As urnas para as eleições da Assembleia Constituinte na Venezuela abriram hoje às 6h00 horas locais (11h00 horas em Lisboa), num sufrágio marcado pela polémica e que está a ser alvo de protestos da oposição do país.
As urnas para as eleições foram abertas com o Presidente Nicolás Maduro a depositar o seu voto, que foi transmitido pela televisão estatal venezuelana VTV, poucos minutos depois das 06:00 horas locais (11:00 horas em Lisboa).
São chamados a votar mais de 19,8 milhões de venezuelanos nestas eleições.
Segundo dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foram admitidas 6.120 candidaturas que disputam 545 cargos a eleger, 8 deles em representação indígena. Do total das candidaturas, 3.546 são por representação territorial e 2.574 de âmbito setorial ou local.
A convocatória para a Assembleia Constituinte foi feita a 01 de maio pelo Presidente, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana, que decidiu não participar nas eleições, acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Segundo o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol, foram instalados 96 pontos para denúncias sobre delitos eleitorais.
Para as eleições, o Conselho Nacional Eleitoral ativou 24.139 mesas, ao longo dos 335 municípios da Venezuela, em 14.515 centros eleitorais.
Cento e quarenta e dois mil funcionários dos organismos de segurança estão encarregados de vigiar os centros eleitorais e as Forças Armadas ativaram várias zonas de proteção especial temporária, desde as 00:01 horas de sexta-feira, até às 23:50 horas da terça-feira, 01 de agosto.
O encerramento dos centros está previsto para as 18:00 horas locais (23:00 em Lisboa), se não houverem eleitores em fila para votar.