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    Zelensky agradece novas sanções, mas diz que ainda “não são suficientes” perante o “mal que o mundo viu em Bucha”

  • Ponto de situação. O que se passou durante a tarde e a noite do 41.º dia de guerra?

    Boa noite,

    se apenas chegou agora ao nosso liveblog, saiba que o dia ficou marcado pela decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros de expulsar 10 funcionários da embaixada russa. No terreno, ouviram-se explosões em Lviv, no oeste da Ucrânia.

    • O Presidente da Ucrânia falou no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, acusando a Rússia de matar “propositadamente qualquer pessoa que tenha servido o país” em Bucha.
    • Pela parte dos EUA, a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas denunciou os “campos de triagem”, em que os soldados russos enviam “milhares de cidadãos ucranianos”, retirando-lhes “passaportes, cartões de cidadão e telemóveis”. Depois, “são enviados para a Rússia”.
    • Aproveitando para responder a Zelensky, Vassily Nebenzia, embaixador russo nas Nações Unidas, acusou o Presidente ucraniano de chamar “subespécies aos habitantes de Donetsk e Lugansk” e garantiu que a Rússia quer cortar o “tumor nazi” no país vizinho.
    • Antes, António Guterres defendeu que seja aberta uma “investigação independente” ao massacre de civis em Bucha para que os perpetradores possam ser realmente responsabilizados.
    • Zelensky também falou no parlamento espanhol, tendo comparado o que se passa na Ucrânia a Guernica, cidade basca que foi bombardeada durante a Guerra Civil Espanhola e que deu origem a um dos quadros mais famosos do pintor espanhol Pablo Picasso.
    • No seu discurso ao final da noite, o Presidente ucraniano proclamou Kiev como “a capital da luta pela liberdade de todo o continente europeu”.
    • A NATO alertou que a Rússia está a reforçar o dispositivo militar “para assumir o controlo da totalidade do Donbass”, leste da Ucrânia, e “estabelecer uma ponte terrestre com a Crimeia”, anexada por Moscovo em 2014.
    • Por seu turno, Vladimir Putin advertiu que a nacionalização de ativos energéticos russos por países como a Alemanha é uma “faca de dois gumes” e anunciou que Moscovo vai “monitorizar” as entregas de alimentos a países “hostis”.
    • Ainda pelo lado da Rússia, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a acusar a “histeria” nas acusações de crimes de guerra em Bucha, alegando que o objetivo do Ocidente passa por atrasar as negociações entre a Rússia e a Ucrânia.
    • O exército russo diz ter abatido dois helicópteros ucranianos esta terça-feira, através do porta-voz do Ministério russo da Defesa, Igor Konashenko.
    • Os Estados Unidos da América vão anunciar esta quarta-feira mais sanções, que serão mais abrangentes e irão “impor custos significativos à Rússia e provocar um isolamento ainda mais acentuado a nível económico, financeiro e tecnológico”.
    • Já Boris Johnson chamou à atenção para as “atrocidades cometidas pelas forças russas em Bucha, Irpin e noutros sítios da Ucrânia que horrorizaram o mundo. (…) Os relatos são tão chocantes, não é de espantar que o vosso governo esteja a tentar escondê-los de vocês”.
    • A Estónia anunciou que enviou armas letais para a Ucrânia, tais como mísseis antitanques, armas automáticas, munições, granadas, entre outros.

  • Iate de oligarca russo apreendido em Espanha. Pressão sobre tripulações pode impedir manutenção das embarcações

    O iate Tango, avaliado em 110 milhões de euros, está ligado ao oligarca russo Viktor Vekselberg, um aliado de Putin, assim como líder do Grupo Renova, ligado à metalurgia e mineração.

    Iate de oligarca russo apreendido em Espanha. Pressão sobre tripulações pode impedir manutenção das embarcações

  • Zelensky proclama Kiev como "a capital da luta pela liberdade de todo o continente europeu"

    Zelensky proclama Kiev como a “capital da democracia global” e indicou que a situação em Donbass e Kharkiv é “difícil”. Presidente acusa Rússia de usar “arquitetura global para divulgar mentiras”.

    Zelensky proclama Kiev como “a capital da luta pela liberdade de todo o continente europeu”

  • Moscovo diz ter abatido helicópteros ucranianos

    O exército russo diz ter abatido dois helicópteros ucranianos esta terça-feira, através do porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenko. O ataque terá ocorrido enquanto os helicópteros Mi-8 ucranianos tentavam evacuar os líderes de um batalhão que está a defender o porto de Mariupol, noticia o El País.

    Segundo o jornal, a Ucrânia não respondeu a estas afirmações, que também não foram verificadas de forma independente. E nota ainda que não é a primeira vez que a Rússia afirma ter abatido um helicóptero ucraniano naquela cidade, uma vez que já o fizeram também na semana passada.

  • Estónia envia armas letais para a Ucrânia

    A Estónia, Estado-membro da NATO, enviou hoje armas letais para a Ucrânia, informa o jornal ucraniano Kyiv Independent.

    O país báltico terá doado a Kiev mísseis antitanques, armas automáticas, munições, granadas, entre outros.

  • Ouvem-se explosões em Lviv, no oeste da Ucrânia

    Nas últimas horas, ouviram-se explosões na região de Lviv, no oeste do país, está a avançar a Agence-France Presse que cita testemunhas no local.

  • Diplomatas que são espiões, as ameaças à "segurança nacional" e a (provável) retaliação de Moscovo. A expulsão de 10 russos em 9 perguntas

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou a expulsão de 10 elementos da embaixada russa em Lisboa. É uma decisão rara, mas tem precedentes. E deverá ter resposta do regime de Putin.

    Diplomatas que são espiões, as ameaças à “segurança nacional” e a (provável) retaliação de Moscovo. A expulsão de 10 russos em 9 perguntas

  • Zelensky proclama Kiev como "a capital da luta pela liberdade de todo o continente europeu"

    Volodymyr Zelensky proclamou hoje Kiev como a “capital da democracia global e capital da luta pela liberdade de todo o continente europeu”.

    No seu discurso diário ao país, o Presidente ucraniano disse que o dia foi “muito informativo”, tendo prosseguido “o seu trabalho diplomático”. “Falei no Conselho de Segurança da ONU”, aproveitando depois para criticar o órgão: “É correntemente impossível levar a cabo as suas funções para as quais foram criadas. E o único Estado é culpar [por isto] — a Rússia, que descredibiliza as Nações Unidas e todas as instituições internacionais em que ainda participa.”

    Apontando o dedo a Moscovo, cujo regime “tenta bloquear tudo de construtivo” e que usa a “arquitetura global para divulgar mentiras e justificar a maldade que pratica”, Volodymyr Zelensky disse que, se o mundo não agir, haverá apenas uma “instituição que restará no mundo para garantir a segurança dos estados”: “Armas”.

    No que diz respeito ao cenário de guerra, o Presidente ucraniano indicou que “a situação mais difícil” continua a ser em Donbass e em Kharkiv. “Continuamos a fazer tudo para assegurar que as nossas forças armadas continuam a parar as tropas russas.”

    “Estamos conscientes que os ocupantes nos superam. Eles têm mais equipamentos. Estamos conscientes das tentativas de os líderes russos de recrutaram novos tolos em toda a Rússia”, divulgou Zelensky, que ainda assim sublinhou que a Ucrânia não tem “outra opção” além de “lutar pelo destino” do país. “Sabemos o que estamos a lutar por. E faremos tudo para vencer.”

  • Darkweb e criptomoedas são novos alvos das sanções dos Estados Unidos

    Os Estados Unidos da América anunciaram medidas para afetar os russos que têm interesses no mercado da darknet e nas criptomoedas, segundo o jornal El País.

    A Hydra, uma plataforma de darkweb com sede na Rússia, e a Garantex, uma casa de câmbio de criptomoedas daquela zona, fazem agora parte da lista de nomes alvo de sanções dos EUA. Assim os norte-americanos ficam de relações e transações cortadas com ambas as entidades, uma vez que o Departamento do Tesouro afirma que estão proibidos de fazer ou receber “qualquer contribuição ou fornecimento de fundos, bens ou serviços”.

  • Estados Unidos e aliados vão proibir novos investimentos na Rússia

    As novas sanções vão ser anunciadas na quarta-feira e pretendem aumentar o “isolamento” económico, financeiro e tecnológico da Rússia face ao resto do mundo.

    Estados Unidos e aliados vão proibir novos investimentos na Rússia

  • A procuradora-geral ucraniana Irina Venediktova afirma que soldados russos agrediram sexualmente mulheres, homens, crianças e idosos

    Irina Venediktova acusa os militares russos que estão a ocupar a Ucrânia de agredir sexualmente a população ucraniana, afirmando que é uma situação que afeta mulheres, homens, crianças e idosos , noticia o jornal The Kyiv Independent.

    Na publicação do jornal na sua conta de Twitter pode ler-se que a procuradora geral ucraniana disse esta terça-feira que “os agentes de segurança estavam a registar um número crescente de casos e que o governo ucraniano estava a trabalhar para ajudar as vítimas”.

  • Maioria dos partidos aprova convite a Zelensky. Palavra final é de Augusto Santos Silva

    A expectativa é de uma “decisão pacifica” sobre o convite a Zelensky para discursar no Parlamento, num formato que será inédito: a AR nunca recebeu um chefe de Estado por videoconferência.

    Maioria dos partidos aprova convite a Zelensky. Palavra final é de Augusto Santos Silva

  • Funcionários da embaixada russa em Lisboa podiam ser "espiões". Retaliação de Moscovo é possibilidade

    Antigo MNE António Monteiro admitiu que os dez funcionários da embaixada russa de Lisboa expulsos podiam ser “espiões” e preparar atividades consideradas como um “atentado à segurança nacional”.

    Funcionários da embaixada russa em Lisboa podiam ser “espiões”. Retaliação de Moscovo é possibilidade

  • Silva Pereira diz que Governo "fez bem" em expulsar diplomatas russos como resposta à "brutalidade" na Ucrânia

    O vice-presidente do Parlamento Europeu vê com naturalidade a expulsão de 10 funcionários da missão diplomática russa em Portugal, perante o que se está a passar no terreno do conflito na Ucrânia.

    Silva Pereira diz que Governo “fez bem” em expulsar diplomatas russos como resposta à “brutalidade” na Ucrânia

  • Roménia engrossa lista de expulsão de diplomatas russos na Europa

    A Roménia anunciou hoje a expulsão de 10 diplomatas russos, depois da União Europeia (UE) e engrossando um movimento que já engloba diversos Estados-membros.

    Vão ser expulsos da Roménia 10 diplomatas russos pelo seu envolvimento em “atividades e ações que desrespeitam o estipulado na Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas”.

  • Rússia anuncia ofensiva final para conquistar cidade estratégia de Mariupol

    A Rússia anunciou hoje uma ofensiva final para conquistar Mariupol, após ter terminado o prazo imposto para as forças ucranianas deporem as armas e deixarem a região.

    “Levando em consideração a falta de interesse de Kiev em preservar a vida dos seus soldados, Mariupol será libertada das unidades nacionalistas pelas Forças Armadas russas e pela República Popular de Donetsk”, referiu o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

  • Hospitais (um pediátrico, outro oncológico) terão sido atacados por forças russas em Mykolaiv

    Um hospital pediátrico e outro oncológico terão sido atacados pelas forças russas em Mykolaiv, informa o governador da cidade, Vitalii Kim, de acordo com a CNN Internacional.

    Esta informação foi confirmada pela delegação ucraniana dos Médicos Sem Fronteiras. “Imensas explosões tiveram lugar nas proximidades” do hospital oncológico em Mykolaiv, relatou Michel-Oliver Lacharité, chefe de missão da organização.

    A organização Médicos Sem Fronteiras também revelou que o hospital pediátrico de Mykolaiv foi atingido pelas forças russas, possivelmente com bombas de fragmentação.

    “Nos últimos dois dias, três hospitais em Mykolaiv foram atingidos por bombardeamentos. Além dos ataques de ontem, o hospital número 5, localizado no sul da cidade, foi atacada a 3 de abril”, indicou Michel-Oliver Lacharité.

  • Filhas de Putin poderão vir a sofrer sanções da União Europeia

    A União Europeia propôs sanções contra duas filhas de Vladimir Putin, noticia o Wall Street Journal. As sanções propostas aguardam aprovação dos estados membros e poderão juntar as filhas do presidente russo a uma lista de várias pessoas que estão a ser visadas em resposta ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

    Estas sanções estão entre muitas outras propostas que contam com proibições de viajar e congelamento de bens que procuram atingir não só políticos, empresários e funcionários oficiais, como também as suas famílias e ainda a proibição de importar carvão russo, barrar o acesso a transportadores rodoviários e embarcações russas à UE, bloquear a importação de alguma maquinaria de alta-tecnologia.

  • Eurojust diz haver já “informação e provas de alegados crimes de guerra” da Rússia

    A Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust) indica haver já, no âmbito de uma Equipa de Investigação Conjunta, “grandes quantidades de informação e provas de alegados crimes de guerra” na Ucrânia, cometidos pela Rússia.

    “A 25 de março, foi criada uma Equipa de Investigação Conjunta [EIC] sobre alegados crimes de guerra na Ucrânia, entre a Ucrânia, Polónia e Lituânia, que irá trabalhar na recolha e processamento de informações e provas”, indica a Eurojust numa resposta escrita enviada à Lusa.

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