É seguramente uma das coisas mais irritantes quando nos deslocamos na cidade. Temos um caminho na cabeça, o GPS mental já fez todo o percurso com o cálculo do tempo que levará a chegar do ponto A ao ponto B e, de repente, a fila. O engarrafamento, a placa, as obras, os desvios, as ruas cortadas.
Este ano, com o volume de projetos que estão planeados para Lisboa, é provável que venha a tropeçar em alguns destes obstáculos. Para que isso não aconteça, consulte estes mapas antes de se fazer à estrada. Os dados foram retirados do site da Câmara Municipal de Lisboa e dos artigos que o Observador já escreveu sobre estes temas.
Os mapas são interativos. Para os utilizar, clique no botão “Começar”. De seguida, carregue nas setas laterais para avançar ou retroceder nos principais pontos com obras. Também é possível saltar diretamente para algum dos pontos indicados no mapa, ao clicar sobre os marcadores. Na parte superior de cada mapa, encontram-se as funções “Vista geral do mapa” e “Voltar ao início”.
As obras no chamado Eixo Central, nas avenidas Fontes Pereira de Melo e da República e na Praça Duque de Saldanha e de Picoas, começaram esta semana e prometem dar muitas dores de cabeça a quem anda de carro na capital até dezembro ou janeiro. Os trabalhos começarão junto ao Marquês de Pombal e vão-se estender depois pelas restantes artérias. A Fontes Pereira de Melo, por exemplo, vai ficar sem duas faixas (uma em cada sentido) durante três meses — de maio a agosto. Como alternativa, a câmara aconselha a utilização das avenidas António Augusto de Aguiar, das Forças Armadas e Almirante Reis.
Num comunicado, a autarquia “apela à compreensão dos automobilistas e munícipes pelos incómodos causados com esta intervenção, lembrando os benefícios que daí advirão para a cidade e para a qualidade de vida de todos quantos a habitam, visitam ou nela trabalham”.
Compreensão e paciência são coisas indispensáveis aos automobilistas da capital durante todo este ano. É que, além do Eixo Central, o outro grande projeto da câmara é a requalificação da Segunda Circular, uma das estradas mais movimentadas do país, utilizada diariamente por milhares de pessoas para entrar e sair de Lisboa. Inicialmente, o projeto gerou muita controvérsia, mas os ânimos acabaram por acalmar.
As obras saem do papel em junho e só deverão decorrer durante a noite, com apenas uma faixa de rodagem disponível. Durante o dia, segundo a câmara, tudo decorrerá com normalidade. No fim, lá para meados de 2017, a Segunda Circular será diferente do que é atualmente: piso novo na estrada, árvores e arbustos no separador central e a velocidade máxima reduzida de 80 km/h para 60 km/h.
O que já está no terreno — e é provável que já tenha notado mudanças em muitos locais — é o programa Pavimentar Lisboa, com o qual a câmara não quer apenas tapar os muitos buracos das ruas e estradas da cidade, mas sim renovar completamente os pavimentos para automóveis e, de caminho, os passeios. São 150 ruas para renovar até 2017 e o grosso dos trabalhos está concentrado neste ano, 2016. Para já, ainda não há datas concretas relativamente a muitas artérias, mas a câmara distribuiu dezenas de obras pelo primeiro e segundo semestres.
Entre as ruas que vão ser repavimentadas estão algumas bastante movimentadas e centrais. É o caso das ruas Alexandre Herculano e Rodrigo da Fonseca, mas também das avenidas 24 de Julho e de Ceuta. À semelhança do que já aconteceu noutras intervenções, as obras vêm acompanhadas de limitações ao estacionamento e cortes de trânsito, pelo menos esporádicos.
Ainda este ano, mas sem datas concretas para avançar, estão previstas obras em diversas praças de Lisboa. Algumas empreitadas já foram lançadas e é provável que comece a ver mudanças brevemente no Largo da Graça, no Largo de Santos, na Rua de Campolide, em Sete Rios, na Praça do Chile, no Largo do Leão e outros. O programa chama-se Uma Praça em Cada Bairro e, ao todo, são 31 as intervenções que a câmara quer fazer até ao fim do mandato, em 2017.
Novas praças é o que os lisboetas vão ter quando as obras do Cais do Sodré e do Campo das Cebolas estiverem concluídas. Em maio de 2017, estas áreas da zona ribeirinha deverão ter já a cara lavada (e o novo terminal de cruzeiros já deverá estar em estado avançado de construção). Até lá, o trânsito por estas bandas pode ter algumas complicações. No Cais do Sodré, por exemplo, já desde dezembro passado que está montado um estaleiro que obriga os automobilistas a ir para a Rua do Arsenal em detrimento da Avenida da Ribeira das Naus. Mais à frente, no Campo das Cebolas, também há condicionamentos de trânsito que podem dar dores de cabeça. A situação, garante a câmara, deverá estar estabilizada a meio deste mês.