O líder parlamentar do PSD acusou, esta quinta-feira, o PS de ter aberto “uma ferida profunda” no relacionamento interpartidário com a recusa de Teresa Morais para liderar a fiscalização das ‘secretas’ e apelou à intervenção do secretário-geral dos socialistas.

Em conferência de imprensa depois de ser conhecida a decisão do PS de ‘chumbar’ a candidatura da vice-presidente do PSD para substituir o antigo dirigente social-democrata Paulo Mota Pinto na presidência do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), Luís Montenegro declarou-se “chocado” e acusou os socialistas de terem “uma visão sectária e totalitária” do regime democrático.

Esta situação abre uma ferida muito delicada e profunda no relacionamento entre partidos políticos e no relacionamento institucional que gravita à volta da representação política neste parlamento”, declarou.

Por essa razão, o líder parlamentar do PSD instou “de forma muito séria e solene o secretário-geral do PS e primeiro-ministro a ponderar bem a gravidade desta situação” e a poder contribuir para “uma saída para esta ferida que agora é aberta”.

Questionado sobre o passo seguinte em relação ao CFSIRP, cujos membros têm de ser eleitos por dois terços dos deputados, Luís Montenegro diz que “cada um terá de fazer a sua reflexão”.

Nós faremos a nossa e oportunamente diremos aquilo que se impõe relativamente a processos eleitorais futuros, mas neste momento quem tem de fazer uma reflexão bem mais profunda é o PS e creio que não pode deixar de ser o secretário-geral do PS a fazer essa reflexão”, sublinhou.

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