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Casa Branca sugere que Putin pode ser responsável pela morte de Prigozhin

• Putin confirmou que não vai marcar presença na cimeira do G20, que vai decorrer já no próximo mês de setembro.
• A ONU denunciou que foi atingido um novo marco na repressão da liberdade de expressão na Rússia, com a rejeição pelo Tribunal Constitucional de objeções à lei que pune “ações públicas destinadas a desacreditar” as Forças Armadas.
• Dmytro Kuleba, chefe da diplomacia ucraniana, exigiu o fim do veto às importações dos seus cereais no leste da União Europeia, que termina no próximo mês. Hungria, Polónia, Bulgária, Roménia e Eslováquia anunciaram a sua intenção de prolongar o veto até ao final do ano.
• Zelensky reuniu com membros do governo e das chefias militares ucranianas. Durante o encontro foram analisadas possíveis medidas para “proteger as infraestruturas críticas de energia” da Ucrânia.
• O Ministério da Defesa russo disse ter intercetado dois drones de fabrico norte-americano a sobrevoar a península ocupada da Crimeia.
• Em entrevista à RTP, Zelensky elogiou a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Ucrânia. “É uma pessoa com muito carismo”, disse o Presidente ucraniano.
• A ONG Grupo de Proteção dos Direitos Humanos de Kharkiv disse hoje que as autoridades russas levaram para a Rússia mais de mil crianças de Mariupol, em 2022, durante a ocupação pelas tropa de Moscovo.
• A Casa Branca disse estar confiante de que Prigozhin morreu mesmo na sequência da queda do avião, na semana passada. Durante o atual briefing à comunicação social, Karine Jean-Pierra, porta-voz da Casa Branca, disse, no entanto, não existirem ainda informações sobre as causas da queda do avião.
• O Papa Francisco está a ser alvo de críticas pelo que algumas pessoas entenderam como elogios ao legado da “Grande Mãe Rússia”, durante um encontro de jovens católicos em São Petersburgo. O líder da Igreja Católica instou os jovens russos a não esquecerem a herança do império russo, numa declaração que não caiu bem junto de vários críticos da narrativa imperialista do Kremlin, usada para justificar atos como a invasão da Ucrânia. Em causa estão as palavras de Francisco durante o encontro da Juventude Católica russa, que decorreu na passada sexta-feira. Na sua intervenção à distância, o Papa lembrou a história imperial russa.

A Casa Branca disse estar confiante de que o Yevgeny Prigozhin morreu mesmo na queda do avião que, alegadamente, transportava o líder do grupo Wagner na passada semana.

No habitual briefing à comunicação social, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, respondeu à questão sobre se Washington já conseguiu determinar a veracidade dos relatos vindos da Rússia, que davam conta da morte do líder do grupo Wagner.

“Estamos cada vez mais confiantes de que Prigozhin morreu no desastre de avião do dia 23 de agosto, na passada quarta-feira”, afirmou Jean-Pierre, citada pela FOX News. A porta-voz acrescentou, no entanto, que os serviços de informação norte-americanos, não têm para já, novidades no que diz respeito às causas da queda do avião.

Uma pessoa morreu e três outras ficaram feridas na sequência de um ataque russo em Donetsk com recurso a bombas de fragmentação.

A denúncia foi feita no Telegram, numa publicação do gabinete do Procurador regional de Donetsk, que afirma que o ataque russo visou uma zona residencial.

“Uma mulher de 39 anos foi morta por um projétil inimigo quando se encontrava a realizar tarefas domésticas no seu quintal”, pode ler-se na publicação, citada pelo jornal Kyiv Independent.

Além da vítima mortal, três idosos, com idades entre os 72 e os 88 anos, sustiveram ferimentos e cortes como resultado do ataque, e tiveram de ser hospitalizados.

As autoridades russas levaram para a Rússia mais de mil crianças ucranianas de Mariupol, cidade no sudeste da Ucrânia destruída e ocupada pela invasão russa em 2022, segundo dados hoje divulgados por uma organização não-governamental (ONG).

Os dados foram avançados por Mykola Komarovskyi, advogado do Grupo de Proteção dos Direitos Humanos de Kharkiv, leste da Ucrânia, durante a apresentação de uma petição ao Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre genocídio de pessoas em Mariupol durante a invasão russa, no centro de imprensa da agência noticiosa ucraniana Ukrinform.

“Em relação a esta petição, todos os dados sobre a deportação de crianças são retirados de fontes abertas. Atualmente é difícil indicar o número exato, porque, com base em algumas publicações [nos meios de comunicação social russos], estamos a falar de mais de mil crianças. No entanto, é muito difícil dizer qual o número exato para a cidade de Mariupol. Mas sabemos desses casos”, disse o representante do Grupo de Kharkiv, uma das mais antigas ONG de direitos humanos da Ucrânia.

Volodymyr Zelensky esteve hoje reunido com vários representantes do complexo militar-industrial ucraniano, com vista a discutir medidas para o aumento da produção de armamento na Ucrânia.

Na sua habitual comunicação ao país, o Presidente ucraniano confirmou que manteve conversas com o ministro das Indústrias Estratégicas do país, bem como os líderes da Ukroboronprom, a associação da indústria de defesa, e donos de fábricas de produção domésticas.

“Estamos a maximizar a nossa capacidade de produção. A Ucrânia pode fazê-lo. O financiamento existe. A nossa indústria de defesa vai apresentar resultados melhores”, garantiu Zelensky.

Na sequência da visita de Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente ucraniano disse que o seu homólogo português “é uma pessoa com muito carisma”. “Sente a voz do povo, não só do seu povo, tal como sentimos e vimos, mas também do nosso povo. Isso foi muito importante”, acrescentou Zelensky, em entrevista à RTP.

“No dia da Independência da Ucrânia, o Presidente tentou falar ucraniano, não esteve mal, tinha algum sotaque, mas penso que isso é uma questão de tempo. Em qualquer caso, isso significa respeito pela Ucrânia da parte dele e nós apreciamos muito“, disse o Presidente ucraniano, sobre o discurso que Marcelo Rebelo de Sousa fez, na Ucrânia, em ucraniano. “Não me surpreendeu, gostei imenso.”

Durante a entrevista, o Presidente ucraniano explicou ainda que os caças F-16 deverão chegar no início do próximo ano, avisando, no entanto, que a ajuda anunciada até agora não chega.

Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se esta semana na cidade espanhola de Toledo para discussões informais sobre o apoio à Ucrânia e o golpe de Estado no Níger.

Entre terça e quarta-feira, os ministros da Defesa dos 27 reúnem-se para avaliar o apoio político-militar dado à Ucrânia, um ano e meio depois do início da invasão russa. A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, também participa na reunião.

Já na quinta-feira, os ministros com a pasta da diplomacia dos Estados-membros da UE participarão numa reunião informal, apelidada de “Gymnich”, aludindo ao castelo alemão onde decorreu a primeira destas reuniões. O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, participa na reunião

A discussão em Toledo vai centrar-se em como é que os Estados-membros da UE podem ir mais longe no apoio ao país invadido. O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP) já foi acionado sete vezes para apoiar a Ucrânia, totalizando quase seis mil milhões de euros. Uma oitava parcela de 500 milhões de euros aguarda aprovação, que poderá ocorrer durante estas reuniões.

Em simultâneo, os ministros deverão discutir a contraofensiva ucraniana, que começou há poucos mais de dois meses, pelo que é provável que os ministros recebam feedback do ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, como aconteceu em reuniões anteriores.

O Ministério da Defesa russo disse ter intercetado hoje dois drones de fabrico norte-americano a sobrevoar a península ocupada da Crimeia.

Numa publicação no Telegram, o Kremlin afirmou que as aeronaves — um MQ-9 “Reaper” e um RQ-4 “Global Hawk” — estariam a levar a cabo uma missão de reconhecimento na área da península, anexada pela Rússia desde 2014.

O ministério acrescentou ainda que, “a fim de evitar uma possível violação da fronteira estatal da Federação Russa”, dois caças levantaram voo e intercetaram os drones, que “mudaram a direção de voo e deixaram as áreas de reconhecimento aéreo”.

Volodymyr Zelensky revelou esta tarde ter estado reunido com membros do governo e das chefias militares ucranianas.

No X, antigo Twitter, Zelensky disse que a reunião serviu para analisar possíveis medidas para “proteger as infraestruturas críticas de energia” da Ucrânia, à medida que se aproximam os meses de Inverno, bem como para discutir a “transição futura para novos tipos de aeronaves”, numa altura em que a Ucrânia já sabe que vai receber caças F-16 de alguns países aliados.

A Staff meeting.

Today, maximum attention is being paid to offensive actions and providing the front with weapons and everything necessary. Reports from Commander-in-Chief Zaluzhny, Commanders Syrskyi and Tarnavskyi.

Implementation of the plan to protect critical and energy…

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 28, 2023

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, instou esta segunda-feira em Praga ao não-prolongamento nos países do leste da União Europeia (Hungria, Polónia, Bulgária, Roménia e Eslováquia) do veto temporário às importações de cereais ucranianos que termina no próximo mês.

“Somos claramente contra [o prolongamento dessa proibição de importar cereais]”, disse Kuleba numa conferência de imprensa, após reunir-se com o seu homólogo checo, Jan Lipavsky.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia referia-se à intenção dos cinco países citados de prolongar até ao final do ano a proibição de importar cereais ucranianos livres de taxas aduaneiras.

Esses produtos agrícolas ucranianos estavam a ficar nos mercados desses cinco países a preços consideravelmente mais baixos que aqueles que os produtores locais podem praticar, em vez de chegarem a outros Estados-membros da União Europeia (UE) ou a países terceiros não-comunitários.

O veto, concedido pela UE na passada primavera, implica que os cereais ucranianos podem transitar pela Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia (mas não ser neles vendidos) para serem comercializados noutros Estados-membros ou dirigir-se para países ou territórios extracomunitários.

Dmytro Kuleba considerou que a proibição “viola o tratado de associação UE-Ucrânia e, sobretudo, vai contra o princípio da solidariedade que é a pedra angular da UE”.

Especialistas da ONU denunciaram esta segunda-feira que se atingiu um novo marco na repressão da liberdade de expressão na Rússia, com a rejeição pelo Tribunal Constitucional de objeções à lei que pune “ações públicas destinadas a desacreditar” as Forças Armadas.

A decisão da Justiça russa “silenciará todos aqueles que expressem opiniões críticas sobre a guerra na Ucrânia”, sustentaram vários especialistas das Nações Unidas, após indicarem que na Rússia foram detidas quase 20.000 pessoas por terem protestado contra aquela agressão militar, em curso há 18 meses.

Outras 7.000 pessoas foram detidas por ações que alegadamente “desacreditaram” as Forças Armadas russas.

A lei foi aprovada pouco depois da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, e os especialistas transmitiram ao Governo russo vários documentos expressando as suas preocupações em relação ao diploma, que também já tinham anteriormente criticado em público.

A diferença agora é que a mais alta instância judicial do país bloqueou de forma praticamente definitiva a possibilidade de revogação dessa lei.

O Tribunal Constitucional russo pronunciou-se em 24 casos, indeferindo todos porque questionavam a constitucionalidade da lei, em função da sua própria interpretação do que é “o dever do cidadão de defender a pátria” e de princípios vagos, como o do “respeito aos defensores da pátria”.

Estão desfeitas as dúvidas. Vladimir Putin não irá viajar até à Índia para assistir à cimeira do G20.

A informação foi avançada pela agência Reuters, que terá tido acesso a detalhes de uma conversa telefónica que ocorreu esta manhã entre Putin e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na qual o líder russo confirmou que não estará na cimeira, que ocorre em setembro.

À semelhança do que aconteceu em 2022, na Indonésia, a Rússia fará representar-se pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov. Em comunicado, o governo indiano confirmou a a não-presença de Putin, dizendo “compreender a decisão da Rússia”.

A possível presença do Presidente russo teria sido a primeira vez que Putin estaria frente-a-frente com os principais líderes ocidentais desde o início da invasão da Ucrânia.

• A Polónia e os países a bálticos ameaçam fechar fronteiras com a Bielorrússia caso aconteça um “acidente crítico” que envolva os mercenários do Grupo Wagner. O aviso foi feito pelo ministro do Interior polaco, Mariusz Kaminski.
• Sergei Lavrov e o seu homólogo turco, Hakan Fidan, vão reunir-se em Moscovo “num futuro próximo. O tema do encontro entre os dois ministros de Negócios Estrangeiros será o acordo de exportação de cereais no Mar Negro, ao qual a Turquia quer fazer a Rússia regressar.
• Putin vai receber Erdogan na Rússia no dia 8 de setembro
• De acordo com porta-voz do Kremlin, o presidente russo enviou as condolências à família de Yevgeny Prigozhin e ainda não existem ainda detalhes acerca do funeral do líder do grupo Wagner — incluindo se o Chefe de Estado russo marcará presença na cerimónia.
• A Rússia produz mais armas do que aquelas de que necessita, garante o ex-primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, através do canal oficial de Telegram.
• A Rússia destruiu 27 drones ucranianos nas últimas 24 horas, segundo o tenente-general da Força Aérea russa, Igor Konashenkov, citado pela Tass.
• Katalin Novak, Presidente da Hungria, encontrou-se com o Papa Francisco no dia 25 de agosto no Vaticano e contou que a guerra na Ucrânia esteve no epicentro da conversa e o Vaticano está empenhado em chamar a atenção de países mais distantes para o conflito na Ucrânia.
• Os países que tenham dado apoio à Ucrânia não o vão manter caso Kiev decida estender o combate para o território russo, disse Zelensky em entrevista.
• O Presidente da Ucrânia admitiu hoje um impulso político para conseguir a desmilitarização russa da Crimeia, abrindo um caminho político para resolver a situação daquele território, anexado em 2014 por Moscovo.
• A administração política central de Vladimir Putin decidiu quem irá ser o rival do atual presidente nas eleições presidenciais de 2024. Um dos critérios da seleção dos futuros representantes dos partidos é a idade, para que Putin não pareça muito velho.
• Novos ataques durante a noite em cidades ucranianas resultaram em quatro mortos e sete feridos. As autoridades dão conta de um morto e dois feridos em Kherson e de três mortos, cinco feridos e uma pessoa desaparecida em Poltava.
• Autoridades russas afirmam ter destruído três drones durante a madrugada desta segunda-feira. Um estaria a aproximar-se de Moscovo e os outros dois foram abatidos na fronteira com a Ucrânia, em Bryansk.

O Presidente da Turquia e o Presidente da Rússia planeiam encontrar-se no dia 8 de setembro, na Rússia, de acordo com a agência Bloomberg.

O objetivo do encontro entre Erdogan e Putin será discutir a questão dos cereais. O plano é que, logo após essa reunião, Erdogan seguirá para o encontro do G-20 em Nova Deli.

Quem o diz é Charles Michel, presidente do Concelho Europeu, a partir do Fórum estratégico de dois dias que arrancou esta segunda-feira na cidade de Bled, na Eslovénia, focado “solidariedade para a segurança global”.

“Acredito que devemos estar prontos até 2023 para alargar”, afirmou, considerando, o plano “ambicioso, mas necessário” — acrescentando, ainda, que demonstra seriedade.

De acordo com porta-voz do Kremlin, o presidente russo enviou as condolências à família de Yevgeny Prigozhin e ainda não existem ainda detalhes acerca do funeral do líder do grupo Wagner — incluindo se o Chefe de Estado russo marcará presença na cerimónia.

“O Kremlin ainda não tem informações sobre o formato e a data do funeral de Prigozhin, por isso não há resposta à questão sobre se Putin comparecerá”, informou Dmitry Peskov, em declarações aos jornalistas, em conferência de imprensa, citado pelo The Guardian.

“Estas decisões são sempre tomadas com os familiares e baseiam-se, antes de mais, nos desejos dos familiares”, acrescentou Peskov, na sua conferência de imprensa diária, referindo que, quando houver uma decisão, “ela será tornada pública”, disse ele.

Grupo Wagner. Dividido ou unido em torno de um novo líder: como será a vida para lá de Prigozhin?

O líder do grupo Wagner morreu vítima da queda do jato privado em que seguia na passada quarta-feira. Recorde-se que Prigozhin foi já o braço direito de Putin, antes de liderar uma rebelião armada contra Moscovo. As duas figuras mantinham relações muito próximas há várias décadas.

Segundo canais do Telegram próximos do Grupo Wagner, a despedida de Prigozhin acontecerá amanhã, terça-feira, em São Petersburgo, sua cidade natal. Possivelmente, o funeral contará com a presença apenas do círculo íntimo do indica de Wagner, indica o canal VCHK-OGPU.

*com Lusa