“Numa pandemia, de uma forma natural ou de uma forma não natural vamos ser todos vacinados. Se as pessoas preferirem ser vacinadas de forma natural, que é descontrolada, com risco para a sua saúde e num momento inoportuno, ou serem vacinadas de forma artificial, controlada, segura e que protege a pessoa… é uma opção entre o caminho A ou B”, explicou o coordenador da task force, admitindo que preferia estar sempre no caminho da vacinação.

Segundo Gouveia e Melo, cerca de um quarto das mensagens escritas enviadas pelos serviços de saúde para agendar a toma de vacinas contra a Covid-19 ficou sem resposta, mas a task force estima que apenas “2,2% ou 2,3%” correspondam a recusas, certo de que “não há resistência à vacinação”.

Gouveia e Melo insiste que o “grande limite” da vacinação é a própria quantidade das vacinas e garante que a task force está a conseguir vacinar 100 mil pessoas por dia e espera que até ao fim do verão “entre 65 e 70%” da população esteja totalmente vacinada e 85% tenha pelo menos a primeira dose em “meados de setembro”.

Trata-se de mais um adiamento face à meta inicial apontada para 8 de agosto, já depois de Gouveia e Melo ter admitido, há uma semana, que seria preciso protelar esta data pelo menos até “15 ou 20 de agosto”.

“Julgo que a partir desse momento alcançámos uma etapa muito positiva no combate à pandemia e à incidência, mais do que à morte e internamento”, revelou o coordenador da task force de vacinação à Covid-19 em entrevista à RTP 3.

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) não recolheu amostras do vírus para análise numa fase de crescimento galopante da variante Delta. Porquê? Não era essa a estratégia. O resultado é que de 12 de maio a 1 de junho praticamente não há dados sobre a variante que já é dominante no país.

Portugal perdeu o rasto à variante Delta na última quinzena de maio

Fonte oficial do Insa disse que a estratégia era válida e era usada por outros países. Ainda assim, os resultados apresentados foram criticados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e a mudança vai fazer com que os dados sejam mais úteis à saúde pública e à decisão política.

A mesma fonte descarta, no entanto, que uma amostragem durante aquele período de maio tivesse tido qualquer impacto no cenário epidemiológico a nível nacional.

Cerca de 86% das pessoas ainda não vacinadas contra a covid-19 querem receber a vacina, mas 6,5% não pretende tomá-la, indica um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, que alerta para o perfil dos resistentes.

“É na população em idade ativa, nos homens e nas pessoas com mais escolaridade que se verifica maior resistência em relação à toma da vacina”, indicam os dados mais recentes, que abrangem a quinzena 11-25 de junho, do barómetro covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa.

O estudo, que acompanha as perceções e comportamentos dos portugueses desde o início da pandemia, refere que 86,7% das pessoas ainda não vacinadas quer tomar a vacina, valores que os investigadores da ENSP consideram “confortáveis”, mas deixando o alerta para a importância de estar atento aos “perfis resistentes”.

De acordo com este barómetro de opinião social, 6,5% dos inquiridos diz não ter intenção de ser vacinado, valor semelhante aos hesitantes, os 6,8% que não decidiram se pretendem receber ou não a vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2.

A Câmara de Guimarães reforçou a fiscalização das esplanadas na zona histórica da cidade, face aos “episódios de desacatos” ocorridos nos últimos dias, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o município acrescenta que o reforço foi hoje decidido, numa reunião que juntou os vereadores responsáveis pelos pelouros da Polícia Municipal Ocupação e Espaço Público e a direção da Associação Vimaranense para a Hotelaria.

“As ações previstas decorrem dos episódios de desacato ocorridos nos últimos dias, que levou já ao aumento da vigilância, investigação e intervenção pela parte da Polícia de Segurança Pública e Polícia Municipal”, refere o comunicado.

Assim, a Câmara vai reforçar a fiscalização do cumprimento das regras aplicáveis pela Direção-Geral da Saúde, no âmbito das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, no que respeita ao número de mesas instaladas nas esplanadas e ao seu devido distanciamento.

O Reino Unido deverá fazer um terceiro reforço da vacina contra a Covid-19 antes do inverno, avança a Sky News. O objetivo é aumentar a proteção dos grupos mais vulneráveis à doença a partir de setembro, sendo que estão em causa “milhões de pessoas”.

Caso a norma avance, o Reino Unido será o primeiro país a fazê-lo, tendo em conta que neste momento apenas há vacinas cuja toma aconselhada é de uma ou duas doses, dependendo da farmacêutica em que foi produzida.

Moçambique registou mais seis óbitos devido ao novo coronavírus e 576 novos casos, nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Os óbitos, declarados entre segunda-feira e hoje, ocorreram em moçambicanos, com idades entre 31 e 89 anos, indicou o ministério no boletim diário de atualização de dados.

Moçambique sobe o total acumulado de mortes para 878 e o de casos para 76.404, 93% recuperados da doença e 186 internados. O país tem ainda 4.317 casos ativos da doença.

Um total de 597.833 casos suspeitos foram testados no país, dos quais 2.103 nas últimas 24 horas.

A Espanha registou 9.227 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 3.808.960 o total de infetados até agora, num dia em que a incidência acumulada continuou a subir, segundo o Ministério da Saúde espanhol.

Os serviços sanitários notificaram também mais 46 mortes atribuídas à pandemia desde terça-feira, havendo agora um total de 80.875 óbitos.

A incidência acumulada teve uma subida de 10 unidades, tendo passado dos 107 (terça-feira) para 117 casos (hoje) diagnosticados por cada 100.000 habitantes nas últimas duas semanas.

O Hospital de Braga retoma na quinta-feira, com algumas restrições, as visitas aos doentes internados, que estiveram temporariamente suspensas devido à pandemia de Covid-19, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o hospital refere que cada doente pode ser visitado apenas uma pessoa por dia, por um período de 30 minutos.

Preferencialmente, deverá ser sempre o mesmo visitante, nos vários dias de internamento do utente, salvo exceções que serão comunicadas diretamente aos familiares.

O visitante deve dirigir-se à receção principal, onde será feito o seu registo e onde lhe será disponibilizado um cartão de visita válido para aquele dia.

“No entanto, e para que a retoma deste direito do acompanhante seja o mais rigoroso possível para proteção de segurança de todos, reitera-se a importância do cumprimento das recomendações definidas: distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde, etiqueta respiratória, utilização correta de máscara cirúrgica e higienização frequente das mãos”, diz ainda o comunicado.