Momentos-chave
- Macron responde a quem critica necessidade de certificado para aceder a estabelecimentos em França
- PR apela à vacinação e vê nos números da pandemia motivos de esperança
- Portugal vai pedir 600 mil doses das vacinas da Pfizer e da Johnson & Johnson a Espanha e Bulgária, avança deputado socialista
- Fauci diz que quem tem sistema imunitário comprometido poderá ser prioritários em caso de uma "provável" terceira dose
- Boletim DGS. Maioria das mortes ocorreram em idosos
- Boletim DGS. Lisboa e Vale do Tejo e Norte com a esmagadora maioria dos novos casos
- Boletim DGS. Subida nos internamentos; há quase duas centenas de pessoas em cuidados intensivos
- Boletim DGS. Menos recuperados do que novos contágios fazem aumentar número de casos ativos
- Boletim DGS. Portugal com 2.625 novos casos e mais 8 mortes por Covid-19
- Pelo menos 4.156.164 mortos e 193,6 milhões de casos no mundo
- Açores com 32 novos casos, um óbito e 21 internados
- Produtor de medicamentos Butantan tem interesse no mercado da África
- Alemanha admite restrições para não vacinados para travar aumento de contágios
- No hospital militar de Belém, reaberto para assintomáticos, morreram 12 pessoas com Covid-19
- Senado francês aprova passe sanitário com modificações
- Os números de ano e meio de pandemia
Histórico de atualizações
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Encerramos este liveblog diário. Pode continuar a acompanhar as notícias sobre a pandemia de Covid-19, esta segunda-feira, aqui. Até já.
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PRR: Governo assina nesta segunda-feira acordos de financiamento e empréstimo com a Comissão Europeia
O ministro do Planeamento e o ministro de Estado e das Finanças assinam nesta segunda-feira os acordos relativos ao Mecanismo de Recuperação e Resiliência, entre Portugal e Comissão Europeia.
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Macron responde a quem critica necessidade de certificado para aceder a estabelecimentos em França
O Presidente francês Emmanuel Macron comentou este domingo as manifestações que decorreram este sábado em França, por parte de críticos da vacinação e do condicionamento de acesso de pessoas não vacinadas (ou, em alternativa, sem teste de diagnóstico negativo) a espaços como restaurantes e bares.
Uma proposta recente de Macron que visa tornar obrigatório o certificado Covid para aceder a alguns estabelecimentos públicos, contestada pelos manifestantes que se juntaram este sábado, deve ser brevemente ratificada pelo Parlamento francês.
“Quando a ciência nos dá armas, temos de utilizá-las”, afirmou Macron, citado pela agência noticiosa Efe.
As manifestações juntaram 160 mil pessoas em França e inserem-se num movimento internacional que originou protestos em múltiplas cidades do mundo. O movimento apelava a uma “marcha pela liberdade”.
Macron afirmou ainda: “Alegro-me por nos últimos 15 dias termos verificado um forte aumento do número de pessoas vacinadas. Vamos passar o limiar dos 40 milhões de vacinados mas temos de continuar porque há doses disponíveis e a vacina é a única proteção eficaz” contra o vírus, referiu.
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PR apela à vacinação e vê nos números da pandemia motivos de esperança
“A vacinação é o meio mais seguro, de entre os que existem, de combater a pandemia, de limitar a duração da pandemia e os efeitos da pandemia”, defendeu o Presidente da República.
PR apela à vacinação e vê nos números da pandemia motivos de esperança
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Guiné-Bissau regista mais cinco novos casos
A Guiné-Bissau registou cinco novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo dados hoje divulgados pelo Alto Comissariado para a Covid-19.
Segundo os dados, no sábado, foram registados mais cinco novos casos para um total acumulado de 4.212 e realizados 143 testes.
Mais dez pessoas foram dadas como recuperadas da doença, para um total acumulado de 3.811 doentes curados, e há 322 casos ativos no país.
Onze pessoas estão internadas devido à doença, indicam os dados do Alto Comissariado.
Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau já registou 74 vítimas mortais.
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Angola anuncia 44 casos novos, dois óbitos e 51 recuperados
Angola notificou, nas últimas 24 horas, 44 novos casos de covid-19, dois óbitos e 51 pessoas recuperadas da doença, segundo o boletim epidemiológico da Direção Nacional de Saúde Publica.
Os casos foram identificados no Moxico (12), Luanda (10), Lunda Sul (7), Namibe (7), Zaire (7) e Benguela (1), com idades entre 3 meses e 95 anos, sendo três do sexo masculino e 12 feminino.
Neste período registou-se a morte de duas mulheres, com 70 e 81 anos, na Huíla e na Lunda Sul, e 51 pessoas, dos 5 aos 57 anos, recuperaram da doença.
Os laboratórios processaram 1082 amostras por RT-PCR, com o total acumulado a atingir 794.768 testes.
Desde o início da pandemia, Angola soma 41.780 casos, dos quais 35.474 recuperaram da doença, 5.322 estão ativos, incluindo dois em estado critico e dez em estado grave, e 984 pessoas morreram da doença
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França regista mais 16.167 infeções e mais seis mortes
França registou hoje 16.167 novos casos de infeção com o novo coronavírus e mais seis mortes por covid-19, segundo o balanço diário da agência de saúde pública do país.
Comparativamente às estatísticas de sábado, há menos 16 mortes e menos 9.457 infeções diárias.
Apesar da quebra no número diário de infetados, o Governo francês estima que, em agosto, essa cifra possa chegar aos 50 mil em consequência da circulação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, mais transmissível e que esta semana representava 80% dos contágios.
Desde o início da pandemia, o país totaliza 111.644 mortos entre 5.993.937 infetados.
Até quinta-feira, de acordo com o balanço de hoje, 39 milhões de pessoas tinham recebido em França pelo menos uma dose de uma vacina contra a covid-19.
Hoje de madrugada, o Senado francês aprovou o “passe sanitário”, mas com modificações, como a isenção do uso por menores e nas esplanadas de bares e restaurantes.
Os senadores pretendem que a utilização do “passe sanitário”, para aceder a certos locais, se faça a partir de setembro, e não em agosto, e até ao fim do estado de urgência sanitário, que termina em 31 de outubro.
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Portugal vai pedir 600 mil doses das vacinas da Pfizer e da Johnson & Johnson a Espanha e Bulgária, avança deputado socialista
Portugal vai pedir 600 mil doses adicionais das vacinas da Pfizer e da Johnson & Johnson a dois países, Espanha e Bulgária (300 mil a cada país).
A informação foi adiantada este domingo à CMTV pelo deputado do PS Marcos Perestrello, noticia o Correio da Manhã.
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Fauci diz que quem tem sistema imunitário comprometido poderá ser prioritários em caso de uma "provável" terceira dose
O principal conselheiro do Presidente dos EUA Joe Biden para o combate à Covid-19, Anthony Fauci, afirmou este domingo que os norte-americanos que apesar de terem sido vacinados têm o seu sistema imunitário comprometido e vulnerável podem acabar por precisar de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19.
“Aqueles que são pacientes de transplantes, que passaram por tratamentos de quimioterapia para o cancro, que têm doenças auto-imunes ou que estão em regimes imunosupressores são o tipo de indivíduos que se vier a existir uma terceira dose [das vacinas que exigem duas doses], o que provavelmente acontecerá, estariam entre os mais vulneráveis”, apontou Fauci, citado pela agência de notícias Reuters.
O conselheiro do Governo norte-americano para o combate à Covid-19, que era já diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estado Unidos antes da eleição de Biden, adiantou ainda que os peritos norte-americanos de saúde estão a avaliar se serão efetuadas alterações às atuais recomendações para utilização de máscara de cidadãos vacinados nos EUA.
Está ainda em ponderação a necessidade de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19 para reforçar a imunidade, em especial face à capacidade de propagação e contágio da variante Delta. “É uma situação dinâmica. É um trabalho que está a ser feito em permanência, que vai mudando tal como acontece em tantas outras áreas relativas à pandemia. Temos de ir olhando para os dados”, referiu Fauci.
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Boletim DGS. Maioria das mortes ocorreram em idosos
De acordo com a informação enviada pela DGS, as vítimas mortais tinham todas mais de 50 anos de idade. Morreram: uma mulher entre os 50 e os 59 anos; duas mulheres entre os 60 e os 69; e cinco pessoas acima dos 80 anos (três homens e duas mulheres).
A DGS não divulga se os óbitos dizem respeito a pessoas vacinadas ou não vacinadas — ou com outras condições de saúde associadas à Covid-19.
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Boletim DGS. Lisboa e Vale do Tejo e Norte com a esmagadora maioria dos novos casos
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a mais afetada pela disseminação da pandemia nas últimas 24 horas, com 1.042 novos casos (39,7% do total), seguida de perto pela região Norte, com 1.019 novos casos (38,8%).
Segue-se o Algarve (228 casos), o Centro (161 casos), o Alentejo (118 casos), os Açores (40 casos) e a Madeira (17 casos).
Já no que diz respeito aos 8 óbitos, ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (4), no Norte (2), nos Açores (1) e na Madeira (1).
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Boletim DGS. Subida nos internamentos; há quase duas centenas de pessoas em cuidados intensivos
O dado mais significativo do boletim deste domingo é uma subida muito considerável do número de doentes graves, ou seja, aqueles que precisam de internamento hospitalar.
De acordo com o documento, há agora 879 pessoas internadas em enfermarias (mais 44 do que ontem) e 193 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos (mais 12 do que ontem).
O número de internados em cuidados intensivos aproxima-se assim da marca dos 200, um valor que para alguns especialistas tem sido apontado como uma linha vermelha no combate à pandemia (embora o Governo tenha colocado essa linha vermelha formal nos 245).
É preciso recuar até meados de março para encontrar números tão elevados de pessoas internadas com Covid-19.
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Boletim DGS. Menos recuperados do que novos contágios fazem aumentar número de casos ativos
Ainda segundo o boletim da DGS, nas últimas 24 horas recuperaram da infeção 1.202 pessoas, menos do que o número de novos contágios.
Isto significa que o número de casos ativos aumentou para 54.197, mais 1.415 do que ontem.
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Boletim DGS. Portugal com 2.625 novos casos e mais 8 mortes por Covid-19
Foram diagnosticados nas últimas 24 horas um total de 2.625 novos casos de Covid-19 em Portugal. A infeção pelo coronavírus matou mais 8 pessoas, de acordo com o boletim divulgado há minutos pela Direção-Geral da Saúde.
Os números deste domingo elevam o balanço total da pandemia em Portugal, desde março de 2020, para o seguinte:
- 953.059 contágios;
- 17.292 morte;
- 881.570 recuperados.
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Pelo menos 4.156.164 mortos e 193,6 milhões de casos no mundo
A covid-19 matou pelo menos 4.156.164 pessoas em todo o mundo desde que o início da pandemia, no final de dezembro de 2019, segundo um relatório da AFP com base em fontes oficiais.
Mais de 193.687.980 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.
No sábado, 8.471 novas mortes e 525.589 novos casos foram comunicados em todo o mundo. Os países com mais novas mortes nos seus últimos relatórios são a Indonésia com 1.266 novas mortes, o Brasil (1.108) e a Rússia (779).
Os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em termos de mortes, como de casos, com 610.850 mortes de 34.430.608 casos, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 549.448 mortos e 19.670.534 casos, a Índia com 420.551 mortos (31.371.901 casos), o México com 238.316 mortos (2.741.983 casos), e o Peru com 195.795 mortos (2.102.904 casos).
Entre os países mais duramente atingidos, o Peru tem o maior número de mortes ‘per capita’, com 594 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Hungria (311), Bósnia (295), República Checa (283) e Macedónia do Norte (263).
A América Latina e as Caraíbas registam 1.356.077 mortes (40.176.616 casos), a Europa 1.194.431 mortes (57.396.849 casos), a Ásia 646.037 mortes (43.599 casos), os Estados Unidos e Canadá 637.394 mortes (35.856.595 casos), África 163.675 mortes (6.443.764 casos), o Médio Oriente 157.239 mortes (10.139.499 casos), e a Oceânia 1.311 mortes (75.442 casos).
Os números baseiam-se em dados recolhidos pela AFP junto das autoridades nacionais competentes e em informações da OMS.
Os números são baseados em relatórios diários das autoridades sanitárias de cada país. Excluem as revisões feitas a posteriori por certos organismos estatísticos, que concluem que o número de mortes é muito mais elevado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima mesmo, tendo em conta o excesso de mortalidade direta e indiretamente ligado à covid-19, que o número de mortes da pandemia poderá ser duas a três vezes superior ao registado oficialmente.
Uma proporção significativa dos casos menos graves ou assintomáticos também não é detetada, apesar da intensificação do rastreio em muitos países.
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Açores com 32 novos casos, um óbito e 21 internados
Os Açores registaram, nas últimas 24 horas, 32 novos casos de covid-19 em seis das nove ilhas, um óbito, 21 internamentos e 507 casos positivos ativos, revela hoje a Autoridade de Saúde Regional.
“Nas últimas 24 horas foram diagnosticados nos Açores 32 novos casos positivos de covid-19, sendo um na Graciosa, um nas Flores, um em São Jorge, um em Santa Maria, 10 na Terceira e 18 em São Miguel”, decorrentes de cerca de 1.860 análises, indica o boletim diário daquela entidade.
Com 31 recuperações nas últimas 24 horas, a região “conta presentemente com 507 casos positivos ativos, sendo 305 em São Miguel, 169 na Terceira, 10 no Pico, oito nas Flores, sete no Faial, quatro em São Jorge, três na Graciosa e um em Santa Maria”.
“Assinala-se também um óbito em São Miguel, de uma mulher de 65 anos que estava internada no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada. Faleceu vítima da covid-19, mas sofria de outras patologias. Era residente na freguesia de Rosto do Cão (São Roque), do concelho de Ponta Delgada”, indica a autoridade de Saúde.
Quanto aos 21 doentes atualmente internados, 14 estão no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, estando dois em UCI — Unidade de Cuidados Intensivos.
Seis pessoas estão internadas no Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira (com um em UCI) e um no Hospital da Horta, Faial.
Na ilha de São Miguel, onde se registou a maioria das novas infeções, “um dos casos corresponde a um viajante, não residente, com análise positiva no rastreio de 6.º dia, na freguesia de São Pedro, do concelho de Vila Franca do Campo”.
“Os restantes correspondem a transmissão comunitária”.
Em Ponta Delgada foram identificados nove casos, na Ribeira Grande há seis novos casos, em Vila Franca do Campo há dois e, na Lagoa, regista-se um.
Na ilha Terceira, “dois viajantes, residentes, um na freguesia de Nossa Senhora da Conceição e outro na freguesia da Terra Chã, do concelho de Angra do Heroísmo, apresentaram testes com resultado negativo à chegada, desenvolvendo posteriormente sintomatologia”, e obtiveram resultados positivos.
Também um tripulante de uma embarcação que se encontra atracado no Porto da Praia da Vitória obteve resultado positivo.
Os restantes casos daquela ilha correspondem a transmissão comunitária, existindo sete novos casos no concelho de Angra do Heroísmo e três no concelho da Praia da Vitória.
Na Graciosa, foi diagnosticado um novo caso em Santa Cruz, de um residente, viajante, com resultado positivo à chegada.
Nas Flores, um viajante residente na vila e concelho de Santa Cruz, apresentou sintomatologia após realização de teste ao 6.º dia com resultado positivo.
Em São Jorge, um viajante residente na vila e concelho de Velas, obteve resultado positivo ao 6.º dia.
Em Santa Maria, um viajante interilhas desenvolveu sintomatologia após chegada à ilha, obtendo resultado positivo.
Segundo a Autoridade, estão ativas no arquipélago cinco cadeias de transmissão local primária: duas no Faial, uma no Pico, uma em Pico/Flores e uma em São Miguel/Flores.
“Até ao presente foram extintas 216 em todas as ilhas”, refere.
Em vigilância ativa estão hoje 1.324 pessoas.
Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 7.324 casos positivos de covid-19, tendo recuperado da doença 6.634 pessoas. Faleceram 36, saíram do arquipélago 85 e 62 apresentaram prova de cura anterior.
Realizaram-se 626.108 análises para despiste do vírus SARS-CoV-2, que causa doença covid-19.
Desde 31 de dezembro de 2020 e até 08 de julho, foram administradas nos Açores 250.705 doses de vacinas contra a covid-19, havendo 129.190 pessoas com, pelo menos, uma dose (53,21% da população) e 121.515 pessoas com vacinação completa (50,05%), no âmbito do Plano Regional de Vacinação.
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Produtor de medicamentos Butantan tem interesse no mercado da África
O Instituto Butantan, produtor da CoronaVac no Brasil e investigador de uma nova vacina contra a covid-19 (ButanVac), venderá vacinas à América Latina e tem interesse no mercado africano, disse o governador de São Paulo, João Doria.
Em entrevista à Lusa, Doria explicou que a ButanVac, uma vacina contra a covid-19 em fase de testes cuja pesquisa e fabrico serão realizadas pelo Butantan, instituto de investigação científica ligado ao governo regional de São Paulo, será usada no plano de vacinação do estado que deverá começar em janeiro de 2022. Além disso, o medicamento tem interessados por parte de países da América Latina e São Paulo está disponível para negociar com países africanos.
“A ButanVac será uma vacina eficaz, segura e mais barata do que as demais, ela custará um quarto do que custa a mais barata vacina hoje disponível no mercado latino-americano”, afirmou o governador paulista.
Desenvolvida a partir de uma tecnologia similar a da produção das vacinas contra a gripe – medicamento que o Butantan é um dos maiores produtores globais -, a ButanVac iniciou teste de fase 2 e 3 no Brasil neste mês e ainda precisa concluir algumas etapas até ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador de medicamentos do país.
Questionado se países africanos procuraram o Butantan para obter informações sobre a Butantan, que tem um preço interessante para nações em desenvolvimento e com dificuldade de competir com países ricos no mercado global de vacinas, o governador paulista disse estar aberto a propostas e confirmou esperar que o medicamento seja aprovado em 2021.
Quanto a manifestações de interesse, Dória regista de “países da América Latina”, mas “países do continente africano ainda não. Se procurarem, o Butantan estará disponível para atendê-los. O Butantan já forneceu vacinas contra a gripe para vários países da África, incluindo os países de língua portuguesa. Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé já adquiriram vacinas contra gripe produzidos pelo Butantan”, explicou Doria.
Além da ButanVac, o Instituto também espera iniciar o fabrico de todas as etapas da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, cuja matéria-prima já é empacotada no Brasil.
“Nós teremos duas vacinas. A ButanVac produzida integralmente aqui, insumos e o envase, no Butantan (…) já temos envasadas 10 milhões de doses, até outubro teremos 40 milhões de doses aguardando apenas aprovação da Anvisa para disponibilizar a vacina”, contou o governador.
“Teremos também a [produção local da] CoronaVac, numa nova fabrica que está a ser finalizada (…) que já está com todos os equipamentos instalados e, a partir de janeiro, estaremos produzindo também a Coronavac no Brasil (…) Se houver esta procura, o Butantan certamente atenderá. Nós poderemos produzir em cada uma das duas fábricas um milhão de doses de vacinas por dia. São 2 milhões de doses por dia e ao final de um mês serão 60 milhões de doses”, acrescentou.
Doria contou que os presidentes de Cabo Verde, Jorge Fonseca, e de Moçambique,Filipe Nyusi, confirmaram presença na cerimónia de reabertura do Museu da Língua Portuguesa no Brasil, na cidade de São Paulo, no dia 31 de julho, e ao ser perguntado se o governo paulista pretendia levar os chefes de Estado africanos para conhecer as fábricas de vacinas do Butantan, respondeu afirmativamente.
“Esperamos que eles tenham tempo e oportunidade para fazer esta visita ao Butantan”, concluiu Doria.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar quase 550 mil vítimas mortais e mais de 19,5 milhões de casos confirmados de covid-19.
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Alemanha admite restrições para não vacinados para travar aumento de contágios
O ministro alemão Helge Braun admitiu hoje, numa entrevista a um jornal local, restrições para os não vacinados e liberdades apenas para pessoas com esquema de vacinação completo caso se mantenha a subida das infeções por covid-19.
“Os vacinados terão mais liberdades do que os não vacinados”, disse Braun, em declarações ao Bild am Sonntag.
O ministro alemão acrescentou que caso as infeções continuem a subir, os não vacinados terão que voltar a reduzir os seus contactos, ainda que prossiga a estratégia de testagem massiva à população.
“Tal poderá significar que idas a restaurantes, cinema ou estádios não sejam possíveis para não vacinados, ainda que tenham o teste negativo, porque o risco é demasiado grande”, afirmou.
A incidência semanal na Alemanha está atualmente nos 13,8 contágios por 100.000 habitantes, segundo os últimos datos do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia.
Embora o nível esteja-a ainda relativamente baixo, a tendência em alta preocupa as autoridades alemãs, depois de a 06 de julho a incidência semanal ter registado o seu nível mais baixo com 4,9 contágios por 100.000 habitantes.
O ministro defendeu ainda a manutenção da obrigação do uso de máscaras no transporte público, em espaços fechados e durante as aulas.
Braun teme que o aumento da incidência possa levar a que se produzam 100.000 contágios diários em setembro, com a abertura do ano escolar, e uma incidência semanal de 850 contágios por 100.000 habitantes.
Nas últimas 24 horas, a Alemanha contabilizou 1.387 novos contágios de covid-19 face aos 1.292 da semana anterior, numa altura em que cerca de 48,5% já recebeu o esquema de vacinação completo da vacina contra o coronavirus e 60,6% a primeira dose.
Desde o início da pandemia registaram-se, na Alemanha, 3.760.992 casos confirmados de coronavirus e 92.001 mortes relacionadas com a doença.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4,1 milhões de mortos em todo o mundo, entre mais de 192,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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No hospital militar de Belém, reaberto para assintomáticos, morreram 12 pessoas com Covid-19
Foi inicialmente apresentado como um centro de apoio clínico para doentes assintomáticos ou ligeiros, bem como para aqueles que não tivessem condições para se autoisolarem em caso de teste positivo, mas o Centro de Apoio Militar, instalado no antigo Hospital Militar de Belém, acabou por servir de verdadeiro hospital durante o pico da pandemia, entre janeiro e fevereiro deste ano, e ali morreram 12 pessoas.
A notícia é avançada na edição deste domingo do Diário de Notícias, com informações obtidas diretamente através do Estado-Maior do Exército.
O Hospital Militar de Belém encerrou em 2013 e foi recuperado em março de 2020 para instalar doentes ligeiros com Covid-19. O enorme investimento (acima dos 3 milhões de euros) para um reduzido número de camas (apenas uma centena) causou grande polémica, tendo sido até criticado pelo antigo Presidente da República Ramalho Eanes.
O Centro de Apoio Militar esteve em funcionamento durante um ano, entre março de 2020 e março de 2021. Durante esse período, passaram por lá 657 doentes (359 mulheres e 298 homens), com um idade média de 72 anos, disse ao Diário de Notícias o porta-voz do Exército. “Foram transferidos 76 doentes, recuperaram 569 e faleceram 12 doentes“, disse o porta-voz.
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Senado francês aprova passe sanitário com modificações
O Senado francês aprovou esta madrugada o passe sanitário, mas com modificações, como a isenção para menores e nas esplanadas de bares e restaurantes e estas alterações serão agora revistas juntamente com a Assembleia Nacional.
Os senadores introduziram diversas alterações ao projeto vindo da Assembleia Nacional, como a utilização do passe sanitário só até ao fim do estado de urgência sanitário, que vai durar até dia 31 de outubro.
O Senado quer que o passe sanitário não seja usado nos centros comerciais, por causa do acesso aos supermercados, nem nas esplanadas de bares e restaurantes. O passe sanitário também não deve ser aplicado a menores, segundo as alterações introduzidas pelos senadores.
Os senadores querem ainda que os jovens de 16 e 17 anos não precisem da autorização dos pais para se vacinarem. Também as medidas de isolamento obrigatório para os infetados foram aligeiradas.
A segunda câmara francesa quer ainda que a obrigatoriedade para todos os restantes locais públicos comece em 15 de setembro e não em 30 de agosto, como pede a Assembleia.
Os senadores e os deputados encontram-se esta tarde numa comissão mista para se concertarem em relação a estas alterações.
Desde o início da pandemia, França contabiliza 111.638 mortos entre 5,9 milhões de infetados.