Ainda que tenham morrido mais de 3 mil pessoas com coronavírus, os números de pessoas que já recuperaram são bem mais animadores: dos 92.880 casos confirmados há neste momento 48.509 que já recuperaram.

Ainda infetados pelo coronavírus há, atualmente 41.203 pessoas, de acordo com os dados disponíveis na plataforma Wordometer, que usa dados da Organização Mundial de Saúde.

O presidente francês, Emmanuel Macron anunciou na terça-feira no Twitter que irá requisitar “todo o stock e produção de máscaras de proteção” que serão distribuídas aos profissionais de saúde e aos franceses infetados pelo coronavírus.

Nous réquisitionnons tous les stocks et la production de masques de protection. Nous les distribuerons aux professionnels de santé et aux Français atteints par le Coronavirus.

— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) March 3, 2020

Algumas superfícies a evitar e que reforçam a necessidade de lavar bem as mãos após contacto.

Depois das notas, mais 10 objetos que ajudam a espalhar o coronavírus

Seis novos casos deram positivo para o surto de Covid-19 no pelotão da Volta aos Emirados Árabes Unidos em bicicleta, prova que foi cancelada antes de terminar, anunciaram esta terça-feira as autoridades de saúde do país.

Segundo informa o Ministério de Saúde e Prevenção dos Emirados Árabes Unidos em comunicado, seis pessoas deram positivo — dois russos, dois italianos, um alemão e um colombiano —, mas não revelaram as identidades.

Mais de 600 pessoas foram examinadas depois de dois italianos membros de uma equipa técnica de uma formação em prova derem dado positivo ao surto de Covid-19. A organização decidiu cancelar a prova e declarou o britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott) vencedor, já que liderava após a terceira etapa.

A comitiva da equipa francesa Cofidis está, juntamente com a equipa francesa da Groupama-FDJ e a russa da Gazprom, confinada ao hotel depois de ter participado na prova, devido aos dois testes positivos do novo coronavírus em participantes que estavam no mesmo andar das três formações.

A equipa da UAE Emirates também está no mesmo hotel em isolamento, mas num outro andar. Os ciclistas portugueses da UAE Emirates, Rui Costa e os irmãos Ivo e Rui Oliveira, não participaram na prova, nem o mecânico Hilário Coelho ou o massagista Bruno Lima.

Agência Lusa

100 mil dólares, ou o equivalente ao salário auferido pelo presidente norte-americano no último trimestre de 2019. É esta a soma doada por Donald Trump ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, valor que será usado para “apoiar os esforços feitos no confronto, contenção e combate ao coronavírus”, comunicou esta terça-feira, via Twitter, a secretária de imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham.

President @realDonaldTrump made a commitment to donate his salary while in office. Honoring that promise and to further protect the American people, he is donating his 2019 Q4 salary to @HHSGov to support the efforts being undertaken to confront, contain, and combat #Coronavirus. pic.twitter.com/R6KUQmBRl1

— Stephanie Grisham (@PressSec) March 3, 2020

O caso não é inédito, com Trump, o presidente mais rico dos EUA da era moderna, a fazer semelhantes doações a diferentes instituições em cenários de emergência, como aconteceu por exemplo com o Departamento de Segurança Nacional. Desde que chegou à Casa Branca, e cumprindo assim uma promessa que remonta a 2016, já encaminhou a cada trimestre um montante extraído dos 400 mil dólares de salário anual.

Ao final desta terça-feira, o Covid-19 fizera já nove mortos nos EUA, todos no estado de Washington, enquanto mais de uma centena de americanos acusaram positivo nos testes desde o começo do surto nos EUA, no final de fevereiro.

Já foi publicado em Diário da República a garantia de baixa paga a 100% a partir do primeiro dia para os trabalhadores do setor privado que tenham de ficar em casa por estarem ou serem suspeitos de estar infetados com Covid-19.

“Nos casos em que a autoridade de saúde decretar a necessidade de aplicação de um período de isolamento (14 dias), impedindo assim, temporariamente, o exercício da atividade profissional dos trabalhadores do setor privado, estes verão assegurado o pagamento do subsídio de doença, nos termos do número 3 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de fevereiro, que corresponde a 100% da remuneração mensal”, pode ler-se no comunicado do ministério do Trabalho e Segurança Social enviado às redações.

Há, no entanto exceções: “Não se aplica aos trabalhadores aos quais seja possível assegurar o recurso a mecanismos alternativos de prestação de trabalho, nomeadamente o teletrabalho ou programas de formação à distância”.

Para que o trabalhador tenha direito ao pagamento integral do tempo que estiver em isolamento deverá a autoridade de saúde”remeter eletronicamente” aos “serviços de segurança social no prazo máximo de cinco dias após a sua emissão”, onde deverá ser indicado também o requerimento de subsídio para “assistência a filho e do subsídio para assistência a neto”.

“A Comissão Nacional de Proteção Civil passará a funcionar a partir de agora num quadro de permanência, não em reunião física, mas online, em articulação entre todas as áreas de governo numa relação muito estreita entre a Autoridade de Saúde Pública, Direção-geral de Saúde e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil com responsabilidades relativamente a opções de prevenção envolvendo entidades públicas ou privadas que se venham a mostrar necessárias”, afirmou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita que falava aos jornalistas no final da reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil, na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Eduardo Cabrita destacou que a atual situação em Portugal ainda não coloca a questão da “declaração de um estado de alerta no âmbito das competências próprias do ministério da administração interna”, mas sim com foco para a prioridade em “atualizar os planos de contingência” e “contenção de um fenómeno”.

Segundo o ministro, a reunião foi realizada depois de terem sido confirmados os primeiros casos para que fossem “estabelecidos mecanismos de articulação”, coordenados pela Direção-Geral de Saúde.

Além da identificação de todas as pessoas que chegam de voos de áreas afetadas e da distribuição de panfletos, o ministro acrescenta que está também a ser perguntado a cada estrangeiro o que vai fazer nos dias seguintes no país e que essas medidas “são consideradas adequadas”.

“A Direção-Geral de Saúde, Autoridade Nacional da Aviação Civil e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras reunirão, dia dia e tomarão as medidas adequadas em função da evolução”, afirmou Eduardo Cabrita.

O Chile confirmou hoje o primeiro caso do novo coronavírus no país, um homem de 33 anos, fazendo com que o país seja o sexto da América Latina atingido pelo surto de Covid-19.

“Temos de confirmar o primeiro caso de coronavírus no nosso país”, anunciou o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.

O doente viajou durante um mês pelo sudeste asiático, especialmente por Singapura, tendo estado também na Malásia, Indonésia, Maldivas e Espanha. Regressou ao Chile no dia 25 de fevereiro.

Estamos a contactar todas as pessoas, incluindo parentes, que possam ter estado perto dessa pessoa, para as colocar em quarentena nos próximos dias”, acrescentou o ministro, detalhando que o paciente está em boas condições no Hospital de Talca, cidade a 350 quilómetros a sul da capital chilena, Santiago.

O diretor do Hospital de Talca, Alfredo Donoso, explicou que o paciente começou com sintomas respiratórios no domingo, dia em que decidiu ir a uma consulta. “O exame deu positivo. De acordo com o protocolo, passou para uma sala de isolamento”, indicou.

O anúncio oficial deste caso aconteceu depois de o governo argentino confirmar também o primeiro caso do novo coronavírus no país

Os casos de infeção na Argentina e no Chile elevam para 17 os casos confirmados em seis países na América Latina: sete no Equador, cinco no México, dois no Brasil, um na República Dominicana, um na Argentina e outro no Chile.

Agência Lusa

Todos os casos de coronavírus positivos em Portugal são de homens, com mais de 30 anos e menos de 70. Já era conhecido que dois dos casos eram importados, um de Itália e outro de Espanha e os dois novos casos confirmados esta terça-feira são de contágio “por contacto com caso confirmado de Covid-19”, segundo o relatório de situação epidemológica divulgado pela Direção-geral da Saúde esta noite.

O relatório, feito pela divisão de epidemologia do ministério da Saúde, não esclarece quantos casos estão ainda em análise, mas diz que desde janeiro houve “101 notificações de casos suspeitos”.

Os sintomas mais apresentados pelos quatro homens que testaram positivo são febre, tosse e dores musculares, ainda apenas metade dos casos tenham tido febre como sintoma.

Dos quatro homens, dois são do distrito do Porto, um de Lisboa e um de Coimbra.

O comité científico que o primeiro-ministro italiano consultou para tentar controlar o surto de coronavírus no país é claro: as medidas devem aplicar-se a todo o país e não apenas aos cidadãos que vivam em zonas afetadas.

• Os eventos desportivos devem realizar-se à porta fechada durante 30 dias;
• Deve manter-se um metro de distância social;
• Evitar os cumprimentos (abraços e beijos);
• Todas as pessoas com mais de 75 anos devem ficar em casa ou, caso tenham outras patologias a partir dos 65 anos devem evitar ao máximo sair de casa

Quem tiver febre, mesmo que suponha tratar-se de uma gripe sazonal não deve sair de casa.

“Estamos a seguir os conselhos do governo” em relação ao coronavírus, disse esta terça-feira um porta-voz da Casa Real disse ao Express, sem confirmar se a decisão da soberana está diretamente associada ao perigo de contágio.

Alerta coronavírus? Rainha Isabel II usa luvas numa investidura pela primeira vez em décadas

O Presidente da República considerou hoje que os desafios que se têm colocado em Portugal pelo novo coronavírus “até ao presente têm tido a resposta adequada e atempada”, destacando que os dois novos casos “estão ligados com anteriores”.

À margem da entrega do Prémio BIAL Biomedicina 2019, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre o aumento para quatro no número de infetados pelo novo coronavírus em Portugal, tendo ainda desvalorizado a contradição entre a Direção-Geral da Saúde e a ministra da Saúde no que diz respeito à capacidade de resposta em hospitais do norte do país.

Como sabem estes dois casos, daquilo que me foi informado pelo Governo, são casos ligados com os anteriores e, portanto, se for assim, casos que em cadeia têm origem exterior ao território português não são casos que tenham surgido à margem dos dois casos anteriores”, começou por assinalar.

Na perspetiva do Presidente da República, “a resposta foi imediata e isso significa que os desafios que se têm colocado até ao presente têm tido a resposta adequada, atempada e a compreensão dos próprios” infetados.

“Tem havido uma capacidade de resposta dos profissionais de saúde e, portanto, do sistema de saúde português e, particularmente, do Serviço Nacional de Saúde”, considerou.

Questionado sobre o facto de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter afirmado que os hospitais de São João e Santo António, no Porto, “mantêm a sua capacidade de resposta” um dia depois de a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, ter afirmado que aquelas duas unidades hospitalares “esgotaram a capacidade”, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou.

Eu penso que o fundamental aqui, neste particular, é haver capacidade de resposta nos factos. Há casos que suscitam uma necessidade de resposta, há resposta. Isso é o mais importante”, referiu.

A “pressão dos acontecimentos”, na ótica do chefe de Estado, “leva a que o discurso, a comunicação, sobretudo quando ela é feita ao longo de dias e de semanas, seja uma realidade que vai conhecendo, de acordo com as pessoas, o estilo próprio de cada pessoa”.

“Agora o importante é o seguinte: há casos? Se há casos, transparência relativamente aos casos. Há casos, é preciso haver resposta, há resposta relativamente a esses casos. E isso é que os portugueses têm de ter a noção que existe para se sentirem seguros”, apontou.

A compreensão das pessoas infetadas foi, de acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, testemunhada pelo primeiro-ministro, António Costa, aquando da visita, “embora à distância”, de um dos portadores da doença no Hospital São João, no Porto.

À pergunta sobre se, tal como o primeiro-ministro fez hoje, tem alguma visita prevista, o Presidente da República foi perentório: “Sim, sim. Depois saberão oportunamente a minha ideia”. Assim, Marcelo Rebelo de Sousa, “ajustado com o Governo”, pretende “fazer uma visita a uma das unidades hospitalares onde estão internados”.

Agência Lusa

O porta-voz da justiça do Irão, Gholamhossein Esmaili disse aos jornalistas que os presos serão libertados temporariamente depois de o resultado dos testes para coronavírus serem negativos e apenas podem sair os que tiverem penas de prisão até cinco anos.

Esta é mais uma tentativa para combater o contágio de coronavírus, depois de vários presos terem testado positivo para coronavírus, avança a BBC.

Numa altura em que se registam já 77 mortos no país o Ayatollah supremo Ali Khamenei alertou as pessoas para a necessidade de lavarem as mãos frequentemente. Com mais de 23 deputados contagiados com coronavírus, o Irão mobilizou também cerca de 300.000 militares e voluntários para ajudar a combater a propagação do vírus, avança o The Guardian.

In Iran, where the death toll has risen to 77, the supreme leader Ayatollah Ali Khamenei urged people to wash their hands and described the outbreaks as “not something extraordinary”.

Era até ao momento uma das principais dúvidas, o coronavírus mata mais ou menos que a gripe sazonal? Durante a conferência de imprensa desta terça-feira o Diretor-geral da Organização Mundial de Saúde esclareceu que a taxa de mortalidade do coronavírus é de 3,4% enquanto a taxa na gripe sazonal é de cerca de 1%.

Tedros Ghebreyesus lembrou também que a maior parte das pessoas já desenvolveu imunidade à gripe sazonal enquanto ao coronavírus “ninguém é imune” e que este novo coronavírus causa “mais doenças severas” que a gripe sazonal.

"Globally, about 3.4% of reported #COVID19 cases have died. By comparison, seasonal flu generally kills far fewer than 1% of those infected"-@DrTedros #coronavirus

— World Health Organization (WHO) (@WHO) March 3, 2020

A equipa de hóquei em patins do Trissino, em Itália, treinada por Sérgio Silva e onde alinham Reinaldo Ventura e Diogo Neves estará de quarentena até dia 13 de março depois de um dos atletas ter dado positivo nos testes para coronavírus.

“Comunicamos que um atleta da primeira equipa testou positivo com coronavírus. Está hospitalizado em Vicenza e em boas condições. Toda a equipa está isolada e assim ficará até 13 de março, pelo que as atividades da equipa foram suspensas”, informou o clube transalpino em comunicado.

Os atletas ficarão em casa, ainda que se mantenham, para já, assintomáticos.

A decisão da Taça de Itália em hóquei em patins estava agendada para Lodi, um dos epicentros do surto italiano, pelo que foi adiada pela federação.

A primeira morte por coronavírus em Espanha ocorreu dia 13 de fevereiro, em Valência, mas só hoje foi confirmada.

A Comunidade Valenciana anunciou hoje a morte do homem, por uma pneumonia grave, que só a autópsia permitiu perceber que tinha coronavírus.

No mesmo balanço, Valência confirma ainda mais um caso de uma mulher internada no hospital de Manises, passando o número de casos na região espanhola a 19.

A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, já infetou 91.783 pessoas em 74 países de cinco continentes, das quais morreram 3.123.

Lista de países, incluindo Portugal, que reportaram infeções do novo coronavírus e mortes de acordo com a informação divulgada às 15h de hoje (hora de Lisboa) pela Organização Mundial de Saúde (OMS):

Vítimas mortais

China – 2.946

Irão – 77

Itália – 52

Coreia do Sul – 28

Japão – 6

França – 3

Estados Unidos – 2

Filipinas – 1

Tailândia – 1

Austrália – 1

Navio de cruzeiros Diamond Princess (Japão) – 6

Infeções

África:

Argélia – 5

Egito – 2

Nigéria – 1

Marrocos – 1

Senegal – 1

Tunísia – 1

Ásia:

China – 80.303

Coreia do Sul – 4.812

Irão – 2.336

Japão – 268

Singapura – 110

Kuwait – 56

Bahrein – 49

Tailândia – 43

Malásia – 29

Iraque – 26

Emirados Árabes Unidos – 21

Vietname – 16

Líbano – 13

Israel – 10

Qatar – 7

Omã – 6

Índia – 5

Paquistão – 4

Filipinas – 3

Indonésia – 2

Afeganistão – 1

Camboja – 1

Nepal – 1

Sri Lanka – 1

Jordânia – 1

Arábia Saudita – 1

América:

Estados Unidos – 64

Canadá – 27

Equador – 6

México – 5

Brasil – 2

República Dominicana – 1

Europa:

Itália – 2.036

França – 191

Alemanha – 188

Espanha – 151

Reino Unido – 44

Suíça – 30

Noruega – 25

Áustria – 18

Holanda – 18

Suécia – 15

Islândia – 9

Croácia – 9

Bélgica – 8

Dinamarca – 8

San Marino – 8

Finlândia – 7

Grécia – 7

Rússia – 3

Geórgia – 3

Roménia – 3

República Checa – 3

Azerbaijão – 3

Portugal – 2*

Irlanda – 1

Mónaco – 1

Luxemburgo – 1

Andorra – 1

Ucrânia – 1

Arménia – 1

Macedónia do Norte – 1

Lituânia – 1

Estónia – 1

Bielorrússia – 1

Oceânia:

Austrália – 33

Nova Zelândia – 2

Outros:

Navio de cruzeiros Diamond Princess (Japão) – 706

*dados da OMS divulgados antes de terem sido detetados dois novos casos, elevando para quatro o número de infetados em Portugal

Agência Lusa

Com 51 casos positivos já confirmados no Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde classificou o coronavírus como um “incidente de nível 4”, o nível de emergência mais elevado. O novo plano anunciado esta tarde pelo primeiro-ministro Boris Johnson coloca o exército em stand by, pronto a intervir em caso de necessidade, e pede às forças policias que concentrem a sua atividade no combate ao Covid-19. O cancelamento de eventos próximos como a Maratona de Londres é um cenário em cima da mesa.