O PSD chamou, “com urgência”, o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, a irem ao Parlamento explicar, “a todos os portugueses”, porque é que a Caixa Geral de Depósitos fechou o ano com prejuízos de quase dois mil milhões de euros. O deputado diz que houve uma “alteração dos critérios” que tem de ser explicada.

Centeno e Macedo devem ir ao Parlamento “para que seja explicado a todos os portugueses o que é que mudou, que alteração de critério houve da avaliação que era feita quer do risco quer dos créditos já concedidos”. “Visto que estamos a falar de algo do passado e que os auditores são os mesmos, portanto não foram descobertos casos novos. Os critérios de avaliação dos casos existentes é que se alteraram”, disse o deputado na Assembleia da República, esta sexta-feira.

“Todos nós percebemos que o agravamento dos prejuízos de um banco público significa que os contribuintes poderão ser chamados a intervir mais neste banco e isso é algo que nos pesa a todos”, defendeu o deputado do PSD.

O antigo presidente da Caixa, José de Matos, dizia que o ano de 2016 seria o ano do regresso aos lucros no banco público. Mas a Caixa acaba por registar os prejuízos maiores da sua história muito por força das imparidades que o banco decidiu registar no âmbito do plano de recapitalização gizado por António Domingues e que está a ser executado por Paulo Macedo.

Apesar de serem perdas recorde, os prejuízos da Caixa Geral de Depósitos no ano passado ficam abaixo de uma expetativa mais negativa no mercado e que apontava para 3.000 milhões de euros. Na verdade, este número referia-se às imparidades previstas (perdas de valor no crédito e em outros ativos) e não aos resultados. Embora os prejuízos da Caixa reflitam as imparidades, há outros fatores que pesam e um dos mais importante é a contabilização dos impostos por ativos diferidos.

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