Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, terça-feira.

    Empresas de Prigozhin recebem milhões do Estado em contratos de catering já após a rebelião

    Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!

  • Ponto de situação. O que se passou durante as últimas horas?

    • Na maior praça de Vilnius, Volodymyr Zelensky e a primeira-dama, Olena Zelenska discursou para milhares de pessoas e afirmou que a Ucrânia “fará da NATO mais forte”.
    • Questionado sobre os motivos pelos quais a Ucrânia não vai entrar, para já, na NATO, Jens Stoltenberg apontou dois motivos: a guerra e a “luta contra a corrupção” para assegurar a “boa governança” gerada por “instituições modernas”. A adesão, disse Stoltenberg, acontecerá “quando os aliados concordarem e quando as condições estiverem reunidas”.
    • A contraofensiva da Ucrânia pode estar a “ameaçar de forma credível” o controlo russo sobre Bakhmut. A conclusão é do mais recente ponto de situação do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), cujas fontes ucranianas e russas indicam que as forças de Kiev estão a fazer avanço reais nos arredores da cidade, na frente leste.
    • O ministro da Defesa russo prometeu que o Kremlin vai retaliar em resposta ao envio por parte dos EUA de bombas de fragmentação para a Ucrânia.
    • Uma coligação de 11 países para treinar pilotos ucranianos em caças F-16 começa a trabalhar já no próximo mês, confirmou o ministro da Defesa da Dinamarca aos jornalistas.
    • Os Presidentes dos EUA e da Turquia encontraram-se em Vilnius à margem da cimeira da NATO para discutir uma série de temas relacionados com “as prioridades económicas e de Defesa”.
    • A Rússia acusou a Alemanha, Dinamarca e Suécia de atrasar deliberadamente as investigações à sabotagem dos gasodutos Nord Stream, de forma a tentar proteger os responsáveis por esses ataques.
    • Um ataque russo na região de Kherson esta tarde fez cinco feridos, denunciou no Telegram o governador da região.

  • Medvedev analisa cimeira e defende que Ucrânia nunca irá aderir à NATO

    O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitrii Medvedev, considera que a Ucrânia nunca irá ser aceite pela NATO como membro de pleno direito na rede social Telegram.

    “Foi tudo tal e qual pensámos”, escreveu sobre aquilo que apresentou como sendo os “resultados preliminares” da Aliança Atlântica. De maneira irónica, diz que os aliados escolhem o país 404 [ndr: número atribuído a um erro informático] mas sem dar garantias que o vão aceitar e em que condições.

    “O mais provável é que seja nunca”, acrescentou, rematando que esta é a verdade que a NATO tem medo de dizer.

  • Rússia acusa países europeus de proteger sabotadores do Nord Stream

    A Rússia acusou hoje a Alemanha, Dinamarca e Suécia de atrasar deliberadamente as investigações à sabotagem dos gasodutos Nord Stream, de forma a tentar proteger os responsáveis por esses ataques.
    “A inação das autoridades europeias só pode ser explicada de uma forma: tentativas de parar (a investigação) para acobertar os verdadeiros responsáveis pelo crime”, disse o embaixador russo junto às Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, numa reunião do Conselho de Segurança.
    “A Federação Russa continuará a levar a questão da sabotagem do Nord Stream ao Conselho até que os responsáveis sejam identificados e levados a julgamento”, insistiu.

  • Biden e Erdogan reunidos na cimeira da NATO

    Os Presidentes dos EUA e da Turquia encontraram-se hoje em Vilnius à margem da cimeira da NATO para discutir uma série de temas relacionados com “as prioridades económicas e de Defesa”.

    O encontro entre os dois acontece depois da Turquia ter aberto caminho à adesão da Suécia à aliança atlântica, depois de meses de resistência.

    Citado pela Sky News, um porta-voz da Casa Branca acrescentou ainda que os dois “discutiram assuntos regionais de interesse comum, incluindo o apoio duradouro à Ucrânia e a importância de preservar a estabilidade no Mar Egeu”.

  • Ucrânia mais perto de reconquistar Bakhmut, dizem analistas

    A contraofensiva da Ucrânia pode estar a “ameaçar de forma credível” o controlo russo sobre Bakhmut. A conclusão é do mais recente ponto de situação do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), cujas fontes ucranianas e russas indicam que as forças de Kiev estão a fazer avanço reais nos arredores da cidade, na frente leste.

    Os bloggers militares russos expressaram por repetidas vezes o seu modo sobre as forças ucranianas que rodeiam as forças russas em Bakhmut”, pode ler-se no relatório do think tank norte-americano.

    O ISW diz também que o “espaço de informação russo” está ciente da situação e tem demonstrado preocupação com a avanço das posições ucranianas, o que sugere um menor grau de controlo sobre a cidade que, durante meses, foi palco de uma intensa batalha para a tomar (e que a Rússia essencialmente venceu).

  • Pilotos ucranianos começam treino de F-16 no próximo mês

    Uma coligação de 11 países para treinar pilotos ucranianos em caças F-16 começa a trabalhar já no próximo mês, confirmou o ministro da Defesa da Dinamarca aos jornalistas.

    Citado pela Sky News, Troels Lund Poulsen indicou que a aliança espera ver os resultados desta iniciativa “no início do próximo ano” — sinalizando uma potencial janela para o envio das aeronaves, há muito pedidas por Kiev.

    Os pilotos ucranianos deverão começar a treinar nos caças de fabrico americano em agosto, na Dinamarca, estando também prevista a criação de um centro de treino na Roménia.

  • Shoigu promete retaliação russa ao envio de bombas de fragmentação dos EUA à Ucrânia

    O ministro da Defesa russo prometeu que o Kremlin vai retaliar em resposta ao envio por parte dos EUA de bombas de fragmentação para a Ucrânia. Em entrevista à agência estatal russa RIA Novosti, Serguei Shoigu abordou vários assuntos, desde a cimeira da NATO em Vilnius à contraofensiva “falhada” de Kiev.

    “Um terço do mundo estava expectante para o início da cimeira da NATO em Vilnius, a 11 de julho” devido ao potencial da contraofensiva, sustentou o responsável russo.

    “E o que acabaram por levar eles à cimeira da NATO? Desde 4 de junho, as perdas do inimigo cifram-se nos mais de 26 mil homens e 3 mil peças de equipamento”, alegou. No geral, diz Shoigu, a operação ucraniana falhou em toda a linha.

    O responsável russo abordou ainda o anúncio do envio de munições de fragmentação para Kiev, deixando antever uma resposta. “Se os EUA enviarem bombas de fragmentação à Ucrânia, as forças armadas russas serão forçadas a usar meios semelhantes de destruição contra as forças armadas ucranianas em resposta”.

    Shoigu lembrou o potencial destrutivo deste tipo de armas e alegou que a Rússia não as usa pelo risco que representam para as populações civis – uma falsidade, uma vez que há casos documentados do uso destas munições por parte de russos e ucranianos no decurso da guerra.

    De fora da entrevista ficaram quaisquer menções a Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner que, há menos de um mês, liderou uma tentativa de rebelião armada até Moscovo com o propósito expresso de remover Serguei Shoigu do cargo que ocupa no Ministério da Defesa.

    epa09652547 Russian Defence Minister Sergei Shoigu speaks during an expanded meeting of the Russian Defence Ministry Board in Moscow, Russia, 21 December 2021.  EPA/MIKHAIL TERESHCHENKO / KREMLIN POOL / SPUTNIK MANDATORY CREDIT

  • Zelensky faz discurso para multidão em Vilnius e diz que Ucrânia “fará da NATO mais forte”

    No final do primeiro dia da cimeira da NATO, Volodymyr Zelensky e a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, apareceram na maior praça de Vilnius perante uma multidão ao rubro na capital da Lituânia.

    O Presidente ucraniano proferiu algumas palavras para as milhares de pessoas no local, muitas delas vestidas com as cores ucranianas. A mensagem-chave do discurso de Zelensky foi simples: “A NATO fará da Ucrânia mais segura, e a Ucrânia fará da NATO mais forte”.

    O discurso de Zelensky inseriu-se no contexto do #UkraineNATO33, um concerto solidário na praça, e contou com a presença do Presidente da Lituânia. Num gesto simbólico, Gitanas Nauseda presenteou Zelensky com uma bandeira ucraniana, trazida diretamente da frente de combate na guerra contra a Rússia.

  • Ucranianos destroem com míssil alvo militar russo em Zaporíjia

    Um míssil ucraniano atingiu um alvo militar russo em Berdiansk, na região ocupada de Zaporíjia, afirmaram os responsáveis ucranianos no exílio.

    Citada pelo Kyiv Independent, a administração militar da cidade de Berdiansk afirmou que o hotel Dune, que foi alvo do ataque, albergava vários membros de alta-patente do exército russo.

    O edifício foi arrasado e deitado abaixo. Agora [a administração russa] está a dar conta dos destroços. Muitas ambulâncias estão a ir para lá”, acrescentou a mesma fonte.

    Para já, não houve confirmação oficial por parte das forças armadas ucranianas, nem de vítimas do lado russo.

  • Ataque russo em Kherson faz 5 feridos, incluindo uma criança

    Um ataque russo na região de Kherson esta tarde fez cinco feridos, denunciou no Telegram o governador da região.

    O ataque das forças russas terá atingido a sede de uma organização humanitária na cidade bem como alguns edifícios residenciais.

    De acordo com Oleksandr Prokudin, entre os feridos está uma criança de oito anos que se encontrava no quintal da sua casa quando do ataque, bem como dois homens e uma mulher com mais de 50 anos.

  • A "corrupção" e a "guerra": os dois entraves que Stoltenberg aponta para a Ucrânia não entrar já na NATO

    Questionado sobre os motivos pelos quais a Ucrânia não entrou na NATO, Jens Stoltenberg apontou para dois motivos.

    O primeiro prende-se com “luta contra a corrupção” para assegurar a “boa governança” gerada por “instituições modernas”. Esta questão está a ser “resolvida” e também tem de atingir outros ramos como a modernização das forças armadas, o que será realizado através do programa multianual assinado por Kiev e pela NATO.

    Outra dificuldade passa pela guerra. Jens Stoltenberg salienta que os aliados não concordam que a Ucrânia se torne Estado-membro quando trava um conflito no seu território.

    “O importante é que a Ucrânia tenha ferramentas e consiga aproximar-se da adesão”, concluiu Jens Stoltenberg.

  • "É particularmente importante" que Mar Báltico esteja rodeado de membros da NATO

    O secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, voltou a adjetivar como “histórica” a entrada da Finlândia e da Suécia na aliança transatlântica, enfatizando que é “particularmente importante” para os Estados banhados pelo Mar Báltico.

    Para o líder da organização militar, isto manda uma mensagem para a Rússia, que também é banhado pelo Mar Báltico. “Não cabe a Moscovo negar a soberania de ninguém.”

  • Nobel da Paz 2022 apoia entrada da Ucrânia na NATO

    Oleksandra Matviichuk, advogada e uma das galardoadas com o Prémio Nobel da Paz 2022, demonstrou-se hoje favorável à adesão da Ucrânia à NATO.

    Num comunicado, Matviichuk diz que a entrada da Ucrânia na aliança constituiria uma maneira de “acabar com a guerra, não de a expandir” e que esta é a hora da NATO passar das promessas aos atos.

    As pessoas na Ucrânia esperam resultados concretos da cimeira de Vilnius. (…) A Rússia sempre usou guerras e a ocupação de territórios estrangeiros como fait accompli, criando novas realidades e obrigando a comunidade internacional a aceitá-las. Os países democráticos que participam na NATO devem finalmente tomar a iniciativa e começar a gerir este processo”, pode ler-se no comunicado, citado pelo The Guardian.

    A ucraniana Matviichuk, de 39 anos, foi uma de três laureados com o Nobel da Paz do ano passado, em representação da organização humanitária que lidera, o Centro Para as Liberdades Civis. O ativista bielorrusso Ales Bialiatski e a associação russa Memorial foram as outras entidades reconhecidas.

  • Kremlin: Ucrânia na NATO é "muito perigoso"

    O porta-voz do Kremlin repete os avisos: se a adesão se confirmar, a Rússia vai ter de responder. A imprensa estatal tem também mais detalhes sobre o encontro entre Putin e Prigozhin.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    Kremlin: Ucrânia na NATO é “muito perigoso”

  • NATO. "Incerteza é fraqueza", critica Zelensky

    Neste episódio, destaque para a cimeira da NATO. Resumimos as reações de Zelensky e dos principais Aliados. Ainda os mísseis de longo alcance franceses e o número recorde de animais adoptados.

    Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

    NATO. “Incerteza é fraqueza”, critica Zelensky

  • Para Stoltenberg, o mais importante para a Ucrânia é que consiga "prevalecer": "Sem isso não há adesão à NATO"

    Confrontando com o tweet de Zelensky que pede um prazo para a adesão à Ucrânia, Jens Stoltenberg frisou que já existe um grande apoio à adesão de Kiev à aliança, recordando que as autoridades ucranianas terão apenas de percorrer um passo para fazerem parte da organização militar em vez de um.

    “Os aliados estão a providenciar apoio militar, porque a tarefa mais necessária é que a Ucrânia prevalece no conflito”, indicou Jens Stoltenberg. “É a tarefa mais importante, porque sem isso não há adesão à NATO de maneira alguma.”

    Jens Stoltenberg referiu igualmente que vai encontrar-se com Volodymyr Zelensky esta noite.

  • Rússia veta resolução que prolongava por nove meses ajuda transfronteiriça à Síria

    A Rússia vetou hoje uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que prolongava por nove meses o mecanismo de ajuda transfronteiriça à Síria, através do qual a assistência humanitária era entregue sem necessidade de consentimento do Governo sírio.

    O texto vetado foi apresentado pelo Brasil e pela Suíça, os co-detentores do dossiê humanitário da Síria, e visava autorizar agências da ONU e parceiros humanitários a continuar a utilizar a passagem de Bab al-Hawa, na fronteira Síria-Turquia, por mais nove meses, até 10 de abril de 2024.

  • "China é um desafio e tem um comportamento coercivo", mas não é "adversário", diz Stoltenberg

    Na conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO lembrou ainda a China, um país que não definiu enquanto “adversário”, mas como um “desafio”.

    “A China recusou-se a condenar a guerra na Ucrânia e está a aumentar os seus recursos militares de forma substancial e rápida, não havendo transparência”, afirmou Jens Stoltenberg, que denunciou um “comportamento coercivo” por parte de Pequim

  • Stoltenberg deixa porta entreaberta à entrada da Ucrânia na NATO: "Quando os aliados concordarem e quando as condições estiverem reunidas"

    Ao final do primeiro dia de trabalho da cimeira da NATO, o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg prometeu que continuará a “ajudar sem limites” a Ucrânia, adotando-se um plano com três pontos para a adesão de Kiev à organização militar.

    O primeiro ponto consiste num programa anual que vai permitir a transição dos equipamentos militares desde a época soviética até à de hoje dia; o segundo passa pela criação de um conselho NATO-Ucrânia em que haverá uma “tomada de decisão” conjunta; o terceiro refere-se à flexibilização da adesão.

    Contudo, o convite para entrar na aliança será endereçado à Ucrânia, diz o líder da aliança, “quando os aliados concordarem e quando as condições estiverem reunidas”.

    Para mais, Jens Stoltenberg também indicou que os aliados vão aumentar os investimentos na área da Defesa para fazer face às novas ameaças. “Precisamos de investir”, apelou.

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