Atualizações em direto
  • Novo corte nas taxas de juro? "Normal é que o Banco Central Europeu espere por dezembro"

    O economista Filipe Garcia considera que só se devem esperar novas mexidas nas taxas de juro no final do ano. “Até à reunião de outubro não teremos dados que permitam tomar uma decisão”.

    Ouça aqui a análise de Filipe Garcia, na Rádio Observador.

    Novo corte nas taxas de juro? “Normal é que o Banco Central Europeu espere por dezembro”

  • Lagarde deu "as boas-vindas" a novo governador espanhol (que até há pouco era ministro)

    A última resposta de Christine Lagarde, nesta conferência de imprensa, foi dada a um jornalista espanhol que lhe perguntou sobre o polémico caso do novo governador espanhol, Jose Luis Escrivá, que passou (diretamente) de ministro de Pedro Sánchez para governador do Banco de Espanha.

    “Demos-lhe as boas vindas, tal como outros governadores fez boas contribuições” para o debate, afirmou Christine Lagarde, fugindo à polémica nomeação de um ministro para o banco central, um órgão independente que deve escrutinar o governo de forma isenta.

    “Ministro de manhã, governador à tarde”. Sánchez criticado por passar ministro, diretamente, para o banco central

    A francesa acrescentou que espera de Escrivá faça o mesmo percurso que fazem “todos” os governadores, que é começarem por pensar muito na realidade do respetivo país mas, depois, assumir uma visão mais global para a zona euro. “Espero que continue a dar a sua visão sobre Espanha mas também ter uma perspetiva europeia”, afirmou a francesa, no encerramento desta conferência de imprensa.

  • Inflação abaixo da meta? Esse "é um risco ao qual temos de estar atentos", diz Christine Lagarde

    Christine Lagarde admite que há algum risco de que a inflação acabe por descer mais do que aquilo que o BCE prevê. Esse “é um risco ao qual temos de estar atentos“, diz a presidente da autoridade monetária, acrescentando: “por isso é que temos como alvo atingir aqueles 2%, de forma sustentável”.

    Esse é um risco maior já que Lagarde reconhece que os riscos para as perspetivas de crescimento “pendem para o lado negativo” – ou seja, é mais provável que venham a surpreender pela negativa do que pela positiva.

  • BCE vai descer mais os juros no futuro? Lagarde responde em castelhano: "Que sera, sera"

    Depois desta descida dos juros em setembro, os analistas (e jornalistas) tentam perceber se Christine Lagarde dá pistas sobre se é provável um novo corte em outubro.

    O que vai o BCE decidir no futuro? Lagarde responde em castelhano: Que sera, sera, olhando para o vice-presidente do BCE, o espanhol Luis de Guindos.

    A francesa assume, porém, que embora não haja decisões sobre a velocidade da redução das taxas de juro, é “bastante óbvia” a direção tendencial dos juros: é no sentido descendente.

  • Decisão de cortar (apenas) 25 pontos-base foi unânime, diz Lagarde

    O corte de 25 pontos-base na taxa de juro dos depósitos foi “uma decisão unânime” no Conselho do BCE, diz Lagarde em resposta à pergunta de uma jornalista que questionou a líder do BCE sobre porque não houve uma descida maior, de 50 pontos (meio ponto percentual).

    “Iremos continuar a olhar para os dados sob o prisma” dos principais critérios que o BCE usa para tomar as suas decisões, sobretudo as perspetivas para a inflação.

    Novas projeções confirmaram, em traços gerais, aquilo que se previa já em junho. Isso “dá-nos conforto na nossa confiança de que nos dirigimos para o nosso objetivo” de levar a taxa de inflação para os 2%.

    “Ao longo de 2025, em particular, a inflação vai caminhar para o nosso objetivo”, diz Lagarde.

  • "Taxas de juro irão continuar suficientemente restritivas, pelo tempo necessário", para inflação regressar aos 2%

    O Conselho do BCE está “empenhado na missão de garantir que a inflação irá regressar à meta de médio prazo, de 2%, em tempo oportuno”, diz Lagarde.

    A presidente do BCE garante que irá manter “as taxas de juro suficientemente restritivas pelo tempo necessário para atingir esse objetivo”.

    “O Conselho do BCE continuará a seguir uma abordagem dependente de dados, e reunião a reunião, para determinar o nível e a duração adequados da restrição” imposta pelas taxas de juro que estão, ainda, num nível elevado.

  • "É agora adequado dar mais um passo na moderação da restrição imposta pela política monetária", diz Lagarde

    Christine Lagarde já começou a conferência de imprensa onde poderá dar pistas sobre quão provável é que o BCE volte a baixar as taxas de juro em outubro. Antes disso, porém, a francesa lê, como é habitual, o comunicado que foi emitido há cerca de meia hora.

    “Com base na avaliação atualizada acerca das perspetivas para a inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a robustez da transmissão da política monetária, é agora adequado dar mais um passo na moderação da restrição imposta pela política monetária“, afirma a presidente do BCE.

  • Crescimento económico na zona euro revisto (ligeiramente) em baixa

    As projeções de crescimento económico na zona euro foram revistas (ligeiramente) em baixa, apontando-se agora para uma expansão económica de 0,8% neste ano de 2024, menos uma décima do que aquilo que se estimou em junho.

    Para os próximos anos, também há revisões (negativas) de uma décima: 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026.

  • BCE diz que "salários continuam a subir a um ritmo elevado"

    Os “salários continuam a subir a um ritmo elevado”, acrescenta o BCE, numa declaração que está a levar alguns analistas a considerar que torna mais improvável que haja uma nova descida em outubro.

    A subida dos salários, que tentam recuperar o poder de compra perdido mas podem subir mais rapidamente do que o crescimento da produtividade, tem sido um dos fatores que, para o BCE, têm maior influência na evolução da inflação. A tal “subida a ritmo elevado” dos salários está a fazer com que “a inflação interna continua num nível alto”, diz o BCE.

    Ainda assim, logo de seguida o BCE diz algo que parece um pouco contraditório quando afirma que “as pressões vindas dos custos laborais estão a moderar-se”. Por outro lado, as margens de lucro também estão a estreitar-se, o que está a compensar parcialmente o impacto dos salários mais elevados na inflação.

    “O Conselho do BCE não se compromete, à partida, com uma trajetória específica para as taxas de juro”, lê-se no comunicado.

  • Economistas do BCE preveem inflação abaixo de 2% em 2026. Inflação subjacente mais alta do que previsto

    Os economistas do BCE preveem, nas projeções trimestrais agora atualizadas, uma inflação abaixo de 2% em 2026.

    As novas projeções apontam para uma taxa de inflação média de 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026.

    “A inflação deverá aumentar novamente no final deste ano, em parte porque as anteriores quedas acentuadas nos preços da energia serão excluídas das taxas anuais”, afirma o BCE em comunicado. Depois, a “inflação deverá diminuir em direção ao nosso objetivo durante o segundo semestre do próximo ano”, antecipam os economistas.

    Para a inflação subjacente, aquela que exclui os preços da energia e dos alimentos não-processados (e dá um retrato mais fiel das pressões inflacionistas) “as projeções para 2024 e 2025 foram ligeiramente revistas em alta“, porque “a inflação nos serviços foi superior ao esperado”.

    Porém, os economistas “continuam a esperar um declínio rápido da inflação subjacente, de 2,9% este ano para 2,3% em 2025 e 2,0% em 2026”.

  • BCE confirma descida da taxa de juro em 25 pontos-base, para 3,5%

    O BCE confirmou, em comunicado, a descida da taxa de juro em 25 pontos-base, tal como era esperado pelos analistas, levando a taxa dos depósitos (a mais importante para a política monetária nesta fase) para 3,5%.

    A decisão vai ser explicada por Christine Lagarde em conferência de imprensa, a partir de Frankfurt, a partir das 13h45 (hora de Lisboa).

  • “Taxas de juro devem estabilizar entre 2,5% e 3%” nos próximos anos, antecipa Ricardo Reis

    Ricardo Reis, economista português ligado à London School of Economics, deu uma entrevista ao Observador onde também antecipa que o BCE deve, nesta quinta-feira, fazer mais uma pequena descida das taxas de juro, de 25 pontos-base.

    “É verdade que, relativamente a esta quinta-feira, parece ser um dado adquirido que vai haver um corte”, afirmou. “Justifica-se que assim seja, porque a inflação está perto dos 2% e não há, digamos, uma exuberância na economia ou sinais nos mercados financeiros que apontem para que a inflação esteja prestes a disparar outra vez. Sendo assim – e tendo em conta que as taxas de juro estão relativamente altas em relação ao que seria o habitual, ou o normal, para manter a economia e inflação inalterável – faz sentido cortar as taxas de juro”.

    Leia mais aqui sobre aquilo que Ricardo Reis antecipa para os próximos meses. “Neste momento parece-me que, tendo a conta as três reuniões que aí vêm, a minha expectativa é que não haja um corte em todas mas, digamos, descidas reunião sim e reunião não”.

    Bónus do Governo a reformados alimenta “atitude de pedinchice das pessoas em relação ao Estado”, avisa economista Ricardo Reis

  • Em agosto, Centeno disse que esta decisão seria "fácil" – mais "engraçado" será o debate em outubro

    Mário Centeno afirmou, numa entrevista à Bloomberg a 23 de agosto, que em setembro os membros do Conselho do BCE terão uma discussão “fácil” que deverá terminar com a tal descida dos juros em 25 pontos-base.

    Já a próxima reunião, em outubro, será um pouco mais “engraçada”, disse Centeno, já que se espera que os chamados “falcões” do BCE travem a possibilidade de haver, nessa reunião, mais uma descida – que seria a segunda consecutiva e a terceira no espaço de quatro reuniões de política monetária do BCE.

    Esta reunião irá contar com a divulgação de novas projeções macroeconómicas para a zona euro, que o “staff” de economistas do BCE atualiza a cada três meses.

  • Juros devem baixar para 3,5%. Taxas Euribor já anteciparam movimento

    Bom dia. Vamos acompanhar, através deste artigo liveblog, a conferência de imprensa protagonizada por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), que começa às 13h45 (hora de Lisboa).

    Meia hora antes, porém, será anunciada a decisão tomada pelo Conselho do BCE sobre a política monetária na zona euro. É quase um “dado adquirido” entre os analistas que será tornada pública mais uma decisão de baixar as taxas de juro em 25 pontos-base.

    A confirmar-se, a descida deverá levar a taxa dos depósitos, a mais importante para a política monetária do BCE nesta fase, para os 3,5%, um nível que o próprio banco central reconhece que ainda é um nível “restritivo” da atividade económica.

    A perspetiva de que o BCE esteja num ciclo, embora lento, de descida de taxas de juro já tem levado as taxas Euribor a descer para menos de 3% (no prazo a 12 meses), depois de terem superado os 4% na segunda metade de 2023, na altura de maior pressão para quem créditos indexados a estas taxas variáveis.

1 de 1