”, disse o mesmo responsável da SAD leonina.

Questionado se a eventual perda do processo nos tribunais vai obrigar o Sporting a vender algum jogador, a mesma fonte disse a SAD tenha “arcaboiço financeiro para suportar essa perda sem ter de vender”, lembrando que já estão refletidos nas contas da sociedade os valores pagos à Doyen pelo investimento que fez em Marcos Rojo e ao Spartak de Moscovo pela percentagem a que tinha direito pela transferência do jogador argentino para o Manchester United.

Sobre a saída de Marco Silva, a fonte da direção lembrou que o treinador “não esteve em Fátima no tal curso de treinadores, que serviu para justificar a ausência da reunião solicitada pelo presidente” e que o técnico não avisou.

“Desde que esta direção entrou em funções já despediu mais de 200 funcionários, com quem conversou, sem exceção, pessoalmente e até ao momento tem quatro processos em tribunal, incluindo o de Marco Silva”, revelou o responsável pela SAD leonina, que revelou ter o Sporting “proposto um entendimento com o treinador despedido, que este recusou, na reunião em que lhe foi comunicado o despedimento unilateral”.

Depois de negar qualquer cenário de eleições antecipadas, a mesma fonte lembrou a Assembleia Geral do próxima dia 28 de junho, na qual será dado a conhecer aos sócios do Sporting a auditoria a todos os mandatos desde 1995 até ao que foi presidido por Godinho Lopes, que versa exclusivamente sobre o imobiliário do clube e que terá dados que ajudarão a perceber o estado financeiro do Sporting nos últimos anos.

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