Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui. Este domingo realiza-se, na Buraca, o funeral de Odair Machado, o homem que foi abatido pela polícia na passada segunda-feira. A partir de agora pode acompanhar mais atualidade sobre este caso aqui.

    PSP agradece “elevado comportamento cívico e respeitador” de quem se juntou às manifestações

  • Avenida da Liberdade pede justiça por Odair. "Não vou chamar a polícia no bairro para me proteger"

    “Justiça” gritam. “Para Odair” respondem. Milhares desceram a Avenida da Liberdade a pedir o fim da violência policial, com punhos e cravos no ar. Querem ser vistos e não “portugueses de terceira”.

    Avenida da Liberdade pede justiça por Odair. “Não vou chamar a polícia no bairro para me proteger”

  • Marcelo foi à Trindade após evacuação provocada por cabo ardido e elogiou "serenidade das manifestações" que decorreram durante a tarde

    O Presidente da República dirigiu-se esta noite ao Teatro da Trindade, quando soube que o mesmo tinha sido evacuado. Marcelo Rebelo de Sousa tinha estado noutra peça, no Teatro Aberto, a cerca de cinco quilómetros, e decidiu deslocar-se ao local.

    Sobre as manifestações deste domingo, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou o facto destas decorrerem com “serenidade” e revelou que, embora estivesse em Oliveira de Azeméis, foi-se informando sobre o que se passava.

    Assim, acrescentou, o funeral de Odair Moniz também deverá decorrer num “ambiente de serenidade”.

    Após ter enviado condolências à família, Marcelo foi questionado se iria ao funeral. “Em princípio, nessas circunstâncias não quero intrometer-me num momento importante da vida daquela família.”

    Sobre a investigação em si, limitou-se a dizer: “O que está a ser investigado, está a ser investigado. A investigação judicial no nosso Estado de Direito democrático obedece a regras, as instituições irão funcionar.”

  • Ministro da Defesa apela ao retorna da normalidade na região de Lisboa

    Governante e líder do CDS diz que “já chega, sinceramente, de uma situação que não abona a favor de ninguém, que destrói equipamento que serve todos os dias as próprias pessoas”

    Ministro da Defesa apela ao retorna da normalidade na região de Lisboa

  • Cerca de 200 pessoas manifestaram-se no Porto em solidariedade com Odair Moniz

    As manifestações em solidariedade com Odair Moniz não ficaram só por Lisboa. Cerca de duas centenas de pessoas solidárias com o homem baleado por um agente policial na segunda-feira concentraram-se hoje à frente do Comando Metropolitano do Porto da PSP, onde foi colocado um perímetro de segurança com grades.

    Perto das 18h30, cerca de uma centena de pessoas começaram a concentrar-se na Praça Primeiro de Dezembro, com algumas bandeiras da Palestina — outra das causas da iniciativa – e com cartazes em que se lia “Sinto insegurança perto de fascistas e racistas”, “Justiça por Odair Moniz”, “Fim da violência policial” ou “Matar e bater para ter o que comer”.

    “Justiça para Odair”, “fascistas, racistas, não passarão” e “violência policial é herança colonial” foram frases entoadas pelos manifestantes do Porto, entre assobios e palmas.

    Os participantes, de várias etnias, traziam também lenços da Palestina.

  • Fotogaleria. Vida Justa e Chega: duas manifestações em simultâneo, o mesmo tema, mas perspectivas diferentes

    Duas manifestações que começaram à mesma hora, com o mesmo tema, mas com perspetivas diferentes: a Vida Justa apelou ao fim do racismo. O Chega defendeu a polícia, acusada de racismo e de abuso.

    Fotogaleria. Vida Justa e Chega: duas manifestações em simultâneo, o mesmo tema, mas perspectivas diferentes

  • PSP agradece "elevado comportamento cívico e respeitador" de quem se juntou às manifestações

    No balanço da operação às manifestações deste sábado em Lisboa — que “decorreram de forma pacífica, em serenidade e com civismo” — a PSP agradeceu aos “cidadãos que integraram estas manifestações, pelo seu elevado comportamento cívico e respeitador das orientações dos polícias”.

    Em comunicado, a força de segurança diz ter-se empenhado em “conciliar o desenvolvimento das duas manifestações, tentando harmonizar as intenções e desígnios de ambos os promotores e adaptando o seu amplo dispositivo”.

    “A Polícia optou por uma forte recolha de informação, nomeadamente através de fontes abertas”, para, desta forma, monitorizar e “avaliar permanentemente os potenciais riscos associados às iniciativas”.

    Assim, a PSP conseguiu “executar uma operação policial adequada e ajustada às necessidades de segurança”, lê-se ainda no comunicado.

    De acordo com a PSP, a ação policial foi “exercida por polícias de diferentes valências do Comando Metropolitano de Lisboa com o apoio permanente de meios da Unidade Especial de Polícia da PSP”.

    Foi ainda promovida “constante visibilidade e mobilidade dos meios policiais destacados” e foram “condicionadas” diferentes ruas da capital para assegurar que nada falhava.

  • Afluência ao velório de Odair Moniz aumenta depois do fim da manifestação Vida Justa

    Depois do fim da manifestação do movimento Vida Justa, em Lisboa, estão a chegar cada vez mais pessoas à Capela Mortuária da Igreja da Buraca, onde decorre, desde as 16 horas, o velório de Odair Moniz.

    À entrada da capela, do lado exterior, estão concentradas mais de 40 pessoas. Muitas outras estão no interior do espaço.

    A cerimónia tem sido marcada por momentos de emoção, consternação e também revolta contra as forças policiais.

  • Dezenas de pessoas no velório de Odair Moniz e muita revolta contra a polícia

    Pelo menos cinco dezenas de pessoas já acorreram, na última hora e meia, ao velório de Odair Moniz, o homem de 43 que foi alvejado mortalmente pela PSP na madrugada da última segunda-feira.

    A emoção e a revolta contra a atuação das forças de segurança têm marcado a cerimónia, que está a decorrer na Capela Mortuária da Igreja da Buraca, no concelho da Amadora, a menos de um quilómetro do Bairro do Zambujal.

    “Mataram-no. Filhos da puta!”, gritava um homem, visivelmente consternado, à saída do velório. “Não podiam fazer isto”, dizia uma mulher, também à saída.

    Não é visível a presença de qualquer elemento da PSP junto à Igreja da Buraca.

  • Manifestação da Vida Justa termina com minuto de silêncio por Odair e apelos a que não haja mais distúrbios

    Terminou a manifestação organizada pela Vida Justa com apelos para que tomos regressem a casa em segurança, que não haja confusões e com um minuto de silêncio por Odair Moniz.

  • Ventura: "Este país não é a Coreia do Norte, este país não é o Brasil do Lula da Silva"

    A manifestação do Chega já está junto à Assembleia da República e André Ventura discursa na escadaria.

    “Há um país diferente, que respeita a polícia. Independentemente dos que estão do outro lado, somos muitos mais, seremos muitos mais”, começou por dizer o líder do Chega.

    “Diziam-nos para ter cuidado, para hoje não sairmos à rua. Apesar de um sistema de 50 anos de atrofia, contra a polícia, nós não temos medo. Nós não temos medo”, clamou.

    Para Ventura, “há dois lados desta história”. “Há o lado daqueles que, seja em que circunstâncias for, estão sempre contra a polícia. Gostaram sempre mais das minorias e dos coitadinhos. O nosso dever é integrar, é deixar que ardam os autocarros, é deixar fazer tudo. E nos ficaríamos em casa a ver. A toda a bandidagem, o vosso país morreu”.

    Ventura continuou o discurso reclamando que “este país não é a Coreia do Norte, este país não é o Brasil do Lula da Silva”, sendo aplaudido por algumas centenas de apoiantes.

    “Eles até podem por um corpo na cadeia, mas eles não matarão uma ideia e um espírito que já não é de mim. Esse espírito está aí fora, è a verdadeira revolução. Não há prisão que pare essa revolução. Para prender um, terão de nos prender a todos, terão de nos pôr a todos na cadeia”.

    O líder do Chega prosseguiu com a sua linguagem habitual, afirmando que “ao contrário dessa bandidagem, nós respeitamos a lei e nunca atacaríamos um homem ou uma mulher com uma farda”.

    “Hoje o país vai saber que há também um outro país, que não tem medo de sair à rua. O tempo, claro, porque Deus está do nosso lado também, permitiu que saíssemos a rua”

  • Deputada do BE sugere que manifestação do Chega tem pouca adesão

    A deputada bloquista Joana Mortágua, recorrendo ao sarcasmo, publicou na rede social X um vídeo onde infere que a manifestação do Chega não está a ter muita adesão.

    “Desconfio que houve deputados e assessores do chega [sic] que se baldaram, malandros”, escreveu a deputada bloquista.

  • Os manifestantes do Chega já estão na Avenida D. Carlos I, que vai dar à Assembleia da República. Batem palmas na passagem pelos Bombeiros Sapadores. Ouvem-se gritos de “viva a polícia”.

  • Direção nacional da PSP "emitiu um comunicado que tem várias mentiras", diz Fabian Figueiredo, do BE

    O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, participa na manifestação do movimento Vida Justa (que parte do Marquês de Pombal e irá até à Praça dos Restauradores) e criticou a Direção Nacional da PSP por ter feito um comunicado sobre a morte de Odair Moniz que, na sua leitura, contém “várias mentiras“.

    Garantindo que esta não é uma manifestação “contra a polícia”, o responsável do BE sublinhou se deve “fazer uma avaliação crítica da direção nacional da PSP”. “Emitiu um comunicado que foi mostrado que tem várias mentiras”, assinalou, lembrando que “as pessoas precisam de confiar nas instituições do Estado“.

    Há uma história de violência policial em Portugal, a população negra tem 21 vezes mais probabilidade de ser atingida pela polícia do que a média da população. Temos de enfrentar esta realidade”, argumentou.

    Fabian Figueiredo que são os imigrantes e as pessoas que vivem em bairros mais desfavorecidos que “muitas vezes fazem os trabalhos mais penosos, a população negra, os imigrantes… não só têm mais dificuldade de acesso ao ensino superior, têm salários mais baixos”.

    A razão desta manifestação é a igualdade. Não conheço ninguém que esteja contra a polícia. Estão contra as violações do Estado de Direito”, terminou.

  • Momentos de tensão antes do início do velório de Odair Moniz

    Momentos de alguma tensão minutos antes da hora de início do velório de Odair Moniz, na Igreja da Buraca. Familiares do homem baleado pela PSP há uma semana, na Cova da Moura, insurgiram-se contra a presença de jornalistas junto à capela mortuária.

    “Daqui a pouco vem aí um grupo e vocês vão ver”, disse uma das presentes, pedindo “respeito” pela família e amigos.

    As equipas de televisão que estavam no local acabaram por se afastar alguns metros e os ânimos serenaram de seguida.

    O início do velório está marcado para as 16h e, neste momento, já estão cerca de duas dezenas de pessoas no local para prestar homenagem ao morador do Bairro do Zambujal, em Alfragide, entre as quais a mulher de Odair Moniz.

  • Começou a marcha do Chega em direção à Assembleia da República

    A manifestação do Chega teve início na Praça do Município, em Lisboa. Os manifestantes vão proferindo palavras de ordem como “bandidos não, polícia sim”. Canta-se o hino nacional. Estão mais de 200 pessoas neste protesto.

  • "Temos um conjunto de vândalos a destruir o país todas as noites", diz André Ventura

    Temos um conjunto de vândalos a destruir o país todas as noites“, afirmou André Ventura, presidente do partido Chega, refutando as críticas que sofreu devido às declarações sobre o caso da morte de Odair Moniz (que vão ser analisadas pelo Ministério Público). “Se quem acabar por ir preso sou eu, está tudo errado“.

    À chegada à Praça do Município para uma manifestação convocada para a mesma hora que outra, noutra zona da cidade de Lisboa, contra o racismo, André Ventura diz esperar que, “depois de termos tido um país incendiado, pessoas atacadas, autocarros atacados”, “os únicos acusados não sejam aqueles que defenderam a polícia e a autoridade”.

    O que espero é que aqueles que incendiaram autocarros, puseram pessoas em risco, que andam a destruir vias públicas, casas – como ainda aconteceu na noite de ontem – o que espero e o país espera é que não seja o mensageiro a ir para a cadeia”, afirmou Ventura.

    “Entre vários feridos, temos um motorista que está gravemente ferido, porque lhe incendiaram o autocarro”, repetiu o líder do Chega, insistindo que “o país não compreenderá se no fim do dia os acusados foram os políticos que denunciaram uma violência que é intolerável”.

    Vivemos num país de liberdade, o que nos distingue da Venezuela e da Coreia do Norte. Quem tem de ir para a cadeia é quem anda a matar, quem anda a roubar, a destruir, e não é quem tem uma visão diferente do país e quer defender a polícia”, rematou.

    “Eu não acredito [que isso irá acontecer] mas se, no final, o país acabar por entender que quem deve ir preso sou eu, eu cá estarei para isso”, acrescentou.

    Especificamente sobre o caso da morte de Odair Moniz, o líder do Chega disse que está em causa “um jovem polícia de 20 e poucos anos que aceita atravessar-se para nos defender de alguém que desobedeceu à polícia”. “Independentemente do que aconteceu depois, sabemos que [Odair Moniz] era um homem que tinha cumprido pena por assalto à mão armada e tráfico de droga”, sublinhou.

    Eu parto do princípio, depois da desobediência e do historial do homem, inclino-me mais para dar razão à polícia do que a este homem”.

    Interrogado se considera que é necessário dar outra formação às forças de segurança, o presidente do Chega respondeu: “Os nossos polícias têm a formação adequada. É preciso é uma coisa, é preciso é o país não passar só a mensagem de que somos todos uns esquerdalhados contra a polícia.”

  • Já começou no Marquês de Pombal a manifestação do movimento Vida Justa

    A manifestação convocada pelo movimento Vida Justa já começou e avança pela Avenida da Liberdade. Grita-se: “justiça para Odair”.

  • Dezenas de pessoas no Marquês de Pombal para a manifestação da Vida Justa

    A manifestação convocada pelo Movimento Vida Justa após a morte de Odair Moniz, vítima de disparos de um agente da polícia, está prestes a começar. Por esta altura estão reunidas no Marquês de Pombal dezenas de pessoas.

    “É uma homenagem ao luto da família e de uma comunidade que conhecia Odair, mas também uma resposta e um alerta para uma situação que não é um caso isolado”, diz ao Observador Luís Batista, do movimento Vida Justa.

  • Manifestantes do Chega começam a juntar-se na Praça do Comércio

    Na Praça do Comércio, para a manifestação marcada pelo Chega, estão já cerca de 100 pessoas, muitas com a bandeira nacional ou do partido na mão.

    Alguns deputados do Chega, como Cristina Rodrigues, Pedro Pinto, Rui Paulo Sousa, Pedro Frazão e Rita Matias, também já estão à frente da Câmara Municipal de Lisboa.

    A manifestação organizada pelo Chega é de apoio à polícia e tem início às 15h.

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