O Brasil registou, nas últimas 24 horas, 31.142 novos casos de Covid-19 e 926 mortes provocadas pela doença, indicou o Ministério da Saúde.

Desde o início da pandemia, o mais populoso país sul-americano, com cerca de 212 milhões de habitantes, já contabilizou mais de meio milhão de mortes – 568.778 – e mais de 20 milhões de casos – 20.350.142 – de Covid-19.

O Brasil é o segundo país com mais mortos devido à Covid-19, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos acumulados, depois dos Estados Unidos e da Índia.

Segundo a agência EFE, o número médio atual de infeções (28.338 por dia) é quase um terço do número registado em 23 de junho, quando o Brasil atingiu uma média recorde de 77.328 casos por dia.

Ainda de acordo com os dados do Ministério da Saúde, dos quase 20,35 milhões de brasileiros que já estiveram infetados com novo coronavírus, cerca de 19,2 milhões recuperaram e tiveram alta, o equivalente a 94,3% do total.

Também segundo dados oficiais, até hoje o Brasil já administrou 162,7 milhões de vacinas contra a Covid-19.

Gouveia e Melo saiu do Pavilhão Multiusos de Odivelas sob escolta policial, enquanto ouvia apupos e gritos dos manifestantes, que lhe chamaram “assassino”. “És uma vergonha”, gritou um homem.

Nos cartazes lia-se, por exemplo, “Injeção não é obrigatória!”, “Não te injetes só para restaurantes” ou “Crianças Não!”.

Gouveia e Melo à saída do centro de vacinação de Odivelas, esta noite.
Vídeo: José Carlos Duarte/Observador pic.twitter.com/5J9QUfNk96

— João Porfírio (@porfiriojoao1) August 14, 2021

Tomás Silva/Observador

Tomás Silva/Observador

Tomás Silva/Observador

Num balanço sobre a vacinação dos jovens de 16 e 17 anos, Gouveia e Melo diz que este sábado já foram vacinados mais de 102 mil jovens, mas “o dia não acabou”, pelo que o número poderá ser superior.

De qualquer forma, foi um dia “muito positivo”, até porque há cerca de 180 mil agendados. Ou seja, “grande parte já foi vacinada”.

Gouveia e Melo voltou a frisar que “o que mata não é a vacina”, mas “é o vírus, e o vírus associado à ignorância e ao medo ainda mata mais“.

O vice-almirante apela aos jovens para que continuem a comparecer à vacinação no domingo.

Henrique Gouveia e Melo está a visitar o Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde um DJ dá música aos jovens que queiram vacinar-se até à 1 da manhã.

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da taskforce para a vacinação, chegou ao pavilhão de vacinação em Odivelas, onde estão a ser imunizados jovens de 16 e 17 anos, e foi recebido por uma manifestação anti-vacinas.

Questionado sobre a manifestação, Henrique Gouveia e Melo disse que “o obscurantismo é triste”. “Há sempre uma margem de pessoas que tem o direito à sua opinião. No entanto, esse direito não pode implicar que os outros não tenham também direito à sua. A vacinação é livre, as pessoas apresentam-se de forma livre”, disse ainda.

No vídeo gravado pelo repórter do Observador no local, José Carlos Duarte, é possível ver manifestantes a aproximarem-se de Gouveia e Melo e a tentarem barrar-lhe a passagem. O vice-almirante acaba por empurrar uma das manifestantes que se coloca à sua frente.

Chegada do vice-almirante Gouveia e Melo ao centro de vacinação de Odivelas.
O coordenador da task-force foi interpelado por manifestantes anti-vacinas que o acusaram de ser um “assassino”.
Vídeo: José Carlos Duarte/Observador pic.twitter.com/F0eaIYFnDH

— João Porfírio (@porfiriojoao1) August 14, 2021

O vice-almirante foi também questionado sobre o porquê de ter contornado a manifestação e respondeu que “nós não devemos ter medo. Medo de quê? Quando acreditamos numa coisa temos de sofrer as consequências sejam lá que for. Eu não tenho medo nenhum e vou passar por ali quando sair outra vez”, assegurou.

Sobre o facto de um dos gritos dos manifestantes lhe chamar “assassino”, Gouveia e Melo diz que não está preocupado. “O negacionismo e o obscurantismo é que são os verdadeiros assassinos. Morreram mais de 18 mil pessoas em resultado desta pandemia. A pandemia é que é a verdadeira assassina e o obscurantismo pode ajudar a pandemia. Estou aqui a contribuir pelo contrário, para esclarecer as pessoas que esta pandemia é perigosíssima”. “Não devemos ter medo de ninguém”, pediu ainda.

Com José Carlos Duarte

Cabo Verde registou mais 58 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, e uma morte, elevando para 34.344 o acumulado de casos desde março de 2020, segundo dados divulgados este sábado pelo Ministério da Saúde.

Em comunicado, o Ministério da Saúde anunciou que os laboratórios de virologia do arquipélago processaram 1.518 amostras desde sexta-feira, com uma taxa de positividade global de 3,8%.

No concelho da Praia, capital e principal foco da pandemia de Covid-19 no país, foram registados mais 25 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas (em 315 amostras, taxa de positividade de 7,9%), contando agora com 296 casos ativos.

Ainda na ilha de Santiago registaram-se novos casos de covid-19 nos concelhos de São Salvador do Mundo (cinco), Santa Catarina (cinco), Tarrafal (quatro) e São Lourenço dos Órgãos (dois).

Segundo os dados do Ministério da Saúde, foram também confirmados casos de Covid-19 nas ilhas de São Vicente (sete e uma morte por complicações associadas à doença), Fogo (três), Sal (três), Maio (três) e Boa Vista (um).

Nas últimas 24 horas foram dadas como recuperadas da doença em Cabo Verde 47 pessoas e subiu para 299 o acumulado de óbitos por complicações associadas à Covid-19, além de 12 por causas externas, desde o início da pandemia.

Carrie Johnson, mulher do primeiro-ministro britânico, que está grávida do segundo filho, recorreu às redes sociais para revelar que levou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e para recomendar às futuras mães que se protejam da mesma forma.

Numa publicação no Instagram citada pelo Daily Mail (a conta de Carrie é privada), a primeira-dama do Reino Unido, de 33 anos, diz que se sente “fantástica”.

Devido à evidência científica “tranquilizadora”, Carrie apela a outras grávidas que também recebam o imunizante contra a Covid-19. “Sei que há muitas mulheres grávidas que estão ansiosas quanto a tomar a vacina da Covid mas a evidência [científica] é incrivelmente tranquilizadora. Mais importante, os dados mostram que não há um risco acrescido de aborto espontâneo, algo que sem dúvida me preocupava“, indica.

Johnson refere que “quase 200.000 mil grávidas nos Reino Unido e nos EUA receberam vacinas da Pfizer e da Moderna recomendadas durante a gravidez”. E cita o Royal College of Midwives, uma associação que representa as parteiras do país, para referir que as mulheres que esperam filhos “têm um risco acrescido de doença séria se tiverem Covid, logo, ser vacinada é realmente a melhor forma de se manter a si e ao seu bebé seguros”.

Há cerca de duas semanas, Carrie Johnson anunciou, também no Instagram, que está à espera do segundo filho.

Até às 18h30 deste sábado, cerca de 98 mil jovens, com idade entre os 16 e os 17 anos, já tinham sido vacinados, adiantou a task force ao Observador, estando o processo ainda a decorrer e estimando-se que sejam vacinados mais de 105 mil jovens.

Dados oficiais apontam ainda para mais de 152 mil pedidos de auto agendamento de jovens dos 12 aos 25 anos de idade para os fins de semana de 21/22 e 28/29 de agosto.

Angola registou 205 novos casos de Covid-19, quatro óbitos e 57 recuperados, nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção Nacional de Saúde Pública hoje divulgado.

Os dados apontam que 80 infeções foram registadas em Luanda, 64 na Huíla, 17 no Cunene, 17 no Moxico, 12 no Zaire, 11 na Lunda Sul, duas no Uíje, uma em Benguela e uma no Huambo, sendo 125 do sexo masculino e 80 do sexo feminino, com idades que variam entre dois meses e 86 anos.

Quanto aos óbitos, morreram dois homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre 20 e 86 anos. As mortes foram notificadas nas províncias do Bié, Huambo, Moxico e Luanda.

Relativamente aos recuperados, foram reportados em Cunene (18), Moxico 816), Huíla (14), Benguela (quatro), Lunda Norte (três) e Luanda (dois), com idades entre os 15 dias e os 87 anos.

Com os dados das últimas 24 horas, Angola passou a contabilizar um total de 44.533 casos de Covid-19 desde o início da pandemia, 1.086 óbitos, 41.392 recuperados.

Estão ativos 2.055 casos, dos quais 16 críticos, 25 graves, 75 moderados, 13 leves e 1.926 assintomáticos.

Itália registou 7.188 novos casos de Covid-19 e 34 mortes nas últimas 24 horas, dados ligeiramente inferiores aos do dia anterior, avançou este sábado o Ministério da Saúde do país.

No total, 4.435.008 pessoas foram infetadas em Itália desde o primeiro caso local de coronavírus declarado em fevereiro de 2020 e 128.413 pessoas morreram.

Por outro lado, a pressão nos hospitais continua a aumentar porque, dos 126.466 positivos atualmente no país, a grande maioria está em casa com quase nenhum sintoma, enquanto 3.473 foram internados, mais 71 que na quarta-feira, e há 372 pacientes em unidades de cuidados intensivos, três a mais que no dia anterior.

Em relação à campanha de vacinação, 35.503.682 pessoas receberam a vacina completa, o que representa 65,74% do total da população com mais de doze anos.

O relatório do instituto italiano de saúde indica que a taxa de internamentos hospitalares nos últimos 30 dias foi sete vezes maior para os não vacinados em comparação com os que têm vacinação completa – 52 internados contra 7 por 100.000 habitantes.

No arranque da vacinação dos adolescentes entre 16 e 17 anos em Portugal continental, o centro do Altice Arena, em Lisboa, não tinha filas e os jovens eram inoculados em poucos minutos. “Nem esperei 30 segundos”, contou ao Observador João Lopes, de 17 anos, que também salientou a “boa organização”.

“Foi tudo muito rápido”, destacou Teresa Matias, uma adolescente hoje vacinada no Altice Arena, referindo ainda que a “a enfermeira foi muito simpática”.

De acordo com informações da responsável pelo centro de vacinação, o arranque de vacinação está a correr “calmamente”. Estava previsto que 800 adolescentes fossem vacinados, e, até ao momento, apenas 31 faltaram no Altice Arena.

“As pessoas marcaram, compareceram, estão acompanhados pelos pais, sem confusões e sem esperas”, salientou ainda Cidália Martins ao Observador.

Dezenas de milhares de franceses protestaram hoje, pela quinta semana consecutiva, em várias cidades, contra as restrições impostas para conter a pandemia, sobretudo, contra a “ditadura” do certificado de saúde.

“É uma espécie de ditadura”, reclamaram vários manifestantes em cidades como Paris, Marselha, Lyon Nantes ou Montepellier.

O certificado de saúde consiste num código, emitido pelas autoridades, que garante a entrada em hospitais, cinemas, museus, comboios e alguns espaços públicos.

Este documento é atribuído quando uma pessoa completou a vacinação contra a covid-19, apresenta um teste de antígeno ou PCR negativo com 72 horas de validade ou já está curada da doença.

“Estou a lutar contra esta ditadura em que a França, o país das liberdades, se tornou”, afirmou um dos lideres dos protesto que partiu da Praça da Bolsa (Paris), Carlo Alberto Bursa.

Além deste, verificaram-se mais duas manifestações só na capital francesa — uma promovida pelo partido de extrema-direita “Os Patriotas” e outra pelo movimento “Coletes Amarelos”.

Nos protestos que, até ao momento não tiveram incidentes, registaram-se palavras de ordem contra a política do Presidente Emmanuel Macron.

As Galerias Lafayette, Printemps, BHV, Le Bom Marche e la Samaritaine foram alguns dos espaços abrangidos pela introdução do certificado sanitário como medida de controle, a partir de segunda-feira.

Os centros comerciais parisienses Italie 2, Centre Beaugrenelle e Vill’up bem como o centro comercial Aéroville perto do aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, vão também recorrer a esta medida.

O documento terá ainda que ser apresentado nos três aeroportos de Paris — Roissy, Orly e Le Bourget.

Na quarta-feira, o Governo estendeu o uso do passe a empresas com mais de 20.000 metros quadrados (m2), em zonas com uma taxa de incidência superior a 200 casos semanais por 100.000 habitantes.

No total, são mais de 104 os centros e lojas afetados por esta decisão, segundo uma contagem da Agência France Presse (AFP).

Das 12 vítimas mortais confirmadas este sábado, cinco eram homens e sete eram mulheres. A maioria (seis) tinha 80 ou mais anos (dois homens e quatro mulheres) e três tinham entre 70 e 79 anos (um homem e duas mulheres). A vítima mais nova era um homem na casa dos 40 aos 49 anos.

Foi ainda comunicada a morte de um homem na faixa etária dos 60 aos 69 e uma mulher com 50 a 59 anos.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte registaram mais de metade das infeções confirmadas em Portugal.

Segundo o boletim da DGS, Lisboa e Vale do Tejo comunicou 901 novos casos e o Norte 915, que correspondem no seu conjunto a 71% do total nacional.

A região Centro registou 281 novos casos (11%); o Algarve, 286 (11,1%); e o Alentejo, 118 (4,6%), o valor mais baixo em Portugal continental.

Açores e Madeira têm mais 29 e 41 casos, respetivamente, pouco mais de 2% do valor nacional.

Sete das 12 mortes foram confirmadas em Lisboa e Vale do Tejo, três no Algarve e uma no Centro do país.

Os internamentos voltaram a descer pelo quinto dia consecutivo.

De acordo com o boletim da DGS, nas últimas 24 horas, saíram dos hospitais portugueses cinco doentes com Covid-19, fazendo descer o total para 727. Desde meados de julho que não se atingia esse valor.

Nas unidades de cuidados intensivos, onde os internamentos têm também vindo a descer, está agora menos um doente. Ao todo, há 161 os internados nestas unidades, o número mais baixo desde 13 de julho.

Mais 2.821 foram dados como recuperados nas últimas 24 horas, elevando o total para 939.376 desde o início da pandemia.

Portugal ultrapassou este sábado a barreira do um milhão de casos confirmados desde o início da pandemia ao terem sido confirmadas mais 2.571 novas infeções, informou a DGS.

Trata-se de uma pequena descida em relação ao dia anterior, de menos 27 casos. Ao todo, Portugal já confirmou 1.001.118 casos de Covid-19.

Há menos 262 casos ativos, num total de 44.193, e menos 738 contactos em vigilância.

Os óbitos foram os mesmos que esta sexta-feira, ou seja, 12. São agora 17.549 as mortes comunicadas desde que foi detetado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal.

Os Açores registaram, nas últimas 24 horas, 30 novos casos positivos de infeção pelo novo coronavírus e a morte de uma mulher de 87 anos, enquanto 71 pessoas recuperaram, revelou a Autoridade de Saúde Regional.

O boletim diário daquela entidade diz estarem em causa resultados de 1.113 análises realizadas nos laboratórios de referência da Região, num dia em que estão internados 11 doentes, três em Cuidados Intensivos.

“Nas últimas 24 horas foi também registado um óbito em São Miguel, de uma mulher com 87 anos que estava internada no Hospital do Divino Espírito Santo. Era residente na freguesia dos Remédios, concelho de Ponta Delgada”, indica a Autoridade de Saúde.

“Estão internados 11 doentes nos hospitais dos Açores, nove no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada (com três em Unidade de Cuidados Intensivos) e dois no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira”, acrescenta.

Quanto às 30 novas infeções por SARS-CoV-2 diagnosticadas, metade das registadas no boletim de sexta-feira, em São Miguel “todos os casos correspondem a transmissão comunitária”.

O concelho da Ribeira Grande registou 15 casos, Ponta Delgada oito, o da Lagoa teve cinco e Vila Franca do Campo um novo caso. “A Graciosa registou um novo caso nas últimas 24 horas, relativo a um viajante, residente em São Mateus, na sequência de sintomatologia revelada”, descreve a Autoridade.

O arquipélago regista presentemente 519 casos positivos ativos: 435 em São Miguel, 45 na Terceira, 21 no Faial, 13 em São Jorge, dois no Pico, dois em Santa Maria e um na Graciosa.

Estão ativas no arquipélago seis cadeias de transmissão local primária. Duas situam-se no Pico, outras duas em São Jorge, uma em Santa Maria e há uma partilhada entre Faial e São Jorge.