O Secretário-geral da NATO, Mark Rutte, deixou uma mensagem a Vladimir Putin, indicando que a Aliança fará “tudo o que for necessário para garantir que a Ucrânia prevalece” no conflito, cita a Reuters.

“Somos a NATO, uma aliança defensiva… Não estamos interessados em capturar nenhuma parte de outro país fora do território da Aliança”, afirmou Rutte, numa entrevista na Alemanha, para uma ação de coordenação dos apoios ocidentais para Kiev.

“Enquanto aliança democrática, a mais forte aliança militar da história mundial, ao serviço de mil milhões de pessoas, estamos prontos a enfrentar qualquer ameaça”, assegurou o Secretário-geral.

• Ucrânia prepara-se para ataques russos contra infraestrutura energética no outono e inverno.
• Conselheiro da Presidência da Ucrânia nega acusações de pressão sobre jornal Ukrainska Pravda.
• Músico Jared Leto é criticado pelo governo ucraniano por manifestar vontade de tocar na Rússia.
• Rússia e China fortalecem parceria militar em reunião de alto nível.
• Irão nega fornecimento de mísseis balísticos à Rússia e acusa o Ocidente de propagar informações sem provas.
• Emails com ameaças de bomba são atribuídos a investigação sobre serviços de segurança russos.
• Ucrânia pede ao Brasil para cumprir mandado de prisão contra Putin caso o Presidente russo participe na Cimeira dos G20.
• Rússia lança ataque com mísseis na cidade ucraniana de Mykolaiv, deixando uma vítima mortal e 16 feridos.
• Carro armadilhado explode em Moscovo, Rússia, deixando pelo menos três feridos.
• Zelensky alerta para o envolvimento efetivo da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia após reforço da aliança com a Rússia.

A Ucrânia prepara-se para ataques russos contra a sua infraestrutura energética durante o outono e o inverno.

“Com o início da ‘estação de aquecimento’ [os meses mais frios do ano], podemos esperar ataques russos maciços no setor da energia”, alertou Oleksandr Lytvynenko, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, segundo o Kyiv Independent.

⚡️Russia may resume strikes on Ukraine's energy sector in autumn, winter, official warns.

Ukraine is preparing for mass Russian attacks against energy infrastructure during autumn and winter months, National Security and Defense Council Secretary Oleksandr Lytvynenko said on…

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) October 15, 2024

O conselheiro de Volodymyr Zelensky para a área da comunicação, Dmytro Lytvyn, rejeitou esta terça-feira as acusações do jornal ucraniano Ukrainska Pravda sobre alegadas pressões exercidas pelo governo de Kiev sobre aquele jornal.

Em declarações citadas pelo Kyiv Independent, Lytvyn — apontado pelo Pravda como o protagonista dessas pressões — classifica as acusações como uma “história incorreta”.

“É impossível fazer uma refutação eficaz desta história. Quando dizes que não fazes uma coisa, quem acredita, se há tanta a gente a dizer o oposto?”, questionou Lytvyn. “A história é muito incorreta. Dizem coisas abstratas e tenho de as refutar como se dissessem coisas concretas.”

Jornal Ukrainska Pravda acusa gabinete de Zelensky de pressões políticas

Lytvyn tamvém afirmou que, em três anos de guerra, o Ukrainska Pravda nunca lhe pediu comentários ou respostas.

Na semana passada, o jornal acusou o governo de Kiev de impedir os seus jornalistas de contactar com figuras do executivo e de participar em eventos, bem como de exercer pressão sobre várias figuras políticas e empresários para que não contactem com aquele jornal.

O Pravda acusou mesmo o executivo de Zelensky de tentar “influenciar” a “política editorial” do jornal.

O ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov, reuniu-se esta terça-feira com o vice-presidente da Comissão Militar Central da China, Zhang Youxia, para “discussões muito substanciais” sobre a parceria militar entre os dois países.

“Os departamentos militares da Rússia e da China estão unidos na sua avaliação dos processos globais e têm um entendimento comum sobre o que é necessário fazer na atual situação”, diz o ministro da Defesa russo numa nota citada pela Reuters.

Os dois países estão aprofundar a sua “parceria estratégica”, acrescentou o ministro, mostrando-se confiante num “trabalho frutífero” e na “adoção de decisões significativas e de peso” num futuro próximo.

De acordo com a mesma agência de notícias, o Ministério da Defesa da China confirmou, depois da reunião, que os dois países estão a trabalhar no sentido de aprofundar e alargar as suas relações militares.

A reunião, que decorreu em Pequim, acontece num momento em que continuam a escalar as tensões entre a China e Taiwan.

O Irão negou esta terça-feira ter fornecido mísseis balísticos à Rússia, acusando o Ocidente de propagar essa tese “sem provas”.

De acordo com a Reuters, a informação foi difundida pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baghaei, através das redes sociais.

Baghaei falava em reação à decisão anunciada na segunda-feira pela União Europeia de impor novas sanções ao Irão, visando concretamente entidades e pessoas envolvidas na transferência de mísseis balísticos e drones iranianos para a Rússia.

Três companhias aéreas, duas fornecedoras e um ministro: União Europeia anuncia 14 novas sanções ao Irão

“Alguns países europeus e o Reino Unido, infelizmente, alegaram, sem provas, que o Irão interveio militarmente neste conflito, algo que é totalmente refutado”, escreveu o porta-voz da diplomacia iraniana.

Uma investigação conduzida pela organização Radio Free Europe/Radio Liberty (RFE/RL) sobre os serviços de segurança russos terá desencadeado os emails com ameaças de bomba recebidos por embaixadas ucranianas, incluindo a de Lisboa, escolas e meios de comunicação.

De acordo com o Kyiv Independent, o remetente do email alegou representar um “grupo terrorista” e disse que os três jornalistas que fizeram a investigação da RFE/RL deveriam considerar-se responsáveis pelo “ataque”.

O nome do grupo mencionado no email, que sugeria que as embaixadas e escolas estavam armadilhas com explosivos que seriam acionados remotamente, coincide com o de um canal de Telegram que publica apelos para incendiar carros pertencentes a militares ucranianos.

A investigação da Radio Free Europe/Radio Liberty foi publicada no passado dia 10 de outubro e mostrou a forma como os serviços de segurança russos recrutam ucranianos, incluindo menores, para levar a cabo ações de sabotagem, nomeadamente incendiar carros de militares da Ucrânia.

O Procurador-Geral da Ucrânia, Andriy Kostin, diz esperar que o Brasil cumpra o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Vladimir Putin, caso o Presidente russo decida ir ao Rio de Janeiro para participar na Cimeira dos G20, agendada para 18 e 19 de novembro.

Em entrevista à Reuters, Andriy Kostin, disse ter informações que apontam para a possibilidade de Putin marcar presença na cimeira, acrescentando que se tal acontecer “é uma obrigação das autoridades brasileiras, como Estado signatário do Estatuto de Roma, prendê-lo”.

If Putin dares to travel to Brazil for the #G20 summit, it is the obligation of Brazilian authorities, as a state party to the Rome Statute, to arrest him. Spoke about it to @anotherdeutsch at @Reuters (https://t.co/oZ4j3a6aU5).

I sincerely hope that should such a visit occur,…

— Andriy Kostin (@AndriyKostinUa) October 14, 2024

“Espero sinceramente que o Brasil cumpra o mandado de prisão, reafirmando seu status de democracia e Estado de direito”, concluiu.

O mandado do TPI foi emitido cerca de um ano após a invasão em da Ucrânia, estando o Presidente russo acusado de crimes de guerra por deportação de crianças.

A Rússia lançou um ataque com mísseis durante a noite na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, provocando a morte de uma mulher e ferimentos em 16 pessoas.

Os mísseis S-300 atingiram a cidade por volta das 2h30 locais (menos duas horas em Lisboa), segundo informou na sua conta de Telegram o governador da região, Vitaly Kim. O ataque provocou estragos “numa instalação industrial, num complexo de restaurantes, em lojas, em prédios residenciais e em vários carros”.

Um carro armadilhado explodiu esta manhã no sudoeste de Moscovo, na Rússia, e fez pelo menos três feridos, incluindo uma criança. A notícia está a ser avançada pela agência estatal TASS, que cita autoridades russas.

Um dia depois de ter alertado para a “crescente aliança” entre a Rússia e a Coreia do Norte, Volodymyr Zelensky disse que os planos de Moscovo para este outono e inverno incluem o “envolvimento efetivo” de Pyongyang na guerra na Ucrânia.

As “intenções russas” para o outono e o inverno foram transmitidas ao Presidente da Ucrânia pelos serviços de informação ucranianos durante uma reunião. No seu discurso diário desta segunda-feira, Zelensky disse também ter sido informado acerca das “relações da Rússia com outros países que, infelizmente, estão a investir no prolongamento da guerra”.

No domingo, o líder ucraniano já tinha alertado que a Rússia e a Coreia do Norte estavam a aprofundar a sua aliança, alegando que forças coreanas estavam a ser enviadas para a linha da frente na Ucrânia: “Já não se trata apenas de transferir armas. Trata-se, na verdade, de transferir pessoas da Coreia do Norte para as forças militares de ocupação”, afirmou.