Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Ucrânia controla 1250 quilómetros quadrados e 92 localidades em Kursk, afirma Zelensky

    Volodymyr Zelensky falou hoje aos embaixadores ucranianos, assinalando a chegada de um dia para o qual “todos os ucranianos têm estado a trabalhar”, defendeu. “É um tempo em que o mundo está a abandonar as suas últimas ilusões ingénuas sobre a Rússia. Agora convencemos com as nossas ações aquilo que devíamos ter feito mais cedo”, argumentou Zelensky.

    Neste discurso, o chefe de Estado ucraniano relatou que as tropas continuam a avançar com “a operação defensiva” em Kursk e já conquistaram 1250 quilómetros quadrados e 92 localidades russas. “Esta operação tornou-se o nosso maior investimento no processo de libertar os ucranianos do cativeiro russo”, argumentou, continuando com os habituais agradecimentos aos “heróis” ucranianos, os soldados.

    [Já saiu o terceiro episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no YouTube. Também pode ouvir aqui o primeiro e o segundo episódio]

    “Há apenas alguns meses, muitas pessoas pela mundo inteiro, se tivessem ouvido que estávamos a planear uma operação como esta na região de Kursk, teriam dito que era impossível”, apontou Zelensky, enaltecendo “o sucesso real” da “defesa proativa e preventiva” que Kiev pôs em prática. O líder ucraniano apontou ainda a incursão em curso como um ponto de viragem ideológico no resto do mundo, que pode ver agora como “a coragem” ucraniano retirou todas as opções a Putin.

  • Este livblog termina aqui. Pode acompanhar mais atualidade sobre o conflito na Ucrânia neste novo liveblog:

    Civis fogem de uma das cidades-chave do Donbass perante avanço russo

  • Bielorrússia mobiliza tropas e aeronaves para fronteira ucraniana

    A Bielorrússia mobilizou hoje aeronaves e militares para a sua fronteira com a Ucrânia, um dia depois de o Presidente Alexander Lukashenko ter anunciado que iria posicionar quase um terço das Forças Armadas junto ao país vizinho.

    Além dos caças e militares de defesa área, as forças bielorrussas também mobilizaram mísseis antiaéreos e soldados do corpo técnico de rádio do país, adiantou o major-general Andrey Lukyanovich, comandante das Forças de Defesa Aérea da Bielorrússia, em declarações na estação de televisão nacional.

    Lukyanovich descreveu a medida como um aumento significativo na mobilização de recursos, segundo a agência Associated Press (AP).

    O chefe de Estado da Bielorrússia tinha anunciado no domingo a mobilização de quase um terço das suas Forças Armadas para a fronteira com a Ucrânia.

    Embora não tenha especificado o número de tropas, o Exército da Bielorrússia conta com cerca de 60.000 operacionais.

    Lukashenko realçou que a decisão é uma resposta à mobilização de tropas ucranianas adicionais ao longo da fronteira, informação que não pôde ser verificada de forma independente.

    A Ucrânia não confirmou a movimentação de tropas da Bielorrússia para a fronteira comum de 1.084 quilómetros.

  • Os pedidos de Zelensky aos seus embaixadores: armas de longo alcance, sanções, acordos duradouros, atenção à diáspora e a Cimeira da Paz

    Durante o seu discurso aos embaixadores ucranianos, Volodymyr Zelensky deixou um pedido central a estes representantes diplomáticos: “Continuem a convencer os nossos parceiros a apoiar ao máximo a Ucrânia“. O Presidente ucraniano continuou, detalhando vários caminhos para este apoio, com o primeiro a ser a entrega de armas de longo alcance. “A resposta de Putin à operação em Kursk demonstra que não há nenhuma razão racional para nos negar o verdadeiro poder de equipamentos de longo curso”, declarou Zelensky, salientando aos representantes nos EUA, Reino Unido, França e Alemanha que devem pressionar estes países a autorizar a utilização de armas de longo alcance em território russo, principalmente na região de Donetsk, onde este equipamento pode definir o futuro da guerra.

    O segundo pedido aos embaixadores foi que apelassem aos países que os recebem para estender as sanções a Moscovo a outros setores para além do militar. “A indústria nuclear ainda é usada para manter esferas de influência do mundo. O setor bancário mantém conexões no sistema global”, ilustrou, argumentando que as ligações da Rússia ao Irão ou à Coreia do Norte representam um perigo para todo o mundo, não só a Ucrânia.

    “Este é um dos critérios para medir a eficácia de cada embaixador”: o estabelecimento do maior número possível de acordos, não só com os Estados em que estão, mas com setores chave destes mesmo Estados. “Outra tarefa que têm é envolver os governos, organizações internacionais e líderes regionais dos países onde trabalham, assim como empresas, na reconstrução da Ucrânia“, assinalou Zelensky. Este terceiro objetivo deve coexistir com o estabelecimento de acordos bilaterais entre Estados, como os muitos que já foram assinados até agora.

    O quarto objetivo traçado por Kiev é dar atenção à diáspora ucraniana, na construção de “uma nação global”. Para isto, o governo vai levar a cabo uma reconstrução do executivo, com a criação de um Ministério da Unidade Ucraniana e da Luta contra a Influência Russa sobre os Ucranianos, cujo objetivo é combater a propaganda russa, tarefa, até agora, a cabo do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Dentro deste objetivo, o Presidente assinalou ainda a abertura de sete novos consulados na Europa.

    O último pedido que Zelensky deixou aos seus embaixadores foi o de convencerem os executivos dos seus países de acolhimento a assinarem a Fórmula da Paz, que resultou da primeira Cimeira da Paz, e a participaram na segunda edição, que se deverá realizar até ao fim do ano. Este pedido inclui ainda a colaboração com os media para deixar bem claros os objetivos de paz da Ucrânia.

    Volodymyr Zelensky concluiu o seu longo discurso aos embaixadores deixando missões específicas aos diplomatas de cada região, da UE a África.

  • Dinamarca anuncia pacote de 68 milhões de euros à Ucrânia e apoia ofensiva em Kursk

    A Dinamarca anunciou um novo pacote de ajuda à defesa da Ucrânia no valor de 68 milhões de euros.

    O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, afirmou esta segunda-feira que apoia qualquer uso de armas dinamarquesas doadas à Ucrânia – inclusive durante sua atual incursão na região fronteiriça russa de Kursk, cita o The Guardian.

    “Não se pode adotar a abordagem de dizer à Ucrânia para não ir para o outro lado do exército russo e cortar as cadeias de suprimentos”. alertou, referindo que a operação na cidade russa é defensiva.

  • Zelensky afirma que "objetivos" da Ucrânia estão a ser atingidos em Kursk

    “Estamos a atingir os nossos objetivos. Esta manhã, recebemos mais um reforço do fundo de troca (de prisioneiros de guerra) para o nosso país”, afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que esta segunda-feira comentou a ofensiva de quase duas semanas na região russa de Kursk.

    As observações de Zelensky, citadas pelo The Guardian, foram rapidamente apoiadas por Oleksandr Syrsky, comandante do exército ucraniano.

    “Estamos a obter novos resultados na região de Kursk e reabastecemos o fundo de troca”, afirmou Syrsky.

  • Reino Unido reitera apoio "inabalável" à Ucrânia após acusações de "abrandamento"

    O apoio de Londres à Ucrânia continua a ser “inabalável”, assegurou um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, esta segunda-feira, em resposta às recentes observações de Volodymyr Zelensky.

    O Presidente ucraniano afirmou que a “verdadeira liderança” do Reino Unido em matéria de armamento e política tinha “abrandado” devido à hesitação de Londres em permitir a utilização de mísseis de longo alcance Storm Shadow contra alvos em solo russo.

    “Vamos discutir a forma de resolver a situação. Porque as capacidades de longo alcance são uma questão de princípio para nós. E o mundo inteiro vê como os ucranianos – toda a nossa nação – são eficazes na defesa da sua independência”, disse Zelensky.

    Como recorda o The Kyiv Independent, Londres ainda não autorizou a Ucrânia a utilizar os seus mísseis com um alcance de até 250 quilómetros (150 milhas) para atingir alvos dentro da Rússia.

  • PM indiano visita Kiev pela primeira vez na sexta-feira

    O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, vai visitar a Ucrânia na sexta-feira, anunciou hoje a Presidência ucraniana, depois de Modi se ter encontrado em julho com o Presidente russo, Vladimir Putin.

    “No dia 23 de agosto (…), o primeiro-ministro indiano Narendra Modi efetuará uma visita oficial à Ucrânia”, declarou a Presidência, em comunicado de imprensa.

    Trata-se da primeira visita de Estado de Modi à Ucrânia, onde se deverá encontrar com o Presidente Volodymyr Zelensky.

    Esta manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, país que mantém tradicionalmente laços de amizade com a Rússia, já tinha avançado informação sobre a deslocação, mas sem especificar datas.

  • UE insiste que Rússia investigue envenenamento de Navalny com “total transparência”

    A União Europeia (UE) instou hoje a Rússia a investigar “sem mais demora” e com “total transparência” a tentativa de assassinato com recurso a um agente neurotóxico do opositor russo Alexei Navalny, ocorrida há quatro anos.

    Após ter sobrevivido a este envenenamento, em 20 agosto de 2020, Navalny acabaria por morrer em fevereiro passado numa cadeia no Ártico onde estava a cumprir uma pena de 19 anos.

    “Juntamente com os seus parceiros, a União Europeia continuará a reiterar o seu apelo à Rússia para que investigue a tentativa de assassinato de Alexei Navalny com total transparência e sem mais demora, e para que coopere plenamente com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, a fim de assegurar uma investigação internacional imparcial”, indicou o chefe da diplomacia do bloco comunitário, Josep Borrell, numa declaração hoje divulgada por ocasião do quarto aniversário da tentativa de assassinato do opositor russo.

  • Rússia convicta que EUA ordenaram sabotagem dos gasodutos North Stream

    O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou hoje estar convencido que os Estados Unidos da América (EUA) ordenaram a sabotagem dos gasodutos russos Nord Stream, em setembro de 2022, no Mar Báltico.

    “Mesmo que (…) os ucranianos tenham participado (na ação), é claro que não o poderiam ter feito sozinhos. É claro que, para se realizar um ataque deste tipo, a ordem veio do mais alto nível, como se costuma dizer, e do mais alto nível para o Ocidente é, naturalmente, Washington”, avançou Lavrov ao media russo Izvestia.

  • Kiev conta com quase um milhão de registados na mobilização militar

    Cerca de 930.000 pessoas alistaram-se nas Forças Armadas Ucranianas no âmbito da mobilização militar contra a Rússia, número que deverá atingir um milhão na próxima semana, anunciou hoje o vice-ministro da Defesa ucraniano.

    Ivan Havryliuk disse que, na atual situação em que o país se encontra, é necessário que parte da população defenda os interesses da Ucrânia na linha da frente, e que o resto trabalhe na retaguarda em questões defensivas.

    Segundo Havryliuk, grande parte da população mobilizada não está em condições de satisfazer as necessidades das Forças Armadas, uma vez que tem de passar por um processo de formação básica de pelo menos três meses.

  • Kremlin recusa negociar perante a operação ucraniana em Kursk

    O Kremlin assegurou hoje que não negociará com a Ucrânia após a ofensiva lançada por Kiev há quase duas semanas na região fronteiriça russa de Kursk.

    Nesta fase, em face desta aventura, não vamos discutir. (…) Neste momento, seria completamente inapropriado iniciar um processo de negociação”, disse o conselheiro diplomático do Presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, em declarações ao meio de comunicação social russo Shot.

    Mykhailo Podoliak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha dito na sexta-feira que um dos objetivos da ofensiva na região de Kursk era forçar Moscovo a negociações “justas”.

  • Pokrovsk, na região de Donetsk, recebeu ordem de evacuação obrigatória para famílias com crianças

    A cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, foi objeto de uma ordem de evacuação obrigatória para as famílias com crianças, à medida que as forças russas avançam, avança a Sky News.

    Vadym Filashkin, chefe da administração regional de Donetsk, afirmou que foi tomada a decisão de “evacuar à força as crianças” com os seus pais ou tutores após uma reunião de emergência sobre a situação.

  • Rússia diz que terceira ponte foi atingida e ficou danificada em Kursk depois de ataque da Ucrânia

    Um investigador russo afirmou esta segunda-feira que a Ucrânia atingiu e danificou uma terceira ponte sobre o rio Seym, em Kursk.

    “No dia 18 de agosto, em resultado de bombardeamentos com foguetes e armas de artilharia contra edifícios residenciais e infraestruturas civis na aldeia de Karyzh foi danificada uma terceira ponte sobre o rio Seym”, afirmou um representante do Comité de Investigação da Rússia, citado pela Reuters.

    A declaração em vídeo foi publicada no canal Telegram do pivot da televisão estatal russa Vladimir Solovyov.

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou na sexta-feira que a Ucrânia utilizou foguetes ocidentais, provavelmente HIMARS fabricados nos EUA, para destruir uma ponte sobre o rio Seym no distrito de Glushkovo.

    Como destaca o The Kyiv Independent, a confirmar-se, tratar-se-ia de um ataque bem sucedido contra a última ponte fixa sobre o rio no distrito de Glushkovsky, que fica na fronteira com a cidade de Sumy, na Ucrânia.

  • ONU alerta para deterioração da segurança da central de Zaporíjia

    A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) alertou hoje para a deterioração da segurança da central nuclear ucraniana de Zaporijia, sob ocupação russa desde 2022, na sequência da explosão de um drone perto do complexo.

    “Mais uma vez, estamos a assistir a uma escalada dos riscos de segurança nuclear na central de Zaporíjia”, alertou Grossi num comunicado divulgado em Viena, sede da AIEA.

    O chefe da agência da ONU para o nuclear apelou à “máxima contenção” de todas as partes.

  • Primeiro-ministro chinês Li Qiang visita Rússia e Bielorrússia esta semana

    O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai visitar esta semana a Rússia e a Bielorrússia, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

    Durante a sua visita, que decorrerá entre terça e sexta-feira, Li Qiang participará na 29.ª reunião entre os chefes de governo chinês e russo, detalhou Mao Ning, porta-voz da diplomacia chinesa.

    Aquele evento conjunto realiza-se desde 1996.

    A parceria estratégica entre os dois países aprofundou-se ainda mais desde o início da invasão russa da Ucrânia, que a China nunca condenou.

  • Quatro mortos e 17 feridos na Ucrânia devido a ataques russos. Defesa aérea ucraniana abateu 11 drones esta noite

    Os ataques russos na Ucrânia no último dia mataram pelo menos quatro pessoas e feriram pelo menos 17, incluindo uma criança, informaram as autoridades regionais na madrugada de 19 de agosto, citadas pelo The Kyiv Independent.

    Além disso, a defesa aérea ucraniana abateu todos os 11 drones de ataque do tipo Shahed que foram lançados pela Rússia durante a madrugada desta segunda-feira, informou a Força Aérea.

  • Primeiro-ministro da Índia vai visitar a Ucrânia, mas não se sabe quando

    O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, vai visitar em breve a Ucrânia, anunciou esta segunda-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, país que mantém tradicionalmente laços de amizade com a Rússia.

    A visita à Ucrânia de Modi ocorre depois do líder indiano se ter encontrado no início de julho com o Presidente russo, Vladimir Putin. Na altura, Putin agradeceu a Modi as “suas tentativas de encontrar soluções para a crise ucraniana, em primeiro lugar, de forma pacífica”.

    A diplomacia indiana não especificou a data da visita de Modi “à Polónia e à Ucrânia”, mas os meios de comunicação social indianos sugerem que vai acontecer no final da semana.

  • Putin inicia visita de Estado de dois dias ao Azerbaijão

    Vladimir Putin aterrou em Baku, a capital do Azerbaijão, no passado domingo, lê-se num comunicado feito pelo Kremlin. A última vez que visitou este país foi em setembro de 2018.

    Na visita de dois dias, Putin irá encontrar-se com o seu homólogo, Ilham Aliyev. Segundo o Kremlin, as conversações irão focar-se em “questões relacionadas com o desenvolvimento das relações de parceria estratégica e de aliança entre a Rússia e o Azerbaijão, bem como sobre os atuais problemas internacionais e regionais”.

    O Azerbaijão é um parceiro próximo de Moscovo, além de um importante fornecedor de energia aos países ocidentais.

  • Kiev fez algo "imprevisível que pode mudar a forma como o conflito se vai desenrolar"

    “Os ucranianos fizeram algo imprevisível que pode mudar a forma como este conflito se vai desenrolar”, disse o senador americano Mark Kelly em entrevista à CBS, acrescentando que 130 mil russos tiveram de deixar as suas casas.

    Questionado sobre como se sente com o facto de Kiev poder recorrer a armas dadas pelos Estados Unidos para combater em solo russo, Mark Kelly mostrou-se confortável com a ideia.

    “Neste momento estou confortável com isso. Os ucranianos foram atacados ilegalmente. Esta incursão — e vou apenas caracterizá-la assim por agora — penso que os ucranianos não a querem manter em território russo durante um longo período de tempo. Mas isto contribuiu com que Putin se sentisse em desvantagem”, disse.

1 de 2