“Manchester by the Sea”

de Kenneth Lonergan

Do meio da ensurdecedora cangalhada dos filmes de super-heróis, sai este pequena fita de Kenneth Lonergan (“Podes Contar Comigo”) marcada por um realismo, uma respiração emocional e uma abordagem à dor humana que julgávamos em extinção no cinema americano. Casey Affleck é um homem cuja vida foi arrasada por uma tragédia devastadora, e que tem que ir tomar conta do sobrinho adolescente, após a morte do irmão, pescador no Massachusetts. Nomeado para cinco Globos de Ouro. (Estreia: 5 de Janeiro)

“Silêncio”

de Martin Scorsese

Há mais de 25 anos que Martin Scorsese queria realizar este filme sobre os trabalhos e o martírio de dois missionários jesuítas portugueses no Japão do século XVII, mas só agora o conseguiu. Andrew Garfield e Adam Driver desempenham os principais papéis desta história baseada num romance de Shusaku Endo, que já foi filmada pelo japonês Masahiro Shinoda, em 1971, com o mesmo título, e inspirou o realizador português João Mário Grilo para rodar, em 1996, “Os Olhos da Ásia”. (Estreia: 19 de Janeiro)

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“La La Land-Melodia de Amor”

de Damien Chazelle

Depois da história de bateristas de jazz de “Whiplash-Nos Limites”, Damien Chazelle assina esta comédia romântica musical, com banda sonora composta por Justin Hurwitz, sobre o romance entre um pianista de jazz (Ryan Gosling) e uma aspirante a actriz (Emma Stone) em Los Angeles. Chazelle disse que a ideia do filme é “pegar no musical clássico e instalá-lo na vida real, onde as coisas nem sempre correm como nós queremos”. Está nomeado para sete Globos de Ouro. (Estreia: 26 de Janeiro)

“Paterson”

de Jim Jarmusch

Já visto em “Silêncio”, de Martin Scorsese, Adam Driver é também o protagonista do novo filme de Jim Jarmusch, onde interpreta Paterson, um condutor de autocarros que é também poeta e vive na cidade homónima, em New Jersey, seguindo exactamente a mesma rotina todos os dias. Paterson não faz cópias do que escreve e não pensa em publicar os poemas, até que um dia a sua mulher, Laura, consegue convencê-lo a a ir a uma loja de fotocópias e a fazer duplicados da produção poética. Mas algo inesperado vai acontecer. (Estreia: 2 de Fevereiro)

“T2: Trainspotting”

de Danny Boyle

O que foi feito de Renton, Spud, Sick Boy e Begbie, os alucinados anti-heróis de “Trainspotting”? A resposta está nesta continuação do filme de 1996, que adapta o segundo livro de Irvine Welsh, “Porno”, publicado em 2002, sobre a vida daquele quarteto, dez anos após os acontecimentos do original. Ewan McGregor, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller e Robert Carlyle regressam às suas personagens, Danny Boyle realiza outra vez. Tudo começa quando Renton volta à Escócia para saber o que aconteceu aos amigos. (Estreia: 2 de Fevereiro)

“Toni Erdmann”

de Maren Ade

Um professor de música alemão divorciado vai visitar a filha, que raramente vê e trabalha na Roménia, e decide animá-la e tirá-la da sua pesada rotina de executiva, pregando-lhe uma série de partidas. Esta comédia dramática da alemã Maren Ade esteve em competição no Festival de Cannes e é um dos filmes europeus mais falados de 2016, tendo ganho, entre outros, cinco Prémios do Cinema Europeu. Está também nomeada para o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. (Estreia: 16 de Fevereiro)

“São Jorge”

de Marco Martins

O novo filme do realizador de “Alice” passa-se no Portugal sob intervenção da Troika. Nuno Lopes é Jorge, um pugilista desempregado á beira de perder o filho e a mulher, que se quer separar dele e voltar ao Brasil, de onde é oriunda. Desesperado por manter a família unida, Jorge aceita um emprego numa agência de cobrança de dívidas. Beatriz Batarda e Gonçalo Waddington também estão no elenco deste filme, que valeu a Nuno Lopes o Prémio de Melhor Actor na secção Orizzonti do Festival de Veneza. (Estreia: 9 de Março)

“Aquarius”

de Kleber Mendonça Filho

Clara (Sónia Braga) é uma viúva sexagenária e a última moradora do prédio situado junto à praia da Boa Viagem, no Recife, que dá o nome a este filme de Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”). Uma construtora quer comprar o edifício, demoli-lo e construir outro maior, mais moderno e mais rentável, mas Clara, que mora ali há 30 anos e lá criou os filhos, recusa-se a sair seja qual for a soma que lhe é oferecida. Começa então a sofrer todo o tipo de pressões para mudar de ideias. (Estreia: 16 de Março)

“Alien: Covenant”

de Ridley Scott

A tripulação da nave espacial ‘Covenant’ chega a um planeta que julga ser um paraíso e que não consta nos mapas galácticos, mas cedo descobre que se trata de um mundo perigoso, habitado por um estranho andróide, David, e por alienígenas monstruosos e mortíferos. Michael Fassbender, Katherine Waterstone, Billy Crudup e Danny McBride são os principais intérpretes deste novo filme da saga “Alien”, a continuação de “Prometheus”, e o sexto filme da série iniciada em 1979. (Estreia: 18 de Maio)

“Dunkirk”

de Christopher Nolan

Esta grande e dispendiosa produção anglo-americano-franco-holandesa reconstitui a evacuação das tropas aliadas cercadas pelos alemães em Dunquerque (França), durante a II Guerra Mundial, em Maio e Junho de 1940, e é a nova realização do autor de “Memento”, da série “Batman” e de “Interstellar”. Christopher Nolan também escreveu o argumento do filme, que conta com actores como Kenneth Branagh, Mark Rylance, Tom Hardy ou Cillian Murphy e foi rodado em IMAX. (Estreia: 20 de Julho)

“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”

de Luc Besson

A adaptação ao cinema, por Luc Besson, das aventuras de Valerian e Laureline, as célebres personagens de banda desenhada criadas por Jean-Claude Mézières (desenho) e Pierre Christin (argumento), é desde já o filme francês mais caro de sempre, com um orçamento de quase 200 milhões de euros. O actor americano Dane DeHaan personifica Valerian e a modelo e actriz inglesa Cara Delevigne é Laureline. No elenco surgem ainda Clive Owen, Rihanna, Ethan Hawke ou Rutger Hauer. (Estreia: 27 de Julho)

“Blade Runner 2049”

de Denis Villeneuve

O clássico de ficção científica de Ridley Scott tem finalmente uma continuação, 35 anos depois da estreia, em 1982. E o escolhido para a realizar foi o canadiano Denis Villeneuve, autor de um dos melhores filmes deste género dos últimos anos, “O Primeiro Encontro”. Hampton Fancher, co-autor do filme original com David Peoples, assina também o argumento, com Michael Green, Ridley Scott é um dos produtores e Harrison Ford regressa à personagem de Rick Deckard, agora na companhia de Ryan Gosling. (Estreia: 5 de Outubro)