A Madeira registou 189 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 e 97 recuperações nas últimas 24 horas, passando agora a contabilizar 1.445 situações ativas, indicou esta terça-feira a Direção Regional da Saúde (DRS).

O boletim epidemiológico diário divulgado pela DRS dá conta que, dos 189 novos casos, 8 são importados e os restantes são de transmissão local.

Segundo o documento, dos 1.445 casos de Covid-19 atualmente ativos, 70 são importados e 1.375 de transmissão local.

Estão 53 pessoas hospitalizadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, uma das quais em cuidados intensivos, e 99 doentes cumprem isolamento numa unidade hoteleira dedicada, permanecendo os restantes em alojamento próprio, refere a DRS.

Registam-se esta terça-feira 49.823 novos casos de infeção pelo coronavírus em Espanha, um novo máximo neste país desde que começou a pandemia.

Na Comunidade de Madrid, de acordo com o El País, mais 9.518 pessoas testaram positivo para o coronavírus, igualmente um novo máximo nesta região, e um aumento de 424% em relação aos valores de segunda-feira (2.645 infetados).

A incidência dos últimos 14 dias no país está nos 695,38 casos por 100 mil habitantes.

Morreram nas últimas 24 horas mais 94 pessoas em Espanha, aumentando o total de mortes no país para 88.887.

Na última semana morreram 239 pessoas em consequência da Covid-19.

O PSD afirmou esta terça-feira que o Governo está a “correr atrás do prejuízo”, apelando a que os portugueses respondam “à falta de planeamento” no reforço da vacinação com a contenção de contactos, e aponta inconsistência nas medidas.

“Tínhamos alertado no final do verão para a necessidade de planear as doses de reforço. Infelizmente, estamos a poucos dias do Natal e esse trabalho ainda não foi feito, agora estamos a correr atrás do prejuízo”, afirmou o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Ricardo Baptista Leite, em declarações à Lusa, em reação às novas restrições anunciadas esta terça-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, para fazer face o aumento de casos de Covid-19.

Para o deputado e médico, “está um pouco nas mãos dos portugueses garantirem” a “melhor forma possível” de responder ao aumento de casos de Covid-19 e “outras ameaças no sistema de saúde”.

Quem não está vacinado e não se conseguir vacinar, quem não se conseguir testar (…) a essa falta de planeamento temos de responder tendo cuidado com os contactos e evitando mesmo esses contactos até a situação normalizar”, apelou.

Sobre os anúncios desta terça-feira, Baptista Leite classificou como “inconsistentes as diferentes medidas entre restaurantes, bares e discotecas, sobretudo em relação à testagem”.

Nas últimas 24 horas, foram inoculadas mais 68.064 pessoas com a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, indica o relatório de vacinação diário divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS). No total, já tomaram a dose de reforço mais de dois milhões de portugueses (2.393.088).

Completaram ainda o esquema vacinal da Covid-19 mais 5.902 pessoas, contabilizando-se 8.657.229 pessoas totalmente inoculadas. Também foram vacinadas 80 crianças dos cinco aos onze anos.

Relativamente à vacina da gripe, foram inoculadas mais 14.192 pessoas. Até ao momento, foram vacinados 2.323.632 portugueses com este imunizante.

Em termos etários, 86% das pessoas com mais de 80 anos já tomaram a dose de reforço, enquanto 83% dos cidadãos entre os 70 e os 79 anos já receberam uma toma extra. Dos 60 aos 69 anos, 45% levaram uma dose de reforço, enquanto 15% da faixa etária dos 50 aos 59 anos também já recebeu outra toma.

Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP, contestou as medidas tomadas hoje pelo Governo, referindo que são “manifestamente exageradas, alarmistas e desproporcionais”.

Para o líder centrista, o país devia apostar na administração da terceira dose da vacina. “Pese embora tenhamos muitos casos, as mortes e os internamentos não estão a ir atrás”, sinalizou, acrescentando que o Governo “está a ir atrás” daquilo que são as medidas de outros países.

“Parece que não há fim para este terror, para esta situação alarmista e de medo que o Governo quer infligir sobre a nossa economia”, denunciou Francisco Rodrigues dos Santos.

Em declarações às televisões, o presidente democrata-cristão defendeu que o Governo não devia ter fechado as discotecas nem os bares, uma vez que assim se garantia que se cumpriam “as obrigações de saúde pública”. Manifestou ainda solidariedade por um setor que “foi o primeiro a fechar e o último a abrir”.

Temendo que haja mais festas particulares “que não têm escrutínio do ponto de vista de saúde pública”, o líder centrista diz ainda que as regras não tem “equidade” nem “adesão à realidade”.

O PAN pediu hoje apoios para as famílias e o setor dos bares e discotecas, que vão voltar a encerrar devido à pandemia de Covid-19, e apelou aos portugueses que “sejam responsáveis” e se testem.

“Compreendemos que há a necessidade da adoção de algumas medidas e a preocupação que desde o primeiro momento transmitimos ao Governo é que existam os correspondentes apoios sociais, em particular para os bares e as discotecas, que vão ter de encerrar, mas também para as famílias, quer no apoio às creches, quer no apoio para ficarem em casa com as crianças sempre que assim seja necessário por força do contexto sanitário”, afirmou a porta-voz.

A líder do PAN apelou à “responsabilidade individual” nesta altura festiva do Natal e passagem de ano, defendendo que “as pessoas têm que se testar antes de estarem com os seus contactos familiares mais próximos, evitar contactos que possam ser de risco”.

“Porque efetivamente nós ainda não debelámos esta crise sanitária, ainda continuamos a estar perante um inimigo comum cujo rosto ainda é, nas suas variantes, desconhecido e portanto todos os cuidados são poucos para que possamos de facto estar em segurança”, salientou.