Momentos-chave
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  • Bom dia, passámos a seguir o pós-eleições neste outro artigo em direto.

    Rui Tavares pressiona AD e IL a clarificarem, “de uma vez por todas, se contam com Chega política ou aritmeticamente”

    Obrigada por nos acompanhar, até já.

  • Ventura reitera que Chega não tem de estar no governo, mas tem de haver "convergência" sobre nomes

    Questionado sobre um acordo com a AD, o presidente do Chega esclarece que tem de incluir “convergência de decisões quanto à composição do governo, ao que será o governo, às medidas principais e aos objetivos que queremos alcançar”.

    André Ventura reitera que não exige estar neste governo, mas realça que “faz sentido serem os dois partidos a admitirem que está no governo”. “O nosso ponto nunca foi lugares, é um acordo sobre quem é o ministro das Finanças, da Educação…”, explica, sublinhando que IL e CDS tem muito menos deputados do que o Chega e resumindo: “Estamos disponíveis para convergir, mas não para ser espezinhados.”

    O presidente do Chega abre portas a independentes, mas diz que quer um governo para o futuro e não para o passado — e assegura que não tem nomes em mente.

  • Ventura admite aprovar medidas do PSD, garante que Chega vai ceder, mas entende que AD não negociar é "espezinhar um milhão de portugueses"

    Questionado sobre as propostas do PSD, Ventura esclarece que vota a favor de uma taxa de IRS de 15% para os jovens, de uma descida de IRC, isenção de IMT e imposto de selo na aquisição da primeira habitação, reposição do tempo de serviços dos professores. E justifica: “É bom para os portugueses.”

    “Essas propostas muitas delas foram propostas por nós e viabilizadas quando vinham do PCP, do BE, Livre e PS. Nunca distinguimos entre o autor, ao contrário de outros partidos”, esclarece o líder do Chega, com criticas aos partidos que votam contra apenas por se tratarem de propostas do partido que lidera.

    Frisando que “o mais fácil era dizer que está fora de tudo” porque é “o mais fácil para crescer”, Ventura realça que foi “responsável” e o partido se mostrou “disponível” para se sentar à mesa e criar um governo. “Não ouvi o PSD dizer o mesmo, nós cedemos e fomos responsáveis e dissemos, até contrariando provavelmente o que o nosso eleitorado quer, que estamos disponíveis para dar um governo em Portugal”, aponta, mostrando que “ninguém quer andar de seis em seis meses em eleições”.

    “Aparentemente a AD prepara-se para evitar a possibilidade de uma maioria e levar o país para a total irresponsabilidade”, afirma o presidente do Chega, esclarecendo que é preciso “executar fundos do PRR” e provavelmente terá de haver um retificativo, que pode ser um “teste”.

    Aos olhos de André Ventura, a AD nem sequer negociar com o Chega é “espezinhar um milhão de portugueses”. “Há mais de um milhão de pessoas que votam neste partido, qual é o problema de se chegar a uma convergência e dizer que vamos dar quatro anos de estabilidade. Eu estou disponível para sacrificar tudo para que os portugueses tenham estabilidade, mas compreenderão que se do outro lado disserem ‘não queremos olhar para vocês, nem para as vossas propostas, nem sequer falar convosco’, isso não é pisar-nos, é espezinhar um milhão de portugueses. São eles os responsáveis pela ingoverbabilidade, não nós”, justifica o líder do Chega.

  • Ventura admite chumbar Orçamento da AD: "Se não houver nenhuma negociação é humilhar o Chega"

    André Ventura, em entrevista à TVI, reitera que ontem se inaugurou uma “era” em que terminou o bipartidarismo. “OS portugueses tinham tudo na mesa: dar uma maioria ou dar uma distribuição de votos pelos dois e os portugueses optaram por uma segunda via”, começa por explicar.

    “Nunca disse que ia apresentar uma moção de rejeição”, realça o líder do Chega — ainda que tenha chegado a dizer que era possível dependendo do programa apresentado. E explica-o de outra forma: “Admite não apresentar uma moção de rejeição? Admito. Admite votar contra o Orçamento? Se não houver nenhuma negociação isso é humilhar o Chega e votarei contra.”

    André Ventura diz que ainda não falou com Montenegro, apenas lhe mandou uma mensagem para dar os parabéns pela vitória. E insiste que “portugueses deram mais de um milhão de votos ao Chega e estão a dizer: ‘governem os dois e entendam-se”. “Se bloco central avançar ficará claro que são dois partidos contra o Chega”, argumenta.

  • Chega justifica não ter eleitos em Bragança porque distrito só tem três deputados

    O cabeça de lista do Chega por Bragança justificou hoje a falha na eleição de pelo menos um deputado com o baixo número de eleitos no distrito – três deputados – e hábito de voto nos partidos mais antigos.

    Dos 20 dos 22 círculos eleitorais já apurados (faltam dos da Europa e fora da Europa), Bragança é o único que não elegeu nenhum deputado pelo Chega.

    “A justificação é simples: em primeiro lugar, Bragança apenas elege três deputados, (…) o que torna muito difícil partidos com menos votação terem eleitos (…). Se fossem quatro deputados, tínhamos sido eleitos”, disse hoje à Lusa José Pires.

    O cabeça de lista deu como exemplo o distrito vizinho de Vila Real, que elege cinco deputados e onde o Chega conquistou um deputado com “sensivelmente a mesma percentagem” de votação que o partido obteve em Bragança – 17,11% em Vila Real e 18,19% em Bragança.

    Em Bragança o partido manteve-se, como nas legislativas antecipadas de 2022, no terceiro lugar na contabilização das forças políticas em Bragança, a cerca de 1300 votos de conseguir um lugar no parlamento pelo distrito.

    Apesar de terem ficado em branco nos assentos parlamentares por Bragança, José Pires sublinhou que a votação no partido mais do que duplicou no distrito: “E só podemos estar contentes por isso”, afirmou o cabeça de lista.

  • CGTP: “Viragem à direita não responde a interesses dos trabalhadores”

    A CGTP considerou hoje que os resultados eleitorais e a futura composição parlamentar representam “uma viragem à direita que não responde aos interesses dos trabalhadores e do país” e prometeu mobilização e luta por salários e direitos.

    Os resultados das eleições legislativas de domingo “revelam, desde logo, a rejeição de uma maioria absoluta”, afirma a CGTP em comunicado, acrescentando que sobressai ainda “o aumento da votação nas forças mais reacionárias e de extrema-direita”.

    “Este resultado não pode ser desligado da falta de resposta aos problemas concretos dos trabalhadores e da degradação das condições de vida”, defende a central sindical.

    NO documento, a CGTP reafirma que vai intensificar a sua “ação de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores”, como ficou definido no congresso da intersindical, em fevereiro, referindo que serão “momentos altos da reivindicação” ações previstas para o 25 de Abril e a “grande jornada nacional de luta” no 1º de Maio.

    “Quando se aproximam as comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril, ganha ainda mais importância defender as suas conquistas e lutar pela efetivação dos valores da revolução”, sublinha a intersindical.

  • Cinco dos 10 concelhos onde PAN tem melhor resultado são no distrito de Faro

    O distrito de Faro concentra o maior número de concelhos nos quais o PAN conseguiu os melhores resultados nas eleições legislativas de domingo, de acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna.

    O concelho de Vila do Bispo, no distrito de Faro, foi aquele onde o partido Pessoas–Animais–Natureza (PAN) alcançou a maior percentagem de votos: 3,15% (79 votos).

    Seguem-se Lagos e Olhão, também no distrito de Faro, com 3,10% (454 votos) e 3,01% (679 votos).

    Entre os 10 concelhos nos quais conquistou melhores resultados, destaque ainda para o de Sintra (Lisboa) e Vila Franca de Xira (Lisboa), com 2,94% (6.201 votos) e 2,79% (2.269 votos), respetivamente.

    Nos concelhos de Palmela e de Sesimbra, ambos em Setúbal, registou 2,75% (1.097 votos) e 2,73% (861 votos), respetivamente.

    O concelho de Mafra (Lisboa) foi outro nos quais teve melhor desempenho, com 2,72% (1.388 votos), assim como o de São Brás de Alportel (Faro), com 2,71% (156 votos) e o de Aljezur (Faro), com 2,71% (71 votos).

    A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

    A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados. Faltam ainda atribuir quatro mandatos do círculo da emigração.

    Lista dos 10 concelhos onde o PAN obteve melhor resultado (em percentagem):

    Vila do Bispo — 79 votos – 3,15%

    Lagos — 454 votos — 3,10%

    Olhão — 679 votos – 3,01%

    Sintra — 6.201 votos – 2,94%

    Vila Franca de Xira — 2.269 votos – 2,79%

    Palmela — 1.097 votos – 2,75%

    Sesimbra — 861 votos – 2,73%

    Mafra — 1.388 votos – 2,72%

    São Brás de Alportel — 156 votos – 2,71%

    Aljezur — 71 votos – 2,71%

  • Chega, o "fenómeno". Livre, o "abocanhador"

    Chega e Livre: os “clarinhos” vencedores da noite eleitoral. O Chega fez “um fenómeno”, acabou com o bipartidarismo e deixa Montenegro com pouca margem de manobra. Já o Livre “abocanhou” a perna do BE.

    Ouça aqui o Semáforo Político

    Chega, o “fenómeno”. Livre, o “abocanhador”

  • Erros e Governo. AD e Chega em debate aceso

    Diogo Pacheco de Amorim garante que Chega não vai ser “espectador”. Hugo Soares, da AD, responde que partido de André Ventura não pode obrigar ninguém a levá-lo para o governo.

    Ouça aqui o debate

    Erros e Governo. AD e Chega em debate aceso

  • FNAM exige regresso às negociações para “fazer o que não foi feito

    A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) exige ao próximo Governo o regresso à mesa de negociações para “fazer o que não foi feito”, ou seja, alcançar um bom acordo para os médicos, defendeu a presidente da estrutura sindical.

    “A exigência da FNAM, independentemente de como ficar formado o Governo, de quem for o ministro ou ministra da Saúde, é exigir voltarmos à mesa das negociações e fazer o que não foi feito, porque não foi conseguido nenhum bom acordo para os médicos em 2023”, disse à Lusa Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, em reação aos resultados das eleições legislativas de domingo.

    Para a dirigente sindical, mais do que o aumento salarial “totalmente insuficiente”, alcançado no final do ano passado e que entrou em vigor no início do ano, os médicos querem negociar melhores condições de trabalho e garantir a reposição de direitos.

    Em causa estão a garantia de 35 horas de trabalho semanais, turnos de urgência de 12 horas e não as atuais 18 horas, rever as condições de dedicação plena dos médicos, retirando da lei “matérias inconstitucionais” e a inclusão na carreira dos médicos internos, que “são um terço da força de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS), sendo 10 mil dos 31 mil médicos no SNS” são matérias que a FNAM quer voltar a ver em cima da mesa negocial.

    Quer também discutir a necessidade de suprir “uma falta desgraçada” de clínicos no SNS, que “continuam a sair do SNS todos os dias”, com consequências na garantia de médico de família, acesso a consultas e tempos de espera em urgências e cirurgias.

    E defende que medidas como o concurso para contratar 900 médicos aposentados, “não vão resolver a situação”, sendo apenas “mais uma prova de como faltam médicos”.

    “O aumento salarial foi totalmente insuficiente, mas acima de tudo, para a FNAM, não é só uma questão salarial, é também vermos repostas condições de trabalho que fomos perdendo ao longo dos anos”, disse Joana Bordalo e Sá.

  • PCP perde mais de 100 mil votos no Alentejo entre eleições de 1976 e 2024

    O PCP perdeu mais de 100.000 votos no Alentejo comparando as primeiras eleições para a Assembleia da República, em 1976, quando conquistou nove mandatos na região, e as legislativas deste domingo, em que ficou sem deputados no território.

    Um ano antes, em 25 de abril de 1975, nas eleições para a Assembleia Constituinte, as primeiras eleições livres realizadas em Portugal, o Alentejo elegeu um total de 15 deputados.

    Na altura, o PS conquistou nove (três por cada círculo eleitoral, Beja, Évora e Portalegre) e o PCP seis (três por Beja, dois por Évora e um por Portalegre).

    Já nas eleições de 1976, as primeiras para a Assembleia da República, deu-se uma ‘troca’ e foi o PCP a ultrapassar o PS em número de deputados no Alentejo, de acordo com o mapa oficial da Comissão Nacional de Eleições (CNE), publicado em Diário da República.

    Dos 16 deputados na região, os comunistas ficaram, então, com nove (quatro por Beja e outros tantos por Évora, além de um por Portalegre), enquanto o PS alcançou sete (três por Portalegre, dois por Évora e mais dois por Beja).

    Nesse ato eleitoral, o PCP arrecadou 52.839 votos por Beja (43,99%), 52.291 por Évora (43,15%), 21.135 por Portalegre (22%), pelo que no global do Alentejo conseguiu 126.265 votos.

    Nas legislativas deste domingo, a CDU (PCP-PEV) obteve 11.570 votos por Beja (15,03%), 9.771 por Évora (10,93%) e 3.604 por Portalegre (5,94%), o que totaliza 24.945 votos no Alentejo, de acordo com os dados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

    O Alentejo elegeu um total de oito deputados: três para o PS e o mesmo número para o Chega, ‘estreante’ em mandatos na região (um por cada círculo), e os restantes dois para a Aliança Democrática (AD, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM), um por Beja e o outro por Évora.

    A CDU perdeu, assim, o único deputado que ainda mantinha no Alentejo, antigo bastião comunista, ao não conseguir reeleger João Dias por Beja (em Évora perdeu o deputado nas eleições de 2022 e em Portalegre deixou de ter parlamentares no sufrágio de 1991).

    Esta situação acontece pela primeira vez aos comunistas desde o 25 de Abril de 1974, mais precisamente desde as eleições constituintes realizadas no ano seguinte.

    Em comparação, entre 1976 e 2024, o PCP perdeu 101.320 votos no conjunto dos três círculos eleitorais alentejanos, dos quais 42.520 em Évora, 41.269 em Beja e 17.531 em Portalegre.

    Nas legislativas de 1976, de acordo com os dados da CNE, o total dos três círculos do Alentejo contabilizou 390.925 eleitores inscritos, tendo a taxa de votação rondado entre os 83,81% de Beja e 88,43% de Portalegre.

    Já no ato eleitoral deste domingo, segundo a SGMAI, o Alentejo contou com 342.608 eleitores inscritos e a votação variou entre 65,15% em Portalegre e 67,01% em Évora.

  • Nuno Melo diz que não de Montenegro ao Chega é "mesmo não"

    Nuno Melo, presidente do CDS, diz que a “AD só não governará se o PS e o Chega fizerem uma coligação negativa”.

    No programa Direto ao Assunto, da Rádio Observador, Melo nega que exista abertura a diálogo com o Chega. “Acho que é tão claro e cristalino o que Luís Montenegro disse repetidamente na campanha, e mesmo na noite eleitoral, quase me parece que alguém do Chega gravita numa realidade paralela”, realça.

    “O que foi dito por Montenegro – já fez várias declarações do não é não. E o não é mesmo não. Foi reafirmado isso”, vinca.

    Questionado sobre se o não ao partido de André Ventura também se manterá em cenários de medidas específicas, Nuno Melo não se sobrepõe “ao que é a vontade e o pensamento de Luís Montenegro”. E realça que “o facto de um partido votar da mesma forma não significa que esteja entendido ou coligado com outro partido”.

    Em relação à IL, Nuno Melo diz não saber se já houve algum contacto entre Montenegro e Rui Rocha, até porque a abertura da IL ao diálogo “já foi conhecida ainda em tempo de campanha e antes disso”.

    O presidente do CDS não se arrisca, de momento, a fazer “interpretações muito profundas acerca de resultados, menos ainda no dia seguinte”, quando questionado sobre se os liberais poderão ter ficado com eleitorado do CDS. “Há coisas que me parecem evidentes: os votos do CDS e os mandatos foram fundamentais para a própria AD vencer as eleições.” Melo considera que, mesmo que o CDS tivesse ido a votos sozinho, também teria conseguido eleger deputados. “Sentia na rua que eleição era possível, apesar das nossas condições”, explica. “

    Rejeita que os liberais tenham feito sombra ao CDS. “O CDS tem brilho próprio, não há ninguém que faça sombra ao CDS e isso não depende da dimensão, nem de grupos nem de partidos. O CDS tem quadros extraordinários, experiência governativa”, lembra. “O CDS não teme o brilho dos outros, fazemos por nós.”

    Num momento em que ainda faltam atribuir quatro mandatos, Nuno Melo rejeita equacionar cenários em que o PS seja indigitado. “Isso não vai acontecer e o PS ainda ontem, através de Pedro Nuno Santos, assumiu a derrota, numa declaração que, devo dizer, foi à altura das circunstâncias.”

    Por agora, Nuno Melo diz que vai assumir o mandato de deputado. Em relação a um papel num possível Governo, diz que “as decisões quanto aos Ministérios e titulares na tutela competirão ao primeiro-ministro indigitado, que espero que seja Luís Montenegro”.

    Nuno Melo: Chega? “Votar ao lado não significa coligação”

  • Santarém: Federação do PS defende que crescimento do Chega exige reflexão

    O presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, Hugo Sousa, considerou hoje que os resultados do Chega nas eleições legislativas de domingo, no distrito e a nível nacional, merecem “uma reflexão por parte de todos os partidos políticos”.

    “Temos de perceber porque nós, partidos, e não apenas o PS em particular, não estamos a conseguir dar resposta, até porque o Chega, no caso específico de Santarém, é a segunda força política em alguns concelhos”, afirmou Hugo Sousa, em declarações à Lusa.

    Hugo Sousa, que estava em segundo lugar na lista do PS ao círculo eleitoral de Santarém, atrás da antiga ministra Alexandra Leitão, destacou ainda que os socialistas devem olhar “com muita atenção” para os concelhos que perderam para o Chega (Benavente e Salvaterra de Magos) e tentar perceber “por que razão as pessoas estão desesperadas e votam em partidos extremistas”.

    O PS venceu as eleições de domingo no distrito de Santarém com uma margem mínima de 0,5 pontos percentuais sobre a Aliança Democrática (AD, que junta PSD, CDS-PP e PPM), obtendo 27,85% contra 27,28%, respetivamente.

    Os socialistas, que em 2022 saíram vitoriosos em 20 dos 21 concelhos do distrito, perderam no domingo cinco concelhos para a AD e dois para o Chega, registando uma queda de 13% relativamente às eleições de 2022.

    De qualquer forma, Hugo Sousa considerou que os socialistas alcançaram “um bom resultado” no distrito de Santarém, salientando que é primeira vez” que o PS vence no distrito, não vencendo a nível nacional.

    Apesar de o partido ter perdido dois deputados, passando de cinco para três, o socialista insistiu que “uma vitória é uma vitória” e que, “atendendo ao resultado nacional”, a prestação do PS em Santarém foi positiva.

    Também em declarações à Lusa, João Moura, presidente da Federação Distrital de Santarém do PSD e que foi eleito deputado no domingo nas listas da AD, considerou, por outro lado, que os resultados das legislativas “demonstram que os portugueses não querem mais o Partido Socialista à frente dos destinos do país”.

    Em Santarém, acrescentou, os resultados são também “um valente cartão amarelo à governação do PS” que, nos últimos anos, deixou o distrito “cheio de desinvestimento”.

    João Moura deixou ainda críticas à Comissão Nacional de Eleições, referindo que a confusão entre a AD e o partido ADN (Alternativa Democrática Nacional) foi “particularmente grave no distrito de Santarém”, uma vez que “as duas siglas estavam imediatamente uma a seguir à outra”, havendo “exemplos práticos e concretos de pessoas que se enganaram”.

    Por sua vez, o cabeça de lista do Chega por Santarém, Pedro Frazão, atribuiu a eleição de três deputados no distrito “às bandeiras políticas na defesa das tradições, da agricultura e da família”, que são temas que “tocam bastante no coração das pessoas”.

  • MDM diz que o importante é saber se eleitas estão ao lado das mulheres

    O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) considerou hoje que, mais do que o número de deputadas no parlamento, é importante perceber se as 76 eleitas no domingo estarão “ao lado das mulheres”.

    “O que nos importa é saber se as mulheres que foram eleitas estão do lado das mulheres ou do lado daqueles que, tradicionalmente e do ponto de vista ideológico, sempre foram contrários ao principio da igualdade”, disse à Lusa Sandra Benfica, da direção do movimento.

    O parlamento português terá menos deputadas na próxima legislatura, depois de terem sido eleitas, nas legislativas de domingo, 76 mulheres, que vão ocupar 33,6% dos 226 mandatos atribuídos no território nacional.

    Depois de a lei da paridade ter sido revista em 2019, passando a fixar em 40% a percentagem mínima de cada um dos sexos nas listas eleitorais, os resultados já tinham ficado aquém em 2022, quando as 85 eleitas representavam 37,0% do parlamento.

    Em reação aos resultados conhecidos na noite de domingo, Sandra Benfica considerou que o fundamental “não é a questão da paridade, mas do exercício concreto das responsabilidades” e a defesa, ou não, de políticas favoráveis aos direitos das mulheres.

    “Lembro-me bem que tínhamos um conjunto muito alargado de mulheres no parlamento que se levantaram e propuseram o recuo de uma lei que significou uma alteração civilizacional ao nível dos direitos das mulheres no nosso país”, recordou para justificar, referindo-se a um projeto de lei do PSD e do CDS-PP, apresentado em 2015, relativo à interrupção voluntária da gravidez.

    Por isso, admitiu estar preocupada, sobretudo, com o crescimento do Chega, partido de extrema-direita, que elegeu 48 deputados, quadruplicando a representação na Assembleia da República em relação às eleições anteriores.

    “Sei que hoje só se fala de direitos das mulheres em Portugal porque abril permitiu. Não, não estamos tranquilas, porque também sabemos que o resultado destas eleições é produto de uma grande insatisfação”, disse Sandra Benfica.

  • Antigos bastiões entre os concelhos onde CDU consegue melhor resultado

    A CDU falhou a eleição de um deputado por Beja, distrito que tradicionalmente garantia pelo menos mais um assento parlamentar ao PCP, mas ainda assim foi em antigos bastiões que alcançou os seus melhores resultados por concelho.

    De acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna, a CDU registou 26,8% dos votos (630) no concelho de Avis (Portalegre), que no passado chegou a ser um dos seus bastiões.

    Seguem-se outros concelhos, onde no passado era tradicionalmente a grande força política, como Serpa (Beja) e Mora (Évora), com 23,7% (1.844 votos) e 22,95% (561 votos).

    Em Aljustrel (Beja) conquistou 22,62% (1.177 votos), em Portel (Évora) 21,86% (720 votos) e em Mértola (Beja) 21% (551 votos).

    Ainda no distrito de Beja, no concelho de Cuba registou 20,02% das votações (487 votos), enquanto, no distrito de Évora, nos concelhos de Arraiolos e Montemor-o-Novo alcançou 19,87% (845 votos) e 18,6% (1.741 votos).

    Em 10.º lugar surge o concelho de Barrancos (Beja), com 18,5% (143 votos).

    A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

    A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados. Faltam ainda atribuir quatro mandatos do círculo da emigração.

    Lista dos 10 concelhos onde a CDU obteve melhor resultado (em percentagem):

    Avis — 630 votos – 26,80%

    Serpa — 1.844 votos – 23,70%

    Mora — 561 votos – 22,95%

    Aljustrel — 1.177 votos – 22,62%

    Portel — 720 votos – 21,86%

    Mértola — 761 votos – 21,00%

    Cuba — 487 votos – 20,02%

    Arraiolos — 845 votos — 19,87%

    Montemor-o-Novo — 1.741 votos – 18,60%

    Barrancos — 143 votos — 18,50%

  • Presidente da Câmara de Vagos ainda não decidiu se suspende ou renuncia a mandato

    presidente da Câmara de Vagos revelou hoje que ainda vai decidir se suspende ou renuncia ao mandato quando tomar posse como deputado eleito nas listas da Aliança Democrática (AD) por Aveiro nas legislativas de domingo.

    “Irei tomar posse como deputado e ainda estou a ponderar se peço a suspensão de mandato por seis meses, de acordo com aquilo que a lei permite, ou se faço logo a resignação”, referiu Silvério Regalado.

    Em declarações à agência Lusa, o autarca do PSD, que cumpre atualmente o seu terceiro mandato, explicou que o dia de hoje foi de férias, mas que regressa na terça-feira à liderança da Câmara de Vagos, depois da suspensão de mandato ter terminado no domingo, dia de eleições.

    “Não tomei ainda nenhuma decisão sobre essa matéria, mas o que é certo é que irei tomar posse como deputado na Assembleia da República”, garantiu.

    O social-democrata Silvério Regalado foi o número dois da lista da AD às eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Aveiro, que surgiu encabeçada por Emídio Sousa, também ele presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

    Enquanto o seu mandato esteve suspenso, foi substituído pelo vice-presidente, Paulo Sousa.

  • Seis dos melhores resultados do BE foram em concelhos do Alentejo e Algarve

    O Bloco de Esquerda (BE) alcançou seis dos seus melhores resultados em concelhos do Alentejo e Algarve, incluindo Alvito, no distrito de Beja, terra de onde é natural a líder bloquista, Mariana Mortágua.

    De acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna, o concelho no qual o BE registou melhor resultado foi em Sines (distrito de Setúbal), no Alentejo Litoral: 7,92% (589 votos).

    Seguem-se, no distrito de Faro, os concelhos de Aljezur, Vila do Bispo e Lagos, com 7,67% (201 votos), 7,63% (191 votos) e 6,84% (1.002 votos), respetivamente.

    Entre os 10 concelhos com melhor resultado destacam-se ainda Alvito, com 6,81% (84 votos), e Castro Verde, também no distrito de Beja, com 6,67% (268 votos).

    No concelho de Torres Novas (Santarém), o BE conquistou 6,55% (1.375 votos), no da Lousã (Coimbra) 6,54% (656 votos) e no da Moita (Setúbal) 6,54% (2.440 votos).

    Em 10º lugar surge o concelho de Condeixa-a-Nova (Coimbra), com 6,51% (662 votos).

    A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

    A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados. Faltam ainda atribuir quatro mandatos do círculo da emigração.

    Lista dos 10 concelhos onde o BE obteve melhor resultado (em percentagem):

    Sines — 589 votos – 7,92%

    Aljezur — 201 votos – 7,67%

    Vila do Bispo — 191 votos – 7,63%

    Lagos — 1.002 votos – 6,84%

    Alvito — 84 votos – 6,81%

    Castro Verde — 268 votos – 6,67%

    Torres Novas — 1.375 votos – 6,55%

    Lousã — 656 votos – 6,54%

    Moita — 2.440 votos – 6,54%

    Condeixa-a-Nova — 662 votos – 6,51%

    AAT// PC

  • PEV promete “não baixar os braços” e continuar ação apesar de não ter elegido deputados

    O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) prometeu hoje “não baixar os braços” e continuar a sua ação pelo combate às alterações climáticas, a democracia e os valores de Abril, apesar de não ter conseguido eleger qualquer deputado nas legislativas.

    Em comunicado, o partido considera “muito preocupantes os resultados eleitorais de domingo”, desde logo porque o PEV não conseguiu obter representação parlamentar, “o que deixa de fora da Assembleia da República a resposta ecologista que é premente na atualidade”.

    O PEV lamenta também a “expressiva maioria de deputados de direita e de extrema-direita eleitos, anunciando tempos muito complexos para a democracia, para os direitos sociais ou para fazer face aos desafios ambientais que estão colocados”.

    “Tendo ficado longe de eleger deputados à Assembleia da República, o PEV não baixará os braços e continuará com a sua ação constante junto das populações, da realidade concreta, pela biodiversidade e pelos recursos naturais, pelas respostas eficazes ao problema das alterações climáticas, pela democracia e pelos valores de Abril”, lê-se.

    No comunicado, PEV saúda os militantes, ativistas e simpatizantes da CDU que participaram na sua “grandiosa campanha eleitoral”, considerando que foi “de intenso esclarecimento” e “de grande proximidade” da população, apesar de não ter conseguido “suplantar um forte silenciamento e condicionamento diariamente presente na comunicação social”.

    “Saudamos os deputados do PCP eleitos pela CDU, certos do seu papel decisivo e combativo em matérias fundamentais num contexto que se adivinha de enorme instabilidade”, refere-se.

  • Presidente do Eurogrupo confia que Portugal mantenha “progressos notáveis”

    O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, disse hoje confiar que Portugal mantenha os “progressos notáveis” alcançados nos últimos anos no domínio das finanças públicas, enquanto o comissário europeu da Economia escusou-se a especular sobre eventual instabilidade política.

    “Penso que não cabe a ninguém aqui especular sobre o que poderá ser o [próximo] governo, mas apenas gostaria de dizer que foram feitos enormes progressos e que vi Portugal alcançar um excedente orçamental, recuperando muito rapidamente da pandemia. E espero certamente que esse tipo de progresso continue no futuro e estou muito confiante de que isso aconteça”, disse Paschal Donohoe.

    Questionado pela Lusa na conferência de imprensa após o Eurogrupo, em Bruxelas, sobre o resultado das eleições legislativas de domingo, o responsável irlandês salientou os “progressos notáveis que foram feitos no domínio das finanças públicas” em Portugal.

    “O ministro [Fernando] Medina tem sido um interlocutor muito próximo de todos nós no Eurogrupo. Estou consciente de que este é um momento muito sensível, o dia seguinte a uma eleição, e sei que agora vão decorrer várias semanas de consultas ao Parlamento e que o vosso Presidente vai analisar um futuro governo”, adiantou Paschal Donohoe.

    Já o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, rejeitou “especular, no dia seguinte a uma eleição, sobre estabilidade ou instabilidade”.

    “Penso que estamos conscientes de que foram alcançados muitos êxitos e progressos e temos esperança de que isso possa continuar, mas veremos”, adiantou o responsável europeu pela tutela.

  • Mesa Nacional do BE reúne-se sábado para balanço das legislativas

    A Mesa Nacional do BE vai reunir-se no sábado em Lisboa para fazer a análise dos resultados das eleições legislativas e “definir prioridades de intervenção”, adiantou fonte oficial do partido à Lusa.

    A reunião deste órgão máximo entre convenções, de acordo com a mesma fonte bloquista, será para fazer o “balanço das eleições e definir prioridades de intervenção”.

    Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os mandatos dos dois círculos eleitorais da emigração em falta, o BE tem 4,46%, com cerca de 274 mil votos, tendo conseguido eleger o mesmo número de deputados.

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