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    Zelensky diz que Ucrânia precisa de “tantas armas quantas as que os russos possuem”. Sem elas, não é possível “avançar de forma vigorosa”

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde e noite?

    Boa noite.

    Deixamos-lhe aqui um resumo dos principais desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia, nas últimas horas.

    Mapa atualizado pela última vez a 6 de junho

    • Os conflitos em Severodonetsk mantêm-se de forma “feroz”, afirmou o autarca da cidade, segundo a BBC. Esta manhã tinha sido noticiada a reconquista de parte da cidade às forças de ocupação russas. O autarca garantiu que as tropas ucranianas não se renderão em Severodonetsk.
    • A propósito de Severodonetsk, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as forças ucranianas que defendem a cidade estão a “manter a posição” apesar dos ataques de tropas de Moscovo, mas os russos são “mais numerosos e mais poderosos”.
    • Zelensky também afirmou esta segunda-feira que uma task force ligada aos serviços de informação do Ministério da Defesa está a liderar as negociações de trocas de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia. O primeiro passo foi garantir a saída dos resistentes ucranianos de Azovstal com vida, e a segunda etapa passa por garantir o seu regresso — igualmente com vida — para a Ucrânia.

    • Ainda sobre Azovstal, dezenas de corpos de resistentes ucranianos da fábrica de Mariupol terão sido entregues a Kiev. Segundo a Associated Press, citada pela BBC, os cadáveres estarão a ser identificados através de testes de ADN.

    • Mariupol é, por esta altura, praticamente inabitável por causa do cheiro dos cadáveres que abrange toda a cidade, explicou o conselheiro da autarquia, Petro Andriushchenko. “Aterros sanitários no centro da cidade, morgues nos centros comerciais e cadáveres debaixo dos escombros. (…) A cada dia que passa o calor aumenta, e [os cadáveres] aumentam o odor, com cada vez mais moscas”, descreveu.

    • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que as forças russas responderão caso o Reino Unido e os EUA enviem mísseis de longo alcance para a Ucrânia. “Quanto maior o alcance das armas que o Ocidente fornecer, maior será o avanço russo sobre a linha através da qual os neonazis podem ameaçar a Federação Russa”, disse o ministro à BBC.

    • O governo italiano convocou a presença do embaixador russo no país em consequência das críticas de Moscovo da cobertura noticiosa da guerra em Itália. Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Itália, citado pela Sky News, rejeitou “as insinuações em relação ao alegado envolvimento dos media do nosso país numa campanha anti-russa”.
    • Dois navios petrolíferos russos transferiram crude no Atlântico, a 300 milhas náuticas da Madeira. Esta troca de crude ocorreu entre 26 e 27 de maio, a cerca de 100 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa.
    • O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, rejeitou nas Nações Unidas a impunidade para os crimes de guerra “vergonhosos” cometidos pela Rússia na Ucrânia e defendeu que a “propaganda russa” tem de acabar.
    • Um tribunal norte-americano emitiu uma ordem de apreensão de dois aviões privados de Roman Abramovich avaliados em 400 milhões de dólares — cerca de 374,2 milhões de euros — por violar as sanções dos EUA.
    • A Rússia e a Turquia chegaram a um acordo preliminar, com mediação da ONU, para desbloquear a exportação de cereais ucranianos através de um corredor no Mar Negro, a partir do porto de Odessa. Mas a Ucrânia, que não participou nas negociações desta segunda-feira, não está de acordo em todos os pontos. Um deles é a exigência, que Moscovo quer ver inscrita, de inspecionar todos os navios para evitar o tráfico de armas.
    • A Ucrânia criou um campo de prisioneiros no ocidente do país para alojar as tropas russas que não sejam trocadas no futuro próximo, explicou a Interfax Ukraine.

  • Zelensky: "Quanto mais falarmos sobre a Ucrânia em todo o mundo, mais cedo poderemos acabar com a guerra"

    Esta segunda-feira, no seu habitual discurso diário, Zelensky salientou a importância da cobertura noticiosa da Ucrânia. “Pela atenção à Ucrânia, para que a nossa luta pela liberdade não diminua, todos devem continuar a falar sobre o que se passa. Por favor, partilhem a informação, apoiem as nossas necessidades.”

    “Claro que isto aplica-se fundamentalmente aos jornalistas. Hoje [segunda-feira e Dia Nacional do Jornalista na Ucrânia], apelo a que [os jornalistas ucranianos] não fiquem presos ao contexto interno ucraniano. Quanto mais falarmos sobre a Ucrânia em todo o mundo, mais cedo poderemos acabar com a guerra e libertar o nosso país.”

    O líder da Ucrânia afirmou ainda que 17.864 combatentes tinham sido galardoados desde 24 de fevereiro — esta segunda-feira, foram premiados 121 soldados, 32 de postumamente.

  • Zelensky: pode haver mais de 2.500 prisioneiros da Azovstal em Donetsk ou Luhansk

    O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou esta segunda-feira que uma task force ligada aos serviços de informação do Ministério da Defesa está a liderar as negociações de trocas de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia.

    O primeiro passo desta task force foi garantir a saída dos resistentes ucranianos de Azovstal com vida, e a segunda etapa passa por garantir o seu regresso — igualmente com vida — para a Ucrânia. “É por isso que eu confio neles [na task force], e esperamos resultados deles.”

    O líder ucraniano afirmou ainda que pode haver mais de 2.500 prisioneiros da Azovstal nos territórios de Donetsk ou Luhansk. Em relação à possível tortura dos prisioneiros de guerra, Zelesnky salientou aos jornalistas que tal não seria do interesse do lado russo, uma vez que são “prisioneiros públicos monitorizados por todo o mundo”.

  • Luta por Severodonetsk prossegue com recurso a artilharia por ambos os lados

    A luta pela cidade de Severodonetsk prossegue, agora com recurso a artilharia por ambos os lados, afirmou o autarca, Oleksandr Striuk.

    A luta intensa continua em Severodonetsk , em plena rua, o que torna a situação difícil. Há ainda combates de artilharia”, disse Oleksandr Striuk, segundo a agência de notícias Ukrainska Pravda. “Claro que permanecemos com esperança e temos fé nas nossas forças armadas, ninguém está a pensar em abandonar a cidade, e temos de libertá-la.”

    De acordo com o autarca de Severodonetsk, as forças russas são superiores às ucranianas, e a situação na localidade pode ser “comparada a Mariupol ou Popasna”.

  • Ucrânia cria campo de prisioneiros de guerra no ocidente do país para soldados russos

    A Ucrânia criou um campo de prisioneiros no ocidente do país para alojar as tropas russas que não sejam trocadas no futuro próximo, explicou a Interfax Ukraine.

    “Construímos um campo especial para prisioneiros de guerra no oeste da Ucrânia”, disse o ministro da Justiça do país, Denys Maliuska. “Aqui ficam os prisioneiros de guerra sem expectativas de troca imediatas.”

    O ministro assegurou ainda que as condições de detenção dos prisioneiros de guerra russos cumprem com as diretrizes da Convenção de Genebra.

    Este estatuto é um pouco melhor que um prisioneiro ou condenado: um pouco melhor alimentação, um pouco higiene e acesso total à Cruz Vermelha”, concluiu.

  • Ucrânia contra conteúdo do pré-acordo entre Rússia e Turquia para desbloquear exportação de cereais

    A Rússia e a Turquia chegaram a um acordo preliminar, com mediação da ONU, para desbloquear a exportação de cereais ucranianos através de um corredor no Mar Negro, a partir do porto de Odessa. Mas a Ucrânia, que não participou nas negociações desta segunda-feira, não está de acordo em todos os pontos.

    A Turquia, através do Presidente Recep Tayyip Erdogan, ofereceu-se para ajudar a desminar a costa ucraniana e escoltar os navios ucranianos para que o transporte de cereais se realize. A proposta teve o apoio de Vladimir Putin.

    Mas a Ucrânia não vê a solução encontrada com bons olhos. Segundo a Bloomberg, que cita fontes familiares com a discussão, o país está hesitante em relação a alguns pontos. Desde logo porque considera que baixar a defesa do porto de Odessa para permitir a saída das embarcações pode deixar o porto suscetível a um ataque russo.

    Moscovo estará ainda a exigir que os navios sejam inspecionados para evitar o tráfico de armas. Mas essa condição é rejeitada pela Ucrânia. Já a Turquia acredita que a intervenção da ONU poderia contribuir para eliminar as preocupações da Ucrânia.

    Esta quarta-feira, as partes reúnem-se em Ancara, na Turquia, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, deverá marcar presença para que se chegue a acordo. Mas não é certo que a Ucrânia vá enviar representantes.

  • Zelensky tem conversa telefónica com Presidente polaco sobre cooperação defensiva

    O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o Presidente polaco Andrzej Duda realizaram esta segunda-feira um reunião por telefone, onde discutiram matérias de segurança e de cooperação entre os dois países.

    “Tive uma conversa telefónica com Andrzej Duda sobre cooperação defensiva entre a Ucrânia e a Polónia“, disse Zelensky na rede social Twitter. “Estou grato pelos seus esforços para consolidar o apoio internacional à candidatura da Ucrânia à União Europeia.”

  • EUA emitem ordem de apreensão de dois aviões privados de Roman Abramovich

    Um tribunal norte-americano emitiu uma ordem de apreensão de dois aviões privados de Roman Abramovich avaliados em 400 milhões de dólares — cerca de 374,2 milhões de euros — por violar as sanções dos EUA.

    Segundo o FBI, citado pela CNN, um dos aviões está na Rússia e outro no Dubai. Departamento do Comércio dos EUA anunciou a apresentação de “queixas administrativas” contra Abramovich, com a multa a poder atingir o valor das aeronaves.

    Segundo as autoridades, os dois aviões, fabricados nos EUA, realizaram vários voos para a Rússia sem obterem licenças do Departamento do Comércio dos EUA. Tanto os aviões como partes das aeronaves estão sujeitos às regras de exportação norte-americanas, em consequência do seu potencial militar e implicações na segurança nacional.

  • PS e PSD preparam-se para deixar grupo parlamentar de amizade com a Rússia de cadeiras vazias

    A Comissão de Negócios Estrangeiros vai discutir e aprovar os grupos de amizade parlamentar e a posição do PS e PSD é de manter o grupo com a Rússia “congelado”, à espera de uma mudança de regime.

    PS e PSD preparam-se para deixar grupo parlamentar de amizade com a Rússia de cadeiras vazias

  • Corpos de resistentes ucranianos da Azovstal terão sido entregues a Kiev

    Dezenas de corpos de resistentes ucranianos da Azovstal terão sido entregues a Kiev.

    Segundo a Associated Press, citada pela BBC, os cadáveres estarão a ser identificados através de testes de ADN.

  • Ucrânia: “Vergonhosos” crimes de guerra russos não ficarão impunes

    O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, rejeitou hoje nas Nações Unidas (ONU) a impunidade para os crimes de guerra “vergonhosos” cometidos pela Rússia na Ucrânia e defendeu que a “propaganda russa” tem de acabar.

    Numa declaração perante o Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu hoje para abordar a violência sexual e o tráfico de seres humanos no contexto da guerra na Ucrânia, Michel dirigiu-se diretamente ao embaixador russo junto das Nações Unidas, Vasily Nebenzya, acusando o Kremlin de travar as exportações de comida para os países em desenvolvimento.

  • Navios petrolíferos russos transferiram crude a 300 milhas náuticas da ilha da Madeira

    Dois navios petrolíferos russos transferiram crude no Atlântico, a 300 milhas náuticas da Madeira.

    Esta troca de crude ocorreu entre 26 e 27 de maio, a cerca de 100 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa. O navio petrolífero Lauren II recebeu crude do navio Zhen I, estando o Lauren II agora em pleno alto mar no Atlântico, enquanto aguarda, possivelmente, por outra transferência de crude.

    Navios como o Lauren II são economicamente mais baratos para a Rússia em relação a viagens longas, uma vez que conseguem armazenar cerca de três vezes mais crude que o Zhen I, conta a Bloomberg, citada pela Insider.

  • Enviada especial da ONU para a Ucrânia diz que situação está a "tornar-se numa crise de tráfico humano"

    A enviada especial para a Violência Sexual da ONU destacada para a Ucrânia, Pramila Patten, afirmou esta segunda-feira no Conselho de Segurança da organização internacional que a situação humanitária no país “está a tornar-se numa crise de tráfico humano“.

    As mulheres e as crianças que fogem do conflito estão a ser alvo de tráfico e exploração”, disse a enviada da ONU, segundo a CNN. “Em alguns casos estão expostas a situações de violação e outros riscos enquanto procuram refúgio.”

    Para Pramila Patten, “a falta de verificação consistente de acomodações e transporte é um problema sério, assim como a capacidade limitada dos serviços de proteção para lidar com a velocidade e volume de deslocados“.

    “A prevalência de violência sexual em conflitos ao longo da história ensinou-nos que reforçar a prevenção, proteção e serviços é fundamental desde o início de qualquer conflito armado”, concluiu a representante da ONU. “Para abordar esta questão, é fundamental que o nível de ação política assim como a atribuição de recursos para uma resposta seja equivalente à escala e complexidade do problema.”

  • Ucrânia: Rússia e Bielorrússia deixam processo educativo de Bolonha

    As universidades da Rússia deixaram de participar no sistema educativo de Bolonha, na sequência do apoio dos reitores russos à invasão da Ucrânia, anunciou hoje o vice-ministro da Ciência e do Ensino Superior russo.

    A decisão resulta da decisão do Grupo de Bolonha, de 11 de abril, de “suspender a representação da Rússia e da República da Bielorrússia de todas as entidades” do sistema europeu de ensino superior, disse Dmitry Afanasiev, citado pelas agências russas TASS e Ria-Novosti.

  • Cidadãos russos estão a promover campanhas de angariação de fundos para equipar o exército

    Campanhas de crowdfunding, apoiadas pelo Kremlin, estão a angariar fundos para entregar aos militares desde botas, a drones ou até pás, após relatos de falta de material no exército russo.

    Cidadãos russos estão a promover campanhas de angariação de fundos para equipar o exército

  • Ucrânia: Zelensky assegura que o seu exército mantém posições em Severodonetsk

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que as forças ucranianas que defendem a cidade de Severodonetsk estão a “manter a posição” apesar dos ataques de tropas de Moscovo, mas os russos são “mais numerosos e mais poderosos”.

    De acordo com Zelensky, que falava durante um encontro com jornalistas em Kiev, a situação na frente oriental é “difícil” e Severodonetsk e Lysychansk “são hoje cidades mortas”.

    “Estamos a aguentar, mas eles são mais numerosos e mais poderosos”, disse Zelensky, acrescentando que o comando ucraniano “tomará decisões de acordo com a situação”.

  • Lavrov: envio de mísseis de longo alcance dos EUA e do Reino Unido para a Ucrânia terá resposta russa

    O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou esta segunda-feira que as forças russas responderão caso o Reino Unido e os EUA enviem mísseis de longo alcance para a Ucrânia.

    Quanto maior o alcance das armas que o Ocidente fornecer, maior será o avanço russo sobre a linha através da qual os neonazis podem ameaçar a Federação Russa”, disse o ministro à BBC.

  • Mariupol infestada com odor de cadáveres debaixo de escombros e morgues em centros comerciais

    Mariupol é praticamente inabitável por causa do cheiro dos cadáveres que abrange toda a cidade, explicou o conselheiro da autarquia, Petro Andriushchenko.

    “O mais difícil na cidade é disfarçar o odor”, explicou o conselheiro. “Aterros sanitários no centro da cidade, morgues nos centros comerciais e cadáveres debaixo dos escombros. (…) A cada dia que passa o calor aumenta, e [os cadáveres] aumentam o odor, com cada vez mais moscas.”

    O vídeo partilhado pelo conselheiro no Telegram pertence a um residente local, que teve de se deslocar até a uma praia nos arredores de Mariupol para escapar ao odor.

    O mesmo conselheiro afirmou ainda que Mariupol estaria a ser isolada pelas forças russas por causa de um surto de cólera.

  • Zelensky agradece a jornalistas pelo seu contributo durante a guerra na Ucrânia

    O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presenteou esta segunda-feira — Dia Nacional do Jornalismo — jornalistas e familiares destes profissionais mortos durante a guerra na Ucrânia.

    “Não quero dizer muitas palavras nem roubar o vosso tempo”, disse Zelensky. “Acho que os jornalistas sabem bem qual o preço das palavras e do tempo, especialmente nesta altura difícil do nosso país.”

    “Vocês revelam a verdade e informação importante, muito poderosa, que pode ser vantajosa para o nosso país nesta guerra, que definitivamente venceremos”, concluiu.

    Segundo os dados mais recentes, 32 jornalistas morreram durante o conflito armado na Ucrânia. O levantamento é feito pela organização ucraniana Institute of Mass Information (IMIN) que tem um mapa interativo com os nomes de todos os repórteres que perderam a vida durante a guerra — a maioria não estava em exercício de funções. Pelo menos sete deles estavam ao serviço das Forças Armadas da Ucrânia.

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