A carrinha da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que servirá as populações de localidades sem agências do banco público arrancará a operação no fim deste mês, mas não terá serviços de depósitos nem levantamento de dinheiro.
A informação foi dada hoje pelo diretor de comunicação da CGD, Francisco Viana, na apresentação da carrinha na Feira do Livro, em Lisboa, tendo indicado, como já era esperado, que neste balcão móvel não será possível depositar ou levantar dinheiro por questões de segurança.
Os serviços bancários disponíveis são os que não envolvem numerário, como simular operações de crédito, atualizar dados, pedir emissão de cartões, esclarecer dúvidas sobre produtos ou fazer pagamentos através do terminal do MB Spot.
No caso de um cliente idoso, que habitualmente ia a uma agência da CGD levantar a reforma, não poderá fazê-lo nesta carrinha.
Sobre o facto de a carrinha não permitir realizar operações com dinheiro, Francisco Viana disse que o Banco de Portugal não deu autorização por questões de segurança.
Contudo, considerou que, se a carrinha estiver perto de uma caixa automática, o funcionário poderá ajudar o cliente que estiver a ser atendido a fazer pagamentos e levantamentos, suprindo alguns serviços que o balcão móvel não tem.
Foi em abril que o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, anunciou no Parlamento que a instituição pediu autorização ao Banco de Portugal para ter um serviço móvel de balcões, com carrinhas que vão a zonas rurais prestar serviços bancários, nomeadamente onde o fecho de agências do banco deixou sem acesso a serviços populações mais idosas e sem facilidade em usar o portal do banco na Internet.
A carrinha hoje apresentada é azul, com o símbolo da CGD e informa logo na lateral que “este veículo não transporta valores”.
Francisco Viana explicou aos jornalistas que, no final de junho, a carrinha iniciará atividade por um período de teste em que será avaliado quantos veículos faz sentido existirem no futuro e as localidades que servirão.
Para já, disse, ainda faltam as autorizações de entidades como câmaras municipais e juntas de freguesia para definir os sítios em que o balcão móvel poderá parar e ainda definir os horários em que estará disponível.
A carrinha contará com um trabalhador da CGD, da agência principal mais próxima da localidade em que está a operar em determinado dia, e ainda de um vigilante de uma empresa privada, que será também o condutor da carrinha, adiantou.