O antigo chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia na Crimeia foi detido por ser suspeito de “traição”, segundo o jornal ucraniano Kyiv independent.

O jornal cita o gabinete de imprensa daquele serviço, que diz que Oleh Kulinich, nomeado pelo Presidente ucraniano em outubro de 2020 e exonerado em março deste ano, vai ser acusado de vários crimes previstos no Código Penal da Ucrânia, incluindo traição.

Os ataques dos militares russos na Ucrânia durante as duas últimas semanas terão feito 100 a 150 vítimas civis, de acordo com as contas feitas pelo Pentágono.

Na sexta-feira, num briefing noticiado pelo The Guardian, um membro sénior das Forças Armadas norte-americanas revelou essa soma, dizendo ser “demasiado cedo” para determinar se a guerra chegou a um impasse.

“Acho que o que estamos a ver é uma conjugação de moral em baixo [dos russos] com força de vontade [dos ucranianos]”, resumiu.

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa pediu hoje à Rússia que “aceite a sua responsabilidade e coopere” no caso do derrube do avião MH17, que provocou a morte de 298 pessoas, há oito anos.

Josep Borrell afirmou que a guerra que a Rússia desencadeou “é uma memória dolorosa” do que ocorreu a 17 de julho de 2014, quando o avião da Malaysia Airlines que seguia de Amesterdão para Kuala Lumpur se despenhou após ter sido atingido por um míssil, quando sobrevoava o leste da Ucrânia, durante o conflito que culminou com a anexação da Crimeia.

Na véspera do aniversário, o chefe da diplomacia europeia reiterou o “pleno apoio” da União Europeia aos esforços que estão a ser feitos para “apurar a verdade e conseguir justiça” para as vítimas e suas famílias, permitindo que os responsáveis prestem contas.

Atualmente um tribunal dos Países Baixos está a julgar quatro suspeitos, três russos e um ucraniano, todos à revelia, pela sua alegada responsabilidade no derrube do avião, esperando-se uma sentença para finais deste ano.

O Ministério Público holandês considera-os culpados e pediu prisão perpétua para os quatro.

O problema foi o uso do z. Na quinta-feira, a supermodelo Irina Shayk, uma das antigas namoradas de Cristiano Ronaldo, fez uma publicação no Instagram que levou os internautas de acusá-la de ser pró-Putin. Nas InstaStories publicou a imagem de uma salada tipicamente russa, com a legenda “russianzz”. O uso do Z, que se tornou um símbolo da invasão russa da Ucrânia, foi imediatamente criticado.

Esta sexta-feira, a modelo russa explicou-se: “Às vezes, uma salada é apenas uma salada. Eu prometo, sem mensagens codificadas ou comentários políticos aqui. Desejo amor a todos.”

A Instastorie já não está disponível

A diferença entre os dois povos é clara. Os ucranianos mantém a dignidade, os russos vestem o papel de carrascos. Esta é uma das mais recentes teses defendidas por Volodymyr Zelensky e publicada pelo Presidente ucraniano na sua página oficial de Facebook.

“Definitivamente iremos reconstruir tudo o que foi destruído pelos ocupantes. Cada uma das mais de duas mil instituições de ensino — todas as creches, todas as escolas, institutos, universidades. E mais importante: iremos preservar a nossa humanidade e o nosso civismo. Já a sociedade russa, com tantos assassinos e carrascos, ficará mutilada por gerações, por sua própria culpa.”

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Zelensky: “Sociedade russa, com tantos assassinos e carrascos, ficará mutilada durante gerações”

As sanções do Ocidente têm tido vários efeitos sobre a economia da Rússia e este é apenas um deles. Devido à má colheita do ano, e à dificuldade de importar produtos, o McDonald’s russo vai ficar temporariamente sem batatas fritas no menu.

A Vkusno e Tochka (em português “Delicioso, ponto final”) que ficou com os restaurantes da cadeia depois de a McDonald’s ter abandonado a Rússia, prevê que durante os meses de verão os seus clientes fiquem sem batatas fritas. Deverão voltar aos menus no outono, depois da próxima colheita.

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Batatas fritas temporariamente retiradas do restaurante russo que substitui o McDonald’s

É o próprio Ministério da Defesa russo que revela, este sábado, as declarações de Sergey Shoigu. O ministro ordenou às tropas russas que “aumentem as ações” na Ucrânia.

Sem entrar em detalhes sobre o local e a data, o ministério adianta que Shoigu esteve no terreno a inspecionar tropas, tendo visitado um posto de comando russo na Ucrânia.

O novo balanço é do governador de Vinnytsia, Serhii Borzov, e foi feito na rede social Telegram. O número de mortos depois do ataque com um míssil russo, de 14 de julho, subiu para 24.

Borzov escreve que uma mulher, com 85% do corpo queimado, morreu no hospital este sábado e que quatro pessoas continuam desaparecidas. Nos hospitais, continuam a ser tratadas 68 vítimas, quatro delas crianças.

A informação foi avançada por Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos. Uma delegação russa terá viajado até ao Irão para uma apresentação de UAV (veículo aéreo não tripulado) com capacidade de ataque. A informação ainda está a ser avaliada pelos EUA.

No entanto, Jake Sullivan acredita que o Irão está a preparar-se para se tornar fornecedor da Rússia de drones com capacidade de ataque, daí este encontro num aeródromo. Além de estar pronto para entregar centenas de UAV, Teerão estará também disponível para treinar os militares russos.

“Tanto quanto sabemos, é a primeira vez que uma delegação russa visita este aeródromo para uma demonstração desse tipo”, argumentou o governante.

O exército russo estará a usar a central de Zaporíjia para armazenar armamento, além de estar a usar o local para disparar mísseis contra regiões vizinhas, denunciou um funcionário da agência nuclear ucraniana, a Energoatom. A notícia é avançada pela agência France-Presse.

Embora esteja sob controle russo praticamente desde o início da invasão, a central continua a ser operada por ucranianos.

“Os ocupantes trazem as suas máquinas, incluindo sistemas de mísseis, que usam para bombardear o outro lado do rio Dnipro e o território de Nikopol”, afirmou Pedro Kotin.