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    Rui Rocha diz que Ventura “não está a dizer a verdade”. Pedro Nuno Santos critica Montenegro no caso das reuniões

  • As reuniões entre Montenegro e Ventura: o que se sabe, o que falta saber e tudo o que o líder do Chega disse sobre negociações

    André Ventura mudou o rumo da discussão do Orçamento do Estado ao revelar que esteve reunido várias vezes com o primeiro-ministro. O que se sabe sobre as reuniões em causa?

    As reuniões entre Montenegro e Ventura: o que se sabe, o que falta saber e tudo o que o líder do Chega disse sobre negociações

  • Ventura revela que foi ameaçado para não divulgar reuniões com Montenegro

    André Ventura recusa responder sobre Marcelo Rebelo de Sousa e aponta que foi alvo de “ameaças” e “insinuações”, nomeadamente através de “forças do regime” que diz existirem entre PS e PSD: “[Recebi] ameaças dizendo que se dissesse que tive reuniões com o primeiro-ministro estaria em risco a minha carreira política.”

  • Ventura: "Primeiro-ministro chegou-me a propor sair pela porta de trás" 

    A 23 de setembro, refere Ventura, “o primeiro-ministro chegou-me a propor sair pela porta de trás”.

    “O primeiro-ministro propôs-me um acordo para este ano, encontrou-se cinco vezes comigo para falar sobre entendimentos, aceitou que o Chega fosse para o Governo e nós não aceitámos porque só aceitávamos uma coisa de legislatura e não uma coisa de remendos”, aponta, sublinhando que Montenegro “decidiu fazer isto com o Chega e com o PS ao mesmo tempo”.

  • Ventura: "O que é que estaria a fazer na casa do primeiro-ministro numa segunda-feira às 10 horas da manhã?"

    Ventura diz que Montenegro, na questão da imigração, “discorda profundamente” da visão do Chega e do referendo e “não ia aceitar” — “Não estou aqui para mentir e vi nisso frontalidade”, atira.

    “Havia o pressuposto de começar a construir o caminho para um Orçamento que baixasse os impostos às empresas e famílias”, refere, sublinhando que “acordo de sustentabilidade não poderia ser para um ano”.

    “Queríamos acordo a quatro anos”, recorda, apontando que o primeiro-ministro “se mostrou sempre reticente” em aceitar as bandeiras do Chega, desde a corrupção à imigração e queria “acordo de remendo”.

    Questionado sobre a possibilidade de comprovar o conteúdo das reuniões, Ventura atira para o futuro: “Vamos deixar isso para o futuro.” E está crente de que haverá alguém do outro lado com “bom senso”.

    “[Primeiro-ministro] ontem veio rapidamente desmentir e hoje, quando confrontado, não quis falar”, afirma, recusando ter “ido lá falar do tempo”. “Estive cinco vezes com o primeiro-ministro. O que é que estaria a fazer na casa do primeiro-ministro numa segunda-feira às 10 horas da manhã?”

    André Ventura diz agora que os contactos foram sempre feitos pelo primeiro-ministro ou chefe de gabinete e que o “primeiro contacto” foi de Luís Montenegro. “Entre maio e setembro houve diversas reuniões e contactos entre mim e o primeiro-ministro”, reitera.

  • Ventura reconhece que foi "ingénuo" e diz que não aceitou acordo porque tinha de "ficar escondido"

    O líder do Chega reitera que o primeiro-ministro “partiu do pressuposto de que era à direita que o Orçamento devia ser aprovado porque o PS não é de confiança, que Pedro Nuno Santos é infantil e não serve”.

    Admite que talvez tenha sido “ingénuo” em acreditar em Luís Montenegro, mas explica que o primeiro-ministro lhe propôs um “acordo para este ano que englobasse a aprovação do Orçamento e que pouco a pouco se fosse tornando num acordo de governação, sem data e sem clareza”.

    A ideia era, diz Ventura, que “o Chega integrasse o Governo no próximo ano ou no início do próximo ano com uma reestruturação”, assumindo que estariam em cima da mesa cargos de ministros.

    “O Chega não aceitou porque sempre defendemos um acordo para quatro anos e porque nunca aceitaríamos um acordo que ficasse escondido dos portugueses até janeiro, fevereiro ou março, viabilizássemos Orçamento sem nenhuma justificação”, explica, acusando Montenegro de gostar de “jogos de escondidas e engano”.

  • Ventura garante que Montenegro lhe disse que "no PS não se pode confiar e que Pedro Nuno Santos não é de confiança"

    André Ventura esclarece que participou nessas reuniões porque achou que estava a contribuir para uma “solução de maioria à direita” e refere que Luís Montenegro lhe disse que “no PS não se pode confiar e que Pedro Nuno Santos não é de confiança”.

    “Eu acreditei nisto e segui a lógica de que estávamos a construir. Eu tive de enfrentar o meu eleitorado, a minha base de apoio e os deputados para dizer que estivemos a tentar construir uma solução que dignificasse o país à direita e vejo o primeiro-ministro a ir à televisão dizer que é tudo falso e que não quer o Chega para nada”, sublinha, frisando que “não é justo”.

  • Ventura diz que Governo pediu para que reunião fosse secreta: "Eu não sonho com acordos do Orçamento do Estado"

    André Ventura continua a desafiar Luís Montenegro a desmentir a existência da reunião: “Se o primeiro-ministro me vier desmentir, hoje não o fez, que venha desmentir.”

    “Eu não sonho com acordos do Orçamento do Estado”, atira, realçando que houve cinco reuniões e que o Governo pediu que fossem secretas: “Entendi que a pedido do Governo a reunião devia manter-se secreta. Entendi que estava a contribuir para uma solução de maioria à direita.” E questionado sobre se foi o Governo a pedir segredo, realçou: “Claro.”

  • Ventura diz que "tem forma de provar reunião" com Montenegro: "Acho que era desnecessário"

    André Ventura, presidente do Chega, considera que “hoje ficou claro que primeiro-ministro não quis desmentir que a reunião tivesse existido”. “Disse o dia, a hora e onde foi a reunião para deixar claro que a reunião tinha existido a um primeiro-ministro que diz que nunca falámos”, acrescenta — sendo que Montenegro contrariou um acordo.

    “Tenho forma de provar, acho que era desnecessário. Estou a dar ao primeiro-ministro a oportunidade de confirmar. Tenho forma de demonstrar quem me convocou e quem me pediu para lá ir”, atira, sugerindo que chefe de gabinete e funcionários podem confirmar.

  • Orçamento à PS, não é nunca ao Chega e apostas

    Vamos ter OE? “É tão socialista que custa haver tanta acrimónia” entre PS e AD. Pedro Nuno e Montenegro com jogadas que “só beneficiam Chega”. E ainda o plano para os média: “jeitinho” aos privados?

    Ouça aqui o Fora do Baralho

    Orçamento à PS, não é nunca ao Chega e apostas

  • "As meninas do Presidente" tratadas por "ordem de alguém superior" a Lacerda Sales. A audição da médica (que recentra as atenções em Belém)

    Neuropediatra que tratou as gémeas fala em “interferência do poder político” e revela a forma como as crianças eram conhecidas em Santa Maria. Teresa Moreno critica também pressão de Daniela Martins.

    “As meninas do Presidente” tratadas por “ordem de alguém superior” a Lacerda Sales. A audição da médica (que recentra as atenções em Belém)

  • Rui Rocha e Luís Montenegro reuniram-se em São Bento no dia 15 de julho — a mesma data revelada por Ventura

    Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, esteve reunido em São Bento com Luís Montenegro no dia 15 de julho, apurou o Observador. Em causa está a data revelada, esta sexta-feira, por André Ventura para a primeira reunião com o primeiro-ministro, onde, segundo o presidente do Chega, foi apresentado um acordo ao partido.

    Já no dia 23 de setembro, Rui Rocha também tinha sido recebido por Luís Montenegro no mesmo dia do que André Ventura, em São Bento, tal como confirmou na altura o Observador.

    A reunião a 15 de julho entre Montenegro e Ventura ainda não foi confirmada pelo Governo e Luís Montenegro recusou voltar a falar sobre o assunto, já depois de ter dito que as declarações do presidente do Chega são “mentira” e sinal de “desespero”.

  • Montenegro reage às críticas da comunicação social: "Estou muito à vontade para ser escrutinado e criticado"

    Luís Montenegro responde agora a perguntas sobre as declarações controversas que fez sobre o trabalho dos jornalistas. Dizendo várias vezes que nunca teve intenção de atacar o trabalho da comunicação social, o primeiro-ministro defendeu que o seu objetivo foi sempre apelar à valorização do papel do jornalismo. “Não insistam e contextualizam aquilo que foi dito. Não vale a pena incendiar um posicionamento que é muito claro e que é de respeito. Estou muito à vontade para ser escrutinado e criticado”, reiterou Montenegro.

  • Montenegro recusa comentar Ventura. "Já disse tudo o aquilo que tinha para dizer"

    Montenegro recusa comentar as últimas afirmações de André Ventura. “Já disse tudo o aquilo que tinha para dizer. O que o país espera é que nos foquemos no problema das pessoas. A minha missão é esta”, afirmou o primeiro-ministro à margem de um encontro com agricultores afetados pelos incêndios, em Albergaria-a-Velha.

  • Terminou a audição a Teresa Moreno

    Três horas e meia depois, terminou a audição à médica neuropediatra Teresa Moreno, que tratou as gémeas luso-brasileiras.

  • "Vêm aí as meninas do Presidente": o rumor ouvido no Santa Maria, revela a médica Teresa Moreno

    A médica que tratou as gémeas luso-brasileiras diz que as crianças eram designadas nos corredores do Hospital de Santa Maria “como as meninas do Presidente”, numa referência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

    “Vêm aí as meninas do Presidente”, dizia-se, revelou Teresa Moreno, garantindo que não sabe quem lançou “o rumor” dentro da unidade hospitalar.

  • Mãe das gémeas comprometeu-se a manter crianças em Portugal mas fazia viagens com filhas para o Brasil

    A médica neuropediatra Teresa Moreno revelou, em resposta ao deputado do Chega André Ventura, que Daniela Martins e as gémeas luso-brasileiras deslocaram-se ao Brasil, “por períodos de dois ou três meses, entre consultas”.

    Teresa Moreno sublinhou que as viagens eram justificadas pela mãe das gémeas com” questões familiares ou [as crianças] realizarem fisioterapia intensiva”. “Vinham com alguma facilidade”, disse a médica, em resposta a líder do Chega, que relembrou que Daniela Martins assinou um “termo de comprometimento” em que se comprometia a residir em Portugal com as filhas.

    “Houve algumas ausências prolongadas”, confirmou a médica, que ainda hoje acompanha as duas crianças, Maîte e Lorena.

  • "Residir no país é um fator incontornável para fazer esta medicação", defende médica que tratou as gémeas

    Em resposta ao deputado do PS João Paulo Correia, Teresa Moreno defendeu que a administração do Zolgensma implica uma vigilância clínica “apertada” e sublinhou que é indispensável que os doentes residam no país onde estão a ser tratados (o que não aconteceu no caso das gémeas luso-brasileiras).

    “Residir no país é um fator incontornável para fazer esta medicação. Fazer Zolgensma implica ir semanalmente ao hospital durante três meses, fazer análises e medicação. E implica um follow up [acompanhamento] de quatro anos, o que é muito difícil se residirem fora do país”, sublinhou a médica neuropediatra, acrescentando que “os efeitos secundários [da medicação] não surgem logo após a administração e portanto implica uma vigilância muito apertada”.

  • Médica diz que houve "interferência do poder político na parte médica" e revela que o mesmo já tinha acontecido noutra ocasião

    Teresa Moreno considera que o alegado pedido do secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, para marcar uma consulta para as gémeas luso-brasileiras foi uma “interferência do poder político na parte médica”, que “não faz sentido”.

    Em resposta ao deputado do PSD António Rodrigues, a médica neuropediatra revelou que já tinha havido uma interferência deste género “em agosto” de 2019 quando foi tratada a bebé Matilde e uma outra criança — embora não tenha dado mais pormenores sobre esses dois outros casos.

  • Médica nega "coação" para prescrever tratamento para as gémeas e diz que decisão foi meramente clínica

    A neuropediatra que tratou as gémeas luso-brasileiras negou que tivesse havido qualquer pressão e “coação” dos superiores hierárquicos do Hospital de Santa Maria para prescrever o fármaco Zolgensma para as crianças.

    “Os meus superiores não interferiram nunca na decisão de tratamento”, disse Teresa Moreno, garantindo ter aplicado os critérios clínicos. “Com as gémeas, usei os critérios que usei nas duas primeiras meninas” e noutros doentes, os critérios que se aplicaram “aos 36 doentes” tratados em todo o país” até agora, referiu.

    “Não me foi posta nenhuma coação”, sublinhou a médica.

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