Momentos-chave
- Zelensky: "Foram tomadas decisões" sobre movimento de tropas
- Zelensky presta homenagem a americanos que morreram na Ucrânia
- UE protesta contra restabelecimento dos voos Geórgia-Rússia
- Josep Borrell garante fornecimento de aviões F-16 à Ucrânia
- Josep Borrell não está otimista sobre o que pode acontecer no verão
- Ministro sueco reúne-se com homólogo turco para discutir adesão da Suécia à NATO
- Polónia aprova lei contra influência russa criticada pela oposição
- Prigozhin sugere que defesa de zonas fronteiriças russas seja assegurada por milícias
- Dois mortos e oito feridos em ataque na região de Donetsk
- Dinamarca vai doar mais de dois mil milhões de euros adicionais à Ucrânia
- Conselheiro presidencial ucraniano sugere criação de zona desmilitarizada na Rússia
- Rússia considera incerto pacto sobre exportação de produtos agrícolas
- Zelensky falou com primeiro-ministro do Camboja e agradeceu apoio
- 483 crianças morreram desde o início da guerra
- Governador russo diz que Belgorod voltou a ser atacada
- Uma pessoa foi hospitalizada depois dos ataques a Kiev esta manhã
- Ouvem-se explosões em Kiev
- Presidente da Bielorússia anuncia "armas nucleares para todos" os que se juntem à parceria Minsk-Moscovo
- Rússia coloca Lindsey Graham na lista de procurados
- Kiev alvo de mísseis e drones russos durante a madrugada
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, segunda-feira.
Zelensky: resultado do conflito “vai ser decidido por nós, em conjunto com os EUA e com a Europa”
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Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde?
- O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que “foram tomadas decisões” sobre movimentações de tropas, o que pode ser um primeiro sinal de que a anunciada contraofensiva ucraniana vai avançar em breve.
- O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak sugeriu que seja incluída a criação de uma zona desmilitarizada em território russo qualquer acordo de paz que possa vir a ser assinado entre Ucrânia e Rússia.
- O chefe da empresa russa de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirma que fez uma proposta a Moscovo para defender as zonas russas perto da fronteira com a Ucrânia, que incluíam a defesa daquela área assegurada por voluntários armados — e que essa proposta terá sido rejeitada pelo Kremlin.
- O governador ucraniano da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, anunciou que duas pessoas morreram e oito ficaram feridas num ataque russo esta manhã.
- O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, confirmou que irá promulgar a proposta de lei para criar uma comissão de inquérito à influência russa no país — proposta essa que tem sido criticada pela oposição, que considera que está a ser usada pelo partido no poder, o Lei e Justiça (PiS) na sigla original como forma de perseguição política aos adversários.
- A Dinamarca vai doar quase 2,4 mil milhões de euros adicionais à Ucrânia através de um fundo destinado à aquisição de equipamentos militares, anunciou esta segunda-feira a primeira-ministra, Mette Frederiksen.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, anunciou que se vai reunir esta semana com o homólogo turco, Mevlüt Çavuşoğlu, para discutir a adesão da Suécia à NATO — que tem sido barrada pela Turquia.
- O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, diz não estar otimista sobre a situação na Ucrânia e o que pode acontecer nos próximos meses. Borrell garantiu também o fornecimento de aviões de combate F-16 à Ucrânia: “Ainda não os demos, mas vamos dá-los”.
- O representante da União Europeia na Geórgia, Pawel Herczynski, fez um protesto formal junto do governo da Geórgia por ter restabelecido os voos entre o país e a Rússia.
- O Presidente ucraniano assinalou o Memorial Day — dia em que se recordam os norte-americanos que morreram em combate nos EUA — prestando tributo aos cidadãos norte-americanos que morreram a combater na Ucrânia desde o início da invasão de grande escala.
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Zelensky: "Foram tomadas decisões" sobre movimento de tropas
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que “foram tomadas decisões” sobre movimentações de tropas, o que pode ser um primeiro sinal de que a anunciada contraofensiva ucraniana vai avançar em breve.
“O mais importante é o timing em que avançamos”, acrescentou o líder ucraniano no seu vídeo desta noite, em que anunciou ter-se encontrado com líderes militares para discutir esse tema.
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Zelensky presta homenagem a americanos que morreram na Ucrânia
O Presidente ucraniano assinalou o Memorial Day — dia em que se recordam os norte-americanos que morreram em combate nos EUA — prestando tributo aos cidadãos norte-americanos que morreram a combater na Ucrânia desde o início da invasão de grande escala.
“Nós, ucranianos, estaremos para sempre gratos aos Estados Unidos e a cada norte-americano pelo seu extraordinário apoio”, afirma o chefe de Estado ucraniano num vídeo divulgado na sua conta de Twitter, onde recorda aqueles que “sacrificaram as suas vidas em nome da liberdade”.
My special gratitude on this Memorial day goes to all Americans of different times – sons and daughters, fathers and mothers, brothers and sisters, who became the warriors and whose strength turned into the strength of freedom and who were destined to show to the world that… pic.twitter.com/98kpAGApIw
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 29, 2023
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UE protesta contra restabelecimento dos voos Geórgia-Rússia
O representante da União Europeia na Geórgia, Pawel Herczynski, fez um protesto formal junto do governo da Geórgia por ter restabelecido os voos entre o país e a Rússia.
“Tivemos uma conversa muito aberta e sincera com o vice-primeiro-ministro. Transmitimos-lhe a nossa posição, acordada pelos 27 países da UE”, explicou o representante. “Lamentamos a decisão do governo da Geórgia de aceitar voos diretos com a Rússia.”
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Josep Borrell garante fornecimento de aviões F-16 à Ucrânia
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, garantiu esta segunda-feira o fornecimento de aviões de combate F-16 à Ucrânia: “Ainda não os demos, mas vamos dá-los”.
Borrell recordou a ajuda militar já prestada, do equipamento individual aos sistemas de defesa antiaérea, passando pelos carros de combate Leopard.
Borrell defendeu ainda que a União Europeia tem de aumentar a sua capacidade de defesa e a sua coordenação nesta área “se quiser ser uma potência mundial”, o que passa por aumentar o orçamento militar.
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Josep Borrell não está otimista sobre o que pode acontecer no verão
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, diz não estar otimista sobre a situação na Ucrânia e o que pode acontecer nos próximos meses.
“Não estou otimista com o que irá acontecer na Ucrânia este verão”, afirmou. “Vejo uma concentração de tropas dos dois lados, vejo uma intenção clara da Rússia para vencer a guerra. [A Rússia] não entrará em negociações se não vencer a guerra”, acrescentou Borrell.
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Ministro sueco reúne-se com homólogo turco para discutir adesão da Suécia à NATO
O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, anunciam que se vai reunir esta semana com o homólogo turco, Mevlüt Çavuşoğlu, para discutir a adesão da Suécia à NATO — que tem sido barrada pela Turquia.
Estocolmo tem esperança que, com o fim do período eleitoral na Turquia, possa ser possível “aumentar o ritmo” dos contactos entre os dois países por forma a chegar a um entendimento.
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Polónia aprova lei contra influência russa criticada pela oposição
O Presidente polaco, Andrzej Duda, confirmou que irá promulgar a proposta de lei para criar uma comissão de inquérito à influência russa no país — proposta essa que tem sido criticada pela oposição, que considera que está a ser usada pelo partido no poder, o Lei e Justiça (PiS) na sigla original como forma de perseguição política aos adversários.
Em concreto, os deputados do PiS consideram que o principal partido da oposição, a Plataforma Cívica, permitiu uma maior influência russa sobre o país quando esteve no governo (2007-2015), através do fornecimento energético vindo da Rússia.
A Plataforma Cívica considera que esta proposta de lei é uma instrumentalização política e que tem como objetivo prejudicar o líder do partido e antigo primeiro-ministro, Donald Tusk, antes das eleições do próximo outono.
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Prigozhin sugere que defesa de zonas fronteiriças russas seja assegurada por milícias
O chefe da empresa russa de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirma que fez uma proposta a Moscovo para defender as zonas russas perto da fronteira com a Ucrânia, que incluíam a defesa daquela área assegurada por voluntários armados — e que essa proposta terá sido rejeitada pelo Kremlin.
Numa carta publicada na sua conta de Telegram (e traduzida pela agência EFE), Prigozhin defende a criação “ao largo da fronteira russa de uma zona de segurança com 30 quilómetros de área, em que os voluntários das milícias populares tenham direito a fixar-se e usar as suas armas”.
A proposta faz parte de um plano elaborado por Prigozhin depois de se ter reunido com representantes da defesa daquelas regiões. Recorde-se que ainda na semana passada a zona de Belgorod foi alvo de um ataque militar reivindicado por grupos de russos pró-Kiev.
Segundo o líder da Wagner, o Ministério da Defesa russo terá rejeitado esta proposta.
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Kiev sofre "ataque maciço" com drones
É a expressão utilizada pela imprensa ucraniana para descrever os bombardeamentos da última madrugada. Ainda neste episódio, o militar ucraniano que afirma que o Grupo Wagner foi “destruído”.
Ouça aqui o novo episódio de Guerra Traduzida, versão Ucrânia
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Eleições turcas. Qual a importância para a Rússia?
A imprensa estatal russa cita fonte da administração de Erdogan e adianta que o líder turco vai continuar esforço de mediação. Ainda os ataques da Rússia a Kiev na última madrugada.
Ouça aqui o novo episódio de Guerra Traduzida, versão Rússia
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"Ucranianos estão a esticar a corda na ofensiva"
“Estão a aumentar a incerteza e a forçar os russos a reforçarem a segurança para criar desgaste”. A análise do historiador Bruno Cardoso Reis aos últimos avanços da guerra na Ucrânia.
Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Dois mortos e oito feridos em ataque na região de Donetsk
O governador ucraniano da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, anunciou que duas pessoas morreram e oito ficaram feridas num ataque russo esta manhã.
Segundo o governador, o ataque terá ocorrido na cidade de Toretsk e danificou um prédio e um posto de combustível.
“Todos os dias os russos atingem de propósito civis na região de Donetsk”, acusou Kyrylenko. Os serviços de emergência continuam a retirar pessoas do local.
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Dinamarca vai doar mais de dois mil milhões de euros adicionais à Ucrânia
A Dinamarca vai doar quase 2,4 mil milhões de euros adicionais à Ucrânia através de um fundo destinado à aquisição de equipamentos militares, anunciou esta segunda-feira a primeira-ministra, Mette Frederiksen.
“A guerra na Ucrânia está numa fase muito crítica, com uma situação séria no campo de batalha e, portanto, a Ucrânia precisa de todo o apoio possível”, disse a chefe de Governo, durante uma entrevista.
“É agora que os ucranianos precisam das nossas armas e do nosso apoio. Daí a urgência”, explicou Frederiksen, cujo nome tem sido apontado para o lugar de secretário-geral da NATO nos próximos meses.
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Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- A Rússia colocou Lindsey Graham na lista de procurados, depois de o senador republicano ter classificado “russos a morrer” como “o melhor dinheiro que já gastámos [EUA]”, num encontro com o Presidente ucraniano.
- O Presidente da Bielorússia, Alexander Lukashenko, um dos maiores aliados da Rússia de Putin, anunciou “armas nucleares para todos” os que se juntem à parceria Minsk-Moscovo.
- A cidade Khmelnytskyi, a cerca de 300 quilómetros de Kiev, foi alvo de ataques aéreos.
- Kiev foi bombardeada durante a manhã, com várias pessoas a relatar, pelo menos, sete explosões. O presidente da Câmara apelou à população que procurasse abrigo – e muitos fizeram-no no metro de Kiev. Há já uma pessoa hospitalizada.
- Vyacheslav Gladkov diz que Belgorod, região russa fronteiriça com a Ucrânia, voltou a ser atacada pelas forças ucranianas. Numa declaração publicada na rede social Telegram, o governador russo diz que duas instalações industriais foram atacadas e que há quatro pessoas feridas. Segundo Gladkov, várias povoações estão sem eletricidade.
- 483 crianças morreram desde o início da guerra. O balanço é do portal estatal ucraniano “Children of War“. Até à data, há ainda 394 crianças desaparecidas.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou incerto o futuro do acordo sobre a exportação de cereais ucranianos e de fertilizantes russos a partir dos portos do Mar Negro. Para Sergei Lavrov, se a situação “não mudar” vai ser preciso “assumir que o pacto já não funciona”.
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Conselheiro presidencial ucraniano sugere criação de zona desmilitarizada na Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak sugeriu que seja incluída a criação de uma zona desmilitarizada em território russo qualquer acordo de paz que possa vir a ser assinado entre Ucrânia e Rússia.
“Introduzir uma zona desmilitarizada de 100-120 km a partir dos territórios [russos] das repúblicas de Belgorod, Bryansk, Kursk e Rostov”, escreveu o conselheiro de Zelensky no Twitter. “Provavelmente com um controlo internacional obrigatório que seja contingente numa primeira fase”.
Podolyak crê que esta é a única forma de garantir “segurança real” para os residentes das regiões do leste da Ucrânia.
The key topic of the post-war settlement should be the establishment of safeguards to prevent a recurrence of aggression in the future. To ensure real security for residents of Kharkiv, Chernihiv, Sumy, Zaporizhzhia, Luhansk, and Donetsk regions and protect them from shelling, it…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 29, 2023
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Olena Zelenska partilha vídeo de Kiev após os ataques
A primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, publicou um vídeo no Twitter que mostra a cidade de Kiev depois dos ataques.
“Na manhã seguinte a uma noite sem dormir sob bombardeamentos. Ansiedade de novo…”, escreveu. “Crianças a gritar e a correr para se protegerem ao som de explosões é a nossa realidade. Não devia ser assim, em lugar nenhum e nunca. O medo não pode ser desligado – mas não congelamos, agimos. A Ucrânia continua a lutar”, rematou.
Київ. Ранок після безсонної ночі під обстрілами. Знову тривога…
Діти, що з криками біжать в укриття під звуки вибухів, – це наша реальність. Але так не має бути – ніде й ніколи. Страх неможливо вимкнути – але ми не завмираємо, а діємо. Україна продовжує боротись ???????? pic.twitter.com/ctyccNORmQ— Olena Zelenska / Олена Зеленська (@ZelenskaUA) May 29, 2023
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Ministro ucraniano apoia tenista que recusou cumprimentar oponente bielorussa em Roland-Garros
Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, demonstrou esta segunda-feira apoio a Marta Kostyuk, tenista ucraniana que este domingo se recusou a cumprimentar a adversária bielorussa em Roland-Garros.
Kostyk foi fortemente assobiada pelo público francês quando virou a cara à campeã do Open da Austrália, Aryna Sabalenka. A tenista ucraniana não cumprimenta adversárias russas e bielorrussas desde o início da invasão da Ucrânia, por achar que elas não apelam ao fim da guerra.
“Apoio Marta Kostyuk, que foi apupada depois de recusar cumprimentar a bielorussa Aryna Sabalenka. Aqueles que assobiaram precisam de visitar Bucha, onde o exército russo que veio da Bielorússia massacrou civis. Ou correr para um abrigo quando um avião russo descolar na Bielorússia. Aí, sim, assobiem”, escreveu no Twitter.
I support @Marta_Kostyuk, who was booed after refusing to shake hands with Belarussian Aryna Sabalenka. Those who booed need to visit Bucha, where the Russian army came from Belarus and massacred civilians. Or run to a shelter when a Russian jet takes off in Belarus. Then, boo.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 29, 2023
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Rússia considera incerto pacto sobre exportação de produtos agrícolas
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou incerto o futuro do acordo sobre a exportação de cereais ucranianos e de fertilizantes russos a partir dos portos do Mar Negro.
Para Sergei Lavrov, se a situação “não mudar” vai ser preciso “assumir que o pacto já não funciona”. O diplomata acusou também “a União Europeia – e os os países que fazem parte do bloco europeu —” de estarem a tomar ações de “sabotagem à segurança alimentar”.
“Temos a oportunidade de abastecer com produtos do nosso complexo agroindustrial sem passar pelos mecanismos do Memorando Rússia-ONU. Mas, seria mais positivo se António Guterres conseguir cumprir tudo o que pede”, disse Lavrov, referindo-se ao mercado de alimentos e de fertilizantes.