Portugal assume este ano a comemoração do Dia Europeu de Doação e Transplantação, apresentando esta sexta-feira os resultados da doação cadáver, em vida e da transplantação no país, no contexto Europeu e Mundial. De acordo com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), serão ainda abordados os dados nacionais atuais relativos ao transplante do rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão.
A iniciativa insere-se na celebração do 17.º Dia Europeu da Doação de Órgãos, promovida anualmente pelo Conselho da Europa, que decorre esta sexta-feira e sábado, em Lisboa. Portugal ganhou este ano a candidatura à celebração deste dia, cujo objetivo é encorajar os diferentes Estados-membros ao debate e promoção de informação sobre doação e transplantação de órgãos, abordando os aspetos legais e médicos.
Assim, Portugal vai receber representantes de vários países, num total de 47 delegações, que compõem o Comité de Peritos para a Transplantação de Órgãos do Conselho da Europa. A organização dos eventos está a cargo do IPST com a colaboração da Sociedade Portuguesa de Transplantação e estão planeadas várias ações de caracter científico, cultural e público.
Só na União Europeia, em 2013, cerca de 70 mil pessoas aguardavam por um órgão e diariamente cerca de 12 pessoas morrem em lista de espera. Segundo o IPST, Portugal encontra-se em 4.º lugar a nível europeu e no 6.º lugar a nível mundial em doação cadáver, sendo de salientar que “já ocupou o 2.º lugar a nível mundial, em doação cadáver, e tem agora de reconquistar essa posição”.
No final do ano passado, 2.196 doentes portugueses aguardavam um transplante de órgão e a taxa de doação situava-se nos 27,7 dadores por milhão de habitantes (em 2012, a taxa de doação por milhão de habitante foi de 23,9). Os resultados apurados para os primeiros seis meses de 2015, relativamente ao número de dadores, apontam para o “maior recorde de sempre”(162), de acordo com a coordenadora nacional na área da transplantação, Ana França.
Segundo dados do IPST, de 01 de janeiro a 30 de junho, foram registados 162 dadores, mais cinco do que em igual período de 2014 (157).