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  • Costa diz que "não é altura de arriscar com experiências ou soluções que não funcionam"

    Termina a elogiar Pedro Nuno Santos como ministro apontando as “muitas obras que pensou projetou e ainda criou condições para que fossem realizadas”.

    E disse que se o adversário ganhasse as eleições “também ia inaugurar” mas nunca ia poder dizer que “esta obra foi minha”.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    António Costa entra na campanha e atira a Cavaco, Barroso, Santana e Passos

    Fala neste como “um tempo decisivo” e que o “mundo que nos rodeia com muitas ameaças”, apontando Putin que “assassina na prisão os seus adversários políticos, o regresso de Trump à Casa Branca, economias europeias em recessão. “Não é altura de arriscarmos com experiências, nem na repetição de soluções que não funcionam ou com quem não tem experiência”. E acaba a apelar ao voto em Pedro Nuno, “um político com experiência, que já teve de decidir fazer experiência e que não pode prometer o que lhe passa na alma porque essa promessa tem um custo”.

  • Bom dia, passámos a seguir neste novo liveblog a campanha eleitoral, num dia em que os mais de 200 mil eleitores que se inscreveram para o voto antecipado em todo o país vão poder votar.

    Pedro Nuno diz que Montenegro e Moedas se gabam de entregarem chaves de casas “pagas e desenhadas” pelo Governo PS

  • Sampaio da Nóvoa e Ana Gomes apresentam livro de Rui Tavares. "Os que passaram pelo autoritarismo não eram mais estúpidos que nós"

    Rui Tavares apresentou hoje à noite, ladeado por Ana Gomes e António Sampaio da Nóvoa, ambos antigos candidatos à Presidência da República, o seu novo livro de crónicas, dividido em duas partes.

    Num evento que não foi integrado na agenda da campanha oficial do Livre, falou-se do “farsismo” e dos perigos das forças populistas, tema da compilação de textos de opinião. “Falta-nos imaginação e achamos que quando os autoritarismos voltarem o realizador do filme vai mudar o filtro e fica tudo a preto e branco”, afirmou Rui Tavares, lembrando que nos anos 20 e 30, em países colhidos pelo fascismo havia “dias de sol radioso”. “Secalhar achamos que há uma certa irrealidade e que não se pode concretizar”, apontou.

    Ana Gomes destacou que os que passaram pelo autoritarismo “não eram mais estúpidos do que nós” e atirou ao “vendedor da banha da cobra” do Chega. Olha para a “ideologia como antídoto essencial para combater o fascismo” e aponta ao dedo a quem “quer normalizar” o partido de André Ventura, afirmando que Passos Coelho foi à campanha da AD para “fazer isso”.

    Já Sampaio da Nóvoa, que apresentou a parte “otimista” do livro de crónicas para “o futuro de Portugal”, destacou Rui Tavares como a pessoa com que mais se identifica atualmente no espaço público, pela sua “atitude de tolerância e diálogo, quando os outro só sabem construir muros”.

  • Tiago Mayan foi ao comício da IL no Porto: “Tenho pena que Carla Castro não esteja, mas…”

    O ex-candidato presidencial da IL, Tiago Mayan Gonçalves, apoiante de Carla Castro nas eleições internas, esteve no comício do Porto. Gostava de discutir certos temas internamente após 10 de março.

    Tiago Mayan foi ao comício da IL no Porto: “Tenho pena que Carla Castro não esteja, mas…”

  • Um mercado, três comícios e dois barões. A corrida louca de Montenegro em dia de Costa

    Arrancou embalado por Cavaco, mergulhou num mercado, teve apoio de Moreira e Menezes, teve três comícios e fez três discursos. Pelo meio, ainda cantou Rui Veloso e Tony Carreira num autocarro de jotas.

    Um mercado, três comícios e dois barões. A corrida louca de Montenegro em dia de Costa

  • Ventura insinua que "está em curso uma tentativa de desvirtuar estas eleições em Portugal"

    Na noite antes do voto antecipado, André Ventura faz um sprint contra o voto útil, dizendo que “não vale de nada ser o partido com mais jovens, com mais classe trabalhadora e a crescer nos mais velhos se quando chegar o momento não se for votar”. “É preciso que ninguém fique em casa”, alerta o presidente do Chega, para dizer que, sem votos no partido, “PS e PSD vão voltar a rir-se”.

    Citando um artigo do Financial Times, Ventura justifica que o partido que lidera está a “marcar completamente a campanha”. Mas quis dedicar-se também a outros temas, nomeadamente para alertar que está um “boicote” às próximas eleições”.

    Começa por dizer que há relatos de emigrantes que não receberam boletins de votos ou que “não recebem indicações para votar” e até de “consulados”, dando como exemplo o de Joanesburgo, que “disse pelo Facebook que quem tivesse votar tinha de se inscrever até 10 de janeiro”.

    “Está em curso uma tentativa de desvirtuar estas eleições em Portugal”, alerta, frisando que há vídeos a circular de “pessoas a dizer que vão anular os votos do Chega e condicionar os votos do Chega”. “Aliás, há pouco tempo, um membro do Bloco de Esquerda escreveu que iria anular os votos da AD e Chega, temos de ter olho aberto, não nos podem enganar nestas eleições”, realça André Ventura.

  • Mortágua ataca Costa e dá conselho ao PS: "A maioria absoluta acabou e o PS não se deu conta. Menos arrogância, mais humildade"

    “Fazer campanha ao teu lado é sempre uma alegria e emoção sem fim”, diz agora Mariana Mortágua, dirigindo-se a Marisa Matias. “Eles não sabem o que os espera”, atira, antecipando que será “incrível” eleger pela primeira vez Matias no Parlamento nacional.

    Mortágua antecipa que nesta campanha ainda vai falar de questões muito importantes, algumas “decisivas”, embora ignoradas pelos outros partidos. Esta noite será um destes casos, anuncia: “O que é amar um país?”, começa por perguntar, citando José Tolentino Mendonça.

    “Amar um país é proteger, é cuidar”, prossegue. Daí passa para falar de pessoas “invisíveis” na sociedade: as cuidadoras informais (um tema que tem sido muito defendida por Marisa Matias, a quem aponta um apoio “permanente” à causa).

    Em Portugal há tantas (a maioria são mulheres) como trabalhadores por turnos, 800 mil no total, explica. Cerca de 250 mil são-no a tempo inteiro. E é graças a esse trabalho “discreto” que 80% dos cuidados são prestados de forma “não paga, invisível e silenciosa”, por amor mas também por “falta de alternativa”.

    O que mudou nos últimos anos é que estas pessoas se começaram a “organizar”, fazendo o primeiro encontro nacional há oito anos, “ao fim de uma eternidade de silêncio e de silenciamento”. “E no entanto são a coluna vertebral da nossa sociedade (…). As invisíveis queriam ser vistas e foram vistas”. O BE lembra que acompanhou estas batalhas para que houvesse um estatuto do cuidador informal, aprovado em 2019.

    Lembra que durante muito tempo “foi só o Bloco e o Presidente da República” que defenderam este estatuto e que o PS não queria. “Isso só foi possível porque não havia uma maioria absoluta. São o mato de nascer impossíveis. O que era impossível passou a ser possível”, defende. Mas “ainda falta imenso” e o BE ainda não está “satisfeito”.

    “Entendemos que a melhor homenagem às cuidadoras é levarmos para a próxima legislatura a concretização de todos os direitos que estão por inscrever na lei”, anuncia. Falta reconhecer os cuidados prestados no passado, anos que não contam para a reforma. Também critica a licença atribuída para cuidadores que tenham outro trabalho, que neste momento é de cinco dias, sem remuneração e sujeita a um pré-aviso de dez dias — o Bloco quer de 30 dias, remunerada. Também quer que o subsídio de apoio, que só chega a 5 mil pessoas, deixe de excluir as outras por “razões erradas”, com uma condição de recursos apertada que o Bloco quer alterar.

    Nos últimos quatro anos, diz, só foram gastos 28 milhões de euros dos 120 que estavam previstos nos Orçamentos de Estado. Não quer ouvir falar de “prudência nas contas certas”. Responde a António Costa, que disse que a maioria absoluta teria uma nota de “muito bom” e que a sua demissão lhe interrompeu o “jogo”. “Com franqueza, agora valem menos as justificações e só valem as soluções. Queremos resolver as crises que a maioria absoluta deixou”.

    “Nenhuma agência de rating sabe avaliar o esforço das 800 mil cuidadoras informais que tratam do nosso país sem que o Governo tenha executado a verba que inscreveu para lhes pagar o apoio”, dispara ainda contra Costa. A maioria absoluta “falhou, e falhou, e falhou, e não há comício do PS que explique e mostre o contrário ao nosso povo”. Fala do comício de hoje do PS, e de novo da intervenção de Costa. “A maioria absoluta acabou e o PS não se deu conta, não se apercebeu. Menos arrogância, mais soluções. Menos soberba, mais humildade”, aconselha ao PS.

    Defende que o país “não admite mais falhas” e insiste que pode ajudar a virar a página da maioria absoluta. Este “não é um lamento, é uma exigência”, sublinha. E refere a proposta do BE para a criação de um Serviço Nacional de Cuidados, ironizando e dizendo que esta é uma “ideia radical”. No final, apela ao voto dos cuidadores no BE. Diz que esta não pode ser uma campanha sobre males menores, mas para “dar força à viragem necessária”, “para dar força à esquerda para mudarmos de vida”.

  • Montenegro foi o centro de todos os ataques. Quem atacou quem na primeira semana de campanha

    Luís Montenegro foi o mais atacado na primeira semana de campanha. Centrão preferiu atacar-se entre si. Ventura atacou todos, mas foi ignorado por PS e PSD. Esquerda só furou não-agressão num caso.

    Montenegro foi o centro de todos os ataques. Quem atacou quem na primeira semana de campanha

  • Durão, Passos, Cristas e Montenegro. O país deles "não é o dos trabalhadores", diz Bernardino

    Bernardino Soares teve a segunda intervenção mais aplaudida da noite na Casa do Campino em Santarém. O cabeça de lista pelo distrito substitui António Filipe (que não conseguiu ser eleito em 2022) e tem como objetivo voltar a colocar um deputado da CDU eleito por Santarém na Assembleia da República. Neste caso, ele próprio.

    E além da luta política, atirou criticas a um outro adversário da CDU: A “manipulaçãodas sondagens. Que Bernardino assegura “tem sido desmentida pelo apoio crescente que temos sentido nas ruas”. E demorou a apontar exemplo após exemplo de eleitores que “deixaram de votar e vão voltar a votar na CDU” e eleitores que vão votar na CDU “pela primeira vez”.

    O cabeça de lista por Santarém apontou o dedo aos adversários locais: “Não encontro ninguém que saiba o nome dos deputados eleitos por Santarém”. E rapidamente virou a crítica para o plano nacional.

    “O que tem a direita para nos mostrar? É Durão Barroso, da Goldman Sachs. É Passos Coelho, dos cortes das reformas e dos salários. É Assunção Cristas com a lei dos despejos. É o Montenegro que acha que o país pode estar melhor estando as pessoas com uma vida pior.”

  • Marisa Matias: posições internacionais diferentes à esquerda justificam voto no BE. Israel passa "impune" enquanto "aniquila um povo"

    Marisa Matias fala no comício do BE no Porto, lembrando que no dia em que começou a pré-campanha foi “o dia em que esta cidade decidiu dar o nome da Gisberta a uma rua”, mesmo sem que a “justiça seja feita”. “Gisberta, o teu nome é uma rua”, atira, numa referência à mulher transgénero morta em 2006 no Porto.

    “Para que não se apague o genocídio também nas palavras”, diz que vai falar sobre Gaza. “Esta semana assistimos a uma operação impensável do Estado de Israel. Usaram a fome como arma de guerra”, defende, criticando as forças israelitas por terem “disparado”, numa “violência abjeta e inimaginável”, contra palestinianos “famintos” que procuravam comida. “Se dúvidas houvesse: genocídio, ocupação, limpeza étnica”, sentencia, com muitos aplausos na sala.

    “Desde 7 de outubro vivemos esmagados pelas impunidades de um Governo que não olha a meios para aniquilar um povo”, atira contra Israel, dizendo que sobram “destroços”. Também critica o regime de Benjamin Netanyahu por só deixar entrar “5 a 10” autocarros de ajuda humanitária em Gaza, apesar de serem necessárias centenas, argumentando que paletes de água ou de instrumentos médicos e de cozinha e tudo isso pode ser usado como arma ou para fins militares. “Estão a bloquear a entrada de croissants de chocolate. Porque é que bloqueiam? Porque são luxo e não ajuda humanitária”, dispara, dizendo que recebe queixas destas “todos os dias” de organizações no terreno. Depois da sentença do tribunal de Haia, a entrada de ajuda humanitária ainda “diminuiu”. E pede que nunca se confunda “um governo colonial e sionista com o judaísmo”, nem se faça a partir disso discurso antissemita: “Nunca”. Lembra os judeus que têm estado “na linha da frente contra o sionismo. Espero que façam no país dele a revolução que fizemos há quase 50 anos”.

    “Teríamos esperado do governo português” que se tivesse juntado à denúncia de África do Sul sobre Israel, assim como o reconhecimento do estado da Palestina. “Só se pode reconhecer uma solução de dois Estados reconhecendo os dois, com um são palavras ao vento”.

    Critica o facto de o embargo à venda de armas a Israel ter ficado de fora da resolução do Parlamento Europeu para um cessar-fogo. “É incompreensível que entre esses deputados [que votaram para retirar esse aspeto] estejam os do PS e PSD”. Depois, recorda Margaret Tatcher que em 1982 ordenou um embargo de armas a Israel apesar de ser aliada do país. No mesmo ano, Ronald Reagan declarou que Israel estava a fazer ao Líbano “outro Holocausto”, cita. “Em Gaza, dizem-nos que desde 7 de outubro em média 10 crianças por dia perderam uma ou as duas pernas. A maior parte teve de ser operada sem anestesia. Temos os dados e o horror todo, mas os países são incapazes de tornar uma posição sequer próxima de Tatcher e Reagan em 1982?”, dispara. “As pessoas não têm abandonado o povo palestiniano, têm saído à rua”, garante. E diz que é também o modo como nos posicionamos em relação ao mundo que vai a eleições, e que as posições diferentes em relação a estas questões justificam o voto no BE. “Para nós, nunca houve imperialismos bons ou maus. Para nós, o direito à autodefesa” não pode ser usado como “biombo para o genocídio”.

  • Raimundo usa Passos e "mentores" da direita para atacar Montenegro

    “Dizem que isto está fraquinho, ponham os olhos nesta sala”. É a tónica repetida por Paulo Raimundo no início de cada comício. Em Santarém, com Bernardino Soares atrás, não foi diferente.

    Tal como não foi diferente o apelo ao voto. O secretário-geral do PCP insiste que a corrida eleitoral só acaba no fim. “Nestas horas há uma luta à qual os trabalhadores, os utentes e os reformados, à qual ninguém pode faltar: a luta eleitoral“.

    Assim como não foram diferentes as críticas à direita e ao PS. Raimundo olha com carinho para a experiência de 2015 e garante que “o melhor que o PS tem para apresentar são medidas que só viram a luz do dia pela ação da CDU” e que não só não foram “concretizadas pelo PS”, mas que apenas foram concretizadas “apesar do PS”.

    E numa altura em que a AD se tem apressado a apresentar nomes de peso em apoio a Luís Montenegro, Paulo Raimundo diz que presenças como a de Passos Coelho e “outros mentores” – como Durão Barroso e Assunção Cristas – torna evidente que, apesar das “mil e uma promessas” eleitorais, o programa da direita continua a ser aquele de quem “aplaudiu de pé os cortes nas pensões e nos salários”.

  • Beijos, selfies e autógrafos. Mortágua solta nas ruas, a garantir que a zanga dos eleitores com o Bloco já passou

    Coordenadora do BE mexe-se nas ruas e distribui afetos, contrariando dúvidas sobre a sua capacidade para gerar empatia. No Porto ouviu promessas de votos, elogios a Cunhal e queixas sobre turistas.

    Beijos, selfies e autógrafos. Mortágua solta nas ruas, a garantir que a zanga dos eleitores com o Bloco já passou

  • Santana Lopes junta-se à campanha da AD

    Pedro Santana Lopes vai juntar-se à campanha da Aliança Democrática amanhã, domingo, apurou o Observador.

    O antigo primeiro-ministro e ex-presidente do PSD é esperado numa ação de campanha da coligação na Figueira da Foz, onde é autarca.

  • Ventura considera "uma enorme desfaçatez" António Costa dizer que "a mudança com segurança é no PS"

    André Ventura considera que António Costa teve “uma dose muito grande de desfaçatez” para ir ao comício do PS “no meio de uma campanha eleitoral que deriva da queda de um governo devido a um caso de corrupção” e dizer “que a única mudança é o PS”.

    “António Costa dizer que a mudança com segurança é no PS é uma enorme desfaçatez”, reitera, na esperança de que os portugueses lhe deem um “cartão vermelho”, principalmente por acreditar que foi uma “aparição negativa para o país” — “Foi fazer propaganda com uma grande falta de vergonha.”

    O líder do Chega recordou os casos de Açores e Madeira para sublinhar que o PSD nunca escolheu o Chega: “Fica claro de que lado está o PSD.” Confrontado com o dia seguinte às eleições, disse que “continua acreditar que com uma maioria de direita funcionará uma maioria de direita”.

    “Acho que a AD está a seguir um caminho perigoso de aproximação ao PS e recentramento político. Pode ser uma estratégica útil para captar votos, mas vai alienar o eleitorado e vai confundir”, entende Ventura que, perante as palavras da esquerda no sentido oposto, reconhece que não vê como é que a AD esteja a aproximar-se do Chega.

    “Luís Montenegro, sempre que teve de escolher escolheu o PS ao Chega ou o PAN ao Chega. Pergunto aos eleitores de direita se é isso que querem”, atira, reiterando que, ainda assim, está “sempre disponível pelo país” para se sentar à mesa com o PSD no dia a seguir às eleições.

    Questionado sobre uma possível moção de censura a um governo do PSD admite que dependeria do “programa que apresentar”. “Eu quero acreditar que o PSD, até lá, vai fazer a sua cura socialista.”

  • Sondagem diária da CNN. Chega aproxima-se de AD e PS, número de indecisos volta a aumentar

    A sondagem diária publicada pela TVI e pela CNN Portugal, realizada por IPESPE/Duplimétrica, mostra que a AD e o PS mantêm-se separados por seis pontos percentuais (28% para a coligação, 22% para os socialistas) num dia em que as intenções de voto no Chega subiram ligeiramente.

    O partido liderado por André Ventura regista 15% das intenções de voto (face aos 14% que registava esta sexta-feira). Em sentido contrário estão a Iniciativa Liberal e o Livre que viram as intenções de voto a descer um ponto percentual (de 5 para 4% e de 3 para 2%, respetivamente).

    Há ainda a registar uma nova subida do número de indecisos, numa altura em que falta cerca de uma semana para o dia 10 de março. A sondagem divulgada pela CNN Portugal mostra que 18% dos eleitores ainda não sabem em que vão votar, percentagem que compara com os 17% registados na sexta-feira.

    Ao contrário do que aconteceu na sexta-feira, o trabalho de campo da sondagem deste sábado incidiu nos dias 28 e 29 de fevereiro e 1 de março. Por isso, os resultados já ‘contam’ com o ataque com tinta verde a Luís Montenegro ou as declarações de Paulo Núncio sobre um referendo ao aborto.

    Participaram nesta sondagem 600 pessoas. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4,1 pontos percentuais, para um grau de confiança de 95,45%.

  • Pedro Nuno diz que "choque fiscal" da AD é "xeque mate ao Estado social e à maioria do povo" e acaba a pedir: "Confiem em mim"

    Pedro Nuno Santos continua o seu discurso, muito repetitivo face ao que tem feito noutros comícios e com vários ataques à AD, acusando os adversários de ter uma proposta de choque fiscal “que é um xeque mate ao Estado social e à maioria do povo português”.

    Coloca o PS, “com orgulho, como o partido do Estado social” e volta a falar do SNS que é para os mais velhos mas também “para as jovens famílias” e fala novamente nos tratamentos de infertilidade. para dizer que se “espera tempo de mais em Portugal”.

    Acaba a apelar ao voto no dia 10 de março, “uma das datas mais importantes do nosso futuro” já que se “defende também a herança dos 50 anos do 25 de abril. E pede aos indecisos “para que confiem” nele e “em quem sempre se debateu para um país para todos” e que “não deixa ninguém para trás”: “Confiem em mim, confiem em nós”.

  • As "meninas do Bloco de Esquerda"? Joana Mortágua acusa AD de conviver "mal com o protagonismo das mulheres na política"

    Após Luís Filipe Menezes, ex-presidente do PSD, dizer que Pedro Nuno Santos, enquanto um obreiros da geringonça, “só tinha olhos para as meninas do Bloco de Esquerda”, Joana Mortágua acusou a AD de conviver “mal com o protagonismo das mulheres na política”. “Convivem mal com a igualdade”, escreveu a cabeça de lista do BE por Setúbal na rede social X, antigo Twitter.

    Em resposta ao ex-presidente do PSD, Joana Mortágua disse ainda que a “AD mostra todos os dias o seu ADN”, “em todos os sentidos do trocadilho”.

    À reação de Joana Mortágua juntou-se, entretanto, a de Catarina Martins, que também recorreu ao antigo Twitter para questionar os seguidores se “sentiram o bafio misógino que se solta da campanha da direita?”. “Paulo Núncio [que defendeu um referendo ao aborto], Luís Filipe Menezes… direita democrática, não era? Só para o clube de rapazes”, acusou a antiga coordenadora do BE.

  • Pedro Nuno agradece "oportunidade" que Costa lhe deu de "crescer politicamente" e diz que o "tempo livre lhe fez bem"

    Por último discursa, no Porto, Pedro Nuno Santos que sobe ao palco e agradece a Costa a “oportunidade que foi dada para crescer politicamente”. “É bom ver que este tempo livre lhe fez tão bem”, diz a Costa que está na primeira fila do pavilhão Rosa Mota a ouvir.

    Fala no orgulho pelos oito anos de governação e diz que “António costa garantiu o presente e agora queremos construir o futuro. Com a AD recuaríamos”, diz sobre os adversários.

    Contrapõe o seu choque salarial ao choque fiscal da oposição, no “rombo” nas contas públicas que acusa sempre o PSD de propor e a falta de ambição que diz existir no PSD sobre a valorização salarial da função pública e a revisão do acordo de rendimentos que propões, acusando Luís Montenegro de “querer rever em baixa esse acordo”.

    “O PSD diz que não temos ambição. De facto não queremos o rombo nas contas públicas. A ambição é o povo viver melhor e ter melhores salários”, afirma Pedro Nuno Santos. E diz que a notação das agências de rating “tem importância porque mostra que podemos intensificar o trabalho que temos vindo a fazer”.

  • Rui Rocha diz que se Montenegro não responder ao seu desafio não responde às famílias portuguesas

    O líder da Iniciativa Liberal insistiu esta tarde no desafio lançado diretamente a Luís Montenegro, que já tinha feito ao fim da manhã em declarações aos jornalistas: “Está disponível ou não para baixar cem euros no IRS de quem ganha 1500 euros brutos mensais?”.

    Num comício no Porto, Rui Rocha reconheceu que para já não houve desenvolvimentos: “Até agora não tivemos ainda resposta, mas quero dizer-vos que não é a mim que Luís Montenegro não responde. É mesmo às famílias portuguesas, que querem saber a posição do PSD sobre alívio fiscal. O programa do PSD propõe para estas pessoas um alívio de 5 ou 6 euros por mês. É suficiente para as famílias portuguesas?”, perguntou o líder do partido, para ouvir os simpatizantes responderem em coro que não.

    No resto do discurso, Rui Rocha quis deixar a mensagem de que “a Iniciativa Liberal é o partido das famílias” e voltou a apresentar as propostas para a habitação e a saúde, repetindo a promessa de médico de família para crianças até 9 anos, idosos com mais de 65 anos e grávidas em 2024.

    No fim dirigiu-se aos indecisos, perguntando: “Que outro partido garante a coragem, a ambição e as pessoas, para transformar realmente o país? Onde querem que os vossos filhos estejam daqui a 4 anos? A resposta é aqui, que estejam cá, num Portugal a crescer”.

  • Costa ataca ex-PM do PSD e que Cavaco "ganhou eleições quando só havia uma televisão e comandada pelo seu ministro Adjunto"

    António Costa continua a dizer que tem tempo livre para também ver televisão e estranha ter visto a direita a dizer que tinha construido sete hospitais durante a sua governação: “Todos os sete tinham sido iniciado no Governo socialista”, afirma Costa que diz que foi conferir.

    “Isto é importante porque revela o que para eles significa governar. Governar é inaugurar. Qualquer político que tenha atingido a idade adulta sabe que só na poesia é que basta Deus querer para a obra nascer. Para que a obra nasça há muito trabalho por trás da inauguração”. Diz mesmo que ele “que já inaugurou muitas coisa” e que é “a parte mais fácil da vida política”: “Ir para o Governo não é fazer inaugurações”.

    E fala nos problemas com que se depara numa grande obra, incluindo a falta de mão de obra — e aqui atira aos que “andam preocupados com a imigração”.

    “A impreparação que a AD tem para governar e não é por irem buscar inspiração aos anteriores primeiro-ministros que vão conseguir governar no dia de hoje”, diz Costa.

    Primeiro sobre Cavaco: “O mais antigo não governou só numa era em que não havia internet, em que não havia providências cautelares. Ele governou e conseguiu ganhar eleições quando só havia uma televisão em Portugal que era, aliás, comandanda pelo seu ministro adjunto”.

    Sobre Durão Barroso: “Quanto ao outro em menos de dois anos percebeu que governar não é inaugurar e foi para Bruxelas”. Sobre Santana, diz que “até queria que o convidassem mas eles não convidam”.

    E o último, Passos, diz que “fez o truque que dizem para o Chega sair pela porta mas depois o Chega entra pela janela contaminando-os a eles com as ideias que tem sobre os estrangeiros e outras boas ideias que contaminam o Chega”.

    Diz ainda a Pedro Nuno que fique tranquilo “porque vai ter muita obra para inaugurar” e diz-lhe que “ainda vai inaugurar no seu mandato o hospital central oriental e o do Algarve”.

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