Trump assinou uma ordem executiva que invoca “autoridade presidencial para proibir o açambarcamento de equipamentos e produtos médicos vitais, como desinfetantes de mãos, máscaras e equipamentos de proteção”, anunciou o próprio na conferência de imprensa desta segunda-feira. Além disto, em causa está também a revenda destes equipamentos por algumas das pessoas que têm comprado os materiais médicos em quantidades elevadas.

“Queremos ainda prevenir o aumento de preços. A secretária da Saúde está autorizada a designar materiais médicos como escassos, o que significa que será crime açambarcar estes items. Não podemos deixar que isto aconteça e não podemos deixar que os vendam a preços excessivos”, informou o chefe de Estado norte-americano. Trump garantiu que não será permitida a exploração da pandemia para proveito próprio.

Trump adiantou ainda que a “Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) está a distribuir 8 milhões de máscaras com respiradores e 13,3 milhões de máscaras cirúrgicas por todo o país, focando-se em áreas de grande necessidade, (…) e recebeu doações de 6,5 milhões de máscaras nas últimas 96 horas” e elogiou as iniciativas e a parceria entre todos os “que estão a trabalhar juntos”.

O Presidente dos EUA, que quer a economia normalizada o mais rapidamente possível, anunciou esta segunda-feira que no final do período de 15 dias de quarentena, posto em prática na semana passada, será decidido qual o caminho a seguir, nomeadamente o “timing para a reabertura do país”.

O chefe de Estado, que considera que os 15 dias representam um período de enorme aprendizagem, afirmou ainda que o país tem de ser aberto. “Na minha opinião isto poderá levar a problemas bem maiores” não relacionados com a saúde, disse, acrescentando que não é necessário parar todo o país, uma vez que nem todas as áreas estão afetadas.

“Temos quase 160 milhões de postos de trabalho. Não podemos desligar isso. Haverá repercussões tremendas, incluindo mortes, provavelmente mais do que em relação ao vírus”, disse, acrescentando que o governo está próximo de uma data.

O Presidente norte-americano apelou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, para a proteção dos asiático-norte-americanos, garantindo que a propagação da Covid-19 “não é culpa sua”.

“É importante que protejamos a comunidade asiático-norte-americana nos EUA e em todo o mundo. São pessoas fantásticas e a propagação do vírus não é culpa deles”, começou por dizer Donald Trump, acrescentando: “Eles estão a trabalhar estreitamente connosco para nos livramos do vírus. Vamos prevalecer juntos”.

Apesar da suspensão de todos os principais campeonatos, o Wolfsburgo voltou aos treinos esta segunda-feira com vários cuidados com os jogadores, entre os quais a medição de febre, a separação em pequenos grupos para respeitar distâncias (em quatro balneários distintos) e a desinfeção de aparelhos de exercício e chuveiros depois do final da sessão

Getrenntes Team: Unsere Wölfe sind mit kleinen Gruppen und besonderen Schutzmaßnahmen ins Training zurückgekehrt.

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— VfL Wolfsburg (@VfL_Wolfsburg) March 23, 2020

Cuba vai meter em isolamento todos os turistas em seu território a partir de terça-feira, no seguimento da entrada em vigor de um fecho parcial de fronteiras por um mês, anunciou hoje o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero. Cuba regista já 40 casos de coronavírus.

“Todos os turistas ainda presentes nos hotéis serão postos em isolamento (…) e não podem sair do hotel” até que encontrem um voo para regressarem aos seus países, declarou Marrero na televisão nacional cubana. Na segunda-feira, disse o primeiro-ministro, estavam em Cuba 32.500 turistas estrangeiros.

A TAP tem previstos dois voos, na quarta-feira e no sábado, para apoiar portugueses que estão em Angola e desejam regressar a Portugal, informou o Consulado-Geral de Portugal em Luanda no seu site.

No caso do voo TAP agendado para quarta-feira, os interessados deverão consultar os canais comerciais da transportadora aérea. Os preços deste voo, a que a Lusa teve acesso, variam aproximadamente entre 1.500 euros em classe económica e 2.630 em classe executiva.

Para o voo previsto para sábado, os interessados devem contactar a agência ISDTravel (www.isdtravel.pt) para obter mais detalhes sobre reservas e pagamentos.

Lusa

A Região Autónoma da Madeira não está na fase exponencial da epidemia da Covid-19 como acontece em Portugal, disse hoje o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos.

“É preciso ver que a fase em que o país se encontra é uma fase totalmente diferente, é uma fase exponencial. Nós ainda não estamos nessa fase exponencial, assim o demonstra o gráfico e o número de casos que tem vindo a surgir dia-a-dia, um dia um, outro dia dois, outro um, outro três. Nós não estamos com nenhuma curva exponencial”, esclareceu o governante, numa videoconferência sobre o relatório da situação epidemiológica na Madeira.

Pedro Ramos considera, por isso, crucial a presente semana, porque “até agora todos os casos são importados, vieram de fora da região”, faltando agora saber se desencadearão uma transmissão comunitária em cadeia.

O secretário regional conclui que esta será “uma semana de redobrada atenção”, quer na evolução dos casos, quer na sua expansão territorial, admitindo que o pico não se dará ainda daqui a duas semanas como está previsto a nível nacional.

Lusa

Mensagem a circular nas redes sociais pede às pessoas que fechem janelas porque vai ser pulverizado desinfetante a partir das 23h40 desta segunda-feira, lançado de “cinco helicópteros”. É falso.

Fact Check. Helicópteros vão pulverizar desinfetante no ar durante a noite para erradicar coronavírus?

Está agendada para amanhã, às 15h, uma reunião extraordinária de câmara, a realizar por videoconferência, com todos os vereadores e um único ponto na agenda: informar sobre as orientações e medidas que o executivo está a aplicar na cidade para combater a pandemia, bem como sobre os recursos que serão canalizados para essa missão.

A reunião foi agendada pelo presidente da Câmara, Fernando Medina, a pedido da vereadora do PSD, Teresa Leal Coelho. Segundo o comunicado divulgado pelos sociais democratas, “todos os grupos políticos com assento na Câmara Municipal de Lisboa têm responsabilidade, por um lado, na implementação das medidas e, por outro, na decisão de canalização de recursos para este exigente combate à pandemia da covid-19”. Nesse sentido, Teresa Leal Coelho manifesta a “total disponibilidade” para participar nas ações definidas pelo executivo nos “termos mais adequados”, ao mesmo tempo que assume vontade em contribuir com propostas relativas às medidas a adotar.

Com a recente declaração de Estado de Emergência pelo Presidente da República, o PSD admite uma alteração substancial do enquadramento jurídico e, consequentemente, das “condições de vida na cidade de Lisboa por um período prolongado”. E é nesse contexto que aproveita, também, para reiterar que o PSD manifesta total disponibilidade para uma “colaboração ativa e construtiva indispensável” em torno deste objetivo comum que “exige recursos inadiáveis e o mais alargados possível”.

A Cruz Vermelha criou um movimento, o #Eu Ajudo Quem Ajuda, destinado ao financiamento de iniciativas, projetos e operações no âmbito da Saúde e apoio humanitário no quadro da prevenção e controlo da Pandemia Covid-19.

O Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa, foi o primeiro a associar-se a esta campanha, segundo o comunicado da Cruz de Vermelha, com uma doação de 10 mil euros. Também os supermercados Pingo Doce anunciaram o apoio financeiro para permitir instalação de um sistema inovador “Triagem Smart” no Hospital da Cruz Vermelha, a ser desenvolvida pela empresa portuguesa Biosurfit. A cadeia de Hotéis Selina contribuiu com a disponibilização de quartos para técnicos de Saúde, por proteção dos seus familiares, e a BP disponibilizou um plafond de 18 mil euros em combustível para as ambulâncias de Socorro dedicadas à Covid-19.

A Cruz Vermelha Portuguesa conta, até ao momento, com 11 ambulâncias dedicadas exclusivamente aos doentes com Covid-19, tendo realizado já 326 transportes de doentes e suspeitos.

Foi, ainda, cedido 1 milhão de máscaras ao Exército Português, 50 camas de campanha para a montagem de uma zona de repouso na Escola Secundária de Oliveira de Azeméis e outro material. Os donativos poderão ser feitos por transferência bancária: PT50 0010 0000 3631 9110 0017 4 ou Referência Multibanco: 20 999; Entidade: 999 999 999.

Mais de 75% dos pedidos que chegaram à Rede de Emergência Alimentar, criada na sexta-feira, são de pessoas que antes da epidemia de Covid-19 não recebiam qualquer apoio, disse à Lusa Isabel Jonet, que lidera a iniciativa.

Até às 17h40 de hoje a Rede de Emergência Alimentar recebeu 651 pedidos de ajuda, 76% dos quais de pessoas que não recebiam qualquer apoio antes da epidemia de Covid-19, que está a provocar uma emergência social, deixando muitas pessoas sem apoio e colocando a outras a necessidade de o começar a receber, como apontou à Lusa Isabel Jonet.

Dos 651 pedidos, 13% são de pessoas que vivem sós, com idades entre os 22 e os 85 anos. 67% dos pedidos estão concentrados nos distritos de Lisboa e Setúbal. 56% dos pedidos são pessoas com crianças menores de 10 anos a cargo.

Lusa

O bastonário da Ordem dos Médicos quer a revisão da orientação feita pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para os profissionais de saúde expostos ao novo coronavírus que representam baixo risco de contágio, apelando para a realização de mais testes.

“Vamos pedir à diretora-geral da Saúde [Graça Freitas] que reveja este despacho, porque as coisas, às vezes, saem assim, e que coloque este despacho como ele dever ser”, afirmou à Lusa Miguel Guimarães, sublinhando que para os profissionais de saúde de “alto risco as orientações estão bem”, mas para os que representam “baixo risco não estão”.

Lusa

O governo chinês vai doar materiais de apoio e facilitar a aquisição de equipamentos a Portugal para enfrentar a pandemia da covid-19, anunciou hoje o embaixador da China em Portugal, Cai Run.

Numa nota enviada à Lusa, a embaixada chinesa mostrou-se grata às autoridades portuguesas pela “solidariedade” demonstrada durante a crise provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 na China e lembrou que “no aperto do perigo, conhece-se o amigo”, assegurando que os meios “vão chegar em breve” ao país.

“Desde há muito tempo, a Embaixada da China em Portugal tem mantido comunicação e coordenação estreitas com o governo português e as suas autoridades competentes, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde [DGS] de Portugal, e ao mesmo tempo tem articulado com as autoridades competentes chinesas, assim como autoridades locais e empresas”, referiu o diplomata no comunicado.

A representação chinesa em Portugal notou ainda ter promovido e coordenado esforços para que cidades como Pequim, Xangai, Shenzhen, Zhuhai e Shenyang, entre outras, tenham doado “prontamente às cidades geminadas portuguesas materiais de proteção, como máscaras médicas, fatos, etc.”

Lusa

A Comissão Distrital de Proteção Civil da Guarda ativou o plano de emergência distrital para “aumentar a capacidade de coordenação, controlo e articulação interinstitucional”, devido à pandemia da covid-19, foi hoje anunciado.

“Na sequência da proposta apresentada pela Comissão Distrital de Proteção Civil, Sua Excelência a Secretária de Estado da Administração Interna autorizou a ativação do Plano de Emergência do distrito da Guarda entre as 0h horas do dia 23 de março e as 24h do dia 3 de abril de 2020“, refere o comandante operacional do Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda, António Fonseca, em comunicado enviado à agência Lusa.

António Fonseca adianta que, com a ativação do plano distrital de emergência, “é constituída uma subcomissão permanente para acompanhamento da situação, que procede à recolha de informação para inventariação dos danos e prejuízos que são comunicados à Comissão Distrital de Proteção Civil e entidades competentes”.

Lusa

Uma mulher de 89 anos é a primeira vítima mortal por covid-19 em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, onde se situa também o concelho de Ovar que se encontra sob estado de calamidade pública.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, referiu que a idosa, que morreu esta segunda-feira, estava internada no Hospital de Aveiro.

Numa nota publicada no site da autarquia, António Loureiro expressa à família enlutada, em nome do executivo municipal, os “sentidos pêsames pela perda do ente querido”.

Lusa

O número de mortos no Brasil devido ao novo coronavírus aumentou para 34, com o país a registar 1.891 infetados, um aumento de 345 casos nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afetado pelo coronavírus, contabilizando 30 mortos e 745 infetados. Segue-se o Rio de Janeiro com quatro óbitos e 233 casos confirmados de infeção. Ceará, Distrito Federal e Minas Gerais são as restantes unidades federativas do Brasil a somar mais de 100 infetados, cada um.

Lusa

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta segunda-feira que o Governo espera que, no início de abril, “o sistema [da Segurança Social] esteja preparado para rapidamente reembolsar” as entidades empregadoras que aderiram ao lay-off.

No regime de lay-off, é a empresa que tem de adiantar os dois terços do salário bruto mensal do trabalhador (o apoio previsto) e esperar pelo reembolso da comparticipação de 70% da Segurança Social. No regime normal, antes da pandemia, o reembolso podia demorar até quatro meses. Segundo o ministro, no regime “simplificado”, agora em vigor, a Segurança Social estará em condições de “automaticamente responder” às comparticipações de lay-off.

O ministro anunciou ainda que o regime de lay-off será acessível às empresas que tenham sido obrigadas a encerrar devido ao decreto do estado de emergência.

Lay-off: Empresas têm de adiantar valor total do apoio aos funcionários. Reembolso da Segurança Social costuma demorar mais de um mês

Já no final da entrevista à TVI, António Costa disse que “não pode acontecer como aconteceu ontem” e acumularem-se pessoas nas marginais do país. Questionado sobre se admite agravar medidas do estado de emergência disse que tem usado este período de exceção de forma “prudente”. Mas: “Se for necessário impor quadro sancionatório, imporemos”.

“As forças de segurança serão implacáveis”, disse o primeiro-ministro sobre o caso de encontros na rua, sobretudo de pessoas mais velhas. Admite a imposição de sanções embora também diga que acredita “que os portugueses continuarão a mostrar civismo”. E volta a referir que esta situação vai durar por “muitas semanas”.

Esta é a fase de “sermos muito disciplinados, termos muito sangue frio” e ter “consciência da gravidade da situação”.