“Quero crer que certas épocas são doentes mentais. Por exemplo: a nossa”
Nelson Rodrigues
Numa Carta Aberta ao Governo, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros protesta contra o golpe de misericórdia dado à indústria do livro – editores, distribuidores, livreiros, autores, leitores: “Portugal baniu os livros do espaço público. Fecharam-se as livrarias. Retiraram-se os livros das prateleiras das estações de correios. Nos hipermercados, nos departamentos livreiros de espaços comerciais, nas papelarias e postos de gasolina, foram condenados à asfixia de um plástico e de fitas que os vedam ao público.”
A uma situação já catastrófica vieram juntar-se esta incompreensível proibição de venda não virtual de livros e a exiguidade dos “subsídios de compensação” atribuídos ao sector (cerca de 600 mil euros). Verba escandalosamente exígua, quando comparada com as atribuídas, por exemplo, à comunicação social. Ou com os 15 milhões de euros disponibilizados para “bens de primeira necessidade”, como a “campanha nacional anti-racista”, que em “estreita colaboração com associações anti-racistas” vai avançar nos media “com carácter de urgência”.
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