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A 22 de julho de 2011, Anders Breivik matou 68 pessoas na Noruega, a maioria adolescentes. David Greig escreveu “Os Acontecimentos” após esse atentado e a peça chega ao Teatro de Vila Real esta sexta-feira, às 21h30, com produção dos Artistas Unidos e música ao vivo do Coro de Câmara da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Bilhetes entre os cinco e os sete euros.

Sabia que o escritor Mário Cláudio se chama, na verdade, Rui Manuel Pinto Barbot Costa? Entre quinta-feira e domingo, vai poder descobrir muito mais sobre o escritor português na 8.ª edição do Escritaria, o festival literário de Penafiel. Mário Cláudio será o homenageado, com um programa que inclui arte de rua, exposições, conferências, teatro, música, cinema, exposições e, claro, lançamentos de livros. Na sexta-feira às 21h30, o escritor apresenta o seu novo romance, Astronomia, no Museu Municipal.

Vai um petisco e uma cerveja? A Rota das Tapas começa esta quinta-feira no Porto e em Lisboa, com as regras de sempre: por três euros é possível comprar uma tapa e beber uma cerveja Estrella Damm de 0,25l num dos estabelecimentos seleccionados, 50 em Lisboa e 29 no Porto. O melhor é agarrar um dos mapas, escolher os petiscos que mais agradam e, quem sabe, aproveitar para conhecer alguns estabelecimentos onde nunca entrou.

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Para descansar de tantas tapas e cervejas, tem no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, o Festival Zen. Entre sexta-feira e domingo, há mais de 50 atividades dedicadas ao bem-estar, ao desenvolvimento pessoal e à sustentabilidade. Quem não quiser participar nas aulas e nos workshops tem à disposição uma feira de acesso gratuito, com lojas de produtos naturais, artesanato, roupa e acessórios, além de espaços para terapias, massagens, apresentações, atividades para crianças e espetáculos.

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A Rota das Tapas começa esta quinta-feira no Porto e em Lisboa. Esta é da Horta do Pombo. ©Sérgio Jacques

No Rivoli Teatro Municipal há, entre sexta-feira e domingo, muito cinema gratuito, inserido na Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista. Para alertar para a discriminação que ainda existe, o Movimento SOS Racismo exibe, na sessão de abertura (sexta-feira às 21h30), a curta-metragem “O Mal dos Outros”, de Miguel Clara de Vasconcelos, seguida de uma longa-metragem cipriota, “Evaporating Borders”, sobre as vagas migratórias e a atitude das populações. Se ainda não viu “Cavalo Dinheiro”, do realizador Pedro Costa, tem oportunidade para o fazer no domingo, às 18h30. Para a sessão de encerramento, às 21h30, pode ver a longa “Timbuktu”, sobre uma cidade e uma população que vive sob o terror de fundamentalistas islâmicos.

O pianista Mário Laginha dá, no sábado às 21h30, um concerto gratuito no Porto. “Técnica, Vigor e Poesia – Mário Laginha, piano solo” insere-se no programa Cultura em Expansão, desenhado a pensar nas zonas socialmente fragilizadas da cidade. O concerto acontece no Bairro da Pasteleira.

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Na vila de Óbidos vão caber mais de 400 autores portugueses e lusófonos (Hélia Correia, Gonçalo M. Tavares, Ricardo Araújo Pereira, Mia Couto, José Eduardo Agualusa e muito mais), apresentações de livros, debates e espetáculos. Tudo isto é FOLIO, o Festival Literário Internacional de Óbidos que nasce esta quinta-feira com o objetivo de proporcionar “o maior encontro internacional de literatura em Portugal”, promete a organização. Há livros com descontos durante todo o evento e momentos especialmente preparados para a ocasião. É o caso do concerto de sexta-feira à noite, em que António Zambujo e Mayra Andrade se estreiam a cantar Caetano Veloso. Na noite de sábado, Kalaf Epalanga e Toty Sa’Med viajam pela poesia angolana dos anos 60 e 70, acompanhados por uma guitarra, num momento a que chamaram “Antigamente é que era doce”.

Gregório Duvivier, humorista do grupo fenómeno Porta dos Fundos, vai pela primeira vez ao Centro Cultural da Gafanha da Nazaré para apresentar o monólogo “Uma Noite na Lua“, misto entre comédia e angústia de um homem que só tem uma noite para escrever uma peça de teatro. “É o texto mais bonito que já li”, disse ao Observador, sobre as palavras escritas por João Falcão. Gregório estreou-se com a peça no Brasil, em 2012. No ano seguinte, foi reconhecido como melhor ator pela Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro. Quem quiser ver de perto este homem “em cima do palco, pensando” vai poder fazê-lo no sábado às 22h e no domingo às 18h. Os bilhetes custam 12 euros.

Coelhos, veados, ninjas e monstros vão estar à solta em Tomar, para alegria das crianças (e dos fãs do cinema de animação). O programa “Filminhos infantis à solta pelo país” leva, às 11h00, e com entrada gratuita, várias curtas de animação de diferentes países ao Cine Teatro Paraíso.

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Depois das tragédias gregas de Tiago Rodrigues, o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, recebe “Ricardo III“, de William Shakespeare, com encenação de Tónan Quito. “O Ricardo é o vilão perfeito — fala connosco, seduz-nos, envolve-nos, faz, mata, acontece. Mas fazendo só centrado nele, ficava muito pouco sobre a sociedade, sobre o que gravita à volta destas pessoas”, explicou em comunicado o encenador. O vilão chega ao palco do teatro esta quinta-feira e ali fica até 1 de novembro. Há bilhetes entre os cinco e os 17 euros.

Para além de artista, Julião Sarmento também gosta de colecionar arte. Os objetos que foi adquirindo ao longo de 30 anos vão estar no Museu da Eletricidade, em Lisboa, na exposição “Afinidades Electivas. Julião Sarmento colecionador“, que inaugura na sexta-feira. São 300 peças de arte contemporânea de 100 artistas diferentes, entre os quais Andy Warhol, Cindy Sherman, Rui Chafes, Juan Muñoz e Jan Fabre. No mesmo período, mas na galeria da Fundação Carmona e Costa, apresenta-se também um núcleo composto por trabalhos de desenho e gravura de Pierre Bonnard a Marcel Duchamp. A entrada é gratuita.

A associação cultural Charivari inaugura este sábado, às 17h, o seu novo espaço cultural, situado na Travessa da Pereira, na Graça, em Lisboa. Para primeira exposição escolheram uma antologia de arte digital e cultura pop, que reúne obras de uma dezena de artistas internacionais em estreia em Portugal. As peças ficam ali até 8 de novembro.

O mercado que no sábado vai ocupar o parque de estacionamento do Arco do Cego, em Lisboa, é hype. Não estamos a desdenhar: o evento chama-se mesmo Hype Market e é descrito como “um mercado de moda, design e acessórios para artesãos, produtores ou comerciantes de pequena escala”. Se gosta de objetos criativos, não deixe de espreitar. A entrada é livre.

A onda de solidariedade para com os refugiados que chegam à Europa vai ter um novo momento no domingo. Às 19h, a Fundação Calouste Gulbenkian promove o concerto Música por uma Causa, com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, que tocará com Pavel Gomziakov. O violoncelista russo vai tocar com um violoncelo raro, o Stradivarius Chevillard – Rei de Portugal, uma das jóias da coroa do acervo do Museu da Música. Todos os artistas atuam pro bono e a receita dos bilhetes – que custam entre 15 e 30 euros – reverte inteiramente para a Plataforma de Apoio aos Refugiados.

Por falar em Coro Gulbenkian, é com ele que arranca o Música em São Roque. O concerto inaugural da 27.ª temporada acontece no sábado, às 21h, na Igreja de São Roque, com o coro a interpretrar Johann Sebastian Bach. No dia seguinte, o Convento de São Pedro de Alcântara recebe, às 16h30, o Ensemble Bonne Corde, que apresenta “O Classicismo na Patriarcal – Música Sacra Portuguesa” nos finais do Séc. XVIII.

Cante alentejano ou a música dos Queen? Beja tem os dois, este fim de semana. Quem prefere as músicas mais tradicionais da região não deve perder a Feira de Castro Verde, onde não faltará o cante alentejano pela voz dos grupos corais, o cante ao despique e a viola campaniça. No sábado, às 21h30, o Teatro Pax Julia recebe os “One Vision”, banda portuguesa de tributo aos Queen. A entrada para entoar “We Are The Champions” custa 7,50 euros.

Quem for à Igreja da Misericórdia, em Tavira, no domingo à tarde, não vai encontrar missa nem padre. Sem batuta e sentado ao piano estará o maestro António Victorino D’ Almeida, que ali apresenta um recital

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Gregório Duvivier, humorista do grupo fenómeno Porta dos Fundos, começa esta sexta-feira nos Açores a digressão do monólogo “Uma Noite na Lua“, misto entre comédia e angústia de um homem que só tem uma noite para escrever uma peça de teatro. “É o texto mais bonito que já li”, disse ao Observador, sobre as palavras escritas por João Falcão. Gregório estreou-se com a peça no Brasil, em 2012. No ano seguinte, foi reconhecido como melhor ator pela Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro. Quem quiser ver de perto este homem “em cima do palco, pensando” vai poder fazê-lo sexta-feira, às 21h30, no Teatro Micaelense, em troca de 10 euros.

Por Ponta Delgada vai passar também o Festival 6 Continentes, que na sua estreia, no ano passado, aconteceu em simultâneo em 70 cidades por todo o mundo. No caso de Ponta Delgada haverá atuações de vários artistas, entre os quais Paulo Bettencourt, Zeca Medeiros, Williams Maninho Nascimento e Paulo Vicente.