Histórico de atualizações
  • Marcelo. É preciso “apurar tudo, mas mesmo tudo, o que houver a apurar”

    Num depoimento ao semanário Expresso, a publicar este sábado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que “é tempo de, sem limites ou medos, se apurar o que, estrutural ou conjunturalmente, possa ter causado ou influenciado, quer o sucedido quer a resposta dada” no incêndio em Pedrógão Grande, “agora, que a fase do combate parece estar a chegar ao seu termo, e que os passos para a reconstrução já começaram”.

  • Costa pede "cabal esclarecimento" ao MAI sobre falhas do SIRESP

    O primeiro-ministro assinou hoje um despacho ordenando à ministra da Administração Interna que providencie junto da Secretaria-Geral do seu ministério um “cabal esclarecimento” sobre as falhas ocorridas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira.

  • A cronologia dos quatro dias em que o SIRESP não funcionou

    Às 19h45 de sábado registaram-se as primeiras falhas de comunicações no terreno. Só na terça-feira é que as comunicações tornaram a funcionar. Veja a cronologia de quatro dias em que o SIRESP não serviu para tornar as comunicações no terreno mais eficazes.

    Como falhou o SIRESP? Os esclarecimentos da Proteção Civil, minuto a minuto

  • As primeiras 56 horas do incêndio em Pedrógão Grande, minuto a minuto

    O Observador reconstituiu, minuto a minuto, os primeiros 3 dias do incêndio de Pedrógão Grande. A luta contra o fogo que matou 64 pessoas minuto a minuto, desde que o incêndio deflagrou.

  • Proteção Civil assume falhas no SIRESP

    A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) assume falhas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira, no teatro de operações de combate ao incêndio de Pedrógão Grande, mas alega que foram supridas por “comunicações de redundância”. Esta posição consta de uma resposta enviada esta sexta-feira pelo presidente da ANPC, Joaquim Leitão, ao primeiro-ministro, que na terça-feira o questionou sobre falhas na rede de comunicação SIRSP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) durante a operação de combate ao incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria. Leia tudo aqui.

    Como falhou o SIRESP? Os esclarecimentos da Proteção Civil, minuto a minuto

    A propósito da polémica em que está envolvido este sistema de comunicações de emergência, o Pedro Rainho, do Observador, detalha, ponto por ponto, o que falhou no SIRESP durante a tragédia de Pedrógão Grande. O texto começa assim: “Quase uma semana após o início do maior incêndio registado em Portugal, há apenas um ponto em comum nas intervenções dos vários protagonistas envolvidos no combate ao fogo de Pedrógão Grande: mais uma vez, o SIRESP falhou. A partir daqui, há dúvidas sobre dúvidas.” Leia tudo aqui.

    As contradições sobre a falha do SIRESP

  • Bombeiros da Galiza já regressaram a casa

    O grupo de bombeiros da Galiza que ajudou as autoridades portuguesas a combater o fogo em Pedrógão Grande já regressou a casa, escreve o jornal El Correo Gallego.

  • Todas as vítimas já foram identificadas

    O trabalho de identificação das 64 vítimas do incêndio de Pedrógrão Grande foi finalizado esta sexta-feira. A informação foi revelada num comunicado do Ministério da Justiça.

    O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, através do recurso à comparação genética, completou a identificação das últimas vítimas sinalizadas pela Polícia Judiciária, pelo que foram emitidos os certificados de óbito correspondentes, o que permite a libertação dos corpos”, pode ler-se no comunicado.

    45 corpos já foram levantados pelas famílias e os restantes estão em condições de entrega às famílias, refere ainda o comunicado. Também as certidões de óbito já foram emitidas pelo Instituto dos Registos e do Notariado.

  • 534 operacionais continuam a combater o fogo em Góis

    O comandante operacional Carlos Tavares, da Proteção Civil, fez há poucos minutos, em declarações à SIC Notícias, um novo balanço das operações no incêndio em Góis, o mais preocupante para as autoridades neste momento. De acordo com o responsável, 90% do perímetro do incêndio já está consolidado e o restante 10% deverá estar controlado até amanhã.

    Carlos Tavares garantiu que até ao próximo domingo o dispositivo não irá abandonar o teatro de operações, e revelou ainda qual o número de meios que estão mobilizados neste momento para o combate àquele incêndio:

    • 534 operacionais
    • 134 veículos
    • 7 máquinas de arrasto
    • 38 bombeiros espanhóis

  • Dados provisórios: quase 53 mil hectares arderam na região centro

    Os cinco grandes incêndios que deflagraram no sábado na região centro do país consumiram quase 53 mil hectares, segundo dados provisórios divulgados hoje à agência Lusa pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Numa resposta enviada à Lusa, o ICNF refere que o incêndio de Pedrógão Grande que deflagrou no sábado “uniu-se aos de Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Penela e Góis formando um único incêndio”, estando até agora contabilizada provisoriamente uma área ardida provocada por estes “cinco grandes fogos” em 52.992 hectares.

    No entanto, o ICNF ressalva que o apuramento final da extensão da área ardida só poderá ser efetuado após a extinção do incêndio, tendo em conta que alguns deles ainda estão na fase de dominado. Os dados do ICNF não incluem a área ardida de Castanheira de Pera e de Pampilhosa da Serra, outros concelhos fustigados pelos incêndios dos últimos dias. Os incêndios florestais provocaram este ano uma área ardida em Portugal a rondar os cerca de 70 mil hectares, contabilização feita com estes dados do ICNF e os 17.100 hectares que arderam até sábado registados pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS).

    Os grandes incêndios que deflagraram no sábado na região centro provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais e à evacuação de dezenas de aldeias.

    Lusa

    HENRIQUE CASINHAS/OBSERVADOR

  • Risco máximo de incêndio em várias regiões do país no fim de semana

    A Autoridade Nacional de Proteção Civil anunciou esta tarde que está previsto, para as próximas 48 horas, “risco muito elevado a máximo de incêndio nas regiões do interior Norte e Centro e na região Sul, em particular no Algarve”.

    A Proteção Civil destaca ainda um conjunto de informações relevantes para o próximo fim de semana:

    • Ligeira subida da temperatura máxima na região Sul (30ºC – 35ºC) até Sábado, 24 de junho;
    • Hoje e amanhã (24 Junho), a humidade relativa do ar apresenta valores inferiores a 30% nas regiões do interior do Continente e HR <20% no interior do Alentejo e no Algarve, com recuperação para valores mais elevados durante anoite, exceto no sotavento algarvio;
    • Hoje (23 junho) e amanhã (24 junho), vento moderado (até 30 km/h) de noroeste no litoral oeste e nas terras altas, em especial durante a tarde;
    • No domingo (25 junho), vento moderado (até 35 km/h) de quadrante norte, em especial no litoral a sul do cabo Mondego até ao início da manhã e durante a tarde;
    • A partir de dia 24 (Sábado) prevê-se alguma instabilidade com probabilidade muito baixa de aguaceiros fracos e dispersos, trovoadas e rajadas convectivas.

  • Alunos que não fizeram exames e provas poderão fazê-los na 2ª fase

    O Ministério da Educação já tinha vindo a dar essa garantia e agora reafirma-o, com mais informações. Os alunos das localidades afetadas pelos incêndios da última semana e que falharam à 1ª fase dos exames e provas finais por “motivo de suspensão das atividades letivas nas suas escolas ou por não se encontrarem nas condições físicas e psíquicas adequadas” poderão fazer essas avaliações na 2.ª fase.

    O ministério de Tiago Brandão Rodrigues garante, em comunicado, que esses exames serão “equiparados a exames realizados na 1.ª fase, para todos os efeitos, incluindo o acesso ao ensino superior” e que “caso haja necessidade, estes alunos poderão realizar, como 2.ª fase, provas finais de ciclo e exames nacionais na época especial dos atletas praticantes desportivos”.

  • El Mundo não revela identidade de jornalista que assinou reportagens sobre incêndio

    A polémica estalou quando o El Mundo publicou um artigo, assinado por Sebastião Pereira, em que antevia o fim da carreira política de António Costa devido à “gestão desastrosa” do incêndio. Veio a perceber-se, depois, que o jornalista que assinou a peça não estava registado na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista em Portugal e nunca tinha escrito um artigo para aquele jornal espanhol ou para qualquer outra publicação. O diário espanhol acabou por revelar, esta sexta-feira, contactado pelo Sindicato dos Jornalistas, que se trata de um jornalista com um pseudónimo, recusando avançar mais pormenores sobre a identidade do repórter.

    El Mundo não revela identidade de jornalista que assinou reportagens sobre incêndio

  • Sete imagens de satélite mostram a evolução do incêndio

    O incêndio de Pedrógão Grande foi a maior tragédia do género de que há memória. 64 pessoas perderam a vida. Veja a evolução do fogo nestas imagens de satélite:

    Sete dias, sete imagens. A evolução do fogo de Pedrógão Grande

  • Góis. Meios operacionais vão ser reduzidos a partir das 20h

    O incêndio no concelho de Góis continua em fase de “rescaldo e vigilância” e os meios operacionais vão ser reduzidos a partir das 20h desta sexta-feira.

    Carlos Tavares, comandante operacional da Proteção Civil, adiantou que os operacionais no terreno vão passar de 634 para 534, apoiados por 134 veículos e máquinas de rasto.

    O comandante sublinhou que os operacionais continuam a consolidar o perímetro, mas que 10% deste território continua a ter alguns reacendimentos.

    Estas reativações têm ocorrido em particular nas zonas do Cadafaz e Colmeal (concelho de Góis), lugares onde têm tido “mais ação” porque não conseguem “introduzir máquinas de rasto”. O combate às reativações faz-se assim apenas com “pessoal apeado”, acrescentou Carlos Tavares.

  • Ministro da Agricultura compromete-se a "travar expansão do eucalipto"

    O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, reagiu esta tarde ao pedido do Bloco de Esquerda para suspender um concurso de nove milhões de euros, em fundos comunitários, para rearborização de eucaliptos. Capoulas Santos insistiu que se trata de um concurso para “plantar sobreiros e azinheiras” e para “reinstalar o eucalipto das zonas onde não deve estar para as zonas onde deve estar”.

    Recorde-se que o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares defendeu que “a abertura de uma linha de financiamento para o apoio à plantação de eucaliptos” é “incompreensível” e “contraditória”, pedindo que a política seja substituída pelo incentivo à plantação de “espécies de maior resiliência ao fogo”.

    Não há nenhuma contradição“, insistiu Capoulas Santos. “O que pretendemos quanto ao eucalipto é travar a expansão” da área. “Queremos gerir profissionalmente a floresta portuguesa” e continuar “a produzir madeira”, explicou o ministro, afirmando que a intenção do governo “não é permitir mais área, mas naquela área fazê-lo com regras”.

    O objetivo da reforma florestal, feita ao longo do último ano, é “ordenar a floresta, diminuir o risco de incêndio” e “retirar o eucalipto desordenado”, para que “ele continue a plantar-se, desde que não ultrapasse a área definida”. O ministro recordou que durante o planeamento da reforma florestal, a questão dos eucaliptos foi das mais polémicas — enquanto à direita se pretendia uma maior produção de madeira, a esquerda pedia uma diminuição da área de eucaliptal. “Comprometemo-nos a travar a expansão do eucalipto“, afirmou ainda Capoulas Santos.

  • Castanheira de Pera alertou “entidades competentes” para limpeza de bermas da EN 236-1

    A Câmara de Castanheira de Pera disse hoje ter alertado “as entidades competentes” para se proceder à limpeza das bermas da Estrada Nacional (EN) 236-1, onde morreram a maioria das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, explicou que a EN 236-1 é uma via que não pertence às competências do município.

    “É bom que fique claro que nós não temos competências para exercer qualquer atividade ou fazer o que quer que seja em território que não está sob a nossa jurisdição. Naturalmente, não se fez nada, além de alertarmos as entidades competentes, neste caso a Infraestruturas de Portugal, para proceder a uma limpeza das bermas, não só por uma questão estética, mas por uma questão preventiva”, apontou.

    O fogo que deflagrou no sábado em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos, a maioria em alguns metros da EN 236-1, entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. De acordo com o autarca de Castanheira de Pera, o seu concelho, tal como os concelhos vizinhos que foram atingidos pelas chamas, têm “uma debilidade financeira bastante grande”, daí que só gastem dinheiro em ações de prevenção naquele que é o seu território.

    “Abrimos estradões e quero lembrar que, no ano passado, tive durante mais de um ano inteiro a engenharia militar a fazer melhorias nas vias florestais municipais e a abrir outras vias florestais. Independentemente disso, ainda completámos a ação com o melhoramento de outras vias florestais por nossa conta e risco”, descreveu. Fernando Lopes disse ainda que o seu município preparou-se para os incêndios “colocando operacionais alguns pontos de água na floresta”. Para além destes tanques de água na floresta, o município de Castanheira de Pera procedeu ainda a outras medidas de prevenção, como é o caso das faixas de contenção.

    “Fazemos alguns cortes na vegetação florestal, o que de alguma forma ajuda a travar em caso de incêndio. Temos também os vigias fixos e móveis, durante a época mais crítica, independentemente de procedermos a algumas queimadas de arbustos, essencialmente vegetação”, acrescentou. Segundo o autarca, também o Estado procede a algumas limpezas nas suas áreas de intervenção, evidenciando que a prevenção florestal deve ser uma tarefa de todos, inclusive do próprio produtor florestal.

    “Se calhar, nunca fazemos aquilo que é o ideal, o ideal é sempre fazer mais qualquer coisa. Também temos de ter consciência que a floresta de hoje é completamente diferente da que tínhamos no passado”, referiu. No seu entender, a floresta de hoje só é produtiva e rentável se for bem explorada e tiver dimensão, pois “se for um cantinho o proprietário não retira rendimento suficiente para andar constantemente a limpar”. “Os produtores mais pequenos não limpam e isso é que é o grande problema. Quando falamos de floresta, tem de haver conjugação de vontades”, admitiu.

    A Lusa contactou a Infraestruturas de Portugal, que informou que a EN 236-1 “está sob a jurisdição da Ascendi”. Já a Ascendi explicou que a Ascendi Pinhal Interior tem sob sua responsabilidade a subconcessão que integra a EN 236-1, tendo a seu cargo as respetivas atividades de manutenção, conforme estipulado no contrato de subconcessão. “No caso da EN 236-1, foi efetuada, entre 05 e 07 de junho passado, uma operação de limpeza da respetiva faixa de combustível”, concluiu.

    Dois grandes incêndios deflagraram no sábado na região Centro, provocando 64 mortos e mais de 200 feridos, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais. Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram um total de cerca de 50 mil hectares de floresta [o equivalente a 50 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

    As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde. O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Ficou dominado na manhã de quinta-feira.

    Lusa

  • Costa agradece "excelência" de ajuda enviada pela União Europeia

    O primeiro-ministro, António Costa, agradeceu esta sexta-feira, em Bruxelas, à Comissão Europeia a “excelência” da intervenção de Bruxelas através do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia para ajudar a combater os fogos florestais, nomeadamente em Pedrógão Grande.

    Tive oportunidade de agradecer à Comissão a excelência do funcionamento do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e também aos diferentes Estados-membros todas as manifestações de solidariedade que tiveram”, disse Costa, em conferência de imprensa no final do Conselho Europeu.

    O primeiro-ministro disse ainda que, para já, está a ser feito um levantamento dos danos causados pelos incêndios e só depois será feita uma candidatura às verbas do Fundo de Solidariedade da União Europeia (UE), ao qual estão abertos todos os concelhos afetados.

    Para todos os concelhos, estão disponíveis os fundos do Estado, os fundos da Segurança Social, os fundos do Ministério do Planeamento, o acesso aos fundos europeus, os fundos na área da agricultura para a reposição da capacidade produtiva, esses estão abertos e acessíveis a todos os concelhos afetados pelos incêndios”, disse.

    Em relação aos fundos gerados por iniciativas privadas para ajudar as povoações de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro sublinhou não fazer qualquer sentido canalizá-los para outros fins: “não creio que fosse adequado reorientar esses donativos para outra finalidade”.

    Lusa

  • Mais de 140 toneladas de palha e rações disponibilizadas para alimentar animais

    O ministro da Agricultura destacou esta sexta-feira a “imediata solidariedade” de organizações de agricultores e da indústria agrícola, que disponibilizaram mais de 140 toneladas de alimentos para animais, destinados aos cinco concelhos mais atingidos pelos incêndios na região Centro.

    O mais importante é garantir a alimentação adequada aos animais que sobreviveram, já que os pastos e mesmo muitos alimentos armazenados foram destruídos pelo incêndio”, disse Capoulas Santos aos jornalistas, à margem de uma conferência promovida, em Coimbra, pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA).

    De acordo com o ministro, a Companhia das Lezírias, entidade estatal, disponibilizou cerca de 90 toneladas de palha e fenos, a Confederação de Agricultores de Portugal entregou palha e rações, e oito entidades ligadas à Organização das Indústrias de Alimentos Compostos para Animais cedeu mais de 50 toneladas de rações.

    O ministro frisou que os alimentos para os animais estão a ser distribuídos em articulação com as autarquias em cinco postos, um por cada município, em Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera (Leiria) e Góis e Pampilhosa da Serra (Coimbra).

    O governante anunciou ainda que o Ministério da Agricultura decidiu indemnizar os agricultores afetados pelo incêndio, para reposição do potencial produtivo: “Tudo o que sejam máquinas, tratores, reboques, equipamentos, motores de rega que tenham sido destruídos, estábulos, outras instalações agrícolas, pomares, olivais, tudo isso será indemnizado entre 50% e 80% a fundo perdido”.

    As indemnizações serão disponibilizadas através de um processo de candidaturas, que será aberto “logo que esteja delimitado o perímetro da zona afetada” nos cinco concelhos, adiantou Capoulas Santos.

    O ministro da Agricultura anunciou ainda que se encontra “praticamente concluída” a operação de remoção e enterramento de animais mortos na sequência do incêndio, realizada em colaboração com as autarquias e com maquinaria pesada disponibilizada pela empresa Infraestruturas de Portugal.

    Embora afirmando desconhecer os números concretos, Capoulas Santos disse que o número de animais que morreram ascenderá a centenas, enquanto os que necessitam de alimento se cifram em alguns milhares.

    “Não serão muitos milhares, porque esta era uma zona predominantemente florestal, não era uma zona predominantemente agrícola. [É uma zona] onde há uma agricultura de pequena escala em muitos casos associada à atividade florestal”, afirmou.

    Lusa

  • Pontos de entrega de donativos

    A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) definiu esta sexta-feira os pontos de entrega de donativos destinados às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande para “evitar descoordenações”. A CCDRC refere, em nota enviada à agência Lusa, que, “para evitar descoordenações, definiram-se pontos únicos de entrega dos donativos (alimentos, água, vestuário, etc.)”.

    Pedrógão Grande:

    Santa Casa da Misericórdia: Alimentos

    Bombeiros Voluntários: Alimentos para animais de estimação e restantes donativos

    Castanheira de Pera:

    Bombeiros Voluntários: Alimentos

    Pavilhão Gimnodesportivo: Restantes donativos

    Figueiró dos Vinhos:

    Pavilhão Gimnodesportivo das Bairradas: Todos os donativos

    O Ministério da Agricultura está a coordenar, em articulação com as autarquias, a distribuição de alimentação para os animais das zonas afetadas pelos incêndios nos três concelhos.

    Na nota, a CCDRC apela ainda aos voluntários para se dirigirem às Câmaras Municipais “para serem devidamente identificados e para que o seu contributo possa ser enquadrado nas operações que se estão a desenvolver”.

    “Os voluntários, que são bem-vindos, não devem andar sozinhos, pois não conhecem as pessoas nem o território”, observa.

    Lusa

  • Incêndio em Pedrógão Grande deixou mais de 200 pessoas no desemprego

    O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, disse esta sexta-feira à agência Lusa que o incêndio que deflagrou no sábado também provocou mais de 200 desempregados no concelho.

    São para cima de 200 pessoas desempregadas [no concelho de Pedrógão Grande]”, afirmou Valdemar Alves.

    O autarca explicou que uma das maiores empresas instalada no parque industrial de Pinheiro Bordalo, a Enerpellets, que produzia ‘pellets’, um combustível 100% natural e renovável, constituído exclusivamente por resíduos e subprodutos de biomassa florestal, ficou totalmente destruída e que ficam no desemprego mais de 40 pessoas.

    Ainda na Graça, um lagar acabado de reconstruir e equipado com maquinaria nova, bem como uma indústria de madeira, foram afetadas pelo fogo.

    Valdemar Alves disse que o futuro tem que ser encarado “com muita força”, adiantou que o centro de emprego foi logo para o terreno e que as pessoas que ficaram sem emprego por causa do incêndio já foram identificadas.

    O centro de emprego veio para o terreno, as pessoas estão identificadas e vai haver subsídios para não ficarem, pelo menos, sem o ordenado mínimo”, frisou.

    Já em relação aos empresários que perderam as suas indústrias, o autarca foi taxativo: “Também estão com coragem, mas é uma grande chatice”.

    O autarca disse mesmo que o proprietário da Enerpellets já manifestou a intenção de adquirir uma empresa falida para reinstalar a sua indústria no setor da madeira e que quer também recuperar a unidade perdida e ficar posteriormente com as duas a laborar.

    Lusa

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