O ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recusou comentar a eventual constituição como arguido na investigação do caso dos vistos ‘gold’ e reafirmou a disponibilidade para ser ouvido no âmbito do processo.

“Eu não tenho mais nada a acrescentar em relação àquilo que disse e evidentemente reafirmo a disponibilidade para esclarecer aquilo que for entendido que deve ser esclarecido”, afirmou o deputado do PSD aos jornalistas no Parlamento.

O jornal Correio da Manhã avança esta sexta-feira que o pedido de levantamento da imunidade já foi feito ao Parlamento e que o social-democrata deverá ser constituído arguido no caso dos vistos ‘gold’ para responder pelas suspeitas do crime de prevaricação de titular de cargo político. Ao Observador, fonte da direção da bancada do PSD garantiu que até à hora de almoço desta sexta-feira não tinha dado entrada nenhum pedido de levantamento de imunidade.

Segundo o jornal, os indícios do envolvimento de Miguel Macedo baseiam-se em conversas escutadas onde o seu nome – em código, “cavalo branco” – é citado em pedidos para facilitar a entrega dos vistos a cidadãos chineses, ou em ofertas alegadamente dadas a cidadãos chineses na altura do Natal, que poderão ser encaradas como contrapartidas por serviços prestados.

O ex-governante é ainda visado no processo de facilitação da atribuição de vistos a cidadãos líbios que pretendiam fazer tratamentos médicos em hospitais privados portugueses.

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