“As listas são o espelho da direção do partido”. José Eduardo Martins, ex-secretário de Estado do Ambiente e uma das vozes da oposição interna a Pedro Passos Coelho, classifica assim as listas de candidatos a deputados aprovadas esta quinta-feira à noite pelo PSD.

No fundo, os críticos de Passos notam que os nomes escolhidos seguem todos a linha dos passistas fiéis e que não houve esforço para incluir outras sensibilidades. Em 2009, Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas foram deixados de fora das listas pela então líder do partido, Manuela Ferreira Leite, apesar daqueles nomes terem sido indicadas pelas respetivas distritais (Vila Real e Santarém). Passos e Relvas queixaram-se e houve várias pessoas a criticar a opção da líder como Carlos Carreiras, da distrital de Lisboa e que hoje é vice-presidente do PSD, e Pedro Pinto, também hoje vice-presidente do partido, por considerarem que a tradição do partido era a pluralidade.

Nas listas da coligação Portugal À Frente, indicados pelo PSD, estão vários membros do Governo como Aguiar-Branco, Paula Teixeira da Cruz e Luís Marques Guedes, Luís Campos Ferreira, que já foram deputados, mas também membros do Governo que foram trazidos para a política por Passos, como Manuel Rodrigues, Pedro Lomba ou Miguel Morgado (assessor político em S. Bento). Aguiar-Branco, contudo, foi vice-presidente de Manuela Ferreira Leite e Luís Marques Guedes secretário-geral.

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