China e Coreia do Sul têm estado a desinfetar notas bancárias, por receio de que o vírus possa sobreviver na superfície, enquanto a Organização Mundial de Saúde aconselha uso de tecnologia contactless nos pagamentos. Mas há mais objetos do nosso dia a dia que contribuem em larga medida para a propagação do vírus, depois deste alerta dirigido ao uso do dinheiro. Dos omnipresentes telemóveis aos corrimãos e puxadores de portas, tome nota daqueles que concentram maiores germes e perigo para a saúde.

Coronavírus. OMS admite que dinheiro vivo pode ser veículo de transmissão

Comandos de televisão ou ar condicionado

Se estiver alojado num hotel, provavelmente já utilizou um destes dois objetos. Ou para regular a temperatura ou escolher o canal que mais gosta. Fique a saber que são dos objetos menos limpos, logo, com maior probabilidade de terem alguns vírus ainda vivos depois da passagem dos anteriores clientes. Tente lavar as mãos depois de os usar ou passar um toalhete desinfetante antes da primeira utilização.

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Puxadores de portas

É quase inevitável não tocar nos puxadores das portas, a menos que sejam elétricas ou tenha a sorte de se cruzar com alguém que a possa abrir por si. O melhor a fazer é lavar sempre as mãos depois de tocar nos puxadores de portas e evitar ao máximo o contacto com a cara antes de as lavar.

Copas do escritório

As máquinas de café, os microondas, as máquinas de venda automática, as cadeiras, mesas e outros espaços da copa podem ser ambientes propícios para que o vírus se mantenha vivo por mais tempo e possa contaminar um grande número de pessoas. Além da limpeza habitual devem ser feita uma maior higienização depois de serem utilizados.

Máquinas Multibanco e bilheteiras automáticas

As máquinas de multibanco, de pagamento ou bilheteiras automáticas são também fonte de propagação de vírus, dada a elevada utilização que têm diariamente. Tente lavar as mãos sempre depois de as utilizar.

Corrimãos

Se é daquelas pessoas que não consegue subir ou descer escadas sem se apoiar tente combater esse hábito — caso não precise mesmo. É que os corrimãos são tocados por centenas ou milhares de pessoas diariamente por isso, caso não consiga mesmo evitar apoiar-se nos corrimãos use desinfetante logo depois de o fazer.

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Superfícies de casas de banho públicas

Quantas vezes já foi a uma casa de banho pública para se assoar? Muitas? Dessas, quantas vezes lavou as mãos depois de o ter feito? Poucas? Pois, esse é um dos problemas. A maior parte das pessoas que vai às casas de banho para se assoar não tem por hábito lavar as mãos depois de o fazer, contribuindo para a propagação do vírus.

Apertos de mãos em hospitais

Um dos hábitos que maiores riscos traz na propagação de vírus são os cumprimentos, sejam os tradicionais dois beijos ou o aperto de mão. Nos hospitais, o aperto de mãos é um dos meios mais frequentes para a transmissão de vírus também por isso o pessoal hospitalar deve lavar e desinfetar as mãos com muita frequência. “Caso visite alguém no hospital, ou tenha uma consulta, lave as mãos antes e depois de estar na unidade de saúde”, aconselham os especialistas.

Telefones

Podemos agradecer à evolução tecnológica o facto de existirem cada vez menos pessoas a partilhar telefones fixos nos escritórios, mas ainda há quem partilhe. Nesses casos é recomendado que os desinfetem ou que evitem ao máximo utilizar os telefones fixos.

Lugares de avião

“As viagens internacionais são um fator de risco para transmissão”, afirma Tait-Burkard, da Universidade de Edimburgo. Naomi Campbell é conhecida por limpar os assentos do avião antes da descolagem, ainda que não seja totalmente eficaz — já que nos aviões o sistema de ventilação faz circular o mesmo ar —, pode ajudar a reduzir a probabilidade de ficar infetado com o vírus.

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Tudo o que estiver num serviço de urgências

As diretrizes da Direção-Geral de Saúde são claras: se suspeita que pode estar infetado com coronavírus não vá a nenhuma unidade de saúde, ligue para a linha SNS 24 para que possa ser encaminhado através de transporte diferenciado para os hospitais preparados para receber esses doentes. Ainda assim, pode dar-se o caso de quem não sabe que está infetado se deslocar ao serviço de urgência e nas superfícies aí existentes deixar gotículas (através de espirros ou saliva, por exemplo). Por isso, evite tocar em qualquer superfície num serviço de urgência.