A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu hoje a retirada das restrições para o funcionamento do setor, face à nova exigência de certificados digitais e testes para acesso dos clientes aos estabelecimentos.

“Com o avanço do processo de vacinação em Portugal e o aumento da testagem, as empresas de restauração, similares e do alojamento turístico devem poder utilizar estas ferramentas para funcionar em pleno, sem restrições, ou para reabrir negócios atualmente fechados, como a animação noturna”, sustenta a entidade em comunicado.

Esta posição surge na sequência da decisão do Governo de passarem a ser exigidos certificados digitais ou testes negativos para acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local, em todo o território continental, e para permanência no interior dos restaurantes, nos municípios de risco elevado e de risco muito elevado.

Cabo Verde registou 45 novos infetados pelo novo coronavírus, anunciaram hoje as autoridades.

Nas últimas 24 horas, o país não registou qualquer óbito provocado pela doença, e as autoridades de saúde deram alta a mais 77 pessoas, perfazendo 32.085 os casos considerados recuperados desde o início da pandemia.

Cabo Verde chegou a um total de 32.928 casos positivos acumulados desde o início da pandemia no país, mantém 289 óbitos e passou a contabilizar 534 casos ativos.

A decisão sobre o regresso dos espetadores aos estádios das competições profissionais de futebol, hoje anunciada pela Liga de clubes, ainda não está tomada, esclareceu fonte oficial do Governo.

A mesma fonte explicou à Lusa que têm decorrido reuniões entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e a Direção-Geral da Saúde (DGS), de preparação para a próxima época, mas a decisão ainda não está tomada.

Relativamente a este passo, qualquer decisão sobre o regresso do público aos recintos desportivos deverá ser tomada e anunciada após reunião de Conselho de Ministros.

Regresso do público aos estádios? Liga diz que sim, Governo esclarece que decisão ainda não está tomada

A Europa está “numa situação muito frágil, devido ao aumento de casos constatado em muitos Estados-membros, na sequência da variante Delta”. “O momento não é de relaxar”, insistiu Stella Kyriakides.

União Europeia está preparada para eventual terceira dose da vacina

O número diário de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) mantém a tendência crescente, estando já ocupadas mais de metade das camas consideradas valor crítico. Algarve e Lisboa e Vale do Tejo estão piores.

Se, a nível nacional estão ocupadas 56% (na semana passada eram 46%) das 245 camas definidas como limiar crítico, em LVT esse valor já está nos 99%, com 82 doentes internados do limite regional de 84 camas.

Por seu lado, a região Algarve apresenta 15 doentes em UCI, 150% do limite definido no mesmo relatório.

O documento do Insa revela também que, a 7 de julho, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 287 novos casos por 100 mil habitantes em Portugal — uma tendência crescente a nível nacional.

Fonte: Insa

Já o R(t) — a taxa de transmissibilidade — apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,18) e em todas as regiões. Esta tendência crescente é mais notória no Norte (1,34 ) e Alentejo (1,26).

Com base nestes valores, o Insa afirma que o limiar de 240 casos por 100 mil habitantes já foi ultrapassado a nível nacional e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve.

As restantes regiões deverão atingi-lo em menos de 15 dias.

A variante Delta já se espalhou por todo o território nacional e representa quase 90% de todos os novos contágios. Segundo o relatório que monotoriza as linhas vermelhas da pandemia de Covid-19, da responsabilidade do Insa e da DGS, a variante associada à Índia é a dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 89,1% dos casos, na semana de 21 a 27 de junho em Portugal.

O documento do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge revela que até 7 de julho foram identificados dois casos da variante Lambda, considerada variante de interesse pela Organização Mundial de Saúde.

O Presidente francês prepara-se para anunciar novas medidas para combater a Covid-19, nomeadamente a variante Delta, com uma declaração ao país na segunda-feira, sem indícios que as regras de viagem de e para Portugal possam endurecer.

Os anúncios de Emmanuel Macron deverão debruçar-se sobre a obrigatoriedade da vacinação aos profissionais de saúde, mas também sobre a evolução da expansão no país da variante Delta, inicialmente detetada na Índia e considerada mais contagiosa e já maioritária entre os infetados de terras gaulesas.

Membros do seu governo têm avançado, nos últimos dias, com a possibilidade de ser alargada a utilização do certificado sanitário a mais atividades, sendo que, até agora, só são indispensáveis para eventos que reúnam mais de 1.000 pessoas ou para acesso a discotecas, que estão autorizadas a abrir a partir de hoje.

As autoridades madeirenses registaram 12 novos casos de Covid-19, informou hoje a Direção Regional da Saúde (DRS).

No boletim epidemiológico diário, a DRS refere que, destes novos casos, dois são importados (um da região Centro e um da Suíça) e os outros são de transmissão local.

As autoridades de saúde do arquipélago indicam que estão notificados 103 casos ativos, sendo 75 transmissão local e 28 importados.

Estas pessoas infetadas cumprem isolamento, estando três internadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, uma das quais na unidade de cuidados intensivos.

A DRS salienta que hoje a Madeira tem mais nove casos recuperados, passando a contabilizar um total de 9.572 doentes curados. Até à data, a região mantém os 73 óbitos associados à doença.

O deputado socialista Vilson Gomes apresentou hoje uma proposta para um plano de saúde mental aos alunos do sistema educativo regional na sequência dos “sucessivos isolamentos” provocados pela pandemia da Covid-19.

O parlamentar disse, na sequência de um encontro de deputados socialistas com o conselho executivo da Escola Secundária da Lagoa, na ilha de São Miguel, que o plano regional de apoio à promoção da saúde mental assenta “numa estratégia de resposta às necessidades” dos alunos neste capítulo.

O plano regional de apoio à promoção da saúde mental, a ser proposto ao Governo dos Açores (PSD, CDS-PP e PPM), através de uma recomendação que vai dar entrada na Assembleia Legislativa Regional, é “diferenciado para cada freguesia e/ou concelho da região, alargado à educação pré-escolar e aos ensinos básico e secundário”.

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse esta sexta-feira à rádio Observador que António Costa lhe prometeu para breve o envio de mais doses de vacinas contra a Covid-19. O chefe do governo cabo-verdiano revelou que, durante o almoço que teve com o primeiro-ministro português, em S. Bento, ficou acordada essa ajuda.

Em entrevista, recordou também que “durante a pandemia, Cabo Verde teve sempre o apoio de Portugal. Não só na questão das vacinas, mas também em relação aos testes. Nós não tínhamos laboratórios – agora temos seis – e era preciso testar e ter os resultados e foi Portugal que nos ajudou”.

À mesa com o primeiro-ministro houve mais do que cachupa, a ementa do almoço — Ulisses Correia e Silva abordou outro tema: a dívida externa de Cabo Verde. Segundo o líder do Movimento pro Democracia (MdP), “Portugal pode desempenhar um papel importante neste dossier”.

Questionado sobre em que moldes poderia ser reestruturada a dívida pública, Correia e Silva avançou com a possibilidade de um “perdão”. “Mas não definimos os termos; estamos a falar de um alívio”.

Sobre que mecanismos concretos poderão ser usados, o primeiro-ministro não quis avançar pormenores: se uma reestruturação, se renegociação ou até um perdão de parte da dívida. A dívida externa de Cabo Verde agravou-se com a crise pandémica e acredita que é fundamental libertar recursos do serviço da dívida.

Para isso, diz, “Portugal é um parceiro de referência também nesta matéria”. Para Correia e Silva, Portugal é um “embaixador” de Cabo Verde na União Europeia.

Perdão da dívida não é cheque em branco

Questionado sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, Marcelo assume que ouviu “lamentos e queixumes” do setor privado sobre a distribuição dos fundos e comenta: “Foi o plano possível, nas condições possíveis. Foi feito em contrarrelógio, em seis meses, quando ainda se pensava que a pandemia durava até ao fim do ano passado, com as contas correspondentes”.

“É natural que haja quem entenda que o PRR por si só devia ser uma realidade diferente. Por isso tenho dito que se deve juntar ao quadro financeiro plurianual, que não tem as limitações do PRR. Ouvi os lamentos de não haver mais setor privado, os queixumes”. Em resumo: “Não é o plano ideal, mas é o plano que temos e que temos de executar o mais possível num tempo curto, se não o dinheiro perde-se. Não há planos ideais”.