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Patrícia Gaspar: “Até agora não sentimos necessidade" de acionar o estado de alerta - como aconteceu

Secretária de Estado da Proteção Civil destaca facto de não haver vítimas civis desde fogos de 2017 e volta a descartar estado de alerta. Incêndio em Odemira já atingiu 10.000 hectares.

Fogo de Odemira captado do espaço pela agência europeia Copernicus
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Fogo de Odemira captado do espaço pela agência europeia Copernicus

European Union, Copernicus Sentinel-2 imagery

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Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Este liveblog fica por aqui e vamos continuar a acompanhar toda a situação dos incêndios neste novo link. Obrigada por ter estado connosco.

    MAI pede toda a atenção e cautela para risco elevado de incêndios nos próximos dias

  • Ponto de situação. Que incêndios continuam ativos e quantos meios estão a combatê-los?

    Há vários incêndios a lavrar neste momento em vários pontos do país, com milhares de meios mobilizados para o combate. Segundo o site da Proteção Civil, este é o ponto da situação, à meia-noite:

    • O incêndio na região de Odemira está em curso já há três dias e continua a ser o que mobiliza mais meios: há 1.089 homens no terreno, acompanhados de 368 meios terrestres e 1 meios aéreo.
    • Teve início às 21h30 um fogo na Póvoa do Lanhoso que está a ser combatido por 69 bombeiros e 18 meios terrestres.
    • Na zona de Óbidos, em Olho Marinho, estão ainda 37 homens e 12 meios terrestres a combater um fogo que teve início na noite de segunda-feira.
    • Os incêndios que lavraram na região de Leiria, em concreto no Arrabal e na Caranguejeira, já estão em fase de resolução.
    • Também o incêndio da Lousã está em fase de resolução.
    • O fogo da freguesia de Arcos, em Vila do Conde, também entrou em fase de resolução.
    • Na tarde desta terça-feira teve início um incêndio em Baião, que já foi entretanto dado como extinto.

  • Odemira: Secretária de Estado diz que estratégia é "garantir que incêndio não entra na serra de Monchique"

    A secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, declarou na noite desta terça-feira que a estratégia de combate ao incêndio que lavra no concelho de Odemira há quatro dias é a de “garantir que não entra na serra de Monchique”, aproveitando a “janela de oportunidade” da noite.

    “Temos neste momento em Odemira do melhor que este sistema tem”, assegurou Patrícia Gaspar, dizendo que a avaliação das autoridades é a de que ainda não se justifica acionar o estado de alerta. “Até agora não sentimos essa necessidade”, que, relembrou a secretária de Estado, só deve ser aplicada em “situações excecionais”.

    Sobre as causas deste incêndio, Patrícia Gaspar disse considerar que “nos próximos dias” deverá ser possível apurar o que originou as primeiras ignições, mas relembrou que “a grande maioria [dos incêndios] tem origem humana, seja por negligência ou com intencionalidade”.

    Desde o início do ano, já arderam no país 24.800 hectares — mas estes dados não incluem os hectares dos incêndios dos últimos dias, relembrou a governante. “Mas mais importante do que a área ardida é o ganho que temos desde 2017 de garantir vítimas zero entre a população civil”, afirmou.

  • Proteção Civil: 60% de verbas para a prevenção e "vítimas zero" são objetivos

    O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) anunciou esta terça-feira, em entrevista à RTP, que neste momento 60% das verbas públicas para lidar com os incêndios estão a ser aplicados na prevenção, em vez do combate.

    “Este ano, pela primeira vez, o Governo conseguiu mudar o paradigma”, disse Duarte Costa, apontando que em 2018, por exemplo, 80% das verbas eram aplicadas ao combate. Os resultados, disse, só começam a ser vistos “a longo prazo”, razão pela qual se explicam os atuais incêndios que devastam o país.

    Ainda na mesma entrevista, o responsável da Proteção Civil afirmou que um dos principais objetivos do organismo é manter o número de vítimas civis a zero. “Quando estamos perante incêndios extremos, onde não é possível o combate, a única solução é retirar as pessoas”, disse, acrescentando que compreende o desagrado dos populares — mas que esse é o preço a pagar para garantir que não há vítimas mortais.

  • Turismo do Alentejo avalia estragos após controlo do fogo em Odemira

    O incêndio rural que deflagrou no sábado em Odemira já atingiu 10 mil hectares, mantendo ao início da noite desta terça-feira duas frentes ativas e obrigando as autoridades a cobrir um perímetro de 50 quilómetros, segundo a Proteção Civil.

    “Combinámos que logo que o incêndio esteja controlado e entre na fase de rescaldo, as entidades, com a Câmara Municipal de Odemira, o Turismo de Portugal e as entidades governamentais, irão avaliar os danos”, disse o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, em declarações à agência Lusa.

    Mais de mil operacionais estão a combater o incêndio, sendo apoiados por 342 veículos e 12 meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 19h18.

  • Fogo de Odemira atingiu 10 mil hectares

    O incêndio rural que deflagrou no sábado em Odemira já atingiu 10 mil hectares, mantendo ao início da noite de hoje duas frentes ativas e obrigando as autoridades a cobrir um perímetro de 50 quilómetros, segundo a Proteção Civil.

  • Odemira: INEM assistiu 36 pessoas, 8 receberam tratamento hospitalar

    No ponto de situação feito esta tarde, a Proteção Civil indicou que o INEM assistiu 36 pessoas, na “maioria agentes da Proteção Civil”, sendo que oito — cinco bombeiros e três civis — foram transportadas para o hospital.

    Questionado acerca das pessoas que já foram deslocadas devido ao fogo de Odemira, o comandante Vítor Vaz Pinto disse que foram 1.459 mas que a deslocação ocorreu “sempre como uma medida preventiva”.

    Essas pessoas foram encaminhadas para “locais seguros”, muitas delas “para as zonas de concentração e apoio à população, localizadas na freguesia de Santo António, em Odemira, em Monchique, em Aljezur e São Teotónio”.

    A terminar a conferência de imprensa, Proteção Civil reiterou que a preocupação é “extinguir o incêndio o mais rapidamente possível”, sendo que não existem informações de habitações afetadas.

  • Frente norte do incêndio de Odemira "estabilizada"

    A frente norte do incêndio de Odemira encontra-se, neste momento, “estabilizada”, revelou a Proteção Civil no ponto de situação sobre os fogos que foi feito esta tarde.

    Já a frente sul apresenta duas situações mais preocupantes, no cruzamento com os municípios algarvios de Aljezur e Monchique.

    Com a mudança do quadrante do vento registada ao final da tarde, “o setor a sul vai ser mais exigente, também porque a orografia não permite colocar os meios aéreos onde são necessários”.

    Por isso, é “muito difícil” prever como correrá a noite porque “há variáveis” que os operacionais não conseguem controlar. As expectativas passam por “nas próximas horas” conseguir “ter o incêndio mais seguro do que neste momento se encontra”.

    *Com Lusa

  • Mais de 1.000 operacionais combatem fogo em Odemira

    Mais de 1.000 operacionais estão esta terça-feira ao final da tarde a combater o incêndio que deflagrou no sábado em São Teotónio, concelho de Odemira, sendo apoiados por 341 veículos e 14 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.

    A página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 19h00, indica que se encontravam no combate a este fogo 1.011 bombeiros.

    O incêndio deflagrou no distrito alentejano de Beja, mas entrou depois no Algarve, nos concelhos de Monchique e Aljezur (distrito de Faro).

    De acordo com informações prestadas pela ANEPC às 13h10, já arderam 7.000 hectares e foram evacuadas 20 povoações e um parque de campismo, num total de 1.424 pessoas deslocadas. Há ainda registo de 40 pessoas assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

    Durante o briefing operacional, o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, disse que as condições meteorológicas na zona iriam manter-se desfavoráveis durante a tarde, devido ao calor e ao vento seco, e que as 24 horas seguintes seriam fundamentais para evitar que o incêndio progrida para a serra de Monchique.

    Além das condições meteorológicas, explicou, as características do terreno têm complicado o combate ao fogo, por dificultarem a progressão das equipas e potenciarem “a abertura do incêndio em várias novas frentes”.

  • Situação instável em Aljezur onde já ardeu pelo menos uma habitação

    A situação em Aljezur, no Algarve, mantém-se instável devido ao incêndio que deflagrou no sábado no concelho vizinho de Odemira (Beja), havendo registo de pelo menos uma habitação ardida, disse à Lusa o presidente do município algarvio.

    “Há uma habitação que ardeu, mas neste momento não disponho de mais dados”, disse à Lusa José Gonçalves, acrescentando que arderam também pequenos anexos e outros edificados naquele concelho do distrito de Faro.

    Segundo o autarca, a situação mais preocupante é na zona entre as freguesias do Rogil e Odeceixe, onde, desde esta terça-feira de manhã, a intensidade das chamas tem vindo a melhorar ou a agravar-se consoante a direção do vento, tendo havido vários reacendimentos.

    “A dimensão [do fogo] é grande, mas não tem estado vento nas últimas horas, o que também tem ajudado”, afirmou, avisando que o fogo ainda não está dominado e que ainda há muito trabalho pela frente para tentar controlar as chamas.

    Na noite de segunda-feira, o fogo obrigou à retirada de 17 pessoas das suas habitações, que ficaram alojadas nas zonas de apoio à população, mas esta terça-feira já puderam todas regressar a casa, indicou José Gonçalves.

    “Nesta última hora em que os meios aéreos ainda podem operar vamos tentar tudo por tudo para que a situação fique controlada, e para manter o controlo durante a noite, é esta a nossa perspetiva”, sublinhou.

  • Ponto de situação. Que incêndios continuam ativos e quantos meios estão a combatê-los?

    Há vários incêndios a deflagrar neste momento em vários pontos do país, com milhares de meios mobilizados para o combate. Segundo o site da Proteção Civil, este é o ponto da situação, pouco antes das 19h:

    • O incêndio na região de Odemira está em curso já há três dias e continua a ser o que mobiliza mais meios: há 1016 homens no terreno, acompanhados de 343 meios terrestres e 13 meios aéreos.
    • Continua a lavrar um fogo na freguesia de Arcos, em Vila do Conde, desde segunda-feira. No local estão 99 bombeiros, 29 meios terrestres e um meio aéreo.
    • Na tarde desta terça-feira teve início um incêndio que ainda decorre em Baião, com 80 bombeiros, 16 meios terrestres e 4 meios aéreos no terreno a combatê-lo.
    • Na zona de Óbidos, em Olho Marinho, estão 69 homens e 22 meios terrestres a combater um fogo desde a noite de segunda-feira.
    • Os incêndios que lavraram na região de Leiria, em concreto no Arrabal e na Caranguejeira, já estão em fase de resolução.
    • Também o incêndio da Lousã está em fase de resolução.

  • Fogo que lavra há mais de três horas na Lousã em resolução

    O incêndio que lavra há mais de três horas no concelho da Lousã, distrito de Coimbra, está em resolução, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

    Segundo a página da ANEPC na internet, às 18h30 encontravam-se no terreno 285 operacionais, apoiados por 80 viaturas e seis meios aéreos.

    Este fogo deflagrou perto das 15h00 de hoje, em zona florestal da povoação de Framilo, na freguesia de Foz de Arouce e Casal de Ermio.

  • Fogo cercou habitações em Odeceixe mas situação acalmou

    O incêndio que deflagrou no sábado em Odemira, no Alentejo, cercou algumas habitações na freguesia de Odeceixe, em Aljezur, no Algarve, mas a situação está agora mais controlada, disse à Lusa o presidente da Junta.

    Segundo José Oliveira, a situação está esta terça-feira “muito melhor”, comparativamente a segunda-feira, quando o fogo rodeou a freguesia de Odeceixe, com as chamas a cederem aos meios de combate e não havendo, para já, registo de casas ardidas ou vítimas.

    “A intenção dos bombeiros é tentar controlar o fogo ao final do dia e noite de hoje, porque amanhã [quarta-feira] o vento muda”, referiu, acrescentando que uma das frentes de fogo está a progredir em direção a Marmelete (Monchique) e outra no Rogil (Aljezur).

    O fogo, que deflagrou no sábado em Odemira (distrito alentejano de Beja), entrou ao final da tarde de segunda-feira na freguesia de Marmelete, numa zona de confluência entre os concelhos de Odemira, Aljezur e Monchique (distrito de Faro).

    De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Odeceixe, algumas pessoas ficaram alojadas nas zonas de apoio à população ativadas na noite de segunda-feira, embora não saiba precisar quantas, sublinhando que a preocupação agora é combater o fogo.

    Segundo constatou a Lusa no local, não há água em algumas zonas daquela freguesia, informação que o autarca não conseguiu confirmar às 17h00, havendo também falhas nas comunicações móveis e na rede Multibanco.

    O trabalho efetuado durante a noite de segunda-feira permitiu uma “estabilização do perímetro do incêndio”, mas há ainda dois pontos críticos a motivar preocupação, disse o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, num ponto de situação aos jornalistas cerca das 9h30.

  • Parque de campismo evacuado em Odemira anuncia reabertura sem danos

    O parque de campismo de São Miguel, de onde foram retirados clientes, preventivamente, devido ao incêndio que atinge desde sábado o concelho de Odemira, distrito de Beja, anunciou esta terça-feira que reabriu ao público sem ter registado danos.

    “Informamos que o Camping já reabriu sem danos a assinalar”, escreveu, esta terça-feira à tarde, a gerência do parque, nas suas redes sociais.

    Na sequência do incêndio, foram evacuadas 20 povoações do concelho e o parque de campismo de São Miguel, num total de 1.424 pessoas deslocadas, a maioria das quais foi retirada preventivamente do parque de campismo.

    O comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, referiu esta terça-feira, ao início da tarde, que a maioria das pessoas retiradas destas localidades e da unidade hoteleira já regressou.

    A página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 16h50, indica que se encontram no combate a este fogo 1.007 operacionais, ajudados por 330 veículos e 14 meios aéros.

    De acordo com informações prestadas pela ANEPC às 13h10, já arderam 7.000 hectares e há ainda registo de 40 pessoas assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

  • Mais de 200 operacionais e oito meios aéreos combatem fogo na Lousã

    Mais de 200 operacionais e oito meios aéreos estão a combater um incêndio que lavra há cerca de hora e meia no concelho da Lousã, distrito de Coimbra, informou a Proteção Civil.

    Segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na internet, o incêndio teve início perto das 15h00, em Framilo, na freguesia de Foz de Arouce e Casal de Ermio.

    A combater as chamas encontravam-se às 16h35 247 operacionais, apoiados por 63 viaturas e oito meios aéreos.

    À agência Lusa fonte do Comando Sub-Regional da Região de Coimbra informou que o incêndio lavra em zona florestal, não havendo casas em risco.

  • Bombeiros escrevem carta a primeiro-ministro a pedir demissão de presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais

    A Liga dos Bombeiros Portugueses entrega esta terça-feira ao primeiro-ministro uma carta a exigir a demissão do presidente da agência de gestão dos fogos rurais, alegando uma “quebra irrecuperável de confiança” após declarações polémicas no Parlamento.

    O gesto de protesto dos bombeiros decorre das declarações do presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, que no Parlamento, em julho, questionou perante os deputados o facto de os “corpos de bombeiros receberem em função da área ardida”, considerando o “objetivo perverso”.

    O presidente da AGIF sublinhou também que “há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta”, sendo necessário equilibrar a prevenção e o combate.

    “Em face dos factos e na ausência de um pedido de desculpa formal, entendemos que o presidente da AGIF não reúne as condições necessárias ao desempenho das suas funções, face à quebra irrecuperável de confiança dos agentes de combate aos incêndios florestais, devendo por isso demitir-se ou ser demitido. Esse seria um gesto de elevada ética que o presidente da AGIF não praticou, tentando passar despercebido num contexto de falta de respeito pelos bombeiros portugueses”, lê-se no documento que a LBP entregou ao primeiro-ministro, António Costa.

    A Liga insiste na necessidade de um pedido de desculpas público por parte de Tiago Oliveira, o qual “nunca manifestou grande apreço pela atividade dos bombeiros”, e o qual acusam de fazer “declarações descontextualizadas atentatórias à dignidade, à honra e ao bom nome” dos bombeiros.

    A entrega dos documentos foi agendada para esta terça-feira na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, pelas 16h, num “ato simbólico que envolve os órgãos sociais da LBP, os dirigentes das Federações de Bombeiros, com uma centena de dirigentes, comandos e bombeiros, através do qual se pretende demonstrar o desagrado e as consequências em torno das declarações insultuosas do presidente da AGIF para com os bombeiros e os municípios e o sentimento de abandono que os bombeiros estão votados”.

  • Quase 1.000 operacionais combatem fogo em Odemira

    Quase 1.000 operacionais estão esta terça-feira à tarde a combater o incêndio que deflagrou no sábado em São Teotónio, concelho de Odemira, sendo apoiados por 322 veículos e 16 meios aéreos, segundo a página da Proteção Civil.

    A página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 16h25, indica que se encontram no combate a este fogo 981 bombeiros.

    De acordo com informações prestadas pela ANEPC às 13h10, já arderam 7.000 hectares e foram evacuadas 20 povoações e um parque de campismo, num total de 1.424 pessoas deslocadas. Há ainda registo de 40 pessoas assistidas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

    Durante o briefing operacional, o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, disse que as condições meteorológicas na zona iam manter-se desfavoráveis durante a tarde, devido ao calor e ao vento seco, mas as próximas 24 horas serão fundamentais para evitar que o incêndio progrida para a serra de Monchique, no Algarve.

    Além das condições meteorológicas, explicou, as características do terreno têm complicado o combate ao fogo, por dificultarem a progressão das equipas e potenciarem “a abertura do incêndio em várias novas frentes”.

    Noutro briefing realizado às 9h30, no posto de comando, o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, referiu que não haver até àquela hora a confirmação de casas destruídas, acrescentando que o trabalho de validação e verificação seria feito ao longo do dia.

  • Circulação normalizada em todo o país apesar dos incêndios

    “Não há nenhum incêndio que tenha cortes de vias podendo-se circular livremente no país sem qualquer constrangimento relacionado com incêndios rurais”, disse André Fernandes.

    Circulação normalizada em todo o país apesar dos incêndios

  • Alterações climáticas estão a provocar incêndios “mais intensos”, alerta Proteção Civil

    A Proteção Civil não ignora a realidade de que os incêndios estão cada vez mais intensos. “Há uma alteração na intensidade dos incêndios, são diferentes do que eram há muitos anos”, afirmou André Fernandes durante o briefing à comunicação social.

    Prova disso, diz, é o facto de que as ocorrências deste ano registam uma taxa de área ardida de cerca de “300 hectares por hora” e que as chamas têm “um arranque muito mais violento logo no seu ataque inicial”.

    O que são os temíveis incêndios de sexta geração?

    De acordo com o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, a explicação encontra-se nas alterações climáticas, que estão “a alterar” o território nacional e “as consequências de qualquer ocorrência” que acontece no país (que, além das chamas, deu como exemplo a força e impacto das cheias recentes).

    Nesse sentido, a autoridade voltou a destacar a importância do papel das populações para evitar novos incêndios, apelando a uma redução no número de ignições e lembrando que, não obstante existir um sistema de profissionais preparados, os cidadãos são “o primeiro agente da Proteção Civil”.

  • Proteção Civil confirma: MEO Sudoeste não está em risco

    Sobre a realização do festival MEO Sudoeste, que acontece próximo da área do incêndio de Odemira, André Fernandes confirmou que a realização do evento não está em risco.

    À semelhança do que tinha já sido dito pela Câmara Municipal de Odemira e pela organização, o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil referiu que “não há qualquer afetação” na área da Zambujeira do Mar, pelo que o festival pode, à partida, prosseguir.

    Incêndios. Organização e município dizem que Festival Sudoeste não está em risco

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